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“Não vamos deixar de ter procura por causa da abertura de outros destinos”

Em entrevista de início de ano, que ainda se espera de crescimentos expressivos, Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, não acredita que o mercado inglês decresça para Portugal, apesar do Brexit estar cada vez mais próximo. Também não é expectável que Portugal perca turistas com o ressurgimento de destinos concorrentes. Quais são as expectativas… Continue reading “Não vamos deixar de ter procura por causa da abertura de outros destinos”

Carina Monteiro
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“Não vamos deixar de ter procura por causa da abertura de outros destinos”

Em entrevista de início de ano, que ainda se espera de crescimentos expressivos, Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, não acredita que o mercado inglês decresça para Portugal, apesar do Brexit estar cada vez mais próximo. Também não é expectável que Portugal perca turistas com o ressurgimento de destinos concorrentes. Quais são as expectativas… Continue reading “Não vamos deixar de ter procura por causa da abertura de outros destinos”

Carina Monteiro
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Em entrevista de início de ano, que ainda se espera de crescimentos expressivos, Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, não acredita que o mercado inglês decresça para Portugal, apesar do Brexit estar cada vez mais próximo. Também não é expectável que Portugal perca turistas com o ressurgimento de destinos concorrentes.

Quais são as expectativas para 2018? Vai ser possível continuar a crescer ao ritmo que o Turismo cresceu em 2017, na casa dos 8% (hóspedes), 7,1% (dormidas) e 19% (receitas), dados até Outubro?
O nosso plano é a longo prazo. Os nossos objectivos estão inscritos na Estratégia 2027. Quanto mais depressa atingirmos esses objectivos, melhor. Penso que vamos manter algum crescimento ainda em 2018, não sei dizer quanto, e depois vamos começar a estabilizar estes crescimentos até atingir a meta dos 26 mil milhões de receitas turísticas e dos 80 milhões de dormidas em 2027. O que destaca destes resultados de 2017? Tem-se falado do maior crescimento que está ocorrer fora da época dita alta. Penso que o importante é o aumento fora das épocas altas e o crescimento nas regiões menos tradicionais, o que demonstra que estamos a conseguir estruturar produto em rede e a conseguir que as pessoas não fiquem só num local e viajem por vários locais. É nisso que estamos a apostar: crescer em épocas baixas e crescer em regiões não tão conhecidas.

O Reino Unido é o principal mercado emissor de turistas para Portugal e está com um crescimento acumulado, até Outubro, de 2%, abaixo do crescimento de outros mercados. Como é que estimam o comportamento deste mercado em 2018, sendo que estamos a caminho da saída do Reino Unido da União Europeia?
Vamos olhar para o copo meio cheio. Estamos a diversificar mercados, estamos a crescer em mercados que não eram mercados tradicionais de Portugal e estamos a conseguir chegar a segmentos que não estávamos a captar para Portugal de uma maneira coerente, como o Turismo Religioso, Enoturismo, Cycling& Walking, e o Surf também está a captar mais mercados do que tínhamos previsto antes. Ainda assim, o mercado do Reino Unido subiu, apesar de ser aquele que maior quota tem, conseguimos aumentar.

Muito pouco. 2%.
Sim, mas a base também é maior. Penso que o mercado inglês vai continuar a ser o mercado prioritário. Temos dado muita atenção ao mercado inglês.

De que forma?
Tem havido um estreitamento de relacionamento com os operadores, através de eventos que se fizeram. O relacionamento que temos também com os agentes do sector no Reino Unido tem sido cada vez mais produtivo. Graças também ao papel que a delegação do Reino Unido está a fazer. A campanha que fizemos especificamente no Reino Unido por causa da Agência Europeia do Medicamento. Têm havido algumas iniciativas que nos permitem ter confiança relativamente ao futuro em relação ao mercado do Reino Unido. Julgo que os resultados vão ser muito positivos em relação a este mercado. Também é importante percebermos o crescimento deste mercado nas outras regiões, além do Algarve. Tem sido positivo, mas claramente ainda exige um esforço relativamente à promoção das várias regiões e dos vários produtos que existem para fazer nesses destinos. É nisso que vamos apostar para os próximos anos.

Estamos a falar de que regiões?
Estamos a falar do Alentejo, do Norte, Centro, Madeira. Acredito que o mercado inglês pode ainda ter margem para crescer nestes destinos.

Os crescimentos obtidos nos mercados dos EUA, Brasil e Polónia estão a compensar os crescimentos menos expressivos em mercados tradicionais como o Reino Unido e Espanha?
Não confundamos crescimentos absolutos com crescimentos relativos. Estamos a crescer em todos os mercados. Isso é um dado adquirido. Se falarmos em crescimentos percentuais, obviamente, com uma base maior, o crescimento é menor. Creio que não é uma questão de compensação, mas sim de atingirmos um dos nossos objectivos, que era a diversificação de mercados. Obviamente, baseado numa diversificação da malha aérea, como é lógico. Considero também que é resultado da análise que existem mercados prioritários e principais, mas não podemos fechar a porta a nenhum mercado e temos de saber aproveitar as oportunidades neste tipo de mercados. Portanto, não uma compensação, há uma distribuição maior e há uma demonstração de que não podemos fechar olhos, ou não prestar atenção a mercados potenciais.

Qual é o balanço que faz da operação da Beijing Capital Airlines?
Tem corrido bem. As informações que temos da companhia são muito positivas. Estamos contentes, porque tem permitido crescer num mercado que era importante e que continua a ser importante e em vários segmentos, não só na operação turística, mas também nas reservas directas (dito pela companhia), o que significa que há uma curiosidade e um aumento de interesse pelo destino, mesmo por parte de clientes directos. O que nos faz procurar reforçar a nossa presença, do ponto de vista da imagem do País, dentro daquele mercado. Daí a importância da presença, não só nos canais digitais chineses, mas também a forma como nos apresentamos. O facto de estarmos em conjunto com a Federação Portuguesa de Futebol, em promoção no País, tem ajudado muito a alavancar a imagem de Portugal.

Estão em conversações para aumentar o número de ligações?
Acreditamos, desde o início, que há um potencial grande para aumentar as ligações, não só pelo relacionamento que existe entre Portugal e China – somos um dos países onde há mais investimento chinês na Europa – mas também por este aumento do interesse e da curiosidade por Portugal. Creio que há muito interesse em manter a operação, tanto de um lado como do outro.

