Credit: White Water Magazine https://www.whitewatermag.com/
Dossier: Aventura e animação prosperam em Portugal
Neste dossier, damos-lhe a conhecer a importância do Turismo de Aventura e da Animação Turística para as diversas regiões de Turismo e apresentamos-lhe alguns operadores, uns já consolidados, outros em fase de abertura. A oferta é extensa, variada e, por vezes, bastante original e inesperada.
Patricia Afonso
Savills aponta para aumento do volume de investimento em hotéis europeus face a 2023
Volume de negócios no setor das viagens e turismo caiu 14,9%
Macau facilita entrada de portugueses com passagem automática na fronteira
easyJet corta voos para Israel até outubro
W Algarve tem novo diretor-geral
Nações Unidas discutem papel do turismo para o desenvolvimento sustentável
Quinta de S. Sebastião abre portas ao Enoturismo
Solférias esclarece desaconselhamento de viagens para o Egito
Tiger Team reclama infraestruturas de raiz para servir o MICE
ALEP passa a integrar o novo Conselho Diretivo da CTP
Neste dossier, damos-lhe a conhecer a importância do Turismo de Aventura e da Animação Turística para as diversas regiões de Turismo e apresentamos-lhe alguns operadores, uns já consolidados, outros em fase de abertura. A oferta é extensa, variada e, por vezes, bastante original e inesperada.
A Animação Turística é um dos segmentos que mais vantagens pode trazer a um destino. Desde na mobilidade, como os tão polémicos Tuk Tuk, a actividades e entretenimento variado, este negócio é transversal ao País e ajuda, inclusive, ao desenvolvimento das economias locais. Trata-se de um segmento que ocupa de forma inequívoca um lugar de destaque no Turismo de Aventura, possibilitando desfrutar de forma diferenciada a Natureza.
Algarve
O Turismo de Aventura, enquadrado no Turismo de Natureza, é um “produto em desenvolvimento no Algarve”, enceta Desidério Silva, presidente da Região de Turismo do Algarve (RTA), para quem “a região reúne as condições geográficas e climáticas ideais para a prática de um vasto leque de actividades aquáticas, terrestres e aéreas, apresentando um grande potencial para a promoção de férias activas”. “O que há alguns anos foi um produto de nicho e domínio de uns poucos especialistas, tornou-se hoje um dos mercados que mais têm crescido, seja enquanto motivação primária da viagem, ou como complemento a outros produtos turísticos.”
Desidério prossegue, afirmando que “há cada vez mais turistas a incluir nas suas viagens actividades de aventura, como o parapente, o mergulho e passeios de BTT, entre outras” e que uma das “grandes potencialidades” deste segmento é poder ajudar a atenuar a sazonalidade. “O Turismo de Aventura é, assim, um produto que permite diversificar a oferta turística do Algarve e valorizar o destino e os seus diversos recursos naturais, contribuindo para a preservação ambiental dos ecossistemas, pois os turistas de aventura são, por norma, viajantes ambientalmente exigentes”, salienta o responsável, acrescentando tratar-se de um produto que “permite ainda dinamizar a economia local, através da implementação e florescimento de empresas familiares e micro-empresas que se dedicam à animação turística”. Desidério Silva adianta que, para dar resposta à procura, “temos assistido a um crescimento exponencial do lado da oferta, quer no número de empresas de animação turística, quer na diversidade de serviços” e salienta que a região “tem vindo a criar condições para o desenvolvimento deste segmento, nomeadamente ao nível da estruturação e capacitação da oferta, bem como no enorme enfoque promocional no produto”.
Alentejo e Ribatejo
No Alentejo e no Ribatejo, o Turismo de Aventura assume uma importância “enorme”, pois consagra um “perfil de turista diferenciador”, que mudou muito nos últimos anos, começa por dizer António Ceia da Silva, presidente da Entidade Regional de Turismo. “A componente da animação turística mudou radicalmente nos últimos anos”, considera, frisando que o Turismo de Aventura, hoje, tem “um peso claramente mais relevante e de maior intensidade na estrutura do destino”. Sobre o apoio às empresas de animação turística, António Ceia da Silva afirma: “Somos gestores do destino e, portanto, o nosso trabalho, em primeiro lugar, é criar uma plataforma global, abstrata, do ponto de vista de um destino que seja competitivo, de excelência. É através disso, e do trabalho que fazemos todos os dias, de estruturar o produto, de colocar o destino em termos de patamares de exigência e qualidade, que, ao mesmo tempo, estamos a optimizar todo o trabalho das empresas. Obviamente que os empresários só investem numa região que seja apelativa do ponto de vista da dinâmica turística.” “O que fizemos nestes anos foi criar esses patamares para o Turismo do Alentejo e, mais recentemente, do Ribatejo, no sentido de que os empresários sintam – e isto tem sido evidente ao nível do investimento nos últimos anos – que há, de facto, a procura.”
