O poder da hotelaria no Luxo
Leia a opinião por Suzanne Godfrey, head of Luxury Specialization da Glion.
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Cada vez são mais as marcas de luxo que se expandem para a indústria hoteleira para envolver os consumidores e criar uma ligação emocional através de experiências únicas e multissensoriais.
Na indústria de luxo, a criação de experiências únicas tem sido a tendência do setor e esta tendência tem sido em muito impulsionada pela hotelaria. De acordo com Bain & Company, as experiências de luxo traduzem mais de 29% do mercado global do setor face a 2016. Estas experiências incluem hotéis de luxo, cruzeiros e restaurantes, bem como vinhos e gastronomia no setor hoteleiro e também em marcas de luxo no setor da moda, joalharia ou cosmética de forma a criarem uma ligação emocional com clientes ou simplesmente gerar buzz.
Marcas de luxo expandem-se para a hotelaria
Bvlgari, Armani e Gucci são exemplos de marcas de luxo que não têm histórico na hotelaria, mas que se expandiram para hotéis, cafés, restaurantes e spas. O grupo de luxo LVMH criou a Maisons Cheval Blanc, uma coleção de casas descritas como paraísos. Estas casas, de “edições limitadas”, oferecem a “arte de bem receber” – a arte da hotelaria e afirmam um conceito totalmente novo de hotel de luxo. A divisão LVMH Hotel Management administra agora o crescente portfólio de unidades de luxo e atividades hoteleiras do grupo.
Através da hotelaria, as marcas de luxo podem oferecer uma experiência mais abrangente e multissensorial do que a simples compra de um relógio, de uma mala, de um cachecol, de um colar ou de um par de sapatos. É através dessas experiências emocionalmente envolventes, que as marcas de luxo podem tornar-se parte integral do estilo de vida dos seus clientes.
Eventos VIP: Criar buzz com experiências exclusivas
Os eventos VIP e exclusivos oferecem às marcas de luxo outra oportunidade para criar experiências. A hotelaria orientada para o cliente de eventos de luxo apenas por convite, permite que as marcas construam relações mais estreitas com os seus clientes, o que constitui uma base para a fidelidade. As atividades específicas da marca podem variar entre inaugurações de lojas, exposições e noites de gala ou eventos em restaurantes de referência. Para o cliente, receber um convite é sentir-se especial e valorizado ao mesmo tempo, o que cria uma certa distância do resto do mundo, uma vez que é exclusivo. A partilha destes eventos através dos media ou de boca em boca ajuda a criar aspiração para a marca e a vender o sonho da mesma. A experiência que a marca cria – na verdade, tudo o que a marca faz – precisa de estar refletida no sonho da mesma.
Apelar aos cinco sentidos: Gastronomia de luxo e experiências vínicas
A Gastronomia e os vinhos têm sido elementos impulsionadores e percursores destas experiências multissensoriais (a par dos perfumes, por exemplo). As parcerias entre marcas de luxo e cadeias hoteleiras têm criado oportunidades para envolver os clientes através dos cinco sentidos. A marca de champanhe Dom Pérignon mantém uma estreita relação com o Chef Ferran Adrià e a Fundação El Bulli. Em 2011 foi organizado um jantar em parceria- descrito como a ceia do champanhe, no reconhecido restaurante do Chef Adrià, El Bulli, no norte de Espanha.
Outros exemplos são a inauguração da loja Hermès em Washington, onde foi celebrado um evento exclusivo para os principais clientes da marca. Além de oferecer um jantar exclusivo, os empregados de mesa criaram um teatro para a apresentação de cada prato, passando pela mudança de farda até ao sincronismo com que serviam os convidados.
A hotelaria como plataforma de experiências de luxo envolventes
Cada marca – independentemente do seu core business – reconhece a importância e o potencial da hotelaria no contexto do luxo. Tanto os hotéis como os restaurantes estão numa posição favorável para oferecer experiências de luxo que vão além das expectativas. A hotelaria de luxo deve ser, por isso, a entrega de experiências através da qualidade do serviço, da excelência e do envolvimento emocional. Pode ser um pormenor ou um grande evento, mas tem de ter em conta quem o experiencia e o seu background, a sua cultura, as suas experiências e as suas expetativas.
*Por Suzanne Godfrey, head of Luxury Specialization da Glion