Além do mercado chinês, estão a estudar ligações a outros mercados do Oriente?
Estamos a trabalhar em várias frentes, porque não podemos apostar na abertura de ligações e não apostar na segmentação, no direccionamento da mensagem que queremos passar do País para aquele mercado. Este é um trabalho em paralelo. Diria que há países em que nos estamos a focar bastante, também decorrente das viagens da Secretária de Estado do Turismo ao longo de 2017, que permitiram abrir algumas portas. Na Ásia, a Coreia do Sul, novamente com a questão do Turismo Religioso e do Turismo Cultural, pode ser um mercado muito interessante para nós. Com o Japão já tivemos em 2017 a experiência dos voos charter, que correram muito bem e vamos continuar a apostar. Estes dois países são aqueles em que temos claramente apostado mais. Mas este trabalho, mais uma vez, faz-se em paralelo e em conjunto. Não podemos querer ter ligações directas e depois a imagem do País não corresponder aquilo que queremos, ou não sabermos exactamente a quem dirigir a mensagem. O conhecimento que temos hoje desses mercados e a presença que temos na região é importante e a nossa delegação na China tem dado um apoio muito grande para estas regiões. Mas acredito que possa haver boas notícias para estes mercados em 2018.

Em suma, quais são os mercados de aposta para 2018?
Em equipa que ganha, não se mexe. Temos dado provas de bons resultados. A diversificação, o maior conhecimento destes mercados novos pode ser muito positivo. Vamos ter um reforço de algumas equipas no estrangeiro, a começar já pelos EUA, em que vamos ter uma nova delegada. Isso vai permitir-nos, mais uma vez, estando lá, segmentar um pouco mais e ir à procura de turistas que claramente não estávamos a atingir. O relacionamento com a Virtuoso tem sido muito importante no segmento de luxo. Vamos trabalhar ainda mais os produtos Cycling e do Walking no mercado americano, e o Turismo Religioso, nomeadamente o Judaico, também é um mercado que queremos trabalhar mais dentro dos EUA. Vamos continuar nesta aposta, mas não da mesma maneira que até agora. Inovando sempre e, com base no conhecimento que temos e também com base no conhecimento que existe hoje do nosso País nestes mercados, vamos aproveitar para aprofundar mais e direccionar mais a mensagem.

Olhando para as tendências internacionais do Turismo, vemos que há mercados a ressurgir, como o Egipto, a Turquia e Tunísia. Isso deve preocupar-nos?
Qualquer concorrência deve preocupar-nos, incluindo aquelas que também estão a correr bem agora. Mas uma coisa é preocupar-nos, estarmos atentos e sabermos competir com esses mercados. Quando digo competir, muita vezes não é nos mesmos segmentos e nos mesmos mercados, mas estarmos atentos e fazer com que a nossa oferta seja competitiva relativamente a esses mercados. Outra coisa, completamente diferente, é dizermos que estamos a beneficiar pela quebra ou pela redução de operações nesses destinos. Aí perdemos todos. Perde o Turismo, em geral, porque a insegurança afecta aqueles que viajam para esses destinos, mas afecta também os que viajam para os nossos. Estamos a sentir que há crescimentos nesses mercados, o que é positivo, porque é sinal que as pessoas estão a ganhar confiança no sector turístico e no sector das viagens. Essa é a mensagem principal.

Mas se estes mercados ressurgirem não vamos deixar de ter turistas por causa disso?
Não, não vamos deixar. O conhecimento que hoje existe sobre Portugal – de Janeiro até Setembro de 2017 tivemos 25 mil notícias sobre o nosso País e as várias regiões -, o facto de estarmos como destino preferencial em algumas publicações e de estarmos a alcançar este grau de maturidade, de detalhe e especificidade (saiu agora uma publicação em que somos destino preferencial nos EUA para casamentos) é muito positivo. Não é pelo facto de abrir um novo destino ou por destinos que decresceram, aumentarem, que vamos deixar de ter procura. Obviamente, que o mercado não é infinito, mas há cada vez mais pessoas a viajarem, há cada vez mais pessoas a virem para este destino.

Que impacto tem a conquista de Melhor Destino do Mundo?
Penso que traz um impacto muito positivo, principalmente do ponto de vista da visibilidade. Considero que esse foi um dos pontos muito bem trabalhados em 2017, na sequência também do trabalho efectuado em 2016. O aumento da visibilidade e do conhecimento sobre o País tem sido muito positivo. Esta circunstância de sermos o Melhor Destino do Mundo, da Madeira ser o Melhor Destino Insular, de Lisboa ser o Mellhor Destino de City Breaks, de sermos o Melhor Destino de Golfe e Praia vamos aproveitar numa perspectiva promocional e de visibilidade durante o próximo ano.

Face aos problemas de saturação do aeroporto de Lisboa e ao impacto que isso tem na chegada de mais turistas a Portugal, concorda que é preciso aumentar a estada média dos turistas em Lisboa e em Portugal?
Concordo, mas esse é um argumento com e sem aeroporto. Sempre dissemos isso. Um dos grandes objectivos é que as pessoas entrem e fiquem mais tempo, e além de ficarem mais tempo, conheçam mais do território. Daí a necessidade de haver ofertas integradas, a aposta em produtos que toquem vários pontos do País, como o Cycling & Walking, o Turismo Cultural, o próprio surf permite-nos viajar de Norte a Sul. O aeroporto é necessário. Precisarmos de um aeroporto é uma questão que penso que já é um não assunto. As coisas estão encaminhadas, os timings definidos, julgo que há interesse de todas as partes para que se chegue a uma conclusão o mais depressa possível. Turismo Interno e

Regiões
Quais são os resultados da campanha ‘Ponha Portugal no Mapa’, destinada à promoção do Turismo Interno?

A campanha foi desenvolvida depois de, durante muito tempo, não termos pensado no Turismo Interno, ou melhor, julgarmos que o Turismo Interno é um dado adquirido. Não é. O ‘Ponha o Portugal no Mapa’ foi o início de uma série de iniciativas que queremos continuar a desenvolver e que permitem mostrar o País como um todo, as várias regiões, mais uma vez, mostrando os produtos que tocam vários territórios. Correu bem, na perspectiva da visibilidade e do interesse das pessoas. Mas não é uma uma campanha que se esgote no momento, é uma campanha que tem de ser reforçada e vamos fazê-lo este ano, com esse objectivo. O Interior é uma segunda preocupação dentro do estímulo do Turismo Interno. Sabendo nós da preferência que existe do turista nacional pelas regiões não tão turísticas dentro do País, maior razão para apostarmos nestas regiões. Hoje, temos uma oferta consolidada e muito positiva nestas regiões, nomeadamente no Centro, Norte, Alentejo e Açores, que tem demonstrado esta curiosidade e apetência. Vamos continuar este ano, temos previstas algumas iniciativas, mas claramente que é algo que tem de ser mais cuidado e a que tem de ser dada atenção. Veja-se a criação da equipa do Interior dentro do Turismo de Portugal, com o objectivo de que esteja em permanente ligação com o território, com as Entidades Regionais e que permita trazer um pouco dessa experiência do território para a área da promoção dentro do Turismo de Portugal.

