Conversas à Mesa | Pedro Machado
Pedro Machado, presidente da Entidade Regional Turismo do Centro de Portugal, foi o convidado do Conversas à Mesa que decorreu no restaurante Olivier Avenida.
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Pedro Machado, presidente da Entidade Regional Turismo do Centro de Portugal, foi o convidado do Conversas à Mesa que decorreu no restaurante Olivier Avenida.
Pedro Manuel Monteiro Machado nasceu em Coimbra a 27 de Novembro de 1966. Os pais são naturais de Tentúgal, no concelho de Montemor-o-Velho, localidade onde viveu toda a infância e parte da vida adulta. Filho único, o presidente da Turismo do Centro de Portugal cresceu rodeado dos amigos e vizinhos, fazendo as “brincadeiras normais dos rapazes”, como jogar à bola.
São muitas as memórias que guarda da infância. Uma infância, sobretudo, ligada ao campo e à vivência em Tentugal, no coração do Baixo Mondego. As tardes de Verão das férias eram passadas entre banhos no rio e a pesca com os amigos.
Foi aluno da escola primária de Tentugal, tendo seguido os estudos no liceu em Montemor-o-Velho. No 8º ano do liceu, os pais decidiram que deveria estudar em Coimbra. Passou a fazer diariamente o caminho entre Coimbra e Tentúgal de autocarro.
Era um aluno com “bom aproveitamento”, e, além do mais, tinha facilidade de relacionamento com os colegas e professores, traço da personalidade que mantém até hoje. Sempre teve mais inclinação para as Humanidades ou para Medicina. Ficou a poucas décimas de entrar em Direito. Entrou em Filosofia na Universidade de Coimbra. Aquilo que parecia ser um ano experimental, – no segundo ano tentaria mudar de curso – , no seu caso isso não aconteceu. “Apaixonei-me verdadeiramente pela Filosofia e acabei por não pedir transferência do curso”, conta. “Hoje, mais do que nunca, considero uma ferramenta absolutamente extraordinária que nos ajuda, sobretudo, a cultivar a ferramenta do raciocínio, da lógica, da abstracção”.
Já depois de licenciado em Filosofia, fez um mestrado em Psicologia, entre 2006 e 2008, e actualmente é doutorando na Universidade de Aveiro na área do Turismo.
VIDA POLÍTICA
A faculdade foi um período crucial na vida de Pedro Machado, porque despertou nele uma actividade que viria a marcar os anos seguintes: a política activa.
Pouco tempo antes da faculdade, Pedro Machado participou na Juventude Social Democrata, quando ainda estava em Montemor-o-Velho. Mas, somente em Coimbra, despertou objectivamente para a política, acompanhando amigos que já estavam envolvidos e percebendo as suas causas.
Envolveu-se na Juventude Partidária em Coimbra, onde depois exerceu várias funções, desde presidente da JSD no concelho de Montemor-o-Velho, até membro da Comissão Política Distrital de Coimbra, passando para a Comissão Nacional. Em paralelo com a vida universitária, acabou por criar uma carreira política até chegar ao ponto mais alto, em 2006, quando foi eleito membro da Comissão Política Nacional do PSD, no Congresso Nacional do partido na Póvoa do Varzim. Luís Marques Mendes era presidente do PSD na altura. Na Comissão Política Nacional estavam nomes como o de Paula Teixeira da Cruz, Miguel Macedo, Luís Marques Guedes.
Encerrou o período de vida política activa dois anos mais tarde, após a eleição para presidente da Distrital de Coimbra. “Entendi fechar esse ciclo quando assumi a exclusividade de exercer a função de presidente da Turismo do Centro de Portugal”, recorda.
TURISMO DO CENTRO DE PORTUGAL
Ser presidente do Turismo do Centro de Portugal surgiu na sequência do trajecto político de Pedro Machado. De 2002 a 2009, exerceu funções como vice-presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho. Foi, nessa altura, desafiado para presidir à Região do Turismo de Centro de Portugal. Tomou posse pela primeira vez no dia 1 de Setembro de 2006, na altura a região tinha 24 municípios e existiam 19 regiões de Turismo. “Tenho a sorte de ter vivido e estado em funções no Turismo num dos períodos que ficará na história deste sector em Portugal”, afirma. Começou por presidir a uma região com 24 municípios. Mas o Decreto-lei 67/2008 ditou a criação de cinco entidades regionais e seis pólos de desenvolvimento turístico. Foi eleito uma segunda vez em Novembro de 2008. “A partir daí tenho o meu segundo desafio que corresponde a uma alteração do modelo organizacional e territorial das regiões de turismo e tenho o privilégio de estar em 2013, por força da Lei 33, já no Governo de Pedro Passos Coelho, em que deixamos de ter 5 Regiões+6 Polos e passamos a ter cinco entidades regionais apenas, mais Açores e Madeira. Ou seja, deixei de ter 24 municípios, de 2006, para 57 em 2008 e para 100 em 2013”. “Tenho a experiência mais rica de todos os meus colegas, porque é a região que absorve mais municípios, mais regiões e mais território, no período dos últimos dez anos. Isso é um desafio de uma enorme complexidade, em primeiro lugar porque fazer a fusão de dez regiões de Turismo numa grande região traz-nos complexidade ao nível dos recursos financeiros, complexidade ao nível da diversidade dos territórios, das marcas e dos produtos, traz-nos uma intensidade de relacionamento interpessoal para funcionários e técnicos de várias regiões que nem sequer se conheciam para construir uma marca. Esse foi o meu maior desafio, por um lado, trazer estabilidade a uma estrutura tão vasta e tão grande como é a Turismo do Centro de Portugal, e, segundo, poder criar no ‘mind set’ do sector turístico, a cultura e a marca Centro de Portugal.
