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Entrevista: Decisão sobre  aeroporto até Outubro

Jorge Ponce de Leão ficaria “surpreendido” se a decisão do Governo sobre a solução para o Aeroporto Humberto Delgado não for tomada nos próximos meses. Em entrevista, o presidente adjunto da Associação de Turismo de Lisboa (ATL)
e administrador delegado da ANA explica pormenorizadamente a solução para a capacidade aeroportuária da cidade e fala sobre o que considera que deve ser feito no sector do Turismo.

Patricia Afonso
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Entrevista: Decisão sobre  aeroporto até Outubro

Jorge Ponce de Leão ficaria “surpreendido” se a decisão do Governo sobre a solução para o Aeroporto Humberto Delgado não for tomada nos próximos meses. Em entrevista, o presidente adjunto da Associação de Turismo de Lisboa (ATL)
e administrador delegado da ANA explica pormenorizadamente a solução para a capacidade aeroportuária da cidade e fala sobre o que considera que deve ser feito no sector do Turismo.

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Jorge Ponce de Leão ficaria “surpreendido” se a decisão do Governo sobre a solução para o Aeroporto Humberto Delgado não for tomada nos próximos meses. Em entrevista, o presidente adjunto da Associação de Turismo de Lisboa (ATL) e administrador delegado da ANA explica pormenorizadamente a solução para a capacidade aeroportuária da cidade e fala sobre o que considera que deve ser feito no sector do Turismo.

A mensagem de Fernando Medina na tomada de posse foi clara: é preciso que o Turismo e as receitas geradas em Lisboa cresçam. Que medidas é que a ATL quer implementar para que isto aconteça?
A Associação de Turismo de Lisboa tem um programa que tem vindo a desempenhar e não vejo nenhuma razão para alterar substancialmente as linhas gerais. A Associação enclava um conjunto de associados que, por si próprios, fazem muito do que é necessário para promover o desenvolvimento do Turismo, porque está na sua actividade. Posso, naturalmente, falar naquilo que a própria ANA faz, em que passou, desde a privatização, a ter uma atitude pró-activa na promoção do crescimento do tráfego e tem um plano de incentivos às diversas companhias e isso aplica-se genericamente a toda a rede, sendo certo que Lisboa é, talvez, o destino que precisa de menos apoio, a procura só por si alimenta o crescimento do Turismo.

O que nos leva a pensar que o grande objectivo que a Associação de Turismo de Lisboa deve ter mais do que estar preocupada com o curto prazo e a promoção do Turismo, porque o crescimento está a acontecer por si com a intervenção dos seus associados e dos diversos stakeholders, é, talvez, um pensamento mais estratégico, isto é, lançar as bases, as linhas de acção que, de algum modo, contribuam para a sustentabilidade do crescimento. Temos uma série de condições externas de natureza geopolítica que tem criado condições para o crescimento, talvez acima das nossas expectativas, quer em Lisboa, quer noutros destinos do País. E o problema que se põe é: quando essa conjuntura mudar, o que é que vai acontecer? O que temos é uma janela de oportunidade que só por si funciona a nosso favor. Temos é que a transformar numa janela de oportunidade de vender um produto qualificado e que, portanto, precisa de ser permanentemente requalificado no sentido de ele próprio se auto-sustentar. Este é o grande desafio que o Turismo tem, quer em Lisboa, quer noutros destinos nacionais.
JU7A1482

Regulamentação, precisa-se

Que outros estrangulamentos, além da capacidade aeroportuária [ver caixa], é que a região apresenta?
Não diria estrangulamentos. Diria que, como em todo o lado, há problemas maiores e menores. Nessa matéria não serei seguramente a pessoa mais adequada para falar, há operadores turísticos com uma qualificação que não tenho, mas posso colocar-me na posição de visitante, o que gosto e não gosto. Um dos projectos que a Associação de Turismo de Lisboa tem é o de criar condições para a exibição das jóias da coroa, temos um património cultural e histórico riquíssimo, que tem que sustentar o crescimento do Turismo na cidade de Lisboa, portanto, é preciso investir para torná-lo visível, mas não é para, depois, termos horários que não permitam às pessoas visitá-lo.

Ou seja, precisamos de trabalhar ao nível das infra-estruturas de suporte, oferecer ao turista qualquer coisa. Já não podemos contentar-nos com a magnífica luz de Lisboa, ele gosta, mas depois de ver uma vez não sei se volta. O turista precisa de voltar e, para isso, precisa de ter outros factores, que são uma oferta cultural enriquecida, uma oferta patrimonial. O que interessa ter uns monumentos fantásticos se não estão recuperados ou disponíveis para visita? É tudo isso um plano integrado, sustentado, diria que estando as metas do plano estratégico para Lisboa a serem ultrapassadas por um conjunto de circunstâncias que não nos dizem respeito e têm a ver com o que se passa na área do Mediterrâneo. Julgo que temos que passar a ser mais ambiciosos, temos que todos, eventualmente, – e quando digo todos são todos os operadores e entidades que de alguma forma podem contribuir -, repensar o plano estratégico da região de Lisboa, porque a Associação de Turismo de Lisboa não trata apenas da cidade. Estamos a falar em problemas de mobilidade, limpeza, alojamento, temos que ter um equilíbrio saudável entre o alojamento local e a oferta hoteleira.

