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Turismofobia (ainda) não é ameaça em Portugal

Em 2017, Portugal terá recebido mais de 20 milhões
de turistas, muitos dos quais com destino a Lisboa e Porto, as duas maiores cidades do País, que têm registado também os maiores crescimentos turísticos. O crescimento do Turismo tem vindo a pressionar essencialmente os bairros históricos de Lisboa e Porto, motivando críticas e acusações de excesso de Turismo. Daí até ao surgimento de movimentos de Turismofobia pode ser um passo, como tem acontecido pela Europa. Mas, por enquanto, ninguém parece acreditar
na hipótese destes movimentos ganharem força.

Inês de Matos
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Turismofobia (ainda) não é ameaça em Portugal

Em 2017, Portugal terá recebido mais de 20 milhões
de turistas, muitos dos quais com destino a Lisboa e Porto, as duas maiores cidades do País, que têm registado também os maiores crescimentos turísticos. O crescimento do Turismo tem vindo a pressionar essencialmente os bairros históricos de Lisboa e Porto, motivando críticas e acusações de excesso de Turismo. Daí até ao surgimento de movimentos de Turismofobia pode ser um passo, como tem acontecido pela Europa. Mas, por enquanto, ninguém parece acreditar
na hipótese destes movimentos ganharem força.

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Em 2017, Portugal terá recebido mais de 20 milhões de turistas, muitos dos quais com destino a Lisboa e Porto, as duas maiores cidades do País, que têm registado também os maiores crescimentos turísticos. O crescimento do Turismo tem vindo a pressionar essencialmente os bairros históricos de Lisboa e Porto, motivando críticas e acusações de excesso de Turismo. Daí até ao surgimento de movimentos de Turismofobia pode ser um passo, como tem acontecido pela Europa. Mas, por enquanto, ninguém parece acreditar na hipótese destes movimentos ganharem força.

Com 50 mil habitantes e 30 milhões de turistas por ano, Veneza é actualmente um dos maiores exemplos de como o excesso de Turismo pode contribuir para o surgimento de fenómenos sociais perversos. A turismofobia é, actualmente, um dos mais citados.
Há muito que os canais venezianos foram invadidos por turistas e com isso chegou também um inevitável aumento dos custos, seja da habitação ou dos serviços. Viver na cidade é cada vez mais um luxo que muitos não querem, e poucos podem comportar. Resultado: Veneza tem perdido mil residentes a cada ano, as lojas de bairro foram substituídas por cadeias internacionais e a pressão causada pelos cruzeiros traz graves ameaças ambientais. Daí ao surgimento de movimentos anti-turismo foi um salto.
Em Julho de 2017, cerca de duas mil pessoas percorreram as ruas de Veneza em protesto contra o aumento das rendas provocado pelo aluguer turístico e os prejuízos ambientais causados pelos cruzeiros. Barcelona seguiu rapidamente o exemplo de Veneza, com várias manifestações contra a chamada ‘invasão do século XXI’ e, a partir daqui, a palavra turismofobia entrou definitivamente no dicionário de muitas cidades europeias. Lisboa e Porto, incluídas.
As críticas a um possível excesso de Turismo nas duas maiores cidades portuguesas começaram quase em surdina, à medida que os bairros históricos foram assistindo a um aumento da procura, e dos despejos para que as casas dessem lugar a estabelecimentos de alojamento local ou hotéis. Hoje, já são públicas, como as da deputada do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, num artigo de opinião assinado no Jornal de Notícias, no Verão passado, sob o título “Turismo, Oportunidade ou Maldição?”, em que constatava que “a vida em certas zonas das cidades está a tornar-se insuportável. As rendas dispararam, a circulação em certas áreas é impossível e os preços também. A Lisboa e o Porto de que os turistas tanto gostam vão desaparecendo a cada dia”.
Mas das críticas à existência real de movimentos de turismofobia vai um largo passo e, como diz Graça Joaquim, professora da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril (ESHTE) e especialista em questões sociais, este fenómeno, em Portugal, ainda é “bastante incipiente, quando comparado com outros países ocidentais”. Graça Joaquim explica que a turismofobia tem “várias causas distintas”, mas elege a “gentrificação acelerada” e as “questões ambientais graves” como os gatilhos que espoletaram o surgimento de “grupos de activismo claramente hostis, e na fronteira da violência para com o Turismo”, em cidades como Barcelona e Veneza. Apesar de ser possível identificar as causas deste fenómeno, a especialista adverte que “muitos dos problemas que são comumente atribuídos ao Turismo têm, na verdade, a ver com as relações laborais, com a desregulamentação e especulação do mercado imobiliário, com a desorganização pública na área da higiene urbana e não, directamente, com o Turismo ou, sobretudo, com os turistas”. De qualquer forma, Graça Joaquim, sublinha que, em Portugal, “o fenómeno não está estudado”. Ou não estava.

WTTC identifica risco em Lisboa

Em Novembro de 2017, durante a 3.ª Conferência Internacional sobre Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, anterior secretário de Estado do Turismo, alertava que não se pode dizer que “há um excesso de Turismo se não conseguimos definir o que é o excesso de Turismo”. No mesmo debate, participou também Olivia Ruggles-Brise, directora de comunicação do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC, sigla em inglês), que já na altura dizia que a situação em Lisboa ainda não é preocupante, mas que é preciso tomar medidas para evitar que se chegue a um ponto de não retorno, alerta deixado com base num estudo que o WTTC se preparava para lançar e que viu a luz do dia pouco tempo depois.
“Coping With Success”, o estudo do WTTC que analisa a realidade turística de 68 cidades por todo o mundo, foi lançado em Dezembro e aconselha os governos e autoridades turísticas a agirem, se não quiserem ver fenómenos como a Turismofobia crescer. E deixa o alerta: “quando o excesso de Turismo vai longe demais, a sua repercussão é difícil de reverter”. Nesse estudo, Lisboa é apontada como uma das cidades em risco, ao lado de Marraquexe ou Praga. Para chegar a esta conclusão, o WTTC faz um cruzamento entre alguns indicadores para medir em que ponto está a concentração turística em cada cidade e concluiu que várias das metrópoles analisadas, como é o caso da capital portuguesa, apresentam um ou mais sintomas de alerta. Dos nove indicadores utilizados no estudo – importância do Turismo, crescimento das chegadas, densidade turística, intensidade turística, críticas negativas no TripAdvisor, sazonalidade das chegadas, concentração nas atracções e monumentos, poluição do ar e prevalência dos locais históricos – Lisboa apresenta maior risco no que diz respeito à limitada sazonalidade das chegadas e ao seu crescimento, que atingiu já um nível médio, no estudo do WTTC. A gentrificação dos bairros históricos, as críticas negativas em plataformas online, que começam a aparecer, e a crescente dependência económica da actividade turística são também motivos de preocupação, enquanto a poluição do ar e a concentração turística nos principais monumentos são os pontos menos críticos.
Como solução, o WTTC recomenda a definição de uma estratégia sólida, com um plano a longo termo, além da monitorização permanente dos resultados, num trabalho que deve envolver todos os players de mercado.

Nem excesso de turismo, nem turismofobia

Ao Publituris, Vitor Costa, presidente da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa, diz não conhecer o estudo do WTTC e duvida mesmo que Lisboa esteja em risco de sofrer de excesso de Turismo, preferindo destacar as vantagens que o crescimento da actividade trouxe à capital, desde logo a nível económico, sem esquecer que “o Turismo deu uma projecção enorme e um grande prestígio a Lisboa”.
O responsável não concorda com a ideia de que há um excesso de Turismo em Lisboa, diz que não alinha “no ‘coro das velhas’ sobre o perigo da chamada ‘turistificação’” e invoca mesmo um estudo de opinião realizado há cerca de um ano, segundo o qual “90% dos residentes tem uma opinião positiva ou muito positiva sobre os turistas e sobre a contribuição do Turismo para a capital portuguesa”. Ou seja, se a grande maioria dos residentes em Lisboa está a favor do Turismo, é impossível que “exista qualquer fenómeno de turismofobia crescente em Lisboa”, defende.
Mas Vitor Costa reconhece que existem criticas, apesar de não considerar que as mesmas se tratem de manifestações anti-turismo, atribuindo muitas dessas vozes a opiniões “cínicas e elitistas”, uma vez que, “para alguns, a sustentabilidade parte do pressuposto que o Turismo é um fenómeno negativo”. O presidente da Entidade Regional de Turismo reconhece que Lisboa está em transformação e que estamos a assistir a fenómenos como o da “gentrificação nos bairros históricos”, mas defende que este é “um fenómeno complexo e multifacetado”, que “não se resolve combatendo o Turismo”.
Opinião idêntica tem Melchior Moreira, presidente da Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal, que não acredita que o excesso de Turismo seja um problema em Portugal e lembra as taxas de ocupação por cama e quarto, que rondam os 55% e 69%, respectivamente. No caso do Porto, a taxa de ocupação/cama foi de 54% em 2016, segundo dados do INE, pelo que, refere o responsável, “há uma margem de crescimento muito grande”.
Tal como Vitor Costa, também Melchior Moreira prefere destacar os efeitos positivos e sublinha que “o Turismo é um fenómeno altamente dinâmico, que depende em grande medida do comportamento da conjuntura interna dos mercados emissores”, pelo que, “os fenómenos de concentração da procura de hoje (ou do passado) não serão necessariamente os do futuro”, defende.
E também Melchior Moreira reconhece que o Porto está a passar por mudanças, que não considera, no entanto, negativas e diz que o problema é que essas transformações estão “a ser debatidas de forma, muitas vezes, emotiva”, e não de um modo “racional e prospectivo”, como seria necessário.

