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O Brexit ganhou. E agora?

O principal mercado emissor para Portugal vai sair da União Europeia. Irá isto afectar o Turismo? Leia as considerações de entidades públicas e privados.

Patricia Afonso
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O principal mercado emissor para Portugal vai sair da União Europeia. Irá isto afectar o Turismo? Leia as considerações de entidades públicas e privados.

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O principal mercado emissor para Portugal vai sair da União Europeia. Irá isto afectar o Turismo? Leia as considerações de entidades públicas e privados.

Era um cenário que todos repudiavam. Na noite anterior a conhecer-se o desfecho do referendo conhecido como Brexit, as sondagens davam conta de que 52% dos britânicos votariam contra a saída da União Europeia. O choque foi geral e largos dias depois a incerteza mantém-se. A União Europeia defende uma saída célere, mas o Reino Unido ainda não apresentou formalmente a sua decisão e este ‘divórcio’ poderá demorar dois anos até estar concluído. Afinal, de que forma é que esta situação vai afectar a Europa? E, mais concretamente, qual o impacto que vai ter no Turismo português? Cautela é a palavra de ordem nas considerações de entidades públicas e privados.

Ana Mendes Godinho, secretária de Estado de Turismo, diz estar a acompanhar a situação com “serenidade”, visto ser necessária “uma monitorização mais aprofundada do que a que fazemos aos nossos principais mercados emissores de forma diária, mas nada temos a apontar, nem há sinalização neste momento de problemas para o Verão ou para o Inverno 2016-2017”. A responsável ressalva que o mercado inglês “tem operações regulares consolidadas, tendo já demonstrado em anos anteriores capacidade de se adaptar às circunstâncias do momento”. A responsável reitera ainda o que foi dito por António Costa, Primeiro-ministro, de que “serão garantidos todos os direitos dos cidadãos britânicos que vivem, visitam ou investem em Portugal”. “O mais importante no imediato é trabalharmos para fidelizar os turistas que nos visitam de modo a consolidarmos, cada vez mais, a preferência por Portugal como destino.” Já o Turismo de Portugal, pela voz do seu presidente, Luís Araújo, que falou à Agência Lusa no rescaldo do referendo britânico, afirmou ser “prematura” qualquer decisão no sentido de alterar a sua estratégia de promoção. “A nossa comunicação é muito digital e podemos mudar de um dia para o outro, mas [mudar a estratégia de promoção junto dos britânicos] não é uma questão que se coloca neste momento, porque é ainda muito cedo.” Raúl Martins, presidente da AHP, recusa alarmismos: “Nada faz prever que se altere esta relação com o mercado britânico e é nossa convicção que o fluxo de turistas se irá manter. Nada muda no nosso destino, Portugal tem uma excelente relação preço-qualidade, inegavelmente a melhor da Europa, é um destino seguro, cujos valores intrínsecos e a reconhecida capacidade de bem acolher é altamente valorizada.”

“O elemento que gera necessidade de melhor acompanhamento e preparação é a oscilação e eventual desvalorização da libra, que poderá levar a uma perda do poder de compra dos consumidores britânicos e possível pressão sobre os preços do Turismo e outros. No entanto, existe uma oportunidade da Hotelaria nacional poder captar turistas britânicos que viajavam para outros destinos mais caros. É claro que vamos seguir com especial cuidado esta situação, mas sem alarmismos, nem precipitações.”, finalizou. Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT, embora cauteloso, no dia em que se soube o resultado do referendo afirmou tratar-se de “um dia triste para a Europa, para o relacionamento entre os povos e quando algo é mau para o relacionamento entre os povos, é mau para o Turismo”. “Não espero que esta decisão e as acções concretas que se seguem beneficiem nem o Turismo em geral, nem em Portugal”, considerou. Relativamente ao nosso País, “sendo o Reino Unido o principal mercado emissor em termos de receitas e desde já com esta desvalorização da libra, não podemos esperar nada de bom. Não podendo esperar nada de bom, porém, não é óbvio que aconteça algo de muito mau. A minha sensibilidade é que os números de Portugal não serão afectados desde já. Não acredito que haja alterações significativas porque a libra desvalorizou, até porque é um primeiro momento e espera-se um ajuste”.  “Este ano não esperamos alterações significativas no relacionamento com o Reino Unido, até porque esperávamos o melhor ano turístico da nossa história e continuo a pensar o mesmo. Agora, sendo tudo isto assim e com reservas, com certeza que não é uma boa notícia e, a haver alterações, serão negativas”, concluiu Pedro Costa Ferreira.

Também a ARAC diz ser preciso ter atenção à desvalorização da libra. Salientado a importância do mercado para o rent-a-car, Joaquim Robalo de Almeida, secretário-geral, explicou que “a incerteza sobre a situação política e económica do Reino Unido que se vivia antes do referendo, confirmada agora, pode levar a uma redução no número de alugueres”. “No curto prazo, é possível antecipar uma diminuição do poder de compra da generalidade dos cidadãos britânicos. Em primeiro lugar, a desvalorização da libra esterlina em relação ao euro, que tornará Portugal mais caro para o turista britânico. Por outro lado, o previsível aumento de impostos no Reino Unido, já anunciado pelo Governo britânico, poderá conduzir a uma diminuição em termos absolutos dos rendimentos dos cidadãos. No entanto, salientamos que o turismo proveniente do Reino Unido em Portugal, sobretudo no Algarve, antecede a adesão de ambos os Estados à então Comunidade Económica Europeia. Nesse sentido, não se prevê que, no médio e longo prazo, o número de turistas britânico sofra uma redução significativa.”

