DIT Portugal quer rentabilidade para agências
Custos baixos, formação e soluções tecnológicas competitivas são as propostas que este grupo de gestão de agências de viagens dispõe ao mercado. O objectivo passa por crescer no mercado da distribuição ao alcançar os 50 associados até ao fim do ano.
Raquel Relvas Neto
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Custos baixos, formação e soluções tecnológicas competitivas são as propostas que este grupo de gestão de agências de viagens dispõe ao mercado. O objectivo passa por crescer no mercado da distribuição ao alcançar os 50 associados até ao fim do ano.
Em Espanha já existe desde 2008, mas em Portugal só deu os seus primeiros passos em 2013. Começou como um hobbie de Paulo Lages, que gostava de viagens e queria um negócio complementar ao seu emprego na área da logística. Contudo, é agora, em 2016, que a DIT Portugal, marca do grupo de gestão de agências de viagens espanhol DIT Géstion, vai apresentar-se oficialmente ao mercado português.
Paulo Lages, director do grupo em Portugal, em entrevista, explica que, “na altura, os RNAVTS ainda eram muito caros e muito numa vertente de loja física. Apareceu a DIT Géstion com esta opção de freelancers”. Actualmente já com 27 associados um pouco por todo o País, a DIT Portugal apresenta três soluções para quem queira iniciar-se na distribuição turística ou complementar as ferramentas da sua agência de viagens física. Ou seja, a DIT Portugal tem a vertente ‘freelancer’, a agência de viagens física e VPK Solutions.
A solução ‘freelancer’ surgiu na época da crise económica em Espanha, altura em que encerraram cerca de cinco mil agências e em que muitos agentes de viagens com carteira de clientes estavam desempregados. Ser um agente de viagens ‘freelancer’ surge, assim, como uma alternativa de negócio até mesmo para quem não vem da área do Turismo e quer iniciar-se neste sector. Os interessados nesta vertente têm um investimento inicial de 1000 euros com IVA incluído e partilham do RNAVT da DIT Portugal. Este investimento traduz-se na criação de uma marca, design e site próprios, com loja online e blogue, assim como o acesso à intranet da DIT Portugal e respectivos acordos com os operadores turísticos. “Disponibilizamos os serviços tecnológicos, através dos quais qualquer pessoa consegue fazer a sua página de Internet e colocar os seus próprios produtos, e uma intranet que possibilita analisar tudo o que são reservas feitas na sua página de internet e fazer o acompanhamento das mesmas e pedidos de orçamentos que são feitos nessa plataforma”. Paulo Lages indica que “as primeiras agências que começaram connosco iniciaram-se como freelancers, agora são já agências físicas”.
Uma agência de viagens física pode associar-se à DIT Portugal mediante um pagamento de um ‘fee’ mensal de 90 euros com IVA incluído. O responsável justifica este valor baixo devido ao montante que as agências já tiveram de pagar, nomeadamente, “o RNAVT e tudo associado à abertura de uma loja física”. Segundo o director em Portugal, “temos uma estrutura muito leve comparada com os outros grupos de gestão. Os nossos custos baixos dão rentabilidade às agências”.
Mas a DIT Portugal apresenta ainda uma outra solução para agências de viagens que possam pertencer a outro grupo de gestão ou queiram manter-se independentes – o VPK Solutions. Com um pagamento de 40 euros mensais, as agências que optem por esta vertente têm acesso a todas as soluções tecnológicas da DIT Portugal. “Temos agências que, mesmo pertencendo a outros grupos de gestão, podem usufruir dos nossos serviços tecnológicos”, esclarece, desde a construção de um domínio próprio, loja online, motores de reserva de alojamento e rent-a-car, ou seja motores próprios B2B e B2C. As agências que se associem à DIT Portugal ou requeiram os serviços tecnológicos não têm qualquer tipo de fidelização, sendo o contrato de um ano renovável, mas “a agência pode rescindir com sete dias de antecedência”.
Mais-valias
As soluções tecnológicas que disponibiliza e a estrutura leve que permite uma maior rentabilidade às agências de viagens, já explicado anteriormente, são as duas principais mais-valias deste grupo de gestão. Na realidade, indica Paulo Lages, “queremos entrar no mercado português e, em termos da vertente com operadores, podemos não ser os mais competitivos no início por falta de histórico, mas, depois temos a parte tecnológica que nos ajuda a superar esse ‘handicap’”.
Assim, a DIT Portugal apresenta “toda a parte de motores de pesquisa, como o domínio próprio, que penso que é importante para a agência fazer as suas próprias promoções e campanhas, divulgar a sua marca para a qual trabalham”. O site das agências tem uma estrutura 100% configurável pela agência, “não é uniforme, assim como não tem os mesmos produtos”. “Cada agência é livre de fazer a sua própria página e colocar os seus conteúdos, nesta página está também associada uma loja online e um blogue onde conseguem publicar os seus artigos das suas viagens e até dos seus clientes”, completa. Os contratos dos operadores turísticos é a parte em que o grupo está a trabalhar mais. “Neste momento, já estamos em negociações com todos, tivemos uma grande ajuda dos operadores internacionais, que nos deram as mesmas comissões que estão a ser praticadas em Espanha e estão a ajudar-nos na divulgação em Portugal”, refere. Quanto aos operadores turísticos portugueses, “por falta de histórico e por sermos um grupo novo em Portugal, estamos quase lá, falta-nos um pouco”. Mas Paulo Lages espera que, com o histórico de vendas que o grupo pretende alcançar em Portugal, no início do próximo ano consiga alcançar o mesmo patamar que os outros grupos de gestão. Dentro em breve, a DIT Portugal perspectiva também efectuar a adaptação e respectiva certificação do programa de facturação no País para disponibilizá-lo aos associados. Até ao final do ano, ou mesmo antes, o objectivo da DIT Portugal é alcançar os 50 associados, mantendo para tal o contacto com agências de viagens independentes já existentes e as que surjam no mercado, mostrando os seus serviços.