A região Centro está fragilizada devido aos recursos que foram destruídos neste território pelos incêndios. Vai merecer uma atenção especial?
A região Centro tem merecido uma atenção especial, não só na perspectiva de promoção. Desde o primeiro dia, uma das nossas principais actividadades foi tentar, quando este tipo de acontecimentos aconteceram, minorar o impacto dessa comunicação, porque é dramático. Ainda há pouco tempo disse: o ano de 2017 foi muito bom, mas foi muito duro, nessa perspectiva. Procurámos fazer com que a actividade económica, sobretudo o Turismo, que é tão sensível a estas coisas, não se ressentisse para o futuro e acreditamos que conseguimos, tanto que a Região de Turismo do Centro teve taxas de crescimento expressivas em 2017. Mas claramente houve uma actuação, não só na questão da prevenção e menorização dos efeitos destas mensagens no exterior. Em segundo lugar, houve uma aposta grande em produtos e regiões que, apesar de serem vizinhas, viram-se afectadas; e uma terceira linha de actuação que tem a ver com os apoios directos às empresas que foram afectadas (Linha da Apoio à Tesouraria, Linha de Qualificação da Oferta e da Valorização do Interior). Houve um trabalho que foi feito em 2017 e que vai continuar em 2018. Tanto que, por indicação da secretária de Estado e do ministro da Economia, foi criada uma equipa específica para o Interior. Ou seja, pegando no conhecimento e nas necessidades que surgiram destes eventos, tentar extrapolar isso para outras regiões e tentar fazer com que essas regiões se desenvolvam cada vez mais no sentido de uma oferta estruturada, mas nas várias vertentes: com inovação, com estímulo ao empreendedorismo, com formação e capacitação dos recursos humanos cada vez maior e mais direccionada. É uma mudança de paradigma, mas uma mudança de paradigma positiva, e que nos vai fazer crescer em todo o território. O facto de estarmos a dar atenção ao Interior e de estarmos empenhados em que haja crescimentos cada vez mais expressivos, falo não só de turistas, mas mais produto para oferecer, mais empresas estabelecidas no território, maior fixação de populações, vai ser extremamente positivo para todas as regiões, incluindo aquelas mais desenvolvidas.

Turismofobia

Como é que olha para estes fenómenos da Turismofobia que já se começam a sentir nas grandes cidades? Como é que isto se resolve?
Não podemos lutar contra as opiniões, contra os factos sim. Não podemos comparar o que não é comparável. Não podemos comparar Lisboa e Porto com cidades como Barcelona, que tem cinco vezes mais turistas do que Lisboa, na mesma área metropolitana. Isso não significa que não estejamos atentos e que não tenhamos plena consciência que a atractividade de Portugal, de Lisboa e do Porto em concreto, é também a sua autenticidade. É, por isso, que um dos objectivos da Estratégia é que as pessoas residentes nestas cidades, e falamos dos grandes centros urbanos Lisboa e Porto, estejam satisfeitas com a actividade turística e acreditem que a actividade turística traz emprego, ajuda a economia, cria postos de trabalho, mantém uma cidade mais segura, mais limpa, preserva o património. O que tem acontecido hoje em Lisboa e no Porto em muito se deve ao crescimento do Turismo nestas cidades. Isso é que tem de ser valorizado. Estamos atentos a estas questões de equilíbrio entre turistas e residentes. Foi nesse âmbito que lançámos a linha de financiamento destinada a apoiar projectos de sustentabilidade no Turismo, com 10 milhões de euros, para apoiar projectos de sustentabilidade social que se desenvolvam nestes centros urbanos. É uma demonstração de que não queremos que aconteça o mesmo que noutras cidades. Mas estamos longe de estar nessa situação.

A proposta do PS de regulação do Alojamento Local não é um sinal de Turismofobia?
Existem variadíssimas opiniões. De facto, a questão do Alojamento Local está em discussão. Passaram já alguns anos desde a aprovação da legislação sobre o Alojamento Local. Faz sentido que haja uma revisão. Confio que a revisão vai ser no sentido de não constrangir ou eliminar uma actividade que tem sido tão proveitosa para o País. Mais uma vez, tem criado emprego, tem gerado tanta riqueza para a economia em todo o território, não só em Lisboa e no Porto. Acredito que haja interesse em que esta actividade se mantenha.

Eventos 2018
Qual é o impacto da realização do Festival Eurovisão em Lisboa? E qual é a participação do Turismo de Portugal?
Claramente é um evento em Lisboa. Essa é a primeira mensagem. É um evento em época considerada quase alta, Maio. Isso não significa que não tenhamos consciência do impacto que isto tem a nível mundial, não só na Europa, veja-se a participação da Austrália, que é também um mercado que nos interessa, portanto estamos a falar de quase 200 milhões de espectadores deste evento, além da quantidade de media – estamos a falar à volta de 1500 jornalistas segundo os últimos dados – que vêm a Portugal só por causa do festival, que podem ser replicadores da mensagem daquilo que Portugal é hoje. Interessa-nos esta janela de oportunidade e temos estado a falar, desde o início, com a RTP, que é quem está a organizar o festival, para ver de que forma podemos potenciar, mais ainda, a imagem de Portugal e das outras regiões, não só de Lisboa, junto destes três segmentos: os jornalistas, as equipas concorrentes, que também podem ser replicadores da mensagem; e os 200 milhões que assistem ao evento.

Portanto, o Turismo de Portugal vai garantir que existem essas contrapartidas no apoio ao evento? Estamos a trabalhar em conjunto para que exista uma maior visibilidade do País e uma grande visibilidade das outras regiões, e não só de Lisboa.

Vamos ter o Web Summit pela última vez em 2018?
Vamos ter o Web Summit em 2018. Isso é um dado adquirido.