Temos que optimizar e sofisticar mais a nossa oferta hoteleira, mas fazer também a gestão prudente dos preços dos quartos, no sentido de acompanhar a requalificação com uma subida para termos uma oferta também mais exigente, para admitir segmentar a nossa oferta entre alojamento local e hotelaria, porque não podemos desperdiçar a oportunidade de um alojamento local, mas não podemos transformar Lisboa numa cidade em que só se requalificam os prédios do centro para, a seguir, os transformar em hostels ou alojamento local. Tudo isto tem de ser gerido de uma forma equilibrada e, aí, o presidente da Câmara de Lisboa e presidente da Associação de Turismo de Lisboa, por inerência, tem a visão adequada: não podemos proibir os Tuk Tuk, temos que os regular.

Quer dizer, é evidente que é um transporte adequado, cria mobilidade, facilita, agora, não pode tornar-se insuportável para o residente, para o próprio turista, ao nível do ruído e da poluição. Bom, então é uma oportunidade para intervir mediante a regulação ao nível, por exemplo, de só os Tuk Tuk eléctricos poderem sobreviver a partir de determinada data. Ou seja, através da via da regulação, a necessidade vai ter que ajustar a nossa oferta. Não é ficar parado no século passado, é ter, de facto, soluções de futuro, mas, simultaneamente, não desperdiçar a oportunidade, pela via reguladora, de dar sustentabilidade ao nosso crescimento, porque mantemos uma oferta qualificada ou até, diria, requalificada.

Se, por um lado, o surgimento de novos hotéis são um bom sinal da procura e requalificam a cidade, por outro, as críticas a um eventual excesso têm sido mais que muitas, entre as quais a perda de autenticidade da cidade. Como vê esta polémica?
A requalificação da cidade nunca será excessiva, o problema é que, por exemplo, um jovem casal que queira arrendar, hoje, se quiser uma boa casa, o preço é inaceitável, porque a rentabilidade que o alojamento local pode oferecer esta a fazer subir as rendas de forma dimensionada. Aí, a Câmara Municipal de Lisboa vai ter o papel de intervir, regulando a própria oferta de alojamento local.

Por exemplo, a luta dos táxis não pode ser contra a Uber, tem que ser por um serviço melhor, a mesma acessibilidade em termos de plataformas electrónicas e a mesma qualidade a nível da prestação de serviços. É isso que tem de acontecer: é mudar-se a atitude, não é dizer “não vamos permitir”, “vamos proibir”. Nada disso. Tem que ser “vamos regular”. Daí que, nessa matéria, estou completamente alinhado com o Dr. Fernando Medina quando diz que a nossa posição tem que ser a de regular todos estes novos factores, que são de competitividade por um lado, mas podem criar de tensões com os próprios residentes. É esse o equilíbrio que tem de ser mantido.

E que parâmetros é que essa regulação deverá ter em consideração?
Eu não sou um especialista, a minha preocupação é a de promover que essas coisas aconteçam. Terão de ser os especialistas a falar. As decisões correctas são as tomadas com a informação correctamente seleccionada e reflectida. Portanto, a primeira coisa é obter a informação adequada, a segunda é reflectir sobre ela e, em terceiro lugar, tomar as decisões correctas, promovendo a regulamentação que, de alguma forma, permita o equilíbrio entre os diversos interesses em jogo.

Esse trabalho está a ser feito ou vai ser iniciado?
Está a ser feito. A Câmara Municipal de Lisboa tem enormes preocupações. Justifique que dê como exemplo a própria requalificação da Segunda Circular, porque é emblemática e gerou suficiente controvérsia. Transformar uma via rápida numa via urbana demonstra uma preocupação de humanizar a cidade, tornar o ambiente confortável para quem nos visita e para quem nela reside. Esta preocupação está subjacente a muitas intervenções e, sobretudo, porque não há medo de criar taxas.

Não pode ser o contribuinte que vive em Freixo de Espada à Cinta a financiar aquilo que vai ser usufruído pelos turistas. Como não pode ser um residente, que tem uma população visitante que é mais que o dobro da residente, a ter que suportar os custos das infra-estruturas associadas a esses visitantes. Pensemos cinco minutos: não é justo, não é normal. Portanto, há que criar as taxas, criar os modelos de financiamento necessários, o que não podemos é deixar de fazer as coisas só porque não há dinheiro, temos de pensar é qual e o modelo de financiamento adequado àquilo que se pretende fazer.
JU7A1520

Taxas e mercados

Que balanço faz da implementação da taxa turística, prestes a completar os seis meses?
Já referi que não tenho nada contra a taxa turística. Quer dizer, tenho contra a taxa cobrada no aeroporto, porque havendo isenções cria uma dificuldade operacional inultrapassável, as razões que levantámos e nos levou, inclusivamente, a preferir suportar o custo da taxa durante um ano para que se criassem condições de implementação da taxa turística pela via normal. Porque, repare, quem for para um hotel é porque não tem residência em Lisboa, portanto, se quero isentar os residentes, a forma mais fácil é cobrar a taxa não no aeroporto, mas no hotel.