Garantir a sustentabilidade

E também o Turismo de Portugal considera que as principais cidades portuguesas não estão a sofrer de excesso de Turismo, tema que o instituto tem vindo, no entanto, “a seguir com particular atenção”, seja através da análise de dados disponíveis em Portugal, seja pela observação de medidas tomadas noutros destinos. “É um tema actual, que tem vindo a ser abordado em diversos fóruns internacionais em que participamos e em que são discutidos indicadores e potenciais soluções”, destaca o presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo, explicando que o organismo tem vindo a acompanhar de perto “casos internacionais de pressão turística, monitorizando indicadores como, por exemplo, a densidade turística, que relaciona a procura turística e a área do território”. Luís Araújo diz que este é “um indicador internacionalmente utilizado para benchmark nesta matéria” e que tem mostrado que Lisboa e Porto “estão ainda bastante abaixo de outras cidades europeias”.
O presidente do Turismo de Portugal defende que não se pode comparar a realidade portuguesa “com a de outras cidades europeias”, até porque, “por enquanto, em Portugal, a relação entre turistas e habitantes locais tem sido de equilíbrio”. Ainda assim, Luís Araújo admite que “num destino que, ano após ano, atinge resultados recorde em todos os indicadores, é natural que o Turismo seja um assunto na ordem do dia, precisamente no que toca à sua sustentabilidade enquanto actividade” e invoca a Estratégia para o Turismo 2027, lançada pelo Governo para guiar a actividade turística nacional nos próximos 10 anos e na qual estão previstas “acções concretas” e “objectivos claros de promoção da sustentabilidade social e ambiental do País, que passam também por uma desconcentração da procura e redução da sobrecarga dos destinos tradicionalmente mais visitados”.
Em Lisboa, o pensamento é idêntico, uma vez que também Vitor Costa defende que “a sustentabilidade implica uma gestão adequada para que o Turismo possa crescer com qualidade” e volta a sublinhar que o caminho não deve passar por limitações. “O meu conceito de sustentabilidade não é o de ‘limitar’ o Turismo, nem ‘combater’ os ‘efeitos do Turismo’, nem ‘apagar a pegada turística’, mas sim, pela positiva, de gerir o crescimento, criando condições para que o Turismo possa continuar a dar a sua contribuição para o nosso desenvolvimento”, refere, salientando que “a isto acresce uma estratégia de melhor equilíbrio territorial de utilização turística”.
Melchior Moreira concorda que “há, certamente, um debate e uma análise a desenvolver” sobre o tema, motivo pelo qual a Entidade Regional de Turismo “está em permanente contacto com as instituições que tutelam de uma forma directa a gestão da cidade”.
É que uma má experiência dos turistas que nos visitam pode ter graves consequências na imagem do País enquanto destino turístico, uma possibilidade em que, por enquanto, ninguém acredita, pelo menos no “curto e médio prazo”, conclui Graça Joaquim.

Algarve diz que é “ridículo” falar em excesso de turistas

No Algarve, não há excesso de Turismo e Desidério Silva, presidente da Região de Turismo do Algarve, considera mesmo que é “ridículo” que se fale sequer nisso, uma vez que a principal região turística do País continua a sofrer com a sazonalidade e não vai além dos 65% de ocupação ao longo de todo o ano. “Em relação ao Algarve, essa questão não se põe. Tomara nós podermos dizer que temos excesso de turistas, mas não temos. Aliás, temos uma taxa de ocupação anual que não passa dos 65% e temos meses com 30% ou 40% de ocupação. É evidente que precisamos dos turistas”, refere o responsável em declarações ao Publituris.
Desidério Silva salienta que a região tem uma forte tradição turística desde os anos 80 e que nunca se viu confrontada com situações de turismofobia, considerando que não será agora, “que vai havendo oferta diversificada”, que o fenómeno se vai manifestar e atribui as críticas ao excesso de turismo às “opiniões de alguns pseudolíderes, que acham que podem emitir essas opiniões e criar esse ruído”. “Se começarmos a fazer ruído e a alimentar essa questão, os únicos prejudicados somos nós, enquanto destino turístico, e os empresários que investem no Turismo. Portanto, enquanto houver taxas de ocupação que ainda estão abaixo daquilo que é a sua sustentabilidade e muita oferta que não está a ser ocupada, obviamente que a questão não se põe”, refere.
Em Lisboa, pelo contrário, Desidério Silva entende que “o risco existe”, mas adverte que estamos a falar de uma “cidade que tem tido um crescimento muito grande” e onde se tem vindo a criar essa percepção, principalmente “quando o alojamento local começou a ter uma oferta estabilizada, o que pode ter criado alguma ‘dor de cotovelo’ e, por uns, acabam por pagar todos”, diz, considerando, no entanto, que “Lisboa não é exemplo de tudo”.

AHP quer controlar volume de oferta de alojamento

Muitas das críticas aos efeitos do Turismo têm surgido devido ao crescimento do alojamento, especialmente do alojamento local, mas também da hotelaria. Apesar de considerar que “estamos muito longe de ter excesso de turistas em Portugal”, a Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) reconhece que é necessário “acautelar algumas situações, principalmente quando falamos de cidades como Lisboa ou Porto e da sua capacidade de carga”. Foi por esse motivo que a Turismofobia foi um dos temas debatidos no último congresso da AHP.
A associação considera que “é fundamental que exista um equilíbrio entre quem habita e quem visita”, defendendo, por isso, que é necessário “controlar o volume de oferta de alojamento para que não percamos a identidade, logo o que nos distingue”. “Para que o Turismo seja sustentável, tem que haver um limite nas zonas que sofrem uma maior pressão turística”, refere a associação, numa nota enviada ao Publituris.
Mas, acrescenta a AHP, é preciso ter em conta que, a nível nacional, a ocupação da hotelaria só agora ultrapassou os 70%, além da estada média ainda continuar muito baixa, na ordem das duas noites, motivo pelo qual defende que a prioridade deve passar por levar a que os turistas “prolonguem a sua estadia e conheçam as regiões menos visitadas”. “Para evitar o excesso de Turismo, há que distribuir a procura por todo o território, como acontece com outros países, como por exemplo, a Itália ou a França, devendo o Turismo de Portugal promover incentivos para aumentar a estada média dos turistas no nosso País”, defende a associação.
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Edição Digital: O Turismo nas eleições, os vencedores dos “Portugal Trade Awards”, as tendências dos mercados emissores, entrevistas Cabo Verde, BTL e easyJet, NDC e Turismo Cultural

A edição do jornal Publituris que marca o 56.º aniversário da publicação está recheada de temas diversos.

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A próxima edição do jornal PUBLITURIS é especial. Especial porque é uma edição que estará na Bolsa de Turismo de Lisboa – BTL 2024. Especial porque traz uma perspectiva sobre o que vale o Turismo para os diversos partidos, com representação parlamentar, nas eleições de 10 de março. Especial porque divulga os vencedores dos “Portugal Trade Awards by Publituris @BTL 2024”.

A começar, em plena campanha eleitoral, trazemos a importância do setor do Turismo nos diversos programas eleitorais dos partidos, com representação parlamentar. Procurámos o que os oito programas trazem em termos de referência ao “Turismo”, “TAP” e “Aeroporto”.

Aproveitando a presença na FITUR 2024, que se realizou de 24 a 28 de janeiro, em Madrid, o jornal Publituris analisa as principais tendências dos mercados emissores mais relevantes. Na conferência da UN Tourism (antiga Organização Mundial do Turismo – OMT), China, Índia, Médio Oriente, Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Espanha, EUA e Canadá deram a conhecer como é que os respetivos habitantes irão viajar em 2024.

