Turiscópio: A capital recebe três Web Summits até 2018 e o resto de Portugal é paisagem?
Cinco Web Summits anteriores tiveram lugar na Irlanda criando um novo conceito de negócios internacionais, e estes encontros poderão projectar Portugal ao patamar dos líderes de grandes eventos inovadores.
Humberto Ferreira
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Não tiro valor aos negociadores das próximas três maiores cimeiras mundiais de empreendedorismo, tecnologia e inovação digital, cuja sexta edição está marcada para 8 a 10 de Novembro em Lisboa. Um apoio de 1,3 milhões de euros numa parceria ATL–Turismo de Portugal–ICEP poderá gerar receitas de 175 milhões de euros e 40 mil participantes em 2016, pelo que os patrocinadores das «Web Summits» merecem um forte aplauso.
Cinco Web Summits anteriores tiveram lugar na Irlanda criando um novo conceito de negócios internacionais, e estes encontros poderão projectar Portugal ao patamar dos líderes de grandes eventos inovadores, a par de outros atractivos de cultura, tecnologia, ensino, desporto, gastronomia, vitivinicultura, e saúde, na senda da experiência de décadas anteriores com iniciativas de alto nível, a que acresce em 2017 o primeiro centenário das aparições de Nossa Senhora de Fátima, nas peregrinações à Cova da Iria.
PORTUGAL: DESTINO DE TURISMO – Carece de uma programação anual de eventos, desde os ralis, raids, e grandes concentrações de autos, motas, hipismo, ultra-maratonas; regatas de veleiros (Taças Bellatrix. Atlântico, ou Conde Caria?) nas rotas Algarve-Andaluzia-Madeira- Açores; e vindimas animadas – sector onde falta um embaixador anual que valorize rotas vinícolas e projecte produtores dinâmicos; aos torneios de outros desportos e festas.
DESENHADORES DE VIAGENS – Destaco uma excelente iniciativa do operador Algarve Precious – Private Tours com programas, no Algarve e Baixo-Alentejo pelas rotas do sal, das vinhas e do vinho, da cortiça e artesanato, das históricas expedições oceânicas, do peixe e pescadores, e das melhores praias e pesqueiros europeus. Um bom e variado exemplo.
MELHOR VINHO BRANCO – A TAP serve em classe executiva o melhor vinho branco entre a concorrência, e o segundo melhor vinho tinto, projectando a qualidade dos nossos vinhos pelo mundo. Surpreende-me este caso não ter sido comentado pelo Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, em especial nos Jogos Olímpicos no Brasil. Lembra-me, sim, a jornalista do Irish Independent que conheci em 1970, e que não compreendia como tinhamos cursos de Turismo quando a maioria dos portugueses dominava bem a arte da hospitalidade! Ora as escolas de Turismo criaram melhores especialistas. É uma nova vitória da TAP a merecer o apreço de quem trabalha, segue, e ama o Turismo, a aviação, e o mar.
MILLENNIALS EM VIAGEM – A revista Forbes antecipa a mudança de tendências de turistas entre 18 e 30 anos – os chamados primeiros bebés desejados e nascidos neste milénio. E a American Express e TopTravel revelam estudos sobre este tema. Entre as características comuns mais apontadas pelos inquiridos destaca-se a média de duas visitas anuais ao exterior e 94% escolhem Europa, América do Norte, Austrália, e Nova Zelândia; 76% seguem sugestões de amigos; enquanto 18% absorvem comentários nas redes sociais. 74% auto-planeiam e reservam as viagens, entre seis e doze meses de antecedência; 44% procuram novas culturas em vez de festivais sem limites; 37% evitam comidas rápidas e gordurosas; 28% preferem compras extravagantes; 14% mantém forma física em viagem; e as «apps» mais usadas são: Facebook 94%, Instagram 71%, TripAdvisor e What’sApp 14%.
O grupo etário 18-30 continua a influenciar fluxos turísticos e novos conceitos de férias ou pausas, acedendo a propostas em constante evolução. A American Express regista que 92,4% dos inquiridos não dispensam sugestões e «know-how» de agentes e consultores de viagens, e 60% pagam programas personalizados a seu gosto, livrando-se de imprevistos negativos. Alguns mitos atribuídos aos millennials são desfeitos, entre os quais: o Furismo não se limita a tecnologias nem a imagens electrónicas; o trunfo de cada programa reside na valorização e fácil acesso às atracções em cada destino; os hotéis são preferidos por 76,3% dos inquiridos, em vez de hostels e Airbnb; e os programas-padrão dos operadores vão sendo valorizados com novas experiências em cada rota e destino, por promotores locais. Enquanto o tempo gasto em planear e confirmar viagens por via electrónica é arriscado, 54,9% valorizam a partilha imediata de experiências vividas, e apenas 10% em viagem actualizam diários online. Entretanto, o grupo Six Flags Parks instalou em nove parques de diversão nos EUA os VR Coasters – carrocéis de aventura virtual e alta segurança para jovens sem presença parental, atestando a valia tecnológica na animação turística.
DIA MUNDIAL DO TURISMO – Falta avaliar quantos milhões de jovens e turistas não acedem ainda a «aplicações», parques, e destinos tecnológicos? E faltando 40 dias para 27 de Setembro não se conhece a nosso contributo para o novo ciclo de Turismo Mundial, quando António Guterres concorre a secretário-geral da ONU, e passa despercebida a proposta de Walter Mzembi, ministro de Turismo do Zimbabwe e provável novo secretário-geral da UNWTO, que negoceia com 50 Estados USA para se filiarem pela primeira vez na Organização Mundial de Turismo.