Jugo que a taxa devia estar mais regulada a nível de finanças locais, a nível nacional. Regulada no sentido em que se devia estabelecer patamares e esses deviam ser aferidos pela própria densidade de ocupação turística em relação aos próprios residentes, dentro daquele equilíbrio que dizia há pouco, porque é que os residentes têm que pagar o desgaste da via pública, a limpeza? Há dias ouvia que a operação da Liga dos Campeões foi um sucesso enorme para a cidade de Lisboa. E, a seguir, ouvi: “Mas lembram-se do que foi a limpeza da Praça da Figueira no dia a seguir?” Bom, isto para dizer o quê? É muito bonito ter a final da Liga dos Campeões, mas porque há-de ser o munícipe a ter que pagar a limpeza? Não faz sentido, temos de encorpar nos nossos custos e na nossa oferta turística o financiamento de tudo aquilo que representa a disposição de infra-estruturas.

O que o turista quer é uma infra-estrutura limpa, a possibilidade de visitar os museus, ter os monumentos disponíveis, ter pessoas simpáticas e agradáveis e uma oferta cada vez mais requalificada. E não são mais um, dois ou três euros. Só posso fazer um balanço positivo. Começo por fazer, obviamente, um balanço negativo, porque pesou na minha conta de resultados da ANA no primeiro ano, mas fizemos porque entendemos que deve haver taxa turística. Não temos nada contra a taxa, pelo contrário, o que dizemos é que há fórmulas mais eficazes de a cobrar e acho que a solução que está em vigor é a adequada.

O Comité de Investimento criado na sequência da taxa já se reuniu?
Ainda se está numa fase de levantamento de projectos para atribuição de verbas. Penso que já houve o que diria reuniões informais, são os contactos entre entidades, porque nem sempre é preciso fazer uma reunião formal para se avançar.

A SET tem defendido uma maior aposta no mercado interno. É da mesma opinião?
O mercado interno tem muito a ver com a própria disponibilidade de rendimento. Não discordo da posição da Secretária de Estado no sentido de dizer que há pouco rendimento disponível, mas o que há que fique em Portugal. Concordo com isso, não posso deixar de concordar, porque o equilíbrio da nossa balança de pagamentos externos é fundamental no equilíbrio estrutural do País. Agora, se pensar que tem que ser o mercado interno a garantir o crescimento a curto prazo do Turismo nacional, tenho algumas dúvidas.

Temos que continuar a apostar na capacidade de atrair os fluxos tornados disponíveis pelos problemas da Turquia, Norte de África. Se há turistas que deixam de ir para a Turquia e vão para a Croácia ou Chipre, que venham para Portugal. Sendo certo que estamos mais longe, temos que ser mais competitivos, ter uma oferta mais qualificada e, portanto, temos que tornar as nossas fraquezas em forças. Isso faz se através de um plano estratégico que seja pensado à luz da realidade actual que não é a mesma da que suportou o plano que hoje está em vigor.
JU7A1463

Novos mercados e ligações

Que balanço é que faz deste primeiro quadrimestre na região, em termos de números: houve uma descida da ocupação na cidade, uma subida na região, mas residual; os preços médios sobem?
Na realidade, temos um crescimento superior a 12%. Acontece, porém, mais que no quadrimestre, que este crescimento é assimétrico, isto é, temos crescimento muito fortes no Porto, Madeira, Açores e Faro e um crescimento de cerca de 7% em Lisboa. Lisboa está a reduzir o seu crescimento, só que 7% em Lisboa continua a ser, pelo seu volume, um crescimento muito significativo. Também tem a ver com o arrefecimento do crescimento de passageiros em Lisboa, a crise de Angola e do Brasil, por exemplo.

Não podemos ignorar que a estratégia da TAP estava muito assente nestes dois países. Com as dificuldades que estão a passar estes dois países, naturalmente que Lisboa tinha que ser directamente afectada. Ainda há pouco tempo, juntamente com o Turismo de Portugal, tivemos a oportunidade de discutir uma estratégia de desenvolvimento de novos mercados, estamos a pensar, nomeadamente, no Extremo Oriente: Coreia, Japão, China, Índia, são países com uma dimensão onde pequenas quotas de mercado podem ter uma dimensão muito importante ao nível a sustentabilidade do nosso crescimento.

Isso pressupõe novas ligações aéreas…
Pressupõe e estamos a admitir que haja ligações aéreas directas ao Extremo Oriente já no início do próximo ano, ainda durante o Inverno IATA. É evidente que temos que olhar de forma sustentada, organizada, isto é, consultando os diversos stakeholders, não pode ser só ANA, o Turismo de Portugal, a Associação de Turismo de Lisboa, tem que ser a totalidade, os próprios operadores turísticos, os hoteleiros, a cidade em si.