westminster-1176318lowO Algarve e a Madeira

Estes são os destinos portugueses onde o mercado britânico assume um papel fundamental, visto a sua prevalência sobre outros. A Sul do País, a preocupação era geral no dia que se seguiu o referendo, como contou Desidério Silva, presidente da Região de Turismo: “Estou expectante e espero que não tenha o impacto negativo que, de certo modo, se prevê. Esta manhã ouvi alguns residentes e há uma preocupação com esta descida da libra, obviamente que o Reino Unido, representando 70% das dormidas, terá sempre um impacto negativo se a libra não estabilizar”. Vítor Neto, empresário e presidente do NERA – Associação Empresarial da Região do Algarve, defendeu que, “além das consequências gerais que a saída de um país da União Europeia tem, no caso específico de Portugal, evidentemente que pode ter consequências nas nossas relações económicas, as exportações podem ser mais difíceis porque pode haver uma quebra da libra”. Segundo o antigo secretário de Estado do Turismo, “no caso concreto do Turismo, o Reino Unido é o nosso principal cliente estrangeiro e se a libra desvalorizar e o poder de compra dos ingleses sofrer uma quebra, isso pode ter consequências na saída dos ingleses para o estrangeiro”.

Porém, Vítor Neto considera que é preciso ser-se “racional”, “pró-activo” e manter o “optimismo”, afirmando que a relação histórica com o Reino Unido é “muito profunda” e que é preciso considerar esta situação como “passageira”, pois, “na eventualidade de haver dificuldades estas serão recuperadas” a médio prazo. “Não é um mercado volátil, pode sofrer algumas oscilações, mas tem um peso substancialmente grande que não devemos descurar.” A AHETA lamentou igualmente o resultado do Brexit, afirmando que a “a economia do turismo do Algarve é demasiado dependente do Reino Unido, com eventuais convulsões económicas e sociais naquele país a reflectirem-se negativamente e de forma muito profunda nos resultados turísticos e empresariais da região em particular e do nosso País em geral” e que “não esconde a sua preocupação face à instabilidade financeira criada”. Apesar dos contactos efectuados, as entidades de turismo da Madeira e empresários locais não responderam ao Publituris em tempo útil.

Segundo a imprensa, o Governo Regional mostrou-se apreensivo relativamente ao impacto de uma eventual saída do mercado britânico na economia regional, em particular no sector do turismo. “Mas estou convencido que, passado este choque inicial, vai haver uma estabilização cambial e, aliás, o próprio presidente do Banco de Inglaterra já disse que tinha 250 mil milhões de libras para injectar na economia e instituições para evitar a especulação financeira”, ressalvou Miguel Albuquerque. “Não tenho dúvida que este choque democrático vai fazer com que a União Europeia possivelmente volte a alterar alguns seus pressupostos, designadamente o da solidariedade e da coesão económica e territorial.” Nos Açores, o Presidente do Executivo Regional, Vasco Cordeiro, é da opinião que “a União Europeia tem de perceber que existe para servir os povos europeus e que não existe para ser servida pelos povos europeus”: “Este é um sinal de alarme, não no sentido de alarmismo, mas no sentido de diversos intervenientes e de diversos protagonistas reflectirem sobre aquilo que significa” este resultado no Reino Unido, acrescentou. “Julgo que, nesta situação, não se pode cair nem no oito nem no oitenta. O oito, no sentido de dizer que este assunto tem a ver apenas com o Reino Unido e que a União Europeia deve continuar, plácida e serena, a fazer o seu caminho, nem no oitenta, por considerar que, agora, tudo está em causa”, alertou.

easyJetA319EASYJET LUTA PELO CÉU ÚNICO EUROPEU
A easyJet, low cost britânica com um peso significativo nos nossos aeroportos, está focada, neste momento, em lutar pela permanência no Céu Único Europeu. “Continuamos confiantes na força do modelo de negócio da easyJet e na nossa capacidade de manter a nossa estratégia de sucesso e o retorno. Escrevemos hoje [24 de Junho] ao governo do Reino Unido e Comissão Europeia solicitando que considerem como prioritária a manutenção do Reino Unido no mercado de aviação único da União Europeia, tendo em conta a sua importância para a economia e consumidores”, afirmou, em comunicado, Carolyn McCall, CEO.

Em conversa com os jornalistas, José Lopes, director comercial para Portugal, reiterou a posição da companhia e disse que, “por ora, não estão estimados os impactos caso esta situação não se verifique”. A TAP também não fez estimativas para o impacto da saída do Reino Unido da UE, com Fernando Pinto, presidente do Conselho de Administração, a acreditar que a “amizade” entre os dois países vai prevalecer. “É um processo que vai levar algum tempo e vamos ter que nos adaptar. Temos preocupação com o volume de negócios, que vai, sem dúvida nenhuma, decrescer”, indicou, classificando a decisão britânica como “uma nova dificuldade”.