Devemos estar preocupados com isso?
Que a Web Summit trouxe muito para Portugal, isso não temos dúvidas. Falo numa perspectiva de visibilidade, como destino turístico, mas também numa perspectiva de crescimento do País. O nosso trabalho, dos últimos dois anos, no Turismo 4.0 tem sido também muito estimulado pelo papel do Web Summit e por esta concentração de inovadores e startups em Portugal naquela época. Considero que, também é nosso papel olharmos para outros eventos que podem ser interessantes e que estão a acontecer já em Portugal, estimulando o seu crescimento. Estamos a apoiar 63 eventos em 2018 através do nosso programa de captação de eventos. Isto é sintomático daquilo que queremos mostrar como País: um Portugal diverso, inclusivo, em que tanto se pode fazer um evento para 70 mil pessoas, como o Web Summit, como um casamento para 100 pessoas de um casal chinês. É esta diversidade e capacidade que Portugal tem de acolher todos que é importante mostrar.

Recursos Humanos
Estamos a formar recursos suficientes para a procura do mercado?
Não.

E como é que vamos resolver isto?
Essa é a pergunta de um milhão. Temos trabalhado muito, não só com as 12 escolas do Turismo de Portugal, mas também com as associações, com a Academia, o IEFP. Cada vez mais é importante percebermos que só o trabalho de todos vai permitir duas coisas: Primeiro, e é a pedra de toque para esta necessidade, é a valorização das profissões no sector, para conseguirmos atrair cada vez mais pessoas de outras áreas e de outros países até. Por outro lado, a capacitação e a formação dos recursos que já estão no sector e dos que querem entrar. Temos de jogar nos dois campos do tabuleiro. Como é isso se faz? Com todos. E quando digo com todos, é mesmo todos. Tem de haver uma mentalização de todos, principalmente na valorização das profissões.

Mas a valorização das profissões também se faz pela via monetária?
Totalmente. Mas uma coisa está ligada à outra. O facto de apostarmos na formação e na qualificação dos recursos, é também nessa perspectiva. Penso que, já há essa consciência dos empresários da importância dos recursos humanos no resultado final das empresas. Esse resultado como se vê, as receitas aumentaram pouco mais de 19% em 2017, é cada vez melhor. Portanto, se há um reconhecimento de que as pessoas têm um efeito directo no bottom line, tem que haver um reconhecimento desses empresários de que eles podem também contribuir mais para a empresa e que obviamente têm de ser melhor remunerados em determinadas situações.

Qual é o papel do Turismo de Portugal neste processo?
O papel do Turismo de Portugal é conciliar, chamar a atenção, valorizar as coisas que estão a ser bem feitas. Penso que o Turismo de Portugal, modéstia à parte, tem feito um trabalho notável, tanto que estamos na short list para ganhar o prémio Inovação da Organização Mundial do Turismo, na FITUR, a concorrer com o nosso programa de formação das nossas escolas. Mas depois temos outros programas, a abertura das escolas ao empreendedorismo, com a preparação e ajuda que está a ser dada aos empresários na área digital. Tudo isto está a contribuir e a deixar uma mensagem de que esta aposta na formação é importante.

Sobre o autorCarina Monteiro

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10.ª edição do “Vê Portugal” aposta nos desafios futuros das ERT e na paz para o turismo

A realizar de 3 a 5 de junho, em Torres Vedras, a 10.ª edição do “Vê Portugal” – Fórum de Turismo Interno, centrará os temas à volta dos desafios futuros das ERT, mas também no papel da segurança e da paz para captar turismo e desenvolver territórios. No fundo, como espelha o tema do fórum, será um evento para “gerar entendimentos”.

A 10.º edição do “Vê Portugal” – Fórum de Turismo Interno pretende debater “pontes para gerar entendimentos”. Assim, de 3 a 5 de junho, o evento da Turismo do Centro (TdC) ruma a Torres Vedras onde, segundo Jorge Sampaio, membro da Comissão Executiva da TdC, “o objetivo da 10.ª edição do evento é a mesma da 1.ª edição: discutir o turismo interno nas suas mais diversas vertentes”.

Segundo o mesmo, “não queremos discutir o presente, mas sim o futuro” e “o Centro quer estar sempre na frente da inovação quando se fala de turismo”. De resto, Jorge Sampaio não deixou de notar que “ainda falamos de pandemia, mas esta já acabou, alterando o paradigma de como o turismo é visto pela procura e pela oferta”.

O responsável na Comissão Executivo deixou, aliás, claro que “não há outra forma de inovar sem discutir o turismo, já que se trata de uma atividade responsável por cerca de 20% do nosso Produto Interno Bruto (PIB)”, admitindo mesmo que se trata das atividades que mais evoluiu e mais inovação trouxe à economia”.

No que diz respeito ao programa do “Vê Portugal” de 2024, Sílvia Ribau, chefe de Núcleo de Estruturação, Planeamento e Promoção Turística na Turismo Centro de Portugal, frisou que o evento tem como objetivo “trabalhar mais a aproximação aos agentes profissionais”. Daí a 10.ª edição do evento da Turismo do Centro arranque com reuniões B2B, no dia 3 de junho, onde os operadores turísticos e as agências de viagens nacionais ficarão a conhecer a oferta turística da região Centro de Portugal, com especial incidência na sub-região do Oeste, e poderão assim estabelecer oportunidades de negócio para o futuro.

“Queremos contribuir para a facilitação da venda dos produtos e serviços que a região oferece”. Assim, a aposta passa por “valorizar, inovar, qualificar o produto, perspectivar caminhos para essa qualificação e determinar a procura.

Jorge Sampaio admitiu mesmo que, “durante anos, o turismo foi visto pela procura. Agora será mais pelo lado da oferta”, considerando que, por isso, “há que estruturar a oferta, qualificá-la, de forma a podermos oferecer mais por mais valor e transformar território em destinos turísticos”.

Também Laura Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, anfitriã do evento, considera que “é importante a escolha de cidades intermédias e não só as grandes cidades para a realização deste tipo de eventos”.

“Nesta região e, mais especificamente, nesta sub-região, há facilidade em atrair pessoas residentes como não residentes”, disse Laura Rodrigues, fazendo referência aos 20 quilómetros de costa, qualificada como “Quality Coast”.

Quanto ao debate que deverá levantar algumas questões referentes ao futuro funcionamento das Entidades Regionais de Turismo, Jorge Sampaio deixou o recado: “gostava que o país tivesse juízo”, considerando que “não podemos ter o turismo, que representa 20% do nosso PIB a mudar de estratégia de quatro em quatro anos”, mostrando-se “confiante “ que o novo secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado [antigo presidente da ERT do Centro de Portugal] “vai ter essa estratégia para os próximos 10 ou 15 anos”.