Todos nós temos que trabalhar de forma integrada, daí considerar fundamental reajustar o plano estratégico ao novo quadro de circunstâncias, o que pressupõe, naturalmente, no momento adequado e esse surgirá quando a decisão sobre a capacidade das infra-estrutras aeroportuárias estiver tomada porque tem de se pensar em termos de transportes fluviais, de acessibilidades, em planos estruturados de utilização da própria região, identificando todo o seu inventario da oferta, integrando diversos produtos. [ver caixa]

Os cruzeiros são uma das apostas da região e o Terminal de Passageiros de Santa Apolónia é um reflexo dessa aposta. Porém, em 2015 houve uma subida ligeira dos passageiros e nos primeiros deste ano uma quebra. O que é que está a falhar?
Não sei se esta a falhar alguma coisa, não é a cidade de Lisboa que pode controlar as estratégias de crescimento do mercado. Há um aspecto que considero importante, que é termos os cruzeiros que nos interessam, os que têm partidas e chegadas a Lisboa. Precisamos, e estamos a pensar nisso enquanto gestores da infra-estrutura aeroportuária, de criar condições de melhor conectivade entre o terminal de cruzeiros e os aeroportos, no caso concreto o Humberto Delgado e, de futuro, eventualmente, também o Montijo. Isto é fundamental para termos o crescimento que mais nos interessa. Penso que o segmento de cruzeiros que apenas passa por Lisboa tem sido de algum modo um pouco disruptivo, no sentido da enorme concentração de visitantes nos locais.

Acho que vai ser necessário uma intervenção de ordenação dos diversos operadores que intervêm na oferta turística aos passageiros de cruzeiros no sentido de evitar aquelas aglomerações monumentais na área de Belém e criar uma dispersão da procura, sob pena de afectarmos a própria qualidade da nossa oferta. Ou seja, a organização do plano de visitas tem que ser feita de maneira a distribuir de forma mais equilibrada os passageiros pelas diversas áreas de interesse. Alguém tem de agir junto desses operadores no sentido de criar uma oferta integrada e melhor distribuída.
JU7A1481

AEROPORTO CONTINUA À ESPERA DO GOVERNO
O debate sobre a capacidade aeroportuária de Lisboa foi uma das medidas defendidas por Fernando Medina aquando da tomada de posse na ATL. Perguntámos a Jorge Ponce de Leão se já tinham sido iniciadas as conversações com alguma entidade e o presidente adjunto foi peremptório a responder que “o problema, neste momento, não é a capacidade para crescer, é que todo o crescimento a partir de agora é feito à custa de posições de estacionamento remotas. E estas são, só por si, uma perda de qualidade”. Urge, assim, a criação de mais posição de contacto.

Na óptica do também administrador delegado da ANA, estão em causa a qualidade de experiência dos passageiros e a eficiência das operações aéreas, entre as quais as low cost. Algo a que o masterplan para o Aeroporto Humberto Delgado apoiado pelo Montijo – a solução defendida publicamente pela gestora aeroportuária – dão resposta. Este plano, explicou o responsável ao Publituris, pressupõe a ampliação do Aeroporto Humberto Delgado através do encerramento da pista 17/35. Com esta medida, passa-se à construção de um terminal satélite em frente ao principal, ligados por um túnel, quer a área Schengen, quer a não Schengen. Este edifício poderá ter até 28 posições em ponte, que ultrapassam largamente as 16 actualmente existentes. Isto contribuirá igualmente para uma maior eficiência ao nível dos passageiros de transferências e, consequentemente, do hub lisboeta, “um dos factores de crescimento do próprio aeroporto”. O fecho desta pista, cujo nível de operação ronda os 0,9%, implica, porém, a existência de uma alternativa, mais concretamente a pista 01/19 do Montijo, visto a 17/35 servir, “por força da sua orientação”, de alternativa quando os ventos cruzados na 03/21 ultrapassam os 25 nós.

O Montijo permitirá, também, que se passe a ter uma operação low cost “ultra eficiente”, com posições de embarque e desembarque a pé e, “mais do que isso, posições a que chamados de nose, isto é, o avião estaciona numa posição que permite iniciar a sua descolagem sem a utilização do push back”. “Tudo isso acelera a rotação e a eficiência da operação”. Recorde-se que actualmente, o Terminal 2 possibilita apenas embarques. “Portanto, o Aeroporto do Montijo pode dar uma alternativa à pista 1735, uma operação low cost primeiramente eficiente e criar as condições para termos um terminal satélite, diria um peer satélite, onde teríamos um conjunto de portas de embarque muito significativo, serão 14 Marx”. Ou seja, que pode receber 14 aviões wide body ou 28 narrow bode de categoria C, de médio curso. “Esse peer será um elemento fundamental da estratégia de desenvolvimento, mas o próprio crescimento do Aeroporto Humberto Delgado pode projectar-se além disso, porque, a partir do momento que não tem a pista 17/35, pode prolongar-se o terminal para Sul e fazer uma segunda cubside, substituindo o Terminal 2 que é limitada. Podemos prolongar o terminal e ter uma conexão interna para um terminal, eventualmente do tipo do Terminal 2, mas com conexão directa ao 1, pedestre e interna. Aumentamos a capacidade de forma significativa, depois, numa segunda fase com a expansão para Sul”.