Jorge Ponce de Leão, administrador delegado da ANA – Aeroportos de Portugal, que falou aos jornalistas sobre o Brexit à margem da inauguração das novas zonas operacionais e comerciais do aeroporto de Lisboa, fala, também, da desvalorização cambial: “Acho que é muito cedo para comentar as consequências. É evidente que se se verificar uma redução do poder de compra dos cidadãos britânicos por força da desvalorização da libra, é normal que o grau de consumo no Algarve se reduza. Mas, nesta altura do ano está tudo vendido. No próximo ano precisamos de saber em que condições é que o Reino Unido vai negociar a sua saída, estamos muito longe de perceber quais são as consequências.” Sobre os contratos com as companhias aéreas, nomeadamente a easyJet, Ponce de Leão desvalorizou a situação, afirmando que poderá haver “uma ou outra rota mais condicionada”. “Mas temos outros mercados em expansão, vão iniciar-se as ligações directas ao Extremo Oriente, estamos a procurar desenvolver o mercado russo. O potencial de crescimento continua a ser enorme.”

Skyna Lisboa quartoPRIVADOS EM LINHA COM ENTIDADES PÚBLICAS

O Pestana Hotel Group é o único grupo hoteleiro português que tem uma unidade no Reino Unido, mais concretamente em Londres. José Theotónio, CEO, revelou que o grupo está “naturalmente, a acompanhar o Brexit dado que temos investimentos em Inglaterra e o nosso principal mercado de origem de turistas é o Reino Unido. Há uma preocupação com esta saída do Reino Unido da UE que, certamente, criará perturbações e alguma instabilidade. No entanto acredito que, a prazo, o Reino Unido e a UE encontrarão um modelo de relacionamento que será proveitoso para todos, porque se isso não acontecer haverá muito a perder para as populações e empresas dos países europeus, incluindo o próprio Reino Unido”.

O responsável adiantou, ainda, que “a desvalorização da libra, no nosso caso particular, não é um factor de preocupação na questão dos nossos investimentos em Inglaterra dado que existe um hedging natural entre o financiamento e as receitas/EBITDA gerado em libras, é, no entanto, uma preocupação pelo aumento do preço dos produtos e serviços em Euros para o mercado do reino Unido e isso sim pode prejudicar no nosso caso concreto o fluxo de turistas que chegam a Portugal”. Por sua vez, Gonçalo Rebelo de Almeida, administrador da Vila Galé, defende, também, ser necessário “aguardar para perceber melhor que efeitos terá o Brexit, não só no turismo, mas em toda a economia, uma vez que se trata de um processo complexo”. “Tipicamente, uma eventual desvalorização da libra face ao euro poderá reflectir-se no rendimento disponível dos britânicos e levar a que viajem menos, tanto em lazer como em negócios. Mas ainda é cedo para fazer análises com objectividade e tirar conclusões. Até agora, o Brexit não teve impacto na procura nem gerou cancelamentos por parte de turistas britânicos ou de operadores nos hotéis Vila Galé”.

Por sua vez, Luís Santos, director comercial da Turim Hotéis, é da opinião que esta situação não irá afectar o Turismo em Portugal. Eliseu Correia é o director da EC Travel, que, além da sua sede no Algarve tem também escritórios em Lisboa e na Madeira: “Sendo o Reino Unido o principal mercado emissor para Portugal, esta saída e a consequente desvalorização da libra é, obviamente, no imediato, um rude golpe para o nosso Turismo”. Primeiro, refere o responsável, “porque o poder de compra baixa o que torna a decisão de ir ou não de férias mais “pensada”, mas, pior que isso, ao decidir ir de férias o factor preço volta a ser o principal argumento e aí perdemos largamente e beneficia (ironia do destino) os destinos mais afectados pela insegurança e os seus efeitos colaterais, como a Turquia e Egipto”. No entanto, o director-geral da EC Travel considera que “haverá, de certeza, um impacto nesta época que agora decorre, mas será menor porque já se vendeu praticamente o que havia a vender e será muito maior para 2017”. “Mas a verdade é que, em consciência, ninguém sabe exactamente o que vai acontecer, porque se houver mais “exits” (e hoje de manhã já quatro países apelaram a um referendo) até se pode dar o caso do fim de uma União Europeia e, por consequência, da moeda única”, concluiu Eliseu Correia.

Também a TQ Travel acompanha situação com “grande cautela”, como contou Vítor Filipe. “A desvalorização da libra pode levar a mexer nos preços dos pacotes turísticos. Contudo, acredito que os turistas britânicos continuarão a escolher Portugal, que apresenta condições ímpares para ser o seu destino de eleição.”

Cláudia Monteiro de Aguiar está em Bruxelas  há dois anos

IMPACTO DEPENDE DE ACORDOS ENTRE REINO UNIDO E UE

Do lado da União Europeia, é já sabido o desagrado por esta decisão do Reino Unido, com diversos lideres a apelarem a uma separação rápida. Para perceber as possíveis consequências, o Publituris falou com a eurodeputada social-democrata Cláudia Monteiro de Aguiar, que acredita que, a curto prazo. “não haverá consequências directas e no Turismo português”.

“Independentemente da confiança necessária que os destinos devem ter enquanto produto consolidado de certos mercados emissores, há condicionalismos que devem ser equacionados e estratégias que devem ser delineadas. Creio que há dois aspectos a considerar relativamente a impactos no Turismo, em Portugal em função do Brexit: a libra que eventualmente manter-se-á em queda e dificultará o poder de compra dos ingleses e a necessidade de fidelizar outros mercados ou captar novos que façam face a este possível desequilíbrio.” A eurodeputada lembra que, visto o Reino Unido não fazer parte do espaço Schengen, “os controlos de fronteiras também não serão afectados, no curto prazo” e que “esta questão dependerá também do acordo alcançado entre a União e o Reino Unido”.