Lisboa
Na Região de Lisboa, Vítor Costa, presidente da Entidade Regional de Turismo (ERT-RL), frisa o “enorme potencial e vocação” da região, que contempla cinco áreas protegidas: Sintra/Cascais, Tejo, Arriba Fóssil da Caparica, Arrábida e Sado, e destaca alguma da oferta existente, “desde o mergulho ao Coasteering, do BTT aos percursos pedestres, do Birdwatching às actividades ligadas ao mar como o surf, ou seja um mundo de experiências muito vasto, impossível de vivenciar em qualquer outro lugar”. Só na Região de Lisboa existem 660 empresas de animação turística, “sendo que não existe nenhum dos 18 municípios da Região de Lisboa que não tenha empresas com actividades, ofertas e serviços directamente ligados ao Turismo de Aventura”, refere Vítor Costa, segundo o qual “o Turismo de Aventura e as ofertas de Natureza são parte importante da comunicação da Região de Lisboa como destino”. “Directamente ligado às empresas, e em particular às empresas da Arrábida e do Arco do Tejo, temos a funcionar um sistema de apoio à comercialização e à venda das ofertas prestadas por estas empresas. Apoio este, totalmente vocacionado para a venda, que complementa outros apoios às empresas, nomeadamente os apoios constantes do Portugal 2020”, esclarece.
Centro
Pedro Machado, presidente da Turismo Centro de Portugal (TCP), começa por dizer que existem, em Portugal, “3315 registos no Registo Nacional de Agentes de Animação Turística”, sendo que na região pela qual responde estão registadas cerca de 507, 15,3% da oferta. “Além da promoção das empresas nos diversos suportes de comunicação da TCP, temos disponível, em permanência, um serviço de apoio aos investidores que, nesta matéria, além da explicação do enquadramento legal para o acesso à actividade e da informação sobre os sistemas de incentivos que podem ser usados pelas empresas para criarem ou desenvolverem os seus negócios, inclui o preenchimento do formulário de registo no RNAAT sempre que solicitado pelos clientes.” Só em 2015, este serviço registou 216 atendimentos neste âmbito.
“Se analisarmos as variáveis estatísticas estudadas pelo INE, neste caso recorrendo a dados de 2015, a região Centro representa 9,3% das dormidas do País; apresenta uma estada média de 1,74 dias (contra 2,81 dias de média nacional); as empresas de hotelaria da região Centro tiveram taxas de ocupação-cama de 32,6% ( face aos 46,1% de média nacional); e exibe um RevPar de 19,5 euros, cerca de metade da média nacional, com cerca de 37,8 euros”, indica Pedro Machado, defendendo que estes números “mostram-nos a importância da animação turística para a região e a urgência na aposta na diversificação de actividades, na sua articulação em rede com os empreendimentos turísticos, como forma de promover o aumento da permanência de turistas no território, no reforço da sua satisfação durante a sua estadia e, consequentemente, na geração de valor acrescentado para as empresas do setor e para as economias locais”.
Porto e Norte de Portugal
“A região Norte tem uma condição ímpar no contexto europeu quanto à oferta de Turismo de Natureza/ Turismo Activo, pela diversidade de paisagens, habitats, fauna e flora. A paisagem muda, a natureza muda, a cultura muda, a gastronomia muda, a tradição muda”, considera Melchior Moreira, presidente da Turismo do Porto e Norte de Portugal, E.R., acrescentando que “dificilmente se encontrará um destino com uma oferta tão completa e diversificada, com três qualidades reconhecidas a nível europeu enquanto destinos”: ambiental, “pelos territórios protegidos e/ou classificados (Parque Nacional, Parques Naturais, Paisagens Protegidas, Geoparques, Espaços da Rede NATURA 2000)”; agroalimentar, pela coincidência dos referidos territórios “com áreas de produção de vários produtos agroalimentares de qualidade reconhecida pela União Europeia (DOP, IGP, ETG, etc.)”; e turística, “pelo reconhecimento dessas áreas protegidas e/ou classificadas pelo EUROPARC Federação Europeia de Parques Nacionais e Naturais com a CETS enquanto destinos que estão a trabalhar em prol de um desenvolvimento turístico sustentável baseado no produto estratégico Turismo de Natureza”.