No final ficou a indicação de que o “Vê Portugal” de 2024 terá na paz e na segurança uma das mensagens principais, até porque, segundo Adriana Rodrigues, chefe do núcleo de Comunicação, Imagem e Relações Públicas da Turismo do Centro, “o turismo é um fator para se aumentar pontes de entendimento. E a paz é fundamental para o conseguir”.

As inscrições na 10.ª edição do Fórum “Vê Portugal” são gratuitas e o programa já está disponível e pode ser consultado aqui.

Sobre o autorVictor Jorge

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Macau facilita entrada de portugueses com passagem automática na fronteira

Macau vai facilitar, a partir de sexta-feira, 19 de abril, a entrada de visitantes portugueses no território, com o alargamento da passagem automática fronteiriça a quem for titular de um passaporte de Portugal, anunciaram as autoridades.

Com o objetivo de “elevar a experiência de passagem fronteiriça dos visitantes estrangeiros” e torná-la “mais conveniente e eficiente”, a PSP vai permitir que “visitantes estrangeiros titulares de passaporte português e de passaporte de Singapura entrem ou saiam de Macau através dos canais de passagem automática”, lê-se num comunicado da corporação.

Nacionais portugueses, com idade igual ou superior a 11 anos de idade, devem efetuar o registo para poderem utilizar os canais nos postos fronteiriços, acrescenta-se na nota da PSP.

As pessoas que efetuam o registo devem ter o passaporte com pelo menos 90 dias de validade, e quem tiver menos de 17 anos deve fazer-se acompanhar pelos pais ou tutor.

Após a inclusão de portugueses e singapurianos na lista de destinatários, o Governo “continuará a alargar” a lista, para “promover ativamente a facilitação da circulação de pessoas” e “contribuir para o novo desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau”, referiram as autoridades.

Este ano assinala-se o quinto aniversário da Área da Grande Baía, uma das três principais estratégias do líder chinês, Xi Jinping, para a integração regional.

O projeto abrange as regiões administrativas especiais de Macau e Hong Kong e nove cidades da província de Guangdong, através da criação de um mercado único e da crescente conectividade.

Sobre o autorVictor Jorge

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Quinta de S. Sebastião abre portas ao Enoturismo

Localizada a apenas 20 minutos de Lisboa e com uma história secular, datada de 1755, a Quinta de S. Sebastião acaba de abrir as portas ao Enoturismo.

A Quinta de S. Sebastião, nome conhecido no mundo dos vinhos e reconhecido em mais de 50 países, acaba de abrir as suas portas ao Enoturismo. Situada nas paisagens da Arruda dos Vinhos, a apenas 20 minutos de Lisboa, a Quinta de S. Sebastião passa a oferecer experiências no coração da região vitivinícola de Lisboa, com os visitantes a terem a oportunidade de mergulhar na tradição vitivinícola portuguesa, explorando os vinhedos pitorescos através de passeios de jipe, a pé ou a cavalo, podendo degustar uma seleção de vinhos.

Além das visitas guiadas, os visitantes poderão desfrutar de experiências personalizadas de degustação, harmonizações de vinhos e petiscos regionais, proporcionando uma imersão completa na cultura local.

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Solférias esclarece desaconselhamento de viagens para o Egito

À luz da conjuntura geopolítica do Médio Oriente, a Solférias esclareceu em nota de imprensa que apenas a Península do Sinai, na zona norte do Egito, mostra fortes condicionantes de circulação por questões de segurança, algo que garante não ocorrer nas zonas balneares.

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A Solférias esclareceu esta quarta-feira, através de comunicado enviado para as redações, que de acordo com a informação atualizada no Portal das Comunidades Portuguesas a 14 de abril as viagens para o Egito não são desaconselhadas, dependendo das regiões.

Como refere em nota de imprensa, “as recomendações relativamente ao Egito prendem-se essencialmente com a circulação na Península do Sinai, zona norte do país, em particular na zona fronteiriça com Israel e a Faixa de Gaza”.

Aponta ainda que a “península mencionada é muitíssimo distante das zonas balneares, ficando a cerca de 900 quilómetros de Hurghada, por exemplo”.

Numa nota final, a Solférias indica que as “recomendações do Governo português são já prévias ao conflito existente agora na região de Israel”.

“Não podemos deixar de relembrar que estamos, como sempre, atentos e a acompanhar o desenrolar da situação e de salientar que há, aliás, um conselho específico no Portal das Comunidades para que as viagens turísticas sejam efetuadas através de operadores turísticos credíveis”, afirma o operador turístico.

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Real Madrid World abre portas no Dubai

O parque temático inserido no Dubai Parks™ and Resorts conta com mais de 40 experiências e atrações, entre elas a primeira montanha-russa de madeira da região e a montanha-russa mais alta do mundo.

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O Real Madrid World abriu portas no Dubai a 9 de abril, naquele que é o primeiro parque temático dedicado ao clube madrileno.

Instalado no Dubai Parks™ and Resorts, o novo parque celebra o futebol e o basquetebol do Real Madrid, com mais de 40 experiências e atrações. Aqui é possível visitar os balneários dos jogadores do Real Madrid e explorar o santuário que guarda os troféus vencedores do clube, além de várias atrações e espetáculos de entretenimento.

Este parque temático inclui também a primeira montanha-russa de madeira da região, a “Hala Madrid Coaster”, que encapsula as emoções da jornada do Real Madrid com as Taças Europeias. De destacar também a Stars Flyer, que com 460 pés de altura, é considerada “a montanha-russa mais alta do mundo”, como referido em nota de imprensa.

Os adeptos podem ainda explorar uma coleção de produtos oficiais e de merchandising do clube no Real Madrid World, onde são convidados a personalizar as camisolas do clube e outros objetos colecionáveis.

Composto por três zonas principais – Avenida dos Campeões, Praça da Celebração e Avenida das Estrelas – o Real Madrid World está aberto de domingo a quinta-feira, das 12h00 às 21h00. De sexta-feira a sábado, o parque abre às 12h00 e encerra às 22h00.

As atrações do Real Madrid World

As 40 atrações do parque incluem a White Hearts, uma exposição que celebra o passado, presente e futuro do clube, bem como a Bernabéu Experience, uma “interpretação teatral que oferece aos adeptos acesso exclusivo ao balneário, ao centro do campo e a um santuário que guarda as 14 Taças Europeias de futebol e as 11 Taças Europeias de basquetebol”.