Existe, por fim, uma terceira hipótese que dará solução a quando, no futuro, o Montijo atingir a sua saturação, nomeadamente por razões ambientais. Esta consiste na cabeceira 17, do lado de Camarate, com um novo terminal, que comporta, ainda, a vantagem de permitir uma dispersão do tráfego, não sobrecarregando a Segunda Circular. Falamos, aqui, de um plano de décadas para a capacidade aeroportuária de Lisboa. Mas não só. Jorge Ponce de Leão defende, ainda, que a solução do Aeroporto Humberto Delgado apoiado pelo Montijo permite a optimização dos transportes fluviais mediante e terá um peso muito diminuto nas Finanças Públicas, principalmente quando comparado com a solução de Alcochete, que implicaria, mais cedo ou mais tarde, a construção de uma terceira via sobre o Tejo. Isto, alem de que permite +a cidade manter a sua competitividade e atractividade enquanto destino de city e short breaks. Esta solução implica, porém, o consenso e esforço de diversas entidades, entre as quais a ANA, NAV – que terá de ser dotada de novos meios tecnológicos –, Força Aérea e o Governo. Ponce de Leão “ficaria surpreendido se chegássemos a Outubro e não tivéssemos uma decisão” do Governo e revela que, a partir do momento que esteja definida esta solução, serão precisos cerca de três a três anos e meio a colocar de pé. Um tempo que tem já em consideração a mudança da documentação do espaço aéreo, que obrigada a uma intervenção do Eurocontrol. Sobre o investimento a realizar, o responsável refere que este será “significativo, mas que a ANA pode acomodar no seu plano”.

APP DA ATL REÚNE INFORMAÇÃO NO SMARTPHONE
A Associação de Turismo de Lisboa lançou uma nova plataforma digital, que Ponce de Leão considera ser um instrumento “fundamental” nos nossos dias. “Cada vez mais as pessoas dispõem dos instrumentos e começam a condicionar a suas decisões na base da utilização da informação que o smartphone lhe proporciona, portanto, nada mais natural do que ter a oferta integrada numa aplicação que, uma vez descarregada, permite que alguém que esteja numa esplanada consiga definir o seu próximo passo através da informação que sabemos que o turista precisa. Não e nada do outro mundo, é apenas a informação que existia de forma estruturada mas dispersa nos postos de turismo transportada para o smartphone do visitante. Penso que é fundamental um instrumento dessa natureza. Como dizia há pouco, a própria app da ANA tem que estar integrada com essa oferta.”

NOVO PLANO PARA O TURISMO E ESTRUTURAÇÃO DO PRODUTO
Ponce de Leão é assertivo quando fala na necessidade de “reajustar o plano estratégico [do turismo em Lisboa] ao novo quadro de circunstâncias”, como sejam os já falados novos fluxos turísticos e as quebras dos mercados angolano e brasileiro. Mas é também preciso, considera o responsável, “estruturar o produto, torna-lo disponível, acessível de uma forma estruturada em plataformas tecnologicamente cada vez mais céleres” e dá o exemplo da aplicação da ANA, que tem que “ter, sobretudo, a oferta do está a acontecer na cidade, não é só o rent-a-car, o estacionamento, o faz track, o passageiro tem que ficar logo a saber o que pode visitar, ode tem que ir, fazer logo reservas de um concertou ou comprar um bilhete, o que for”. Este plano estratégico deve ser articulado entre os vários stakeholders e “ter as responsabilidades atribuídas: saber quem faz o quê, quando e como”.

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Lufthansa revê resultados para 2024 em baixa

O Grupo Lufthansa reduziu a sua previsão de lucros para o ano 2024 em quase 500 milhões de euros após o primeiro trimestre de 2024, explicando que as várias greves dos trabalhadores da própria empresa e parceiros levaram a um resultado significativamente mais fraco.

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Numa base preliminar, o Grupo Lufthansa registou uma perda de EBIT ajustado de 849 milhões de euros no primeiro trimestre de 2024, quando em período homólogo esse resultados foi negativo em 273 milhões de euros).

O prejuízo foi maior do que o esperado devido a várias greves, tanto de diferentes grupos de funcionários dentro do Grupo como de funcionários de parceiros, que impactaram os ganhos em cerca de 350 milhões de euros. O fluxo de caixa livre ajustado do Grupo foi positivo em 305 milhões de euros, principalmente devido à continuação do elevado rendimento dos pagamentos antecipados de bilhetes.

Assim, o Grupo prevê que o resultado operacional do segundo trimestre seja inferior ao do ano anterior.

Para o exercício de 2024, o grupo germânico prevê agora que o EBIT ajustado seja de cerca de 2,2 mil milhões de euros, em comparação com 2.682 milhões de euros no ano anterior.

“Os efeitos ainda imprevisíveis da recente escalada do conflito no Médio Oriente e outras incertezas geopolíticas colocam em risco as perspectivas para o ano inteiro do Grupo”, referem os responsáveis alemães em comunicado.

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Lufthansa faz mais concessões para aquisição da ITA

Em resposta às preocupações da Comissão Europeia, a Lufthansa apresentou novas concessões para aprovação da entrada na companhia aérea estatal italiana ITA Airways.

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A Lufthansa fez concessões adicionais à Comissão Europeia para obter luz verde para a participação na companhia aérea italiana ITA Airways. Estas medidas destinam-se a responder às preocupações antitrust, especialmente no que diz respeito às questões de concorrência e à situação no Aeroporto de Milão Linate, tendo o regulador da concorrência, em Bruxelas, anunciando tal informação no seu site, sem dar quaisquer detalhes adicionais.