Nesta edição, divulgamos os vencedores da 12.ª edição dos “Portugal Trade Awards”. Assim, os vencedores são: Solférias – “Melhor Operador Turístico”; Cosmos – “Melhor Agência Corporativa”; Consolidadro.com – “Melhor Consolidador”; Abreu – “Melhor DMC”; Abreu online – “Melhor Distribuidor B2B”; ATR – “Melhor GSA Aviação”; Amadeus – “Melhor Sistema Global de Distribuição”; CM Private Luxury Tours – “Melhor Empresa de Transfers”; Unlock Boutique Hotels – “Melhor Empresa Gestão Hoteleira”; GuestCentric – “Melhor Empresa de Software de Gestão Hoteleira (PMS)”; Merytu – “Melhor Startup”; Neoturis – “Melhor Consultoria e Assessoria em Turismo”; Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril – “Melhor Formação em Turimso”; Ageas – “Melhor Seguradora de Viagens”; Gr8 Events – “Melhor Empresa de Organização de Eventos”; MEO Arena – “Melhor Venue para Eventos e Congressos”; e, por último, a “Personalidade do Ano 2023”, prémio entregue a Luís Rodrigues, CEO da TAP Air Portugal.

Na “Distribuição”, damos a conhecer a oferta da Solférias para o verão de 2024. O operador turístico, através do evento “Oficina de Ideias, promoveu ações de formação sobre os destinos que constam da sua programação charter para o verão, designadamente, as ilhas do Sal e da Boavista, em Cabo Verde, Porto Santo, Hurgada (Egito), Monastir e Djerba (Tunísia), Saidia (Marrocos), Senegal e Zanzibar (Tanzânia).

Nos “Destinos”, entrevistámos o ministro do Turismo e Transportes de Cabo Verde, Carlos Santos, que admitiu que o destino ainda tem espaço para crescer em Portugal, mercado emissor que faz parte do top 5. Por isso, foi escolhido coo destino internacional convidado da edição 2024 da BTL.

Ainda nos “Destinos”, falámos com Luís Pedro Martins, presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), a propósito da nova marca e conceito da e para a região. De resto, Luís Pedro Martins salientou que a região “está no bom caminho para ter mais turismo e, muito importante, melhor turismo”.

No âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de abril de 1974, o jornal Publituris traz “Capas que fazem História”. Nesta edição mostramos a capa de 1 de março de 1974, edição essa que marcou o 6.º aniversário da publicação.

Com a realização da BTL 2024, de 28 de fevereiro a 3 de março, ficámos a saber que a grande ambição do maior evento do setor do turismo, em Portugal, passa “pelo mundo se mostrar em Portugal na BTL”. Pedro Braga, diretor-geral adjunto da FCE Lisboa – Feiras Congressos e Eventos, deixou a referência de que a BTL “tem a ambição de fazer regressar o Turismo de Portugal, apresentar um Conselho Estratégico e abrir a BTL ao mundo”.

Nos “Transportes”, José Lopes, country manager da easyJet Portugal, disse, em entrevista, que “Portugal continua a ter oportunidades interessantes para crescimento no futuro”. Isto, depois de a easyJet ter registado, em 2023, um ano histórico, e estimar voltar a crescer mais 6%, em 2024.

Ainda nos “Transportes”, depois de, em 2023, ter feito uma forte aposta nas Caraíbas, a World2Fly, companhia aérea do Grupo World2Meet (W2M) volta a disponibilizar, este verão, uma extensa oferta de voos para Cuba, República Dominicana e México. Além das Caraíbas, o grupo tem já no mercado uma vasta programação, com destaque para destinos com a Albânia ou Zanzibar.

Na “Tecnologia”, o tema é NDC. Para tal, entrevistámos um especialista na área da aviação comercial, Mário Almeida, desvendamos, em primeira pessoa, a estratégia da TAP sobre a matéria, e damos a conhecer a APG Platform NDC.

Para finalizar, o “Dossier” desta edição é dedicado ao Turismo Cultural e Industrial. Num país onde, queiramos ou não, a cultura é vista (infelizmente) como um parente pobre, o turismo literário tem conseguido combater este cenário. Contudo, a tarefa não é fácil e o Turismo de Portugal tem-se esforçado por colocar o Turismo Literário – e não só – no mapa de diversificação da oferta turística, para dentro e para fora.

Já no Turismo Industrial, na vila mineira no Baixo Alentejo, é possível recuar 5000 anos para encontrar os primeiros indícios de mineração na área de Aljustrel. Constituindo ainda uma das minas em atividade mais antigas do mundo, nasceu, recentemente, o Parque Mineiro de Aljustrel, revelando Marcos Aguiar, coordenador deste projeto, tratar-se de um produto “muito genuíno e com alicerces históricos muitos robustos”.

Tudo isto além do Check-in, e das opiniões de Francisco Jaime Quesado (Economista e gestor); Ana Jacinto (AHRESP); Carlos Torres (Jurista), Pedro Castro (SkyExpert); Joaquim Robalo de Almeida (ARAC); e Jan-Erik Ringertz (Highgate Portugal).

Leia aqui a edição.

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Edição Digital: Uma última homenagem a André Jordan, a reta final na votação para os Portugal Trade Awards, Tiger Team e autocarros de turismo

A edição de 16 de fevereiro do jornal PUBLITURIS faz capa com André Jordan, falecido no dia 9 de fevereiro. O PUBLITURIS presta, assim, uma homenagem a quem foi apelidado durante anos como “Pai do Turismo” em Portugal. “Portugal Trade Awards by Publituris @BTL 2024”, Tiger Team e um dossier sobre Autocarros de Turismo preenchem o resto da edição.

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A segunda e última edição de fevereiro de 2024 do jornal PUBLITURIS faz uma homenagem a André Jordan. Empresário, empreendedor, “Pai do Turismo” em Portugal, “Senhor Quinta do Lago”, Senhor Belas Clube de Campo”, André Jordan marcou, indiscutivelmente, o setor do turismo no nosso país.

Nesta edição republicamos uma das primeiras entrevistas dadas por André Jordan em Portugal e ao jornal PUBLITURIS. Foi na edição de 15 de outubro de 1974 que Nuno Rocha, fundador e na altura diretor do jornal, entrevistou André Jordan. O foco da entrevista está, sobretudo, no Algarve, mas o que André Jordan referiu há quase 50 anos sobre a região, não só é válido para o Algarve como para todo o país.

Lá estão temas como o Aeroporto de Lisboa, um “Turbotrain”, a necessidade de se apostar em infraestruturas, o emprego, a inflação, incentivos fiscais, desenvolvimento social, tráfego aéreo, poluição, a cultura, o golfe [claro], atração de investimento estrangeiro, etc..

Recordo, a data da entrevista que republicamos é de 1974!

Além desta homenagem que o jornal PUBLITURIS presta a André Jordan, recordamos os nomeados para os “Portugal Trade Awards by Publituris @BTL 2024”, cujas votações terminam neste dia 16 de fevereiro de 2024.

Ainda poderá votar até ao final do dia em https://premios.publituris.pt/trade/2024/

No “Meeting Industry”, fomos conversar com João Moita, Managing Partner da Tiger Team, DMC que está no mercado desde janeiro de 2023. João Moita reclama infraestruturas de raiz em Lisboa para servir o segmento onde a empresa se posiciona, o MICE, designadamente, um centro de congressos, hotéis de grandes dimensões e um parque de diversões, sem falar da falta de decisão sobre um novo aeroporto. De resto, admite que Portugal tem boa reputação no panorama internacional para este segmento.

O “Dossier” desta edição é dedicado aos Autocarros de Turismo. Depois de um ano positivo em 2023, as empresas de autocarros de turismo e passageiros mostram-se confiantes de que também 2024 venha a ser um ano de sucesso e, apesar dos desafios que continuam a existir, há novidades para apresentar ao mercado.

Numa edição que junta o “Check-in” com o Pulse Report da guestcentric, as opiniões pertencem a Francisco Jaime Quesado (economista e gestor) e Amaro F. Correia (docente na Atlântico Business School.

Leia aqui a edição.

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Edição Digital: O verão IATA na aviação, PTL Tours, ‘Travel Outlook’ da Deloitte, recrutamento no turismo, Virgin Voyages e os nomeados dos Portugal Trade Awards

A edição de 2 de fevereiro de 2024 faz uma previsão do que será o verão IATA’24 para as companhias aéreas que atuam em Portugal. Mais há mais: PTL Tours, ‘Travel Outlook’ da Deloitte sobre o mercado dos EUA, recrutamento no turismo, Virgin Voyages e os nomeados dos Portugal Trade Awards.