“Quanto aos Países Terceiros o Reino Unido terá que estabelecer novos acordos para a liberalização dos vistos, que até agora era da competência da UE. Tal como se terá que analisar as consequências do fim da liberdade de movimento de pessoas, por exemplo para os operadores turísticos.” Sobre o espaço aéreo, Cláudia Monteiro de Aguiar afirma que “Caso as companhias como a easyJet queiram continuar a operar livremente dentro do espaço aéreo europeu, novos acordos são precisos”, algo que “levará ao aumento do preço dos bilhetes e, consequentemente, reduz o número de turistas Ingleses”. “A questão dos direitos dos passageiros aéreos, a directiva para os pacotes de viagens, e o cartão europeu de saúde que protege os visitantes fica também em causa com a saída do Reino Unido da União. As taxas de roaming que irão terminar em Junho de 2017 também poderão não acontecer para os visitantes britânicos. A dimensão destes impactos dependerá do acordo alcançando entre as duas partes”, adiantou a eurodeputada, que acredita que Portugal encontrará maneira de “superar mais este novo desafio”.

ALGARVE PRAIASXALGARVE DEBATE ESTRATÉGIA PARA O REINO UNIDO

A Região de Turismo do Algarve (RTA) reuniu-se no início de Julho com os principais parceiros do sector turístico na região para, em conjunto, analisarem os desafios que se colocam ao Algarve. Explicando que o Reino Unido representa 8,3 milhões de dormidas anuais em alojamento classificado e que o Algarve é o principal destino dos turistas britânicos, cerca de 70% dessas dormidas, “importa manter a confiança do destino na capacidade de os seus agentes continuarem a granjear a preferência dos turistas britânicos. Por outro lado, as receitas geradas pelos turistas do Reino Unido na região (1500 milhões de euros de um total nacional de cerca de 2000 milhões) representam um contributo significativo para o saldo da balança comercial de bens e serviços”.

Após ouvir os parceiros, foi concluído que “o resultado do desempenho turístico do Algarve no primeiro semestre do ano é francamente positivo”, não só neste período, como “na fase de renegociação de contratos e perspectivas de futuro, não se registam quebras na procura”. “Não obstante, é unânime o entendimento de que deverá diligenciar-se uma actuação conjunta, com medidas que visem enfrentar e responder a eventuais impactos futuros do Brexit, tornando-se primordial: reforçar a promoção do destino Algarve no mercado britânico, de forma a manter e consolidar a procura dos turistas oriundos do Reino Unido; prosseguir a estratégia de diversificação dos mercados emissores, de modo a melhorar a complementaridade na procura da região”; e “intensificar as relações bilaterais com a comunidade britânica residente no Algarve, com vista a reforçar a relação de confiança que é uma realidade desde que existe turismo no Algarve”.

Os parceiros presentes foram: Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), Associação Turismo do Algarve (ATA), Associação dos Industriais Hoteleiros e Similares do Algarve (AIHSA), Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), Associação dos Industriais de Aluguer de Automóveis sem Condutor (ARAC), Associação de Empresas de Animação Turística do Algarve (Algarve Anima), Aeroporto Internacional de Faro, Associação Empresarial da Região do Algarve (NERA), Confederação dos Empresários do Algarve (CEAL) e Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP).

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Turismo do Alentejo e Ribatejo, 25 de abril, Inatel e cruzeiros na edição 1510 do Publituris

A nova edição do jornal Publituris faz capa com uma entrevista ao presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, José Santos, que faz um balanço dos primeiros meses do atual mandato e perspectiva o futuro das duas regiões. O 25 de abril, Inatel e um dossier dedicado aos cruzeiros também constam desta edição.

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A nova edição do jornal Publituris faz capa com uma entrevista ao presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, José Santos, que faz um balanço dos primeiros meses do atual mandato e perspectiva o futuro das duas regiões.

Nesta edição, publicamos também uma análise ao impacto do 25 de abril de 1974 no turismo nacional, através dos “Cadernos de Turismo”, que contêm informação estatística dessa altura, compilada pelo economista António Paquete, colaborador do jornal Publituris desde 1984.

A atividade do Inatel também está em destaque nesta edição, que conta com uma entrevista a Francisco Madelino, presidente do Conselho de Administração da Fundação Inatel. O responsável fala sobre a importância do turismo para esta instituição, que usa as receitas provenientes deste setor para fazer política social.

As novidades dos parques temáticos nacionais também estão presentes nesta edição, num artigo que detalha a oferta de alguns dos melhores parques nacionais, assim como de Espanha e França, onde se localiza ainda a “rainha da magia”, a Disneyland Paris, que lançou já em Portugal a campanha “Verão Mágico”.

Nesta edição, o dossier é dedicado aos Cruzeiros, que já recuperaram por completo da pandemia da COVID-19 e atravessam um momento positivo, com vendas em alta para o verão e boas perspectivas também para o próximo inverno.

Além do atual momento positivo que vivem os cruzeiros, conheça também algumas das novidades previstas e os novos navios que estão a chegar e saiba, através de uma entrevista a Fernando Santos, proprietário e diretor-geral da GlobalSea, agência de viagens especializada em cruzeiros, quais são as principais dúvidas que tanto clientes como agentes de viagens ainda têm relativamente a este tipo de férias.