Para 19 de abril está marcada uma audiência com representantes da Lufthansa, altos funcionários das autoridades antitrust europeias e nacionais, revelou fonte familiarizada com o assunto à agência de notícias Reuters.

Um porta-voz da Lufthansa admitiu de uma “solução abrangente e construtiva” para levar em conta as preocupações concorrenciais da autoridade sobre as rotas em questão e a situação no aeroporto de Milão Linate.

O consórcio também pretende encontrar uma solução conciliatória com a realidade económica do mercado italiano altamente competitivo. Nem a Lufthansa nem a Comissão Europeia comentaram mais detalhes.

O grupo alemão continua confiante de que a sua entrada na ITA será aprovada e que a sucessora da antiga companhia aérea estatal Alitalia poderá passar a fazer parte do grupo germânico ainda este ano.

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Media Travel ganha torneio de bowling da Turkish Airlines e vai representar Portugal na Turquia

A equipa “TEKIA”, da agência Media Travel, foi a vencedora do torneio de bowling que a Turkish Airlines voltou a promover em território nacional e que vai representar Portugal na grande final de Istambul, na Turquia, entre 26 e 28 de abril.

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A equipa “TEKIA”, da agência Media Travel, foi a vencedora do torneio de bowling que a Turkish Airlines voltou a promover em território nacional e que vai representar Portugal na grande final que vai ter lugar em Istambul, na Turquia, entre 26 e 28 de abril.

A prova, que na versão portuguesa contou com a participação de 24 equipas, decorreu esta quinta-feira, 11 de abril, no Microlândia Club, no Porto, resultando, segundo a companhia aérea de bandeira da Turquia, num “extraordinário momento de convívio e partilha”.

“As 24 equipas competiram pelo pódio e pela oportunidade de representar Portugal na grande final, onde se encontrarão os vencedores dos 76 países onde a competição terá também lugar”, indica a Turkish Airlines, num comunicado enviado à imprensa.

A final da competição vai contar com a participação de equipas de 76 países e tem lugar em Istambul, entre 26 e 28 de abril.

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Grupo Air France-KLM mantém interesse na privatização da TAP

Fonte do grupo Air France-KLM garante que o grupo de aviação continua “muito interessado” na aquisição da TAP, negando as recentes notícias que davam conta de uma desistência devido à instabilidade política em Portugal.

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O Grupo Air France-KLM continua a acompanhar a privatização e está “muito interessado” na compra da TAP, garantiu fonte do grupo de aviação à agência EFE.

O grupo Air France-KLM está a acompanhar a situação em Portugal. Como já dissemos, estamos muito interessados no projeto de privatização da TAP e aguardamos os próximos passos”, disse à EFE fonte da empresa.

A fonte da Air France-KLM garante que o grupo de aviação não desistiu da compra da transportadora aérea nacional, negando assim notícias recentes que davam conta a desistência do negócio, devido à instabilidade política em Portugal.

Recorde-se que o processo de privatização da TAP foi suspenso devido à convocação de eleições antecipadas, devido à queda do XXIII Governo Constitucional, na sequência da demissão do primeiro-ministro António Costa.

No entanto, o programa do novo governo, liderado por Luís Montenegro, prevê que o “processo de privatização do capital social da TAP” seja relançado, ainda que sem avançar quaisquer prazos.

Além da Air France-KLM, também a Lufthansa e o Grupo IAG, que detém a British Airways e a Iberia, manifestaram interesse na aquisição da TAP.

 

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Empresários açorianos preocupados com demissões na SATA

A Câmara do Comércio e Indústria dos Açores (CCIA) está preocupada com as demissões no Grupo SATA, que surgem numa altura em que se está a finalizar o processo de privatização da Azores Airlines e a iniciar a época alta deste setor.

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A Câmara do Comércio e Indústria dos Açores (CCIA) está apreensiva com as recentes demissões no Grupo SATA e consideram que esta é “uma altura critica” paro o futuro do grupo de aviação açoriano, que detém a Azores Airlines e a SATA Air Açores.

“A direção da Câmara do Comércio e Indústria dos Açores manifesta a sua preocupação com as demissões agora verificadas no conselho de administração da SATA, que ocorrem numa altura crítica para o futuro do grupo, tendo designadamente em consideração o processo de privatização da Azores Airlines e o início da época alta deste setor”, lê-se num comunicado de imprensa, citado pela Lusa.

A associação considera que é da “maior relevância a retoma da normalidade” na empresa para que o processo de privatização da Azores Airlines seja cumprido “nos termos definidos pela União Europeia, com os acertos que as circunstâncias atuais exigem”.

A CCIA defende ainda que é “imperativo” que a empresa esteja “em pleno funcionamento no arranque de mais uma temporada crucial do turismo”, que tem sido um dos principais contributos para “a recuperação económica da região”.

Os empresários açorianos assumem-se ainda mais preocupados porque a Ryanair reduziu consideravelmente a sua operação na região com o encerramento da base de Ponta Delgada, o que trouxe  “consequências já bem visíveis” para o setor do transporte aéreo e turístico regional.

“A direção da CCIA entende salientar a importância e a necessidade de estabilidade do funcionamento do transporte aéreo nos Açores”, sublinha o comunicado.

