“Queremos estar nos três maiores operadores B2B em Portugal”
A actividade da W2M – World2Meet começou no mês de Junho e as suas mais-valias já se fazem sentir. Duarte Correia, presidente do conselho de administração da empresa do Grupo Iberostar, refere que o online é a base de toda a empresa que pretende ter uma abordagem diferente ao mercado.
Raquel Relvas Neto
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A actividade da W2M – World2Meet começou no mês de Junho e as suas mais-valias já se fazem sentir. Duarte Correia, presidente do conselho de administração da empresa do Grupo Iberostar, refere que o online é a base de toda a empresa que pretende ter uma abordagem diferente ao mercado.
Duarte Correia dispensa apresentações ao trade. O antigo accionista e CEO da TUI em Portugal abraçou desde Junho deste ano um novo projecto profissional: a W2M World2Meet. A empresa, propriedade do grupo espanhol Iberostar, abriu uma filial em Portugal, com sede em Albufeira, mas com escritórios também em Lisboa, Funchal e Ponta Delgada, da qual Duarte Correia é também accionista. A W2M tem ainda escritórios nas ilhas do Sal e Boavista, em Cabo Verde. Duarte Correia explica, em entrevista, que a W2M é sobretudo um ‘player’ global e não regional, que “tem como objectivo expandir as suas actividades a todo o mundo”. Para tal, conta já com presenças físicas em Espanha, Portugal, Cuba, Brasil, Dubai e, dentro em breve, com a abertura de duas unidades hoteleiras em Miami e Nova Iorque, abrirá também nos Estados Unidos da América.
“No ano passado, a W2M serviu 2,2 milhões de passageiros, já tem algum significado atendendo ao seu tempo de vida”, menciona o responsável, aludindo ainda à importância e credibilidade que o Grupo Ibersotar tem no mercado. Em Portugal, este projecto abrange três diferentes áreas de negócio. Concretamente a W2M DMC, como agência receptiva e de incentivos, a W2M PRO, no segmento de operação turística e plataforma de reservas para agentes de viagens e a W2M API, uma central de reservas hoteleiras, que dispõe de cerca de 245 mil referências de alojamento em todo o mundo. A central de reservas hoteleiras é a principal ferramenta diferenciadora da W2M em Portugal. O responsável refere que “a nossa intenção é oferecer tudo o que o País tem para oferecer aos seus visitantes”, indicando que a equipa responsável vai contratar desde unidades hoteleiras a unidades de Alojamento Local.
“a nossa intenção é oferecer tudo o que o País tem para oferecer aos seus visitantes”
As unidades portuguesas vão ser carregadas no sistema da W2M API e passam a estar disponíveis em qualquer parte do mundo. No que diz respeito ao operador turístico, Duarte Correia indica que só vai estar disponível em Portugal em 2017. Este não é, realça, “um operador das grandes massas (…) e num futuro próximo irá trabalhar no segmento de especialista”. Japão, Maldivas, Polinésia e Vietname são alguns destinos que o operador turístico irá disponibilizar no mercado português, mas só a partir do período do Carnaval/Páscoa do próximo ano, pois “temos de ser consistentes no produto que vamos oferecer”. “O nosso propósito não está em sermos dos maiores em termos de volume de negócios ou de passageiros (…). Não é preciso ser muito grande para dar dinheiro, é preciso ter produto certo para o mercado certo”, realça, destacando que a W2M não quer assumir “riscos de ‘charters’, queremos sim ‘atacar’ um determinado nicho de mercado e trabalhar nos orçamentos das férias do nível médio alto e alto”.
Quanto à área de DMC, esta vai trabalhar também com a central de reservas hoteleiras da marca e vai ter os seus próprios serviços de terra. “A W2M enquanto DMC representa operadores independentes não alinhados, desde russos, ingleses, holandeses”, explica Duarte Correia, indicando que já têm a representação de um operador turístico holandês para a Madeira. “Este é o nosso primeiro cliente, mas hão-de vir mais”, perspectiva.
O responsável menciona que as principais mais-valias da sua equipa tem que ver com o ‘know how’ que detém. “É uma equipa que estamos a formar com um acumular de experiência muito grande, que conhece o mercado e os destinos, conhecemos as pessoas”, referindo que no negócio do Turismo este é um aspecto bastante importante no desenvolvimento dos negócios, as pessoas. Apesar de ser no online que se baseia a vertente de toda a empresa, o responsável destaca que “a vertente do contacto directo, humana, é sempre importante”. Contudo, os negócios hoje fazem-se no online, que tem uma dinâmica “um bocado complexa”, mas é “com essa nova dinâmica que pretendemos ter um ‘approach’ diferente no mercado”. Duarte Correia está com perspectivas positivas para o projecto em Portugal: “O nosso objectivo é estar, nos próximos cinco anos, nos três maiores operadores no B2B em Portugal. Estou a falar de uma Hotelbeds, Abreu online, Logitravel, estes são os nossos concorrentes”.
Cabo Verde
Presente também em Cabo Verde, Duarte Correia admite que os desafios da W2M no destino são diferentes dos que tem em território nacional. A começar desde já pelas acessibilidades. “A acessibilidade de Cabo Verde tem alguns problemas, os TACV, com os problemas que têm e com a pouca capacidade financeira, não podem dar cobertura às necessidades que existem no mercado”, refere. Por outro lado, constata, “os grandes operadores que têm as suas companhias aéreas, trabalham em circuitos fechados, não facilitam a concorrência”. Duarte Correia esclarece que se a questão dos ceús abertos para Cabo Verde, ou as acessibilidades não se fizerem de outra forma, a sustentabilidade do destino corre riscos. Em Cabo Verde, o projecto da W2M passa “pela ligação que temos com o destino e a hotelaria. Com as unidades que a Iberostar tem e com os produtos alternativos que não estão dominados pela grande ‘tour operação’, abrimos um bocado o destino”.