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A primeira edição de fevereiro faz capa com o verão IATA’24 no setor da aviação. Depois de um 2023 que foi positivo para a aviação e para a generalidade das companhias aéreas que operam em Portugal, as expectativas estão em alta e, apesar dos muitos problemas e23 desafios que ameaçam a aviação, esperam-se várias novidades para o próximo verão IATA, que se assinala entre 31 de março e 26 de outubro.

Além disso, as companhias aéreas revelam as operações que prepararam para mais uma época alta em Portugal. Novas rotas, mais frequências e aumentos de capacidade prometem marcar o próximo verão.

Não é uma agência de viagens convencional, mas também não é um operador turístico tradicional porque não vende às agências de viagens. A PTL Tours, que tem a sua própria programação, trabalha 98% com grupos fechados. É neste sentido que o seu CEO, Luís Costa carateriza a empresa que fundou, juntamente com dois sócios, como “um operador que vende ao público”. No entanto, há fortes probabilidades de vir a assumir-se como um operador turístico puro, enquanto pretende dinamizar o incoming.

Depois de mais de dois anos de ganhos consistentes, as viagens de lazer podem ter aproveitado toda a procura reprimida dos anos de pico da pandemia, admitindo a Deloitte no seu “Travel Outlook” para 2024, que, à medida que o fenómeno das “viagens de vingança” diminui, uma nova era pode estar a emergir para as viagens outbound dos EUA.

Um recente estudo da Michael Page veio mostrar que as dificuldades de recrutamento no setor Hospitality & Leisure se devem manter ou até agravar em 2024, uma vez que a oferta turística tem vindo a crescer a um ritmo acelerado, muito acima do número de pessoas que integra o setor.

A Mundomar Cruzeiros, que passou a representar em exclusivo a Virgin Voyages em Portugal e Espanha desde novembro de 2023, realizou, em meados de janeiro, um webinar para apresentar aos agentes de viagens portugueses e espanhóis esta companhia de cruzeiros, que prima pelo luxo e rompe com muitas das tradições deste setor.

Nesta edição continuamos a divulgar os nomeados para os “Portugal Trade Awards by Publituris @BTL 2024”, cujos vencedores serão conhecidos a 28 de fevereiro no evento que se realiza na FIL.

São 96 nomeados em 16 categorias que estão em https://premios.publituris.pt/trade/2024/ à espera do seu voto.

As opiniões desta edição pertencem a Francisco Jaime Quesado (Economista e Gestor) e Joaquim Robalo de Almeida (ARAC).

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Edição Digital: Entrevista a Lídia Monteiro, IAG7 em Portugal, Piauí, Rio Grande do Sul, dossier golfe e nomeados dos “Portugal Trade Awards”

Esta edição do Publituris faz capa com a entrevista a Lídia Monteiro, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal. Além disso, há uma conversa com Ángel Muñoz, CEO da IAG7, e a intenção de compra em território nacional, a descoberta de Piauí, uma viagem a Rio Grande do Sul e um dossier dedicado ao golfe turístico e o lançamento dos “Portugal Trade Awards by Publituris @BTL 2024”.

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A 2.ª edição do jornal PUBLITURIS faz capa com uma entrevista a Lídia Monteiro, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal no rescaldo da apresentação da nova campanha “It’s not tourism. It´s futourism” e em vésperas da maior participação do nosso país na FITUR, em Madrid.

Com os resultados a indicarem o melhor ano de sempre para o turismo em Portugal, Lídia Monteiro admite que o turismo é, provavelmente, dos poucos setores em Portugal que tem tido, ao longo dos anos, consistência nas mensagens e isso, salienta, aponta agora para o “turismo do futuro” que “tem de passar, necessariamente por um equilíbrio entre visitantes e residentes, entre territórios do litoral e do interior, entre atividade turística, cultura, ambiente e património”.

Na “Distribuição”, entrevistámos Ángel Muñoz, CEO da IAG7, a quarta maior agência de viagens corporativa em Espanha e que está em Portugal há cinco anos. No nosso país, a ambição é crescer e, por isso, está à procura de uma oportunidade para comprar agências de viagens médias ligadas a este segmento.

Em Portugal esteve, também, o Estado brasileiro do Piauí que, num evento organizado pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), mostrou toda a sua oferta turística, cultural, natural, histórica, arqueológica e gastronómica. De resto, Portugal foi o pontapé de saída para a promoção do destino que quer conquistar a Europa.

Nesta edição e como vem sendo habitual nesta altura do ano, lançamos também os nomeados dos “Portugal Trade Awards by Publituris @BTL 2024”. Este ano, são 96 nomeados em 16 categorias, havendo ainda lugar para a “Personalidade do Ano”.

As votações decorrem entre 22 de janeiro e 16 de fevereiro de 2024 e os vencedores serão conhecidos no primeiro dia da BTL 2024, a 28 de fevereiro. Por isso, vote a partir de segunda-feira em https://premios.publituris.pt/trade/_2024/

Nesta edição viajamos, também, ao Estado do Rio Grande do Sul, conhecido como um dos principais destinos turísticos do Brasil e o local que os brasileiros para fazer turismo de inverno.

O “Dossier” desta edição de 19 de janeiro é dedicado ao golfe turístico. Começamos com uma entrevista a Nuno Sepúlveda, presidente do Conselho Nacional da Indústria do Golfe (CNIG), que admite que se está a “valorizar o produto golfe e a tentar cobrar o valor certo”.

Com os dados do Turismo de Portugal a indicarem um primeiro semestre de 2023 com os melhores números já registados no nosso país, Nuno Sepúlveda admite que “está na altura de renovar o produto e melhorar a promoção do mesmo”. A luta para a baixa do IVA no golfe, essa continua e seria, segundo o presidente do CNIG, “um fator importante de competitividade”.

Ouvidos foram, também, alguns agentes do segmento golfe em Portugal que antecipam um bom ano de 2024, fazendo eco das palavras do presidente do CNIG quando referem que a passagem do IVA do golfe de 6% para 23% “fragilizou muito a atividade face aos outros destinos e impossibilitou voltar aos números de 2010 [ano recorde no golfe turístico]”.

Neste dossier, os agentes do golfe turístico ouvidos pelo Publituris destacam, igualmente, que “o golfe não é um grande consumidor de água” e que esta questão precisa de ser “desmistificada”.

Além do “Check-in”, onde o Conselho Editorial do Publituris responde às questões colocadas, as opiniões pertencem a Francisco Jaime Quesado (economista e gestor), Joaquim Robalo de Almeida (ARAC) e Jorge Papa (Golfe do Morgado).

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Edição Digital: Balanço 2023 e Perspectivas 2024, Viajar Tours, Air France-KLM e dossier Neve

A primeira edição do jornal PUBLITURIS de 2024 faz capa com o habitual balanço do ano e as perspectivas para 2024. Também nesta edição damos conta das novidades da Viajar Tours, da política de sustentabilidade da Air France-KLM e do mercado Neve.

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Começar um novo ano implica, naturalmente, fazer um balanço do ano que terminou e perspectivar o que poderão ser os próximos 365 dias. Como habitualmente, a primeira edição do jornal PUBLITURIS do ano falou com diversos players do setor do turismo em Portugal.

Fomos ouvir o que Francisco Calheiros (CTP), Cristina Siza Vieira (AHP), Ana Jacinto (AHRESP), Pedro Costa Ferreira (APAVT), António Marques Vidal (APECATE), Hélder Martins (AHETA), Miguel Quintas (ANAV), Eduardo Jesus (Madeira), Berta Cabral (Açores), Raul Almeida (Centro), Carla Salsinha (Lisboa), José Manuel Santos (Alentejo e Ribatejo), André Gomes (Algarve), Luís Henriques (Airmet), Ricardo Teles (Bestravel), Paulo Mendes (GEA Portugal), Adriano Portugal (Mercado das Viagens), Paulo Geisler (RENA), Joaquim Robalo de Almeida (ARAC) e Nikos Mertzanidis (CLIA) têm para dizer sobre o que foi 2023, mas, fundamentalmente, o que esperam de 2024.

Certo é que 2023 terminou batendo todos os recordes ao nível das receitas turísticas, dormidas e hóspedes, ultrapassando o “histórico” ano de 2019. Apesar da instabilidade que se vive interna e externamente, o setor espera, no entanto, um ano “normal”, com crescimento e “algumas” decisões.