Recorde-se que Teresa Gonçalves, presidente da SATA desde abril de 2023, anunciou esta semana a sua demissão do grupo de aviação açoriano por motivos pessoais.

Entretanto, têm vindo também a surgir rumores que indicam que também Dinis Modesto, administrador financeiro do Grupo SATA, está de saída.

 

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Delta Air Lines regressa aos lucros e apresenta resultado positivo de 34,4 M€

Entre janeiro e março, as receitas operacionais da Delta Air Lines cresceram 8% e somaram um total de 12.786 milhões de euros, enquanto as despesas operacionais subiram perto de 1%, totalizando 12.217 milhões de euros.

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A Delta Air Lines regressou aos lucros e, no primeiro trimestre de 2024, apresentou um resultado positivo de 34,4 milhões de euros, valor que compara com o prejuízo de 337,6 milhões de euros apurado em igual período do ano passado.

De acordo com um comunicado da companhia aérea dos EUA, as receitas operacionais cresceram, entre janeiro e março de 2024, 8% e somaram um total de 12.786 milhões de euros, enquanto as despesas operacionais subiram perto de 1%, totalizando 12.217 milhões de euros.

“No trimestre de março obtivemos receitas recorde graças a um desempenho operacional excecional, que permitiu um forte crescimento dos lucros”, congratula-se Ed Bastian, presidente executivo da Delta Air Lines, citado no comunicado divulgado pela companhia aérea.

O responsável espera que seja possível manter os bons resultados também no segundo trimestre do ano, estimando que, entre abril e junho, a Delta Air Lines atinja “resultados recorde”.

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SPAC fica sem direção e vai para novas eleições

Tiago Faria Lopes, atual presidente da direção do SPAC, deverá candidatar-se novamente à liderança da estrutura sindical, cujo atual mandato terminava em novembro.

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A direção do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) caiu na sequência da demissão de dois membros, o que vai levar a novas eleições na estrutura sindical, avança o Expresso.

Tiago Faria Lopes, atual presidente da direção do SPAC, deverá candidatar-se novamente à liderança da estrutura sindical, apurou o Expresso, que lembra que o mandato desta direção terminava em novembro.

João Lira Abreu e Nuno Vaz foram os elementos da direção do SPAC que se demitiram.

O Expresso diz que, nos últimos dias, houve a informação de que existia desconforto na direção no SPAC devido à recente Assembleia Geral, onde foi aprovada por uma escassa maioria a suspensão dos aumentos salariais em 2024, uma vez que os custos com trabalhadores quase duplicaram de 2022 para 2023.

 

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Bestfly diz estar a trabalhar para “assegurar o bom funcionamento da ligação entre ilhas em Cabo Verde”

A Bestfly, que controla o capital social da TICV – Transportes Interilhas de Cabo Verde, garante que a venda de bilhetes foi “suspensa temporariamente” como medida preventiva face à indisponibilidade de dois aviões ATR 72-600 e garante estar a trabalhar para “assegurar o bom funcionamento da ligação entre ilhas em Cabo Verde”.

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A Bestfly veio esta terça-feira, 9 de abril, esclarecer que a venda de bilhetes da TICV – Transportes Interilhas de Cabo Verde foi “suspensa temporariamente no dia 4 de março de 2024 como medida preventiva face à indisponibilidade dos dois aviões ATR 72-600” e garante que está a trabalhar para “assegurar o bom funcionamento da ligação entre ilhas em Cabo Verde”.

Num nota enviada à imprensa, a empresa de aviação nega a notícia avançada pela Lusa e que dava conta que a transportadora aérea tinha suspendido as ligações entre as ilhas cabo-verdianas e sem previsões de regresso, tendo a venda de bilhetes sido igualmente suspensa.

Agora, a Bestfly, que controla o capital social da TICV, que é a companhia aérea que está a operar voos entre as várias ilhas do arquipélago, veio esclarecer que a “venda de bilhetes foi suspensa temporariamente no dia 4 de março de 2024 como medida preventiva face à indisponibilidade dos dois aviões ATR 72-600, que executavam a ligação inter-ilhas e que foram submetidos aos normais procedimentos de manutenção a que estão obrigados”.

“É, por isso, falso que esta suspensão tenha sido realizada “sem previsões de regresso”, lê-se na nota informativa divulgada, na qual a Bestfly explica ainda que esta suspensão foi uma “ação responsável da TICV e de caráter temporário, com efeito até entrar em vigor a solução para regularizar a ligação inter-ilhas”.

A empresa acrescenta que esta suspensão “constituiu uma medida tomada proativamente pela TICV, de acordo com o seu dever de não comercialização de bilhetes neste cenário transitório e de proteção dos passageiros com bilhetes adquiridos previamente”.

A Bestfly diz, por isso, que “continua comprometida com a prestação de um bom serviço inter-ilhas em Cabo Verde, tendo com esta decisão assumido a responsabilidade de preservar, acima de tudo, o interesse dos seus passageiros”.

A Bestfly aproveita também para revelar que, a 8 de abril de 2024, foram iniciados “os procedimentos de envio para Cabo Verde de uma aeronave contratualizada pela TICV para assegurar a manutenção da ligação inter-ilhas no arquipélago, cuja entrada foi autorizada pela Agência de Aviação Civil”.