A pensar nas famílias, o parque conta com a montanha-russa familiar Wave – La Ola e com o Campo de Treino La Fábrica, constituído por um parque infantil para visitantes de todas as idades, com bolas de futebol e equipamento de treino miniatura para as crianças praticarem a modalidade.

O Real Madrid World conta ainda com a atração “Mãos ao Alto!”, uma torre que convida os hóspedes a erguer a Taça da Vitória junto com a equipa.

Créditos: Real Madrid World

O parque disponibiliza também campos de treino e programas de futebol, onde os hóspedes com idade igual ou superior a seis anos são convidados a participar numa experiência que combina aprendizagem, trabalho de equipa e diversão, começando com uma sessão de aquecimento, seguida pela aprendizagem de alguns truques básicos, terminando com a participação num pequeno jogo baseado em equipas para mostrar as suas habilidades.

Além de espaços de alimentação, como o Hala Madrid Restaurant, o Real Madrid World oferece ainda mais de 15 conjuntos diários de espetáculos.

O passe diário para visitar o Real Madrid World está disponível online ou na entrada por 295 dirhams (AED), ou seja, cerca de 75 euros.

Leia também: Turismo do Dubai aposta no crescimento do mercado português

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Antes da EuroPride em Lisboa, cidade do Porto recebe AGM da EPOA

Antes da EuroPride rumar a Lisboa, a cidade do Porto será palco da Anual General Meeting (AGM) da European Pride Organisers Association (EPOA), em novembro.

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O Porto foi escolhido, em outubro passado, para sediar a Anual General Meeting (AGM) da European Pride Organisers Association (EPOA), que ocorrerá de 1 a 3 de novembro deste ano. Este evento reúne organizadores de eventos Pride de toda a Europa e é uma plataforma essencial para o intercâmbio de conhecimentos, experiências e melhores práticas no âmbito da celebração e defesa dos direitos LGBTI+.

O evento de três dias incluirá plenárias, workshops, networking, relatórios de membros e apresentação de propostas para o EuroPride 2027 de membros em Itália, Lituânia, Espanha e Reino Unido. Os membros da EPOA votarão nestas propostas e o vencedor será anunciado durante o evento.

Recorde-se que Lisboa será a anfitriã do EuroPride no próximo ano, tendo sido selecionada na Assembleia Geral Anual de 2022. Segundo a EPOA “A Assembleia Geral Anual no Porto proporcionará uma oportunidade para os membros da EPOA aprenderem mais sobre os ambiciosos planos da capital portuguesa para o EuroPride 2025.”

As inscrições para a AGM já estão abertas e podem ser realizadas através do website do evento, com tarifas especiais disponíveis para os participantes que se inscreverem até 15 de maio. EPOA disponibiliza também a possibilidade de scholarships permitindo assim a participação a ativistas com menos possibilidade financeiras: informações sobre as bolsas de apoio aqui: https://www.epoa.eu/about-us/agm/

Para Diogo Vieira da Silva, Coordenador Geral do Porto Pride e responsável pela candidatura vitoriosa que trouxe a AGM para Portugal, destacou a importância deste evento para a região, “a realização da AGM da EPOA no Porto é uma oportunidade ímpar para que os organizadores de Prides em Portugal e outras organizações relevantes possam se aproximar da comunidade de Prides Europeus. Este encontro permitirá a troca de ideias inovadoras e a partilha das melhores práticas dos outros países, inspirando os nossos esforços locais para avançar na luta pela igualdade e inclusão.”

Este ano, a AGM pretende não só reforçar as redes existentes entre os organizadores de Prides, mas também inspirar uma nova onda de ativismo e celebração que ressoe por toda a Europa. O Porto, conhecido pela sua rica história cultural e forte apoio à diversidade, proporcionará o cenário perfeito para que líderes e ativistas possam planejar o futuro dos eventos Pride, garantindo que continuem a ser um espaço seguro e inclusivo para todos.

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Proveitos no setor do alojamento continuam em alta em fevereiro

No segundo mês de 2024, os proveitos do setor do alojamento turístico mantiveram-se na senda do crescimento, com os proveitos totais e de aposento a subirem 13% e 13,1%, respetivamente, face a igual período de 2023. Nos dois meses de 2024, os proveitos totais já ultrapassam os 500 milhões de euros.

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Em fevereiro de 2024, o setor do alojamento turístico registou 1,8 milhões de hóspedes e 4,3 milhões de dormidas, correspondendo a subidas de 7% e 6,4%, respetivamente, indicando, agora, o Instituto Nacional de Estatística (INE) que, feitas as contas, esta performance permitiu gerar 276,4 milhões de euros de proveitos totais (+13%; +9,1% em janeiro), e 202,1 milhões de euros de proveitos de aposento (+13,1%; +8,1% em janeiro).

No período acumulado dos dois primeiros meses de 2024 (janeiro e fevereiro), as dormidas atingiram 7,7 milhões e registaram um crescimento de 3,3% (+0,3% nos residentes e +4,9% nos não residentes), a que corresponderam aumentos de 11,2% nos proveitos totais e de 10,8% nos de aposento.

Neste período acumulado de janeiro a fevereiro, os proveitos totais cresceram 11,2% e os relativos a aposento aumentaram 10,8%, com os proveitos totais a atingirem 506,7 milhões de euros e os relativos a aposento a ascenderem a 367,5 milhões de euros, avança o INE.

A Grande Lisboa foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (36,1% dos proveitos totais e 37,9% dos proveitos de aposento), seguida do Norte (16,1% e 16,4%, respetivamente), do Algarve e da Madeira (15,2% e 14,4%, pela mesma ordem, em ambas).

Todas as regiões registaram crescimentos nos proveitos, com os maiores aumentos a ocorrerem no Oeste e Vale do Tejo (+26,8% nos proveitos totais e +23,8% nos de aposento) e na Grande Lisboa (+16,0% e +14,8%, respetivamente).

Em fevereiro, registaram-se crescimentos dos proveitos nos três segmentos de alojamento. Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento (pesos de 87,5% e 85,4% no total do alojamento turístico, respetivamente) aumentaram 12,9% e 13%, pela mesma ordem.

Nos estabelecimentos de alojamento local, registaram-se aumentos de 10,7% nos proveitos totais e 11,7% nos proveitos de aposento (quotas de 9% e 11%, respetivamente).

No turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 3,5% nos proveitos totais e de 3,6% nos de aposento), os aumentos foram de 22,4% e 19,7%, respetivamente.