A edição 1510 do Publituris conta ainda com a rubrica “Histórias do Turismo” dedicada ao 25 de abril de 1974, com o Check-In e com as opiniões de Francisco Jaime Quesado (economista e gestor), Pedro Rodrigues Catapirra (Cluster General Manager Lisboa da Highgate Portugal) e de António Paquete (economista e consultor de empresas).

Boas leituras.

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Pour Suisse Tourisme, le nouveau logo “Switzerland” – exclusivement en anglais – “constitue la base logique pour la marque de la destination de vacances et de voyage qu’est la Suisse”.

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Turismo da Suíça ganha novo logotipo depois de quase 30 anos

Depois de quase 30 anos sob a bandeira da flor dourada, o Turismo da Suíça apresentou o seu novo logotipo esta segunda-feira em Genebra. Assim, a organização deixará de apenas promover o destino, passando a “acompanhar o turista ao longo da sua viagem, desde a inspiração até ao planeamento”.

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O novo logotipo “Switzerland” – exclusivamente em inglês – “forma a base lógica para a marca do destino de férias e viagens Suíça”, escreve o Escritório Nacional de Turismo da Suíça (ONST). Em vez da letra T, uma cruz suíça simboliza a origem confiável e o otimismo do destino suíço. Mas esta cruz simbólica vai muito além de uma simples bandeira nacional: foi ampliada e decorada com um monocromático de cinco tons que oscila entre o vermelho e o rosa, sinais de modernidade, diversidade e autonomia.

A imagem da Suíça turística hoje conhecida no imaginário coletivo foi criada em 1995 sob a égide de um novo logotipo: a flor dourada.

Durante muitos anos, não só o Suisse Tourisme, mas também uma série de organizações sectoriais e destinos promoveram a sua oferta turística com este logotipo. A flor dourada é hoje associada à Suíça turística pela população e por muitos visitantes.

A Suisse Tourisme (ST) revelou que a sua nova identidade digital está em sintonia com os tempos, o novo universo da marca simboliza a promessa turística de longa data da Suíça: natureza, hospitalidade e fiabilidade.

Hoje, quase 30 anos depois, as exigências impostas a uma marca são completamente diferentes das dos anos 90. É por isso que a ST decidiu criar um novo universo de marca digital tão único quanto reconhecível. O caminho iniciado em 1995 é assim continuado de forma consistente, mas a um nível mais elevado. Pela primeira vez na história da promoção turística suíça, uma simples sigla é transformada num universo completo de marca.

A transição completa para o novo universo da marca deve demorar alguns meses.

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Património cultural da Madeira promove-se em 30 vídeos informativos

A Associação de Promoção da Madeira e a Secretaria Regional de Turismo e Cultura, em colaboração com a Direção Regional da Cultura, acabam de lançar o projeto AP_ARTE, iniciativa destinada a divulgar e promover o rico património cultural da Região, numa série de 30 vídeos.

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O projeto AP_ARTE, consiste numa série de 30 vídeos de curta duração produzidos pela Vinco Films. Cada vídeo destaca uma peça de arte única encontrada em sete espaços culturais distintos na Madeira, incluindo o Convento de Santa Clara, o Museu de Arte Contemporânea da Madeira, o Museu Etnográfico da Madeira, o Universo de Memórias, o Museu de Fotografia da Madeira, a Casa – Museu Frederico Freitas e o Museu Quinta das Cruzes.

Estas peças de arte foram selecionadas com base na sua importância histórica e patrimonial, bem como na sua relevância para a identidade cultural da Madeira. Cada vídeo, para além de descrever a obra de arte em destaque, proporciona, também, uma visão única sobre os espaços culturais onde a mesma está alojada, destacando a sua contribuição para a riqueza cultural da região.

O objetivo do projeto AP_ARTE é não só divulgar o vasto património cultural da Madeira, mas promover, igualmente, a educação orientada para a cultura e incentivar a descoberta e a valorização do mesmo. Através desta iniciativa, os espetadores são convidados a explorar e apreciar a diversidade do património madeirense, enriquecendo, assim, a sua experiência cultural.

 

 

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Turismo de Marrocos com olhos postos no Mundial de Futebol 2023

O Ministério marroquino do Turismo e Artesanato estabeleceu a meta de atingir 17 milhões de chegadas internacionais em 2026 e 12 mil milhões de euros de receitas e prevê planos ainda maiores para 2030, ano do Campeonato do Mundo de Futebol.

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A perspetiva de co-organizar o Mundial de Futebol em 2030 com Portugal e Espanha e sugere muitos desafios para o destino, mas também “uma imensa oportunidade para o turismo. Estamos a preparar-nos investindo em infraestruturas de alojamento, mas também em estradas e aeroportos”, disse Fatim-Zahra Ammor, ministra do Turismo e Artesanato de Marrocos, durante um fórum na cidade de Rabat, citada pelo jornal francês Tourmag.

Refira-se que a Federação Internacional de Futebol (FIFA) anunciou em outubro passado que a edição de 2030 do Campeonato do Mundo seria organizada conjuntamente por estes três países. No entanto só deve ratificar oficialmente esta decisão no final de 2024.

“O turismo não é um setor entre outros. É um pilar fundamental da nossa economia e da nossa cultura. Este setor representa 7% da nossa economia e 800 mil empregos”, realçou a ministra.

Em 2022, Marrocos registou 11 milhões de visitantes estrangeiros, alcançando 84% dos níveis de 2019. Em 2023, os níveis pós-Covid são ultrapassados ​​com 14,5 milhões de turistas, marcando “um recorde absoluto” de 10 mil milhões de euros de receitas.