Este aparelho, acrescenta a informação divulgada, é um “Bombardier Dash 8 Q300, com capacidade para transportar 50 passageiros”, que estava na África do Sul e que deverá ter chegado esta quarta-feira, 10 de abril, a Cabo Verde.

“Estando concluída a mobilização da aeronave para Cabo Verde, a operação da TICV será regularizada com brevidade. Esta aeronave ficará ao serviço da TICV até à entrada em linha dos ATR 72-600 que se encontram em manutenção”, lê-se ainda no comunicado enviado à imprensa.

Nuno Pereira, CEO da BestFly World Wide, garante que a empresa vai continuar a “trabalhar no sentido de assegurar o bom funcionamento da ligação entre ilhas em Cabo Verde”, até porque está ciente da importância deste serviço para a coesão territorial e social do arquipélago.

“Desempenhamos esta missão com um grande sentido de responsabilidade. Procurámos agir de forma responsável e proativa para evitar a aquisição de bilhetes neste momento de transição, antes da chegada de uma nova aeronave que irá repor o funcionamento da conectividade inter-ilhas”, garante o responsável.

 

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Azul retoma voos para o Acre e passa a voar para todas as capitais brasileiras

Com a abertura de dois voos diários para Rio Branco, no estado brasileiro do Acre, a 4 de outubro, a Azul passa a voar para todas as 27 capitais brasileiras.

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A Azul – Linhas Aéreas do Brasil vai retomar, a 4 de outubro, os voos para Rio Branco, no estado brasileiro do Acre, passando a ligar todas as 27 capitais brasileiras, informou a companhia aérea, em comunicado.

A operação para o Acre, indica a companhia aérea, vai contar com dois voos por dia, ligando a capital acreana com Rondônia e Minas Gerais, sendo a única rota direta do Acre com a região Sudeste.

“Os voos serão operados por aeronaves Airbus A320, com capacidade para 174 Clientes, o que aumentará em 50% a oferta de assentos no aeroporto de Rio Branco”, revela a Azul, explicando que “os dois voos vão conectar as três capitais, Rio Branco (AC), Porto Velho (RO) e Belo Horizonte (MG)”.

De acordo com a transportadora, o primeiro voo sai às 08h45 de Belo Horizonte e chega em Rio Branco às 11h00, depois segue em direção a Porto Velho, pousando às 13h55, e retornando para a capital mineira às 14h40 com chegada prevista às 19h05.

Já o segundo voo parte às 21h40 de Belo Horizonte e chega em Porto Velho às 0h05, pousando em Rio Branco às 01h00, retornando para a capital mineira às 01h45 com chegada prevista às 07h40.

“Esta retoma é um marco muito importante para a Azul, pois operar em todas as capitais vai ao encontro da proposta da empresa de conectar o Brasil com os brasileiros. Isso é especialmente importante num país de dimensões continentais, em que o transporte regional que fazemos assume um protagonismo maior”, refere Fábio Campos, vice-presidente Institucional da Azul.

Os voos da Azul para o Acre permitem também conexão com outros 54 destinos no Brasil, como Brasília, Rio de Janeiro, Recife e São Paulo, além de voos internacionais como Fort Lauderdale e Orlando, nos Estados Unidos, e Curaçao no caribe, através do BH Airport, o hub da Azul em Belo Horizonte.

 

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easyJet recebe mais um avião A321neo

A easyJet recebeu esta terça-feira, 9 de abril, mais um aparelho A321neo, o 400.º a juntar-se à frota da companhia aérea low cost e cujo primeiro voo foi realizado com uma mistura com 5% de Combustível de Aviação Sustentável (SAF).

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A easyJet recebeu esta terça-feira, 9 de abril, mais um avião A321neo, o 400.º a juntar-se à frota da companhia aérea low cost e cuja entrega foi assinalada com uma cerimónia na fábrica da Airbus em Hamburgo, na Alemanha.

“A mais nova aquisição à frota apresenta um design de pintura especial, com o número 400 composto por aviões em miniatura”, refere a easyJet, explicando que também o primeiro voo deste novo avião foi especial.

Este primeiro voo do novo avião da easyJet, que decorreu esta terça-feira e ligou Hamburgo-Finkenwerder ao hangar de manutenção da easyJet em Berlim/Brandemburgo, foi alimentado “com 5% de Combustível de Aviação Sustentável (SAF), marcando a primeira utilização de SAF num serviço easyJet na Alemanha”.

“À medida que continuamos o nosso programa de renovação da frota com aeronaves mais eficientes em termos de consumo de combustível e mais silenciosas da família A320neo, estamos orgulhosos de continuar a trabalhar com a Airbus e a CFM, que têm uma abordagem persistente ao nível da produção e sustentabilidade e continuam a ser parceiros fiáveis da easyJet”, congratula-se David Morgan, Diretor de Operações da easyJet, citado no comunicado divulgado pela companhia aérea.

Recorde-se que o primeiro avião Airbus A320 foi entregue à easyJet há 20 anos e, desde então, a companhia aérea tornou-se num dos maiores operadores destes aparelhos, contando, atualmente, com mais de 330 destas aeronaves ao serviço.

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