Turiscópio: A inovação melhora empresas, senhorios, trabalhadores, consumidores, e cada País
Por Humberto Ferreira.
Humberto Ferreira
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Mais um errado exemplo inovador, que invade a Europa, tentando desvalorizar as sucessivas crises, agravadas por atentados e pela falência de bancos e empresas tradicionais. Ora as medidas inovadoras devem basear-se em análises profundas e garantir bons exemplos de produtividade e abertura tanto às tecnologias como às tradições. O Turismo tem uma janela para o passado e outra para o futuro.
FACTOS – E efemérides: no dia 23 de Junho: o início do adeus à Europa Unida, com a vitória do Brexit. 23 de Julho: dia especial na Madeira, inauguração do hotel CR7 e nome novo do aeroporto. 13 de Novembro e 14 de Julho: dias de luto em França, pelos atentados em Paris e Nice.
Não sei qual é o Dia Europeu do Turismo, mas festejo a 27 de Setembro o Dia Mundial do Turismo.
EVENTOS EUROPEUS – A escala no Tejo, de 21 a 25 de Julho, dos grandes veleiros da Tall Ships Race foi um sucesso, tendo atraído só no sábado (com 37 graus Celsius), mais de 300 mil visitantes ao «Passeio dos Sete Mares» entre Santa Apolónia e Terreiro do Paço. Acompanho desde 1956 as escalas das regatas quadrianuais Tall Ships em Lisboa, com bases de apoio logístico, técnico e de diversão, em Alcântara, Belém-Algés, e Campo das Cebolas. E admirei das duas margens os veleiros enquadrados nos incomparáveis cenários de Lisboa e Almada.
Curiosamente, entre 21 e 24 de Julho realizou-se no estuário de Solent, que separa a ilha de Cowes da Grã Bretanha, em Portsmouth, uma etapa da série Louis Vuitton, integrada na 35ª final da Taça America em 2017. Um dos mais antigos despiques desportivos, que data de 1851, entre o New York Yacht Club e o Royal Yacht Squadron, clube patrocinado pela Rainha Victoria. Despique ganho pelos americanos durante os 132 primeiros anos. Até agora apenas foram vencedoras equipas da Austrália, Nova Zelândia, Itália, e Suíça.
Ora Lisboa tem o clube náutico mais antigo da Península Ibérica, a Associação Naval fundada em 1856, ignorando esta vantagem. Dados os laços marítimos com a Inglaterra, Lisboa e Portsmouth acolheram duas históricas provas internacionais. Conhecendo bem ambos os cenários, adianto que o estuário do Tejo deslumbrou os cinco mil tripulantes dos veleiros além dos milhares de lisboetas e turistas que visitaram veleiros e admiraram o Tejo dos miradouros nas duas margens.
AEROPORTOS – Em 27 de Maio sugeri os nomes de Sacadura Cabral e Gago Coutinho para personalizar aeroportos e relembrar os seus feitos em navegação aérea intercontinental. A 22 de Julho o Governo Regional optou por Cristiano Ronaldo para projectar o aeroporto da Madeira.
Acompanho desde 1964 a evolução deste aeroporto. CR7 é a marca portuguesa mais internacionalizada, tendo agora um primeiro hotel no Funchal, da série de quatro unidades com nível e endereços internacionais. Mas há poucos aeroportos dedicados a personalidades.
É no Brasil onde há mais aerogares com nomes ilustres, como Santos Dumont e Tom Jobim, no Rio de Janeiro. Segue-se a Itália com Marco Polo, Veneza; Galileo, em Pisa; Cristoforo Colombo, Génova; Leonardo da Vinci, Roma; e Karol Wojtyla, em Bari. E entre os mais movimentados: J.F. Kennedy em Nova Iorque e Charles De Gaulle em Paris. Vamos ter quatro: Francisco Sá Carneiro, Humberto Delgado, João Paulo II em Ponta Delgada, e Cristiano Ronaldo, enquanto não for exigido o aeroporto Eusébio da Silva Ferreira, talvez no Montijo.
TURISMO IMPARÁVEL – Segundo a Comissão Europeia de Turismo, a Europa recebeu 588 milhões de turistas em 2014, ou seja, uma subida homóloga de 3,9% (mais 22 milhões passaram férias na Europa).
O relatório da UNWTO de 2014 indica um total de 1100 milhões de turistas internacionais, e uma subida de 4,7% no total das chegadas de turistas estrangeiros aos 156 Estados membros. Em 2014 a Europa alcançou 52% do movimento mundial de turistas internacionais, mantendo a liderança intercontinental.
*Por Humberto Ferreira