Na “Distribuição”, damos a conhecer a novidade apresentada pela Viajar Tours. Álvaro Vilhena, general manager da Viajar Tours, refere ao Publituris que a operação charter para Puglia já estava pensada há muito, mas que, por força das circunstâncias, foram adiando.

Nos “Transportes”, a renovação do acordo com a Travelstore, que foi o primeiro player do setor das viagens em Portugal a aderir ao programa Air France-KLM SAF Corporate, serviu de mote para uma conversa com Miguel Mota, diretor comercial da Air France-KLM em Portugal, sobre a política de sustentabilidade do grupo de aviação, que tem vindo a dar vários passos para reduzir as suas emissões poluentes.

O “Dossier” desta edição é dedicado à Neve. Há cada vez menos operadores turísticos em Portugal a programar férias nas estâncias de neve, isto porque, com as facilidades que as novas tecnologias trouxeram, os aficionados dos desportos de inverno encontraram formas de reservar diretamente ou via online.

Quanto às ofertas existentes, os objetivos passam, por um lado, por dar cada vez melhor serviço aos clientes, e por outro numa aposta clara nas novas tecnologias e na sustentabilidade, acautelando-se face às alterações climáticas.

Além do Pulse Report, uma parceria entre a GuestCentric e o jornal Publituris, as opiniões pertencem a Francisco Jaime Quesado (economista e gestor), António Marques Vidal (APECATE) e Joaquim Robalo de Almeida (ARAC).

Até lá, leia aqui a edição.

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Edição Digital: Aeroporto em Alcochete, bTd Travel, Cuba, Costa Cruzeiros, FITUR e MICE em Praga

A última edição de 2023 do jornal Publituris dá destaque de capa à solução indicada pela Comissão Técnica Independente para a localização do que será o novo aeroporto para a região de Lisboa. Além disso, trazemos as novidades da bTd Travel, viajámos até Cuba e na Costa Cruzeiros, entrevistámos a diretora da FITUR e visitámos as ofertas MICE em Praga.

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50 anos após o início da discussão sobre a localização do novo aeroporto para a região de Lisboa, após quase duas dezenas de locais e com um “jamais” quanto à localização na Margem Sul pelo meio, eis que a Comissão Técnica Independente (CTI) aponta para Alcochete como a solução mais viável. A decisão cabe agora ao vencedor das eleições de 10 de março. Isto, caso o assunto não se arraste por mais alguns anos.

A solução Vendas Novas coloca-se à frente das outras seis possíveis localizações como alternativa para a construção de uma infraestrutura pela qual o setor do turismo reivindica há muito.

Pelo meio, fica o recado de Carlos Mineiro Aires, presidente da comissão de acompanhamento da CTI, “não me passa pela cabeça que este trabalho não venha a servir para nada”. A ver vamos.

Na “Distribuição”, mostramos os pontos altos do 48.º Congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), realizado, no Porto de 30 de novembro a 2 de dezembro. E se estava certo que, em 2025, para o 50.º congresso e 75.º aniversário da associação a viagem é feita a Macau, em 2024 será Huelva a anfitriã do evento.

Também na “Distribuição” damos a conhecer a bTd Travel que acaba de se apresentar formalmente em Portugal, como porta de entrada na Europa, uma vez que já está instalada nos EUA e no Brasil. Ao Publituris, Manoel Suhet, CEO da empresa, explicou que a bTd Travel é uma concierge de viagens exclusiva que usa a tecnologia como principal ferramenta para o crescimento, otimização de processos e agilidade, focada no cliente executivo que tem de viajar muito internacionalmente, gasta nas compras online e depois faz a viagem de luxo com a família, e também clientes de alto poder aquisitivo.

A convite do grupo MGM Muthu Hotels, o Publituris visitou a ilha de Cuba, destino que é considerado a Pérola das Caraíbas e que está de regresso ao tabuleiro do turismo internacional, depois do longo encerramento provocado pela COVID-19. Apesar de ainda nem tudo estar bem oleado, o certo é que Cuba ainda é um destino incontornável, até porque continua a contar com praias paradisíacas e com a típica hospitalidade cubana.

Nos “Transportes”, a Costa Cruzeiros promoveu, a 27 de novembro, a 27.ª edição dos Protagonistas do Mar, evento no qual a companhia de cruzeiros distingue anualmente os seus melhores parceiros e que, este ano, voltou a premiar agências de viagens e comunicação social portugueses.

No “Meeting Industry”, entrevistámos Maria Valcarce, diretora da FITUR, feira que pela 44.ª vez, dá o pontapé de saída para mais um ano, no que diz respeito às feiras de turismo internacionais. Para Maria Valcarce o evento “é um espelho que reflete o que a indústria do turismo significa para a economia mundial”.

Também no “Meeting Industry”, viajámos até Praga, cidade das 100 torres, banhada pelo no Rio Vltava, que é visitada em lazer por turistas de todo o mundo e está entre as mais bonitas da Europa, mas também está a dar que falar no que diz respeito à capacidade para acolher eventos internacionais dos mais variados tipos e das mais variadas dimensões.

Além do “Pulse Report”, numa parceria com a GuestCentric, as opiniões desta edição pertencem a Francisco Jaime Quesado (economista e gestor), Ana Jacinto (AHRESP), Amaro F. Correia (docente), André Villa de Brito (sommelier e tour guide) e Pedro Valle Abrantes (Trypor), e Carlos Torres (jurista).

O jornal Publituris está regresso na edição em papel na primeira semana de janeiro de 2024.

Até lá, leia aqui a edição.

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Edição Digital: Entrevistas Pedro Costa Ferreira (APAVT), Dália Palma (BTL), WTM Global Travel Report, Festuris, IA e Programação 2024

1500. É este o número que o jornal PUBLITURIS celebra nesta edição. Para tal convidámos Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT para diretor, além de ser o entrevistado que faz capa desta edição especial. Além disso, temos as tendências das viagens de lazer, uma viagem à Islândia, uma antevisão da BTL 2024, resumo do Global Summit do WTTC e do Festuris, Inteligência Artificial nas viagens e turismo e um dossier dedicado à programação 2024.

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O jornal PUBLITURIS comemora no dia 24 de novembro de 2023 a edição 1500. Por ser uma edição especial, Pedro Costa Ferreira, presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagem e Turismo (APAVT), é o diretor convidado que, em conjunto com a redação do PUBLITURIS, definiu algumas das temáticas que fazem parte deste número.

Mas além de definir alguns temas, Pedro Costa Ferreira também é um dos entrevistados desta edição, no âmbito do 48.º Congresso da APAVT, que se realiza entre 30 de novembro e 2 de dezembro, na cidade do Porto.

Com o congresso a ser dedicado à Inteligência Artificial (IA), o presidente da APAVT admite, de resto, que “no futuro, simplesmente, ninguém vai conseguir competir sem utilizar IA”, considerando ainda que “hoje a IA é uma oportunidade estratégica de negócio muito importante e é, naturalmente, também um risco de negócio se essa oportunidade não conseguir ser realizada”.

Quanto ao setor das agências de viagem, Pedro Costa Ferreira salienta que, “se tudo correr decorrer como está a decorrer, em 2024, ou seja, em três anos [2022, 2023 e 2024] conseguiríamos recuperar os balanços de 2019”.

No que diz respeito à atualidade e à crise política desencadeada com a demissão do primeiro-ministro, António Costa, o presidente da APAVT frisa que “a instabilidade política é inibidora do consumo”, e, portanto, “quando as pessoas têm menos certezas relativamente ao futuro, tendem a proteger-se”.

Já no que toca às decisões adiadas – Aeroporto e privatização da TAP – Pedro Costa Ferreira admite que “o maior custo é o da não decisão [relativamente ao novo aeroporto]”, sendo que, “quando as circunstâncias fazem com que a decisão seja adiada, essa a pior notícia para todos”.

E conclui: “Agora temos a certeza que os atrasos [Aeroporto e TAP] vão ser absolutamente significativos”. E isso, é segundo o presidente da APAVT, “absolutamente demolidor para um país que depende do turismo e um turismo que depende do aeroporto”.

Apresentado no World Travel Market (WTM) London 2023, o Global Travel Report, realizado em associação com a Tourism Economics, da conta que, apesar de se registar, globalmente, uma desaceleração económica, fruto das mais diversas políticas monetárias, altas das taxas de juro e quebras no rendimento disponível, as estimativas para as viagens de lazer, para 2024, permanecem robustas.