Pedro Machado ainda se vê à frente dos destinos do Centro de Portugal por mais anos. “A marca Centro deu os primeiros passos. O meu mandato termina em 2018, se não existirem grandes alterações, como espero que não haja, a marca Centro, mais do que todas, é a que está ainda num período de desenvolvimento embrionário. Vejo-me ainda a continuar este trabalho pelo menos mais um ciclo”. Pedro Machado quer transpor estes dez anos no Turismo para o papel. “Os textos que escrevi para o jornal Publituris, mais algumas intervenções públicas e outros textos produzidos são suficientes para que ao fim destes dez anos possa tornar público um pouco da minha actividade e do meu pensamento sobre a actividade turística”, conta. O que prevê fazer daqui a cinco anos? “A esta distância prevejo que um dos caminhos pode ser o Ensino Superior. Já me fizeram vários desafios nesse sentido. Mas admito que surjam outros”.
VIDA PESSOAL
Casado há 20 anos, Pedro Machado conheceu a mulher, Cláudia, na caravana de uma campanha partidária do concelho de Montemor-o-Velho para as eleições autárquicas de 1994. Vivem em Coimbra e têm um filho, o Rafael, com 9 anos. “O meu filho diz que sou um bocadinho chato. Todos os casais procuram garantir que a mãe dá o mimo e o pai é mais visto como aquele que traz as regras. É aí que ele me chama chato, quando, inconscientemente, quero fazer dele uma criança maior do que aquilo que verdadeiramente ele é, quase que exijo que ele seja um pequeno adulto e ele não é. Mas também tenho o outro lado, o lado de brincar com ele, jogarmos à bola, vermos televisão, dar mergulhos. Somos particularmente parecidos e muitas pessoas próximas de nós dizem que o Rafael, sobretudo na maneira de estar, é muito parecido comigo”.
Com uma vida profissional muito preenchida – é ao mesmo tempo presidente da Entidade Regional e da Agência Regional de Promoção Turística – , Pedro Machado procura conciliar a vida profissional com a família. “Quando estou em Portugal procuro estar o mais perto possível da família ou levá-los comigo sempre que tenha actividade profissional ao fim-de-semana. Durante a semana procuro levar o Rafael à escola, que fica perto de casa, e, sempre que posso, procuro ir buscá-lo, mesmo que a seguir tenha uma reunião”.
HOBBIES
Adora correr, corre em todo lado, seja Viseu, Coimbra, Paris, Londres ou São Paulo. “Mais do que uma condição física é um anti-stress extraordinário e um relaxante fantástico. Ajuda-nos a ganhar energia para o dia que aí vem e a sentirmo-nos bem connosco”, explica. Em casa, gosta de ler e ver televisão. A mulher cozinha e ele põe e levanta a mesa. O seu maior pecado é o chocolate. “Posso comer todos os dias, herdei da minha mãe”, conta.
Passa as férias de Verão com a família sempre na Figueira da Foz, pelo menos uma semana. “É o nosso ponto de paragem obrigatório e dos nossos amigos. Este ano não foi excepção”. Pedro Machado vai quase todos os domingos a Tentúgal. Mantém amigos de infância, como Arménio Travassos, director do Diário de Coimbra e Abel Cavaco, membro do conselho de administração do Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro – Rovisco Pais. No dia-a-dia, trabalha a partir de uma agenda pré-definida e de uma grande dose de improviso, já que existem situações que estão além daquilo que uma agenda pode prever. “A minha agenda está prevista a meses de antecedência, tem uma fortíssima componente de representação institucional e tem pelo menos duas presidências. Procuro que a agenda esteja bem definida”.
O cumprimento da agenda está “almofadada” por uma equipa em quem confia a 100%. Aliás, a lealdade é o valor que Pedro Machado valoriza mais nas pessoas com quem trabalha. “Uma das pessoas com quem tenho maior cumplicidade e afinidade é o Jorge Loureiro, um amigo da vida, e foi possível transpor essa relação com lealdade para a função que hoje exerce cada um de nós”. “Adquiri nestes dez anos verdadeiros amigos e uma nova família que é a família do Turismo. O Turismo resume-se a uma pequena família. Os protagonistas que conheci há dez anos são os mesmos e os líderes que conheci há dez anos são os mesmos”, conclui.
Restaurante Olivier Avenida
Situado numa das mais emblemáticas zonas de Lisboa e com uma decoração elegante e romântica o Olivier Avenida reflecte o ambiente trendy e cosmopolita da capital. Neste espaço com cozinha de inspiração mediterrânica é possível degustar alguns dos mais afamados pratos do Chef Olivier nomeadamente a exclusiva picanha de kobe ou o Linguini com parmesão e trufa preta. Desde o dia 1 de Outubro voltou o Brunch de Domingo que reúne as especialidades de diversos espaços de Olivier. Das 12.30h às 14.30h é possível degustar uma vasta selecção de iguarias, entre as quais, pães e croissants, panquecas, selecção de queijos, presuntos e carnes laminadas, ovos mexidos e escalfados, dois pratos quentes e ainda sushi e sashimi e sobremesas diversas.