“Continuamos a progredir”, acentuou a governante, com um aumento de 13% no final de março, face a 2023. Este sucesso, conforme lembrou, “é o resultado de uma estratégia clara. Foram investidos 600 milhões de euros pelo governo, é um compromisso sem precedentes no setor do turismo em Marrocos”, avança o mesmo jornal.

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Líderes mundiais das viagens e turismo desenvolvem parceria histórica em nome da natureza

O Conselho Mundial de Turismo de Viagens (WTTC), o Turismo da ONU e a Aliança de Hospitalidade Sustentável unem forças para apoiar o turismo positivo para a natureza.

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Os principais intervenientes do setor das viagens e turismo a nível mundial publicaram um relatório que define o seu plano conjunto para ajudar a travar e reverter a perda de biodiversidade.

Desenvolvido em colaboração com a consultoria especializada Animondial, o relatório é a promessa do setor de apoiar a implementação do Quadro Global de Biodiversidade Kunming-Montreal (GBF), o Plano de Biodiversidade da ONU.

Apresenta mais de 30 estudos de caso de ações inspiradoras e progressivas de todo o mundo, envolvendo grandes e pequenas empresas, agências governamentais nacionais e locais, grupos da sociedade civil e parcerias intersetoriais.

Ao oferecer orientações e conhecimentos práticos, este relatório não só destaca a ligação intrínseca entre a biodiversidade e a resiliência do turismo, mas também capacita as empresas para se tornarem guardiãs da natureza.

Segundo Julia Simpson, presidente e CEO do WTTC, “esta parceria histórica com pesos pesados ​​do setor de viagens e turismo é um passo significativo na nossa jornada coletiva em direção a um setor mais sustentável e responsável”, para realçar que “este relatório não é apenas uma publicação, mas um movimento em direção à integração ambiental a gestão no centro das experiências de viagem”.

Por sua vez, Zurab Pololikashvili, secretário-geral do Turismo da ONU, reconheceu o papel de vanguarda da organização que lidera na integração do turismo na agenda mais ampla da biodiversidade da ONU, incluindo o apoio ao trabalho do Secretariado da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB). “Esta nova colaboração crucial entre os principais intervenientes globais estabelece um quadro robusto para práticas sustentáveis ​​que não só geram um impacto significativo, mas também exemplificam o poder dos esforços unidos na conservação da biodiversidade”.

Para Zurab, “este relatório é um testemunho do que podemos alcançar juntos para a preservação da natureza. inspirando um movimento global em direção a um turismo mais sustentável e resiliente.”

Finalmente, Glenn Mandziuk, CEO da Sustainable Hotel Alliance, disse que “este relatório é um marco para as viagens e turismo, representando o nosso compromisso como indústria de proteger e conservar a natureza. A Aliança tem orgulho de contribuir e colaborar neste processo perspicaz e de ação. A natureza sustenta a nossa sociedade, as economias e, na verdade, a nossa própria existência”.

Reconhecendo que o setor tem um papel crítico a desempenhar na proteção e conservação da biodiversidade, a abordagem do Turismo Positivo para a Natureza foi concebida para ser uma pedra de toque para mudanças viáveis. Centra-se em equipar o setor com as ferramentas e conhecimentos necessários para nutrir e proteger os destinos dos quais depende.

O compromisso da parceria de trabalhar no sentido de “resultados positivos para a natureza” baseia-se em amplas consultas com especialistas de empresas, governos, universidades e sociedade civil, incluindo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) e a Comissão Mundial de Áreas Protegidas (WCPA).

 

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Miradouro do Zebro é nova atração turística no concelho de Oleiros

A requalificação do Miradouro do Zebro, no concelho de Oleiros, que acaba de ser inaugurado, torna o espaço um atrativo turístico não apenas local, mas também regional e internacional, impulsionando assim a economia local através da visita de turistas.

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O Miradouro do Zebro, situado na Freguesia de Estreito-Vilar Barroco (concelho de Oleiros), foi requalificado com projeto desenhado pelo arquiteto Siza Vieira e é o único miradouro em Portugal com a sua assinatura.

Na inauguração estiveram presentes o secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, e a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Isabel Damasceno.

Na ocasião, conforme avança nota publicada na página oficial da Câmara Municipal de Oleiros, o secretário de Estado do Turismo destacou a notável influência da “marca global” de Siza Vieira, apontando-a como uma referência, que tem os seus seguidores”, por ser um dos mais premiados arquitetos do mundo, galardoado pelo prestigiado Prémio Pritzker.

Pedro Machado salientou, ainda, que a obra em questão “surge num território improvável, no meio da natureza”, atraindo não apenas estudantes de arquitetura, mas também entusiastas de todo o mundo.

A presidente da CCDRC, Isabel Damasceno considerou que a infraestrutura “é uma mais valia para esta região, que tem características naturais ímpares e é agora um local de visita obrigatório”.

A atração de visitantes a Oleiros foi o objetivo que sustentou a ideia do anterior presidente da Câmara Municipal de Oleiros, Fernando Jorge, que convidou em 2021, o arquiteto a visitar o miradouro e a estudar a sua requalificação. Reforçou que se as pessoas “quiserem ver este que é o único miradouro desenhado por Siza Vieira, terão de vir a Oleiros”.