Na região, existem seis territórios com CETS [diploma atribuído pela EUROPARC aos espaços protegidos e/ou classificados que implementam a metodologia CETS, que trabalhem com as entidades, os empresários e a população local na construção de uma estratégia de desenvolvimento turístico sustentável a cinco anos e respectivo plano de acção com vista a promover o desenvolvimento do turismo de uma forma sustentável]: o Parque Nacional da Peneda-Gerês, o Parque Natural do Alvão, o Parque Natural de Montesinho, o Parque Natural do Douro Internacional, as Montanhas Mágicas e o Alto Minho. Segundo Melchior Moreira, “explorar de forma sustentável esta abundância de recursos naturais representa um grande desafio para a Região como um todo e para as empresas de Turismo Activo/ Aventura em particular”, sendo que este “é diferenciador, num mercado global cada vez mais competitivo, em que a autenticidade e força das experiências é determinante na escolha dos potenciais clientes”.
“Há, hoje, uma perspectiva mais clara de todas as entidades envolvidas no sector turístico no que respeita à importância e ao papel que cabe às empresas de animação turística em geral e, assim, também às de Turismo Activo/ Aventura, no grande desafio da Região Norte que é aumentar a estada média dos Turistas na Região”, afirma e acrescenta que este sector das empresas de animação turística “tem acompanhado o crescimento da procura de Turismo em geral na Região Norte e tem vindo a consolidar a sua oferta com a estruturação de oferta turística cada vez mais especializada”. Estas empresas “estão a dar um contributo importante para ajudar a aumentar a estada média dos turistas na Região através da criação de actividades que transformem a estada em experiências memoráveis”. Além do apoio individual que a entidade presta a cada profissional, o Porto e Norte de Portugal desenvolveu “com os seus parceiros uma Estratégia Regional ambiciosa para o Turismo Natureza da Região Norte – O Norte Natural”, sendo que a “estratégia de cada CETS contém uma componente regional comum aos territórios e uma componente territorial específica a cada um deles, priorizando a acção a nível de cada destino, sem nunca perder de vista o objectivo final: uma oferta única e articulada do Turismo de Natureza na região Norte”. Por fim, o responsável indica que a estratégia “representa verdadeiramente um desafio, um compromisso colectivo e um investimento a curto/ médio e longo prazo de todas as partes envolvidas, inclusive das empresas de animação turística/ Turismo Activo que se agruparam através da figura de uma cooperativa de empresas do sector do Turismo Activo/ Natureza, a TNCOOP – Norte Natural” e que todas as partes envolvidas “acreditam que a aposta deve ser no sentido de construir uma oferta cada vez mais diferenciadora e com escala para poder ser promovida nos mercados internacionais e cada vez com mais eficácia”.
Açores
Nos Açores, Vítor Fraga, secretário Regional do Turismo e Transportes, conta que “a diversidade e versatilidade das paisagens do arquipélago, que, no conjunto de mar e terra, resultam em cenários naturais únicos, com um enorme potencial turístico, levaram a que o desenvolvimento do turismo se orientasse e se identificasse prioritariamente como um destino de Turismo de Natureza, que, por sua vez, incentivou a criação de produtos de cariz ambiental que tiram partido da excelência dos nossos recursos naturais”. Porém, afirma que, “em termos de imagem, ambicionamos posicionarmo-nos como um destino onde se podem viver grandes experiências e grandes aventuras, pelo que o Turismo de Natureza/Aventura é, sem dúvida, o produto central e o mais bem consolidado dos Açores actualmente, com uma oferta diversificada de produtos que podem ser praticados durante todo o ano, desde os passeios a pé, Geoturismo, Whale Watching, Canyoning, entre muitos outros, que, gradualmente, têm vindo a aumentar a sua atractividade perante os mercados emissores e, dentro destes, perante nichos de mercado especialmente interessados neste tipo de turismo”.
Para este crescimento têm contribuído, também, a organização de “grandes eventos”, como, por exemplo, o Azores Ultra Trail Run, o Red Bull Cliff Diving, o Encontro Internacional de Canyoning, o Formula Windsurfing World Championship, o Azores Airlines PRO em Surf, o VISSLA ISA World Junior Surfing Championship, o Azores MTB World Marathon Series, entre outros. O governante refere que, fruto do investimento público ao nível da estruturação e diversificação da oferta de animação turística e da criação de produtos que tornam o os Açores mais “apetecíveis”, o número de empresas de animação turística terrestre e marítima tem vindo a aumentar, existindo, actualmente, um total 273”, o que significa que a oferta mais que triplicou em seis anos. Vítor Fraga estima “que o aumento dos fluxos turísticos que tem vindo a verificar-se tenha um impacto bastante significativo no negócio, tendo em conta as novas oportunidades decorrentes, acima de tudo, do novo modelo de acessibilidades aéreas”.