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 37,8 euros em fevereiro, registando um aumento de 4,5% face ao mesmo mês de 2023 (+3,7% em janeiro).

Os valores de RevPAR mais elevados foram registados na Grande Lisboa (64,9 euros) e na RA Madeira (58,5 euros), tendo os maiores crescimentos ocorrido no Oeste e Vale do Tejo (+12,0%), no Algarve (+7,1%) e na Grande Lisboa (+6,1%). O Centro foi a única região em que este indicador registou um decréscimo (-2,2%).

De acordo com a análise do INE, em fevereiro, este indicador cresceu 5,5% na hotelaria (+5% em janeiro) e 7,7% no turismo no espaço rural e de habitação (+5,4% em janeiro). No alojamento local decresceu 0,9% (-3,4% em janeiro).

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 83,8 euros (+6%), abrandando o crescimento (+6,9% em janeiro).

A Grande Lisboa destacou-se com o valor mais elevado de ADR (107,8 euros), seguida pela Madeira (85,6 euros). Todas as regiões registaram crescimentos neste indicador, com os maiores aumentos a ocorrerem no Algarve (+10%), na Península de Setúbal (8,5%) e na Grande Lisboa (+6,8%).

Em fevereiro, o ADR cresceu 6,4% na hotelaria (+7,4% em janeiro), 2,6% no alojamento local (+3,1% em janeiro) e 9,4% no turismo no espaço rural e de habitação (+7,1% em janeiro).

Lisboa, Funchal e Porto em destaque
Do total de 4,3 milhões de dormidas (+6,4%) nos estabelecimentos de alojamento turístico, 61,4% concentraram-se nos 10 municípios com maior número de dormidas em fevereiro.

O município de Lisboa concentrou 24,3% do total de dormidas, atingindo um milhão e voltou a crescer (+8,3%, após -3,1% em janeiro), com o contributo das dormidas de não residentes (+10%), dado que as dormidas de residentes apresentaram uma variação nula. Este município concentrou 30,3% do total de dormidas de não residentes em fevereiro.

O Funchal foi o segundo município em que se registaram mais dormidas (454,3 mil dormidas, peso de 10,6%), voltando a registar crescimento (+3,9%) após dois meses de quebras consecutivas (-4,5% em janeiro e -2,7% em dezembro). Para este crescimento, contribuíram as dormidas de não residentes (+6,3%), dado que as dormidas de residentes diminuíram 9,3%.

No Porto, as dormidas totalizaram 357,3 mil (8,3% do total), acelerando para um crescimento de 10,5% (+4,1% nos residentes e +12,3% nos não residentes).

Neste grupo de 10 municípios com maior número de dormidas em fevereiro, Ponta Delgada foi o que registou menos dormidas (66,9 mil dormidas, peso de 1,6%), sendo o único em que os residentes tiveram maior expressão (60,3%) do que os não residentes.

Em fevereiro, Lagoa e Ponta Delgada destacaram-se entre os 10 principais municípios, registando-se crescimentos de 15,7% e 14,5%, com um contributo mais expressivo das dormidas de não residentes (+18,4% e +23%, respetivamente).

Albufeira foi o único município em que se verificou um decréscimo nas dormidas de não residentes (-1,9%). Albufeira e Ponta Delgada destacaram-se ainda pela evolução positiva das dormidas de residentes (+9,8% e +9,5%, respetivamente), enquanto Cascais registou o maior decréscimo (-11,2%).

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Albufeira marca presença na Nauticampo

Albufeira vai estar representada na Nauticampo com o stand 2B15, localizado no Pavilhão 2 e que vai contar com uma área de 36 metros quadrados, no qual marcam presença ainda várias empresas regionais.

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A Câmara Municipal de Albufeira vai estar presente na Nauticampo – Salão Internacional de Navegação de Recreio, Desporto Aventura, Caravanismo e Piscinas, que vai ter lugar na FIL, em Lisboa, entre 17 e 21 de abril.

Num comunicado enviado à imprensa, a autarquia indica que vai estar representada no certame com o stand 2B15, localizado no Pavilhão 2 e que vai contar com uma área de 36 metros quadrados.

A autarquia vai partilhar o stand com a Marina de Albufeira e com outras empresas marítimo-turísticas, de desportos ao ar livre, de aventura e de animação turística do concelho, entre outras áreas que se enquadrem no âmbito do certame.

“O stand do município vai ter ao dispor dos empresários algumas mesas, de forma a possibilitar a marcação de reuniões de trabalho”, indica a Câmara Municipal de Albufeira, em comunicado.

A Nauticampo é, segundo a autarquia, o “maior e mais prestigiado evento de atividades outdoor realizado em Portugal e um dos mais antigos da Europa”, recebendo, anualmente, cerca de 30 mil visitantes.

“Albufeira é um concelho com uma área costeira com cerca de 30 quilómetros, praias de grande qualidade ambiental, mas também uma zona interior e de barrocal de rara beleza paisagística, que convidam os visitantes à prática de atividades ao ar livre, o que tem contribuído para o crescimento de empresas de atividades outdoor, algumas das quais irão participar no nosso stand, e que têm contribuído significativamente para a dinamização da economia do concelho”, sublinha José Carlos Martins Rolo, autarca de Albufeira.

O presidente da Câmara Municipal de Albufeira explica que, segundo a Estratégia de Desenvolvimento, Promoção e Captação de novos Turistas de Albufeira, a diversificação do produto é uma prioridade para esta autarquia, sendo que “as praias e a oferta de atividades náuticas e de recreio e o turismo de natureza, entre outras atividades, são considerados ativos diferenciadores do destino”.

Por isso, nesta feira, o foco de Albufeira “vai incidir precisamente na diversificação e na complementaridade do produto turístico, através da apresentação das empresas do concelho especializadas neste tipo de atividades”, assim como em dois projetos específicos, um dos quais é o Art Reef, que consiste na a primeira exposição artística subaquática da costa portuguesa, da autoria de Vhils.

“Trata-se de um excelente exemplo de sustentabilidade, que ao contribuir para a criação de um novo ecossistema marinho, gerando um novo recife artificial na costa de Albufeira, visitável através da prática de mergulho qualificado, constitui um novo produto turístico”, explica a autarquia na informação divulgada.

Já o segundo projeto é a apresentação do aspirante a Geoparque Algarvensis, uma candidatura dos Municípios de Loulé, Silves e Albufeira, a património mundial da UNESCO, que, segundo o autarca de Albufeira, “irá atrair novos tipos de turista, nomeadamente o turismo científico e de natureza”.