Já o atual presidente da autarquia de Oleiros, sublinhou que “temos um concelho com locais com vistas maravilhosas” e está a ser estudada “a criação de outros miradouros e um deles está para breve”.

O autarca demonstrou o orgulho que é Oleiros passar a figurar no circuito de obras mundiais de Siza Vieira, lado a lado com outras cidades. Miguel Marques salientou que “se sermos rurais é estarmos aqui, naquilo que é mais genuíno e autêntico, naquilo que é o bem-receber, então podem-me chamar rural que eu fico e ficamos todos muito satisfeitos”.

Refira-se que o miradouro é composto por uma plataforma de planta circular, de 15 metros de diâmetro, fixada na rocha, com vista panorâmica, instalada a 30 metros do solo e a 150 metros desde o fundo do vale.

 

 

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Portugueses realizaram 23,7 milhões de viagens em 2023

Em 2023, as viagens realizadas pelos residentes em Portugal cresceram 4,6% e atingiram um total de 23,7 milhões, no entanto ainda abaixo dos registos de 2019 (-3,2%). Se no país as viagens aumentaram 2,4%, ao estrangeiro subiram 21,5%, segundo dados divulgados esta sexta-feira pelo INE, que classifica estes de máximos históricos.

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Dados do INE sobre a procura turística dos residentes referentes ao ano de 2023, publicados esta sexta-feira, revelam que o a alojamento particular gratuito, com 61,3% das preferências, aumentou a sua expressão, (+0,2 p.p. face a 2022), enquanto a duração média das viagens foi de 4,08 noites, contra 4,18 noites no ano anterior. Espanha (41,6%; +3,2 p.p.), França (10,1%, -0,7 p.p.) e Itália (6,9%, +0,2 p.p.) mantiveram-se como os principais países de destino nas deslocações dos residentes ao estrangeiro, tendo a União Europeia representado 79% do total de viagens ao estrangeiro. Na totalidade do ano de 2023 (resultados provisórios), realizaram-se 23,7 milhões de viagens, o que representa um aumento de 4,6% face a 2022 (-3,2% face a 2019).

Avança o INE que no total do ano passado, o motivo de 50,1% das viagens foi o “lazer, recreio ou férias” correspondendo a 11,9 milhões de viagens, +4,1% quando comparado com o 2022, mas -2,0% face à pré-pandemia. A “visita a familiares ou amigos” foi o segundo principal motivo para viajar (38,2%), tendo sido contabilizadas 9,0 milhões de viagens. Os motivos “profissionais ou de negócios” representaram 7,2% do total (1,7 milhões de viagens), tendo aumentado 4,9% face a 2022, mas com uma quebra de 15,5% face ao período pré-pandemia.

No período em análise, as viagens nacionais cresceram 2,4% (-4,3% face a 2019), representando 86,4% do total (-1,9 p.p.), as viagens ao estrangeiro aumentaram 21,5% (+4,1% comparando com 2019). A região Centro manteve a 1ª posição como principal destino das viagens realizadas em território nacional, concentrando 29,8% do total (-0,5 p.p. face a 2022), seguindo-se o Norte (23,7% do total), que ganhou representatividade face ao ano anterior (+2,4 p.p.).

No total do ano 2023, em 38,9% do total das viagens (+1,6 p.p. face a 2022), os residentes optaram por recorrer a serviços de marcação prévia, sendo que nas viagens ao estrangeiro esta foi a opção em 92,2% (-0,9 p.p.) das situações. O recurso à internet ocorreu em 25,7% (+0,5 p.p.) das viagens, 19,2% nas que tiveram como destino Portugal (-0,2 p.p.) e 66,9% nas viagens ao estrangeiro (-1,8 p.p.).

Só no 4º trimestre de 2023, os residentes em Portugal realizaram 5,1 milhões de viagens, o que correspondeu a um crescimento de 2,9%. As viagens em território nacional corresponderam a 86,7% das deslocações (4,5 milhões), tendo aumentado 1,5%. As viagens com destino ao estrangeiro cresceram 12,9%, totalizando 683,6 mil viagens, o que correspondeu a 13,3% do total.

O recurso à internet na organização de viagens continuou a ganhar expressão, no 4º trimestre de 2023, principalmente nas deslocações ao estrangeiro (35,3% das viagens foram efetuadas recorrendo à marcação prévia de serviços), enquanto a reserva antecipada de serviços esteve associada a 26,5% das deslocações em território nacional.

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Allianz Partners regista crescimento em todos os segmentos de negócio

Em 2023, a Allianz Partners registou um desempenho recorde, com crescimento em todos os segmentos de negócio. A área dos seguros de viagem registou um aumento de 8,0%, com 3,297 mil milhões de euros de receitas em 2023.

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A Allianz Partners acaba de apresentar os resultados financeiros de 2023, registando 9,3 mil milhões de euros em receitas totais e um lucro operacional de 301,2 milhões de euros. Este é o desempenho financeiro mais forte da história da Allianz Partners. Todas as linhas de negócio registaram um crescimento sustentado, impulsionado pelo aumento das viagens internacionais, crescimento de dois dígitos em mobilidade e assistência e crescimento recorde de 23,4% no negócio de saúde da Allianz Partners. Quase 73 milhões de casos de assistência foram tratados globalmente em 2023, o equivalente a 200 mil casos por dia.

