Mais de duas mil pessoas pedem aumento da pista do Pico
Petição “Pelo aumento das condições de operacionalidade do Aeroporto da ilha do Pico” tem 2.351 assinaturas, número simbólico que corresponde à altura da montanha do Pico.
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O parlamento dos Açores recebeu no sábado, 22 de Julho, uma petição com 2.351 assinaturas que reivindica o aumento da pista do aeroporto do Pico, nos Açores, uma vez que existem constrangimentos na operação das aeronaves de médio curso.
A petição “Pelo aumento das condições de operacionalidade do Aeroporto da ilha do Pico” solicita ao Governo dos Açores o aumento da pista e que esta seja ranhurada (com aplicação do ‘grooving’), em toda a sua extensão, para minorar os efeitos adversos para as aterragens provocados pela chuva.
“As aeronaves de médio curso não conseguem operar com a carga máxima, deixando malas atrás e carga, como pescado”, resumiu à Lusa Ivo Sousa, primeiro subscritor da petição, explicando que, “quando chove, o avião não consegue, por vezes, aterrar”.
Como explicou o promotor da petição à Lusa, em “Julho de 2002, foi consignada a empreitada de aumento da pista do Pico, o que permitiu que passasse a haver voos para Lisboa”, mas, “mesmo assim, as aeronaves de médio curso têm limitações” nas suas operações, o que “está a prejudicar as acessibilidades à ‘ilha montanha'”.
De acordo com o documento, o comprimento actual da pista do Pico leva a que, por vezes, haja carga aérea que fica para trás nas ligações com Lisboa, incluindo bagagem de passageiros, assim como a que haja vários cancelamentos provocados pela chuva.
Por outro lado, os promotores da petição afirmam que “aumentar a pista permitiria também que as aeronaves passassem a conseguir descolar da ilha montanha e aterrar no centro da Europa, ou mesmo na costa leste dos Estados Unidos da América”, salientando que a melhoria do aeroporto do Pico teria “um impacto directo na economia” da região.
A petição conta com 2.351 assinaturas, um número simbólico que corresponde à altura da montanha do Pico, o ponto mais alto de Portugal.