A Nauticampo decorre na FIL, em Lisboa, entre 17 e 21 de abril, sendo que nos dias 17 a 19 de abril a feira está aberta ao pública entre as 14h00 e as 22h00, enquanto no dia 20 de abril funciona entre as 10h00 e as 22h00, enquanto no último dia o certame encerra às 20h00.

 

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Alto Côa é a 11ª Estação Náutica certificada do Centro de Portugal

A Estação Náutica do Alto Côa foi certificada durante o último encontro da Rede de Estações Náuticas de Portugal, que decorre esta quinta e sexta-feira, 11 e 12 de abril, em Vilamoura.

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A Estação Náutica do Alto Côa, localizada no município do Sabugal, já se encontra certificada, tornando-se na 11ª Estação Náutica da região, informou a entidade regional de turismo Centro de Portugal.

“A oficialização deste reconhecimento ocorreu durante o terceiro encontro da Rede de Estações Náuticas de Portugal (ENP), realizado nos dias 11 e 12 de abril, na Estação Náutica de Vilamoura, e que contou com a participação ativa da Turismo Centro de Portugal”, lê-se num comunicado enviado à imprensa.

Com a certificação da Estação Náutica do Alto Côa, o Centro de Portugal passa a contar com um total de 11 Estações Náuticas, passando a oferta turística regional a “ser ainda mais alargada”.

Além do Alto Côa, também Aveiro, Castelo do Bode, Ílhavo, Murtosa, Oeste (esta em vários núcleos), Vagos, Estarreja, Ovar, Pedrógão Grande e Penamacor contam com Estações Náuticas certificadas.

A certificação da Estação Náutica do Alto Côa foi recebida por Amadeu Neves, vereador da Câmara Municipal do Sabugal, que esteve presente no encontro da Rede de Estações Náuticas de Portugal.

Recorde-se que a Rede de Estações Náuticas de Portugal é dinamizada pelo Fórum Oceano, sob a coordenação e liderança de António José Correia, tendo este terceiro encontro da Rede juntado as várias estações certificadas, para dois dias de diálogo e trabalho dedicado à economia azul sustentável.

Durante o encontro, que contou ainda com a presença de Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo, foi feito o balanço do caminho já percorrido, celebrando em conjunto o trabalho desenvolvido e as perspectivas futuras.

“As estações náuticas traduzem uma nova ambição para o nosso país. Portugal tem dez ativos estratégicos a nível do turismo e as estações náuticas encaixam na perfeição em cinco deles: o clima, a natureza, a água, o mar e o património histórico-cultural”, afirma Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo, considerando que, para desenvolver este ativo turístico “é preciso estruturar bem o produto, fazendo crescer a rede”, “fomentando a coesão” e com “capacidade de criar rendimento e gerar negócio”.

Este encontro motivou ainda uma conferência composta por quatro painéis dedicados à “Estruturação do Produto e Internacionalização”, “Dinâmicas Regionais de Organização da Rede das ENP”, “O Desígnio da Sustentabilidade na Rede das ENP” e “As Estações Náuticas e o Desenvolvimento Local e Regional”.

Após o debate, houve ainda workshops temáticos, sobre os temas “Comunicação, marketing e digitalização”, “Capacitação”, “Gestão de risco e segurança”, “Dinâmicas regionais, sub-regionais e internacionalização” e “Futuro da rede ENP”.

Além da Estação Náutica do Alto Côa, também a Estação Náutica da Ericeira foi certificada durante o último encontro da Rede de Estações Náuticas de Portugal.

Com a certificação destas duas Estações Náuticas, a Rede de Estações Náuticas de Portugal passou a contar com 38 Estações Náuticas certificadas em todo o território continental, tanto na costa como no interior.

 

 

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UN Tourism quer estabelecer Centro de Pesquisa para o Turismo Sustentável na Croácia

Este centro vai dedicar-se à  investigação e desenvolvimento do turismo sustentável, uma vez que a Croácia faz atualmente parte do Comité de Turismo e Sustentabilidade da ONU para o Turismo.

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A UN Tourism vai trabalhar em conjunto com o Governo da Croácia para estabelecer um Centro de Pesquisa para o Turismo Sustentável no país, avança a agência das Nações Unidas para o Turismo, em comunicado.

De acordo com a informação divulgada, este centro vai dedicar-se à  investigação e desenvolvimento do turismo sustentável, uma vez que a Croácia faz atualmente parte do Comité de Turismo e Sustentabilidade da ONU para o Turismo.

“Juntamente com o historial do Governo na promoção de práticas de turismo responsáveis e sustentáveis e o apoio aos valores fundamentais do Turismo da ONU, a Croácia torna-se no local ideal para acolher uma plataforma colaborativa para impulsionar a inovação e catalisar mudanças positivas no setor do turismo”, lê-se no comunicado da UN Tourism.

O Centro de Pesquisa para o Turismo Sustentável vai contar com a colaboração de todos os interessados, concretamente dos setores público e privado, assim como da academia e da sociedade civil para abordar alguns dos desafios mais críticos que o turismo enfrenta.

Segundo a UN Tourism, entre estes desafios, destacam-se temas como a redução do impacto ambiental do turismo, o aumento do uso de energias renováveis e eficiência energética, a adaptação às alterações climáticas, a preservação da sustentabilidade social e das comunidades locais, a elaboração de políticas baseadas em evidências e o fornecimento de investigação relevante e atualizada.

Com vista à criação deste Centro de Pesquisa para o Turismo Sustentável, o secretário-geral da UN Tourism, Zurab Pololikashvili, e Nikolina Brnjac, ministra do Turismo e Desporto da Croácia, assinaram já um Memorando de Entendimento.

“A Croácia lidera pelo exemplo no crescimento do turismo de forma sustentável. O novo centro de investigação em Zagreb contribuirá para o compromisso da UN Tourism com a elaboração de políticas baseadas em dados a nível regional, nacional e de destino, garantindo que o turismo cresça de forma responsável e inclusiva, para o benefício das comunidades em todo o mundo”, destaca Zurab Pololikashvili, secretário-geral da UN Tourism.

Já Nikolina Brnjac, ministra do Turismo e Desporto da Croácia, mostra-se orgulhosa pela distinção da UN Tourism, que reconheceu os esforços da Croácia na reforma da gestão do turismo.

“Tendo a Universidade de Zagreb como parceira na criação deste Centro, estou convencida de que este Centro terá sucesso e fornecerá investigação muito relevante para o futuro desenvolvimento sustentável do turismo, afirma a governante croata.”

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