Nas “Viagens”, o PUBLITURIS foi até à Islândia, a convite da PLAY airlines. Localizada no Oceano Atlântico Norte, com 103 mil quilómetros quadrados e uma população de pouco mais de 370 mil habitantes, a Islândia é daqueles países que, quando referimos que visitámos, cria alguma inveja.

Desde as paisagens, a natureza, glaciares, geisers, gastronomia, piscinas aquecidas, cascatas e pessoas, a Islândia começa a ter cada vez mais procura por parte dos turistas que reconhecem que há muito para ver e experimentar na ilha.

No “Meeting Industry”, entrevistámos Dália Palma, gestora Coordenadora da BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa, a propósito do maior evento do turismo realizado em Portugal que se realiza de 28 de fevereiro a 3 de março de 2024.

Para Dália Palma, a BTL desempenha “um importante papel, enquanto promotor da contratação do destino Portugal, na vertente do B2B, mas também um acelerador na reserva de férias dos portugueses na vertente B2C”.

Quanto à internacionalização do certame, a gestora Coordenadora da BTL deixa a certeza que esta “é uma das nossas prioridades estratégicas”.

Ainda no “Meeting Industry”, damos conta da relevância que o continente africano poderá ter no futuro, admitindo Julia Simpson, CEO e presidente do World Travel & Tourism Council (WTTC), que “África é uma região muito apetecível para o investimento no turismo”. Numa entrevista conjunta realizada durante o Global Summit que o WTTC organizou pela primeira vez em terras africanas (Ruanda), Julia Simpson considerou ainda que “as alterações climáticas são uma das grandes preocupações no setor das viagens e turismo”.

Do Ruando para o Brasil, mais concretamente, para o Festuris, realizado de 9 a 12 de novembro, em Gramado, Portugal regressou ao evento com presença reforçada e novo posicionamento. Portugal contou com um novo stand que quadruplicou de tamanho e que estreou um novo conceito: o luxo. No final, o balanço foi positivo, tanto da feira como da participação portuguesa.

A propósito do congresso da APAVT, trazemos a Inteligência Artificial, tema que esteve em destaque no Global Summit do WTTC e no WTM London 2023. Se do Ruanda ficou a ideia de que a IA não está no futuro, mas está a acontecer agora e é inevitável, seja no setor das viagens e do turismo ou em qualquer outra atividade”, no WTM destacou o facto de “a indústria das viagens e turismo ser um negócio que envolve dados e, por isso, a IA é fundamental para desenvolver e estruturar os produtos a disponibilizar aos consumidores e clientes”.

Neste capítulo, Nelson Boyce, Managing Director da Google para a área de Viagens e Turismo deixou a seguinte questão: “Hoje teremos de olhar para o consumidor do futuro e esse é, sem dúvida nenhuma, muito mais tecnológico do que qualquer geração anterior. Agora imaginem dentro de cinco ou dez anos?”.

Nos “Transportes”, damos conta dos ventos de feição que sopram para as companhias áreas de baixo custo (Low Cost Companies – LCC) que saíram fortalecidas da pandemia, tendo recuperado não só para os níveis pré-pandemia, como estão muito otimistas em relação ao futuro. Isso ficou patente durante a realização do AviationEvent, em Viena, onde se reuniram administradores de companhias aéreas e de aeroportos europeus e especialistas em aviação.

O “Dossier” da edição 1500 do jornal PUBLITURIS é dedicado à programação dos operadores turísticos para 2024. Para já, são muito similares às apresentadas em 2023, tanto a nível do volume como de destinos, embora alguns estejam a avaliar novas operações, bem como a estudar a melhoria das existentes. No entanto, a programação 2024 está praticamente toda nas redes de distribuição, e as ofertas são aliciantes, cobrindo dos charters à operação regular.

Por fim, além do “Check-in” do Conselho Editorial, as opiniões pertencem a Francisco Jaime Quesado (economista e gestor), Sílvia Dias (Savoy Signature), Pedro Castro (SkyExpert), e António Paquete (economista).

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Edição Digital: 50 Anos Pinto Lopes Viagens, Portugal Footprints, inclusão nas viagens, Maurícia, Muthu Aviation e seguros

Meio século de história da Pinto Lopes Viagens fazem capa desta edição do jornal PUBLITURIS. Além disso, damos a conhecer uma nova DMC, a importância da inclusão nas viagens, Maurícia, uma nova companhia aérea em Cuba, e um dossier sobre seguros de viagem.

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A primeira edição do mês de novembro faz capa com os 50 anos da Pinto Lopes Viagens. Em entrevista ao jornal PUBLITURIS, Rui Pinto Lopes, CEO da empresa que tem passado de geração em geração, mantendo a mesma identidade – viagens culturais em grupo, mas também com os olhos postos no presente e, fundamentalmente, no futuro – contou-nos esta história de meio século.

Também na “Distribuição”; damos a conhecer uma nova Destination Management Company (DMC): Portugal Footprints. A dar os primeiros passos, tendo iniciado a operação em setembro deste ano, Inês Viegas, fundadora e diretora-geral da empresa, sabe bem o que quer e o foco será sempre na autenticidade e personalização.

A finalizar a “Distribuição”, num mundo cada vez mais diverso, ter atenção a aspetos como a inclusão, diversidade e/ou comunidades locais tornou-se fulcral para promover um destino ou uma viagem. Num estudo recente a operadores e agentes de viagem, a Expedia dá algumas indicações em como aproveitar algumas, senão muitas, das oportunidades que diversos segmentos de mercado/consumidores/viajantes disponibilizam.

A convite da Solférias, Emirates e Sunlife, o jornal PUBLITURIS viajou até à Maurícia, uma ilha de azul verde a perder de vista onde diferentes culturas se juntam para formar uma só.

O historiador Jorge Mangorrinha conta-nos a história da vila alentejana de Aljustrel, uma vila pacata que vive, essencialmente, da sua mina. Esta localidade começa a ser um ponto de estadia turístico e a inauguração do Flag Hotel Villa Aljustrel, acabou por ajudar a quem passa e a quem se recolhe.

Já o convite da MGM Muthu Hotels, levaram o jornal PUBLITURIS a Cuba. Foi na 5.º edição da Bolsa Destinos Gaviota, uma mostra da oferta turística, que decorreu em Cayo Cruz, ficámos a saber que a Muthu Aviation chega em dezembro para dar resposta à escassa oferta de voos domésticos num dos principais destinos turísticos das Caraíbas.

A edição do jornal PUBLITURIS fecha com um “Dossier” dedicado aos seguros. A pandemia da COVID-19 veio alertar os portugueses para a necessidade de contratar um seguro de viagem e, apesar da situação epidemiológicas estar mais calma, a procura por coberturas com assistência médica ou contra cancelamentos continua alta. Ainda assim, o futuro dos seguros de viagem não está isento de riscos e desafios.

Além do PULSE REPORT, numa parceria entre o PUBLITURIS e a GuestCentric, as opiniões pertencem a Francisco Jaime Quesado (economista e gestor) e Luíz S. Marques (investigador).

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Edição Digital: Especial WTM London, IPDAL, Ras Al Khaimah, Vietname e Camboja, MSC Cruzeiros e Mercados de Natal

A próxima edição do PUBLITURIS destaca a presença de Portugal no World Travel Market (WTM) London 2023. A vontade de Cuba atrair turistas e investimento portugueses, entrevista a um responsável pelo turismo de Ras Al Khaimah, a viagem ao Vietname e Camboja, entrevista a Eduardo Cabrita (MSC Cruzeiros) e o dossier dedicado aos Mercado de Natal fazem, igualmente, parte desta edição.

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A próxima edição do jornal PUBLITURIS a última do mês de outubro, faz capa com a presença de Portugal no World Travel Market (WTM) London 2023. 32 expositores que estarão de 6 a 8 de novembro no ExCel London dão conta da importância da presença no WTM, os objetivos dessa mesma presença, a relevância do mercado britânico para a operação, fazem uma antecipação do que poderá vir a ser o ano de 2024 e, finalmente, o que diferencia Portugal, enquanto destino turístico, dos restantes destinos concorrentes.

Tudo isto em inglês, já que esta edição do PUBLITURIS será distribuída ao longo dos três dias do WTM e para um mercado que é o 3.º maior mercado emissor de turistas a nível mundial e o 2.º maior da Europa, concentrando uma quota de 7,9% do total da procura turística mundial.

Relativamente a Portugal, em 2022, o Reino Unido posicionou-se como o 1.º mercado turístico da procura externa para o destino Portugal aferido pelo indicador dormidas (quota 19,3%) e ocupou o 2.º lugar para o indicador hóspedes (quota 13,8%).