A área dos seguros de viagem registou um aumento de 8,0%, com 3,297 mil milhões de euros de receitas em 2023. Esta evolução significativa foi impulsionada pelo crescimento na Ásia-Pacífico, América do Norte e Europa. A recuperação do setor das viagens na Austrália e na Nova Zelândia impulsionou o crescimento das viagens, na sequência do fim de todas as restrições à entrada e saída de viajantes. O desempenho das viagens na América do Norte manteve-se, contribuindo para um novo aumento dos canais offline e do negócio B2C. O crescimento europeu foi impulsionado principalmente pelo setor dos serviços financeiros no Reino Unido, juntamente com as companhias aéreas e as agências de viagens em França. Com o recente lançamento da aplicação móvel Allyz, a Allianz Partners continua a sua expansão e investimento em plataformas digitais para clientes.

 

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Comitiva portuguesa visita MITE a convite da APAVT

Segundo a APAVT, esta missão internacional a Macau visa “promover o intercâmbio entre as agências e operadores turísticos portugueses e as suas congéneres em Macau”, no âmbito do programa «Macau: Destino Preferido da APAVT 2024».

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A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) está a promover uma missão internacional a Macau, que conta com  o apoio do Turismo de Macau e que vai passar pela MITE-Macau International Travel Exhibition, que decorre entre 26 e 28 de abril.

Segundo um comunicado divulgado pela associação, esta missão internacional a Macau conta com uma comitiva de associados e líderes da distribuição europeia e visa “promover o intercâmbio entre as agências e operadores turísticos portugueses e as suas congéneres em Macau”, no âmbito do programa «Macau: Destino Preferido da APAVT 2024».

“Pela primeira vez, e por iniciativa da APAVT, a comitiva incluirá também representantes da nossa congénere espanhola, a CEAV, bem como da ECTAA-Confederação Europeia das Associações de Agências de Viagens e Operadores Turísticos, num esforço conjunto para promover o desenvolvimento das relações turísticas entre Macau e o mercado europeu. A comitiva é composta por um total de três dezenas de profissionais do setor, especialmente convidados por Macau”, detalha a APAVT.

Além da visita à feira de turismo de Macau, os participantes nesta missão internacional contam com um “intenso programa que inclui encontros B2B e outras iniciativas que visam reforçar as relações bilaterais e estabelecer novas parcerias estratégicas, com vista ao incremento do volume de turismo, nos dois sentidos”.

“É conhecida a proximidade entre a APAVT e Macau, proximidade construída através de trabalho conjunto contínuo, sempre com o objetivo de incrementar os fluxos turísticos entre Portugal , Macau e a China em geral. A atual comitiva é um passo em frente muito significativo neste trabalho conjunto, ao alargar o esforço de aproximação a duas comunidades internacionais que integramos e muito prezamos – a Aliança Ibérica, constituída pela APAVT e a espanhola CEAV, e a ECTAA”, afirma Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT.

*O Publituris foi um dos convidados pela APAVT para integrar esta missão empresarial a Macau, sobre a qual vai ser possível saber mais nas próximas edições do jornal Publituris.

 

 

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Royal Caribbean International abre primeiro Royal Beach Club em Nassau em 2025

O primeiro Royal Beach Club da Royal Caribbean International vai ficar localizado na Paradise Island, nas Bahamas, contando com uma das “praias mais idílicas da ilha” e, quando estiver concluído, deverá receber uma média 2.000 turistas.

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A Royal Caribbean International já deu início à construção do seu primeiro Royal Beach Club, um clube de praia privado localizado em Nassau, nas Bahamas, que vai contar com 68 797 m² e tem inauguração prevista para 2025.

“O início da construção foi comemorado no local, onde o Presidente e CEO do Grupo Royal Caribbean, Jason Liberty, e o Presidente e CEO da Royal Caribbean International, Michael Bayley, que se juntaram ao Primeiro-ministro das Bahamas, Philip Davis, e ao Vice-Primeiro-ministro I. Chester Cooper”, indica a companhia de cruzeiros, num comunicado enviado à imprensa.

O primeiro Royal Beach Club da Royal Caribbean International vai ficar localizado na Paradise Island, nas Bahamas, contando com uma das “praias mais idílicas da ilha”, entre várias outras valências.

“O novo Clube de praia combina a beleza ao espírito das Bahamas com a assinatura da Royal Caribbean em toda a sua experiência, serviço e design. Esta é uma parceria público-privada única na qual a comunidade local das Bahamas detem até 49% do capital”, adianta a companhia de cruzeiros.

Além da praia, o Royal Beach Club Paradise Island vai contar com piscinas, bares aquáticos e cabanas privadas, quatro locais para refeições rápidas e pratos locais, além de experiências com artesãos locais e música ao vivo.

Quando estiver operacional, o primeiro Royal Beach Club deverá receber uma média 2.000 turistas, prevendo-se que os visitantes sejam transportados até ao clube de praia através de pequenas embarcações do porto de cruzeiros de Nassau, regressando pelo centro histórico de Nassau, perto do conhecido Straw Market.

“Marcando mais do que o início do processo de construção, o evento inovador de hoje simboliza parceria, impulso e desenvolvimento económico contínuo para tantos empresários das Bahamas e toda a comunidade”, disse Jason Liberty, Presidente e CEO do Grupo Royal Caribbean.

A construção deste clube de praia também envolve o Governo das Bahamas e as autoridades locais, até porque também envolve a “restauração do habitat nativo, que ajudará a proteger a vida selvagem durante a construção e por muitos anos”.

 

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