Nesse ano, as dormidas dos turistas provenientes do Reino Unido em Portugal registaram um acréscimo de 193,8% e os hóspedes um aumento de 205,0% face ao ano anterior, totalizando nove milhões de dormidas e 2,1 milhões de hóspedes, respetivamente.

No período de janeiro agosto de 2023, o Reino Unido foi o 1.º mercado turístico da procura externa para o destino Portugal aferido pelo indicador dormidas (quota 18,4%) e o 2.º mercado para o indicador hóspedes (quota 13,0%).

Nesse período, as dormidas dos turistas provenientes do Reino Unido em alojamento turístico em Portugal registaram um crescimento de 9,8% e os hóspedes terão aumentado 12%, face ao período homólogo de 2022, totalizando 6,7 milhões de dormidas e 1,6 milhões de hóspedes.

Analisando o período acumulado de janeiro agosto do ano de 2023, comparativamente aos 8 meses análogos anteriores reportado a 2019, antes da pandemia, observam-se que os valores registados nos indicadores hóspedes, dormidas e receitas turísticas foram superiores aos valores registados na pré-pandemia em 2019, com acréscimos de 9,3%, 5,0% e 18,1% respetivamente.

De 2023 a 2027, as partidas internacionais do Reino Unido devem crescer a um CAGR de 5,8% para chegar a um total de 111,4 milhões de partidas em 2027 (projeções da GlobalData). Os gastos dos turistas britânicos no estrangeiro deverão aumentar a um CRGR de 7,8% reportado ao período de 2023 a 2026 (previsões da GlobalData).

Mas há mais para ler nesta edição do PUBLITURIS. Cuba, que lançou este ano uma campanha de promoção turística com o mote de ser a “ÚNICA”, está de braços abertos para receber cada vez mais turistas portugueses, mas também quer ver a presença de mais empresas do nosso país a investirem no setor do turismo no destino, para além do grupo Vila Galé que acaba de abrir uma unidade hoteleira em Cayo Paderón, apelou o ministro cubano do Turismo, Juan Carlos García Granca.

Ainda em “Destinos”, a viagem a Ras Al Khaimah, a convite da Solférias, Emirates, Sunlife Hotels e Visit Ras Al Khaimah, foi aproveitada para entrevistar Iyad Rasbey, vice-presidente de desenvolvimento do turismo de destino na Autoridade de Desenvolvimento do Turismo de Ras Al Khaimah.

Mais do que utilizar a natureza como um trunfo para atrair visitantes, o destino está também empenhado na captação do mercado de reuniões, incentivos, conferências e exposições (MICE), além de querer afirmar-se como destino internacional para casamentos, “como parte da estratégia de diversificação do Emirado”. O objetivo é claro: captar três milhões de visitantes anuais até 2030.

O PUBLITURIS foi, igualmente, o único meio convidado pela Vietnam Airlines para visitar o Vietname e o Camboja, destinos de sonho pelos quais nos apaixonámos através dos filmes e que misturam paisagens deslumbrantes, com culturas únicas e povos hospitaleiros, que sabem receber os estrangeiros.

Nos “Transportes”, o entrevistado desta edição do PUBLITURIS foi Eduardo Cabrita, diretor-geral da MSC Cruzeiros Portugal, que faz um balanço positivo de 2023 e espera chegar ao final do ano com números superiores aos do ano passado, apesar dos desafios. A ajudar ao balanço positivo estão as partidas de Lisboa, que voltaram a ser um sucesso, o que ditou um aumento da oferta já para 2024.

Para terminar, o “Dossier” desta edição e com o Natal a aproximar-se é dedicado, precisamente, aos Mercados de Natal. Com a chegada da época festiva, os Mercados de Natal continuam a registar uma forte procura por parte dos portugueses. Prova disso mesmo, são as ofertas disponibilizadas pelos diversos operadores ouvidos pelo PUBLITURIS que preveem uma “prenda” no sapatinho para este final de ano.

Falámos, também, com Leslie Bent, Manager Portugal, Turismo da Suíça, que salientou que os Mercados de Natal são “um produto forte da Suíça”. Por isso, admite, “não é de estranhar que os Mercados de Natal continuem a ser um produto procurado tanto por turistas internacionais como por turistas portugueses”.

A fechar o “Dossier”, damos a conhecer ainda os principais Mercados de Natal da Alemanha, país que consta na maioria dos programas dos operadores nacionais.

Além do Check-in, as opiniões desta edição pertencem a Jaime Quesado (economista e gestor, André Villa de Brito (sommelier e tour guide) e Pedro Valle Abrantes (managing partner da Trypor), Amaro Correia (docente na Atlântico Business School), Tiago Rodrigues (ISCE), e António Paquete (economista).

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“O Enoturismo agradece que se trabalhe o setor de uma forma bem mais incisiva e eficaz”

Nascida em fevereiro de 2020 com o objetivo de colocar no mapa o Enoturismo português, a Associação Portuguesa de Enoturismo (APENO) tem-se preocupado em pensar o Enoturismo em Portugal e também apresentar soluções. Maria João Almeida, presidente da associação, acredita que, “se a responsabilidade do Enoturismo estivesse dividida entre as entidades responsáveis do Turismo, mas também do Vinho, cada um com funções muito específicas, chegaríamos mais longe”.

Victor Jorge

Combinando a atividade do turismo e a cultura do vinho, o enoturismo está identificado como um dos segmentos com maior potencial de desenvolvimento do turismo em Portugal e a nível internacional. Maria João Almeida, presidente da APENO, salienta que, em Portugal, “não existe uma definição oficial de Enoturismo, nem uma legislação básica que permita às empresas guiar-se na oferta de um serviço de qualidade”.

No entanto, destaca que, em Portugal, “quem trabalha bem o Enoturismo não fica atrás de nenhum outro no mundo”. Falta, contudo, “ações de promoção mais incisivas e direcionadas”.

O Enoturismo foi identificado como um dos segmentos de maior relevo para o crescimento e promoção de Portugal a nível do Turismo. Como caracterizaria o atual estado do Enoturismo em Portugal? Temos, efetivamente, um mercado de Enoturismo, em Portugal, ou existem, simplesmente, casos isolados de agentes que possuem e exploram o Enoturismo?
Vivemos num país curioso … O Turismo de Portugal definiu o Enoturismo como um dos segmentos de maior relevo para o crescimento e promoção de Portugal a nível do Turismo, mas não tem uma base de trabalho organizada. Senão veja: ainda ninguém tem definições legais nem números que ajudem a compreender o setor do Enoturismo. Não existe uma definição oficial de Enoturismo, nem uma legislação básica que permita às empresas guiar-se na oferta de um serviço de qualidade. Cada um faz à sua maneira.

Não existe, também uma CAE ou sub-CAE que permita a quantificação do setor, um CIRS – código IRS que permita o registo dos profissionais liberais, nem uma definição de categorias profissionais para quem trabalha no setor. Estas, entre tantas outras questões, têm de ser necessariamente debatidas.

Desde que nasceu, há mais de três anos, a APENO tem tentado alertar o Governo para resolver esta questões e em criar bases sólidas de trabalho para que Portugal seja considerado uma região de referência no Enoturismo a nível mundial.

Devo dizer que já apresentámos a nossa associação e estas questões a várias entidades oficiais, entre as quais o secretário dos Assuntos Fiscais (na altura ainda António Mendes, hoje adjunto do Ministro), o secretário de Estado de Agricultura, o Presidente da República, o presidente do Instituto da Vinha e do Vinho, vários presidentes de Comissões Vitivinícolas e Entidades Regionais de Turismo, e até à Confederação do Turismo de Portugal, que desde logo perceberam a lógica e a urgência desta situação.

Qualquer dia o Turismo de Portugal estará sozinho a dizer que esta questão não é relevante. Na última reunião que tivemos com o secretario de Estado do Turismo, Comércio e Serviços (SETCS), Nuno Fazenda, parece ter havido uma maior abertura para esta questão. Esperemos que ele consiga influenciar quem de direito a trabalhar mais eficazmente!

Soluções apresentadas pela APENO
Que soluções têm sido apresentadas pela APENO para resolver estas situações?
Mais do que os problemas, a APENO tem-se preocupado em pensar o Enoturismo e também apresentar soluções. Para começar, já temos uma definição oficial e atualizada de Enoturismo, que já inclui as atividades de Enoturismo Urbano, como por exemplo, provas comentadas em garrafeiras ou restaurantes. E passo a citar: “Enoturismo é uma agregação de atividades turísticas que se centra na experiência motivada pela apreciação dos vinhos, associada às tradições e cultura locais, seja em ambiente rural ou urbano”.

Também estamos a trabalhar, juntamente com um dos mais reconhecidos escritórios de advogados portugueses, a ABREU Advogados, na definição de uma legislação básica de Enoturismo para sugerir ao Governo.

Por último, ainda agora o INE está a fazer uma revisão de CAE, e a APENO, entre outras entidades, sugeriu a criação da sub-CAE para o Enoturismo. Para que o pedido tivesse mais efeito, pedimos ainda a intervenção do SETCS nesta matéria, no sentido de dialogar com o INE sobre esta possibilidade, visto que existem regras complicadas para a criação de uma sub-CAE para o Enoturismo, visto que é uma atividade económica que engloba diversas áreas. Se o secretário do Estado do Turismo não conseguir, não sei quem o poderá fazer!

Atrair turistas americanos não é a mesma coisa que atrair enoturistas americanos

Apesar de tudo, foram ou têm sido dados passos para que o Enoturismo em Portugal possua, efetivamente, um lugar de destaque como um dos segmentos a ter em conta na promoção de Portugal enquanto destino turístico?
Obviamente que sim. Todos sabemos que o nosso país tem um potencial incrível a todos os níveis. Beleza natural, património, riqueza cultural, uma hospitalidade incrível, excelente gastronomia e vinhos, que é o motor disto tudo! E em Portugal, quem trabalha bem o Enoturismo não fica atrás de nenhum outro no mundo. Temos a mania que só lá fora é que se faz bem, mas não, só quem viaja pelo mundo e compara enoturismos de vários países se consegue aperceber melhor desta situação.

E nas várias regiões nacionais existem projetos fantásticos, que servem de modelo a outros enoturismos para trabalharem cada vez melhor. Se a par da organização do setor resolvermos outros problemas que existem como a falta de mão de obra, de formação, e se estruturamos bem a nossa oferta, entre outras questões pertinentes estamos a contribuir para que o setor do Enoturismo dê ainda maiores passos.

O papel da APENO
A criação da APENO tem por objetivo dar consistência e importância ao Enoturismo enquanto produto turístico? Como e que ferramentas, soluções, atividades poderão e deverão ser criadas, lançadas e/ou dinamizadas pela APENO, de forma a ter um produto Enoturismo estruturado?
Sempre acreditei na união de forças para atingir um fim. E em formações objetivas e eficazes! Assim, a APENO promove desde o seu início, o “Encontro Nacional dos Profissionais de Enoturismo”, um evento que, tal como o próprio nome indica, reúne os profissionais da área do Enoturismo para se encontrarem, conversarem, trocarem experiências e aprenderem o que se está a fazer, como fazer e quais as tendências mundiais. Nestes encontros, onde são sempre convidadas personalidades que são referências nesta matéria, debatem-se sempre assuntos pertinentes, sendo a estruturação da oferta um dos temas mais importantes, promovem-se workshops e mesas redondas para ensinar e debater essa questão. A APENO fez recentemente, também, uma parceria com a Associação Portuguesa de Agências de Viagens e Turismo (APAVT) e espera organizar ainda mais atividades do género.

Esta falta de organização está do lado dos produtores de vinho, agentes do Enoturismo ou também existe uma inexistente coordenação por parte das entidades responsáveis pela promoção do Enoturismo a nível interno e externo?
Obviamente a culpa nunca é só de um lado. É como tudo, há empresas que trabalham bem e entidades que trabalham bem, dentro das suas possibilidades, mas depois também há empresas e entidades que trabalham mal.

A ideia é, pelo menos, conseguir um equilíbrio entre as partes para podermos alcançar objetivos e trabalhar cada vez melhor. No entanto, digo sempre que quem está no terreno é sem dúvida quem conhece melhor, tem uma profunda noção da realidade, e as entidades têm de saber ouvir e tentar agir na resolução dos problemas existentes.

Relativamente à promoção externa, o Turismo de Portugal tem atraído milhares de turistas para Portugal e isso prova que quando quer sabe trabalhar bem. Era bom que também estivesse ciente que o Enoturismo é uma atividade económica muito específica, e que é preciso saber trabalhá-lo. E como se vê não me parece que quer a nível interno ou externo esteja a trabalhá-lo muito bem.

As ações de promoção têm de ser cada vez mais incisivas e direcionadas ao Enoturismo e a turistas com cada vez maior poder de compra

De que forma é que o Enoturismo deveria estar, efetivamente, organizado, de modo a dar resposta às solicitações e exigências?
Como sabe, o pelouro do Enoturismo é gerido pelo Turismo. No entanto, na sua maioria, são as Comissões Vitivinícolas Regionais que mais o têm trabalhado de forma eficaz. Acredito que se a responsabilidade do Enoturismo estivesse dividida entre as entidades responsáveis do Turismo, mas também do Vinho, cada um com funções muito específicas, chegaríamos mais longe, isso seria a cereja no topo do bolo! Mas não sendo assim, a única forma é alertar para o que está mal e tentar corrigir, apostando cada vez mais na cooperação entre os dois mundos, para conseguimos ir mais longe.

Organização e promoção
Existem alguns exemplos internacionais que poderiam ser adaptados à realidade portuguesa?
Só recentemente é que o Enoturismo ganhou maior destaque a nível mundial e por isso ainda não existe nenhum país que se tenha organizado nesse sentido, daí a APENO ter estudado a fundo o nosso sistema fiscal e encontrado esta solução de criar a sub-CAE.

Cada país tem de se organizar consoante o seu sistema fiscal, mas, havendo países com o mesmo sistema fiscal que o nosso, Portugal pode servir de exemplo e ser pioneiro a nível mundial.

Já na legislação, até há pouco tempo não existia nada, mas depois de alguma pesquisa descobrimos que a região de Trento e Bolzano, em Itália, que é um governo regional, já tem alguma legislação, o que não admira porque os italianos sempre foram muito dinâmicos na área do Enoturismo. Se não nos apressarmos, qualquer dia outros países passam-nos à frente, como é costume!

O Enoturismo em Portugal consegue organizar-se com um todo ou terá de ser feito um trabalho região a região?
É necessário um trabalho de formiguinha nas regiões para depois trabalhar o todo. Há problemas transversais às regiões como, por exemplo, a falta de mão de obra ou a formação, mas problemas muito específicos em cada uma delas que têm de ser analisados individualmente.

O Douro, por exemplo, é uma região fantástica para a prática de Enoturismo, mas é um território onde existem dificuldades de transportes, o terreno é acidentado e tem falta de pontes, o que obriga a perder muito tempo nas deslocações entre as duas margens do rio. Já no Alentejo, o território é mais amplo, maioritariamente plano, e há melhores condições de acesso para os Enoturismos.

Na APENO estamos desde o ano passado, apoiados pela Ageas Seguros, a promover os Fóruns Regionais do Enoturismo que têm sido um sucesso, e onde têm sido debatida não só a organização do setor com as entidades de vinho e turismo de cada região, mas também os pontos fracos e fortes de cada região. Esta análise permite-nos perceber ainda melhor os territórios para depois poder trabalhar num todo, na definição de uma melhor estratégia global.

Era bom que [o Turismo de Portugal] também estivesse ciente que o Enoturismo é uma atividade económica muito específica, e que é preciso saber trabalhá-lo

Do lado da promoção externa, quais os principais mercados a explorar para o Enoturismo em Portugal?
Segundo dados do Turismo, o número de dormidas de norte-americanos em Portugal em janeiro e fevereiro de 2023 cresceu mais de 65% face ao período homólogo e mais de 100%, comparado com os dois primeiros meses de 2019. Tendo em conta estes números e as ligações aéreas diretas existentes atualmente entre Portugal e os EUA, parece-me correto apontar ações de promoção de Enoturismo neste país.

O Brasil também é um mercado estratégico e o Canadá, que tem vindo a crescer em números de visitantes. Já na Europa, mercados como o britânico sempre foi importante para nós, assim como a Alemanha, França e, claro, a nossa vizinha Espanha.

E repito, ações de promoção têm de ser cada vez mais incisivas e direcionadas ao enoturismo e a turistas com cada vez maior poder de compra.

Por falar em promoção externa, o Turismo de Portugal tem olhado para o Enoturismo com um elemento importante na promoção de Portugal nos mercados internacionais?
Não. E não nos deitem areia para os olhos dizendo que o têm feito, com campanhas me-gigantes em Times Square ou nos aeroportos americanos que custaram milhares de euros.

Atrair turistas americanos não é a mesma coisa que atrair enoturistas americanos.
O Enoturismo agradece que se trabalhe o sector de uma forma bem mais incisiva e eficaz!

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

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