A Região tem em vigor o Sistema de Incentivos para a Competitividade Empresarial (COMPETIR+), que dispõe de sete sub-sistemas, dos quais o Subsistema de Incentivos para o Fomento da Base Económica de Exportação, que constitui uma das medidas de incentivos financeiros dirigidos ao sector do Turismo, para o período 2014-2020, “com o objectivo de reforçar a competitividade deste sector, capacidade de penetração em novos mercados e a internacionalização das empresas Regionais”. Este subsistema pressupõe o apoio a projectos de investimento superiores a 15 mil euros “que visem actividades de animação turística, (…) e sejam reconhecidas de interesse para o desenvolvimento e consolidação da oferta turística Regional”; e “despesas com acções e eventos de promoção turística a desenvolver por empresas do sector do turismo desde que superiores ou iguais a cinco mil euros”. Vítor Fraga conclui que as “empresas de Turismo de Aventura, desde que sejam detidas maioritariamente por jovens empreendedores, (…) e sejam reconhecidas de interesse para o desenvolvimento e consolidação da oferta turística regional, poderão ainda ser apoiadas através do Subsistema de Incentivos para o Empreendedorismo Qualificado e Criativo”.
PORTO BRIDGE CLIMB ABRE PONTE DA ARRÁBIDA AO PÚBLICO
Escalar e andar a pé numa ponte pode parecer cena de um filme. Mas não é. Pelo contrário, é uma realidade no Porto, mais concretamente na Ponte da Arrábida, que liga a cidade Invicta e Vila Nova de Gaia, onde a recém-criada Porto Bridge Climb deu início, no dia 24 de Junho, a visitas guiadas ao arco, “um local icónico com vistas surpreendentes sobre o Porto”, que abre ao público pela primeira vez desde 1963. O dia para começar estas visitas foi escolhido a rigor: o dia de São João e “da habitual regata que passa sob a Ponte da Arrábida”, explica ao Publituris Pedro Pardinhas, responsável e guia da Porto Bridge Climb, contando que “a ideia original era reactivar os elevadores da Ponte da Arrábida, mas os enormes custos envolvidos levaram-nos a pensar numa alternativa mais simples, saudável e inovadora”. Surgiram, assim, as visitas guiadas a pé em grupos de até 14 visitantes.
A Porto Bridge Climb quer expandir o portfólio e está a analisar ter “pacotes para pedidos de casamento, fazer visitas dedicadas a engenheiros, realizar eventos de team-building… e até lançar discos; e estamos abertos às ideias dos clientes, pois um local assim vai de certeza inspirar propostas engraçadas”, afirma o responsável, que espera ter 10 mil visitantes no ano de arranque. Em termos de clientes, Pedro Pardinhas aponta como primeiro segmento “as pessoas da região do Porto, que têm uma ligação afectiva com a ponte”. Na época-alta, são esperados turistas nacionais e estrangeiros; e, no resto do ano, “esperamos também receber grupos de empresas e universidades”. Em termos de emissores, “esperamos uma distribuição parecida com a do turismo que chega ao Porto, com predomínio de Espanha, França e Alemanha”. O preço desta pequena aventura é de oito euros no período de pré-abertura, entre 24 de Junho e 8 de Julho. Sobre o apoio de entidades públicas, Pedro Pardinhas indica que “todas as entidades com quem temos contactado (Infra-estruturas de Portugal, Municípios do Porto e V.N.Gaia, Turismo de Portugal) têm contribuído para concretizar uma ideia que, à partida, parecia uma quimera. Estamos gratos a todas”.
CICLISTAS PREFEREM ALENTEJO
A Bike Tours Portugal tem como core business viagens de bicicleta, “percorrer o País ou uma região de bicicleta”, conta ao Publituris Ricardo González, tour manager, revelando que o Alentejo é a região mais escolhidas pelos clientes desta empresa de animação turística. Em actividade desde 2010, a Bike Tours Portugal trabalha, essencialmente, um segmento alto de clientes. Este ano, a empresa quer “reestruturar a oferta e criar programas para diferentes tipos de clientes”, conta Ricardo González. Questionado sobre os pontos positivos deste sector, o tour manager da Bike Tours Portugal afirma: “Tudo o que possa imaginar: gastronomia, clima, segurança, paisagens, diversidade, estradas e caminhos, as pessoas, entre outros”. No outro lado da balança, Ricardo González aponta que “ainda há muitas pessoas que preferem França ou Itália”. Já sobre o apoio por parte das entidades publicas, o responsável considera que “há bastantes apoios”. “Dão trabalho, mas se as empresas andarem atentas conseguem ter apoios”, ressalva tour manager da Bike Tours Portugal.
ALENTEJOBREAK QUER CONSOLIDAR ACTIVIDADES
A Alentejobreak começou a sua actividade em 2008 e, actualmente, são diversos os programas da empresa. A saber: canoagem, SUP, actividades aquáticas – manhãs de barco no Alqueva com pic nic e visita às aldeias ribeirinhas -, Waterski, Wakeboard, canoagem noturna (reserva Dark Sky Alqueva), acções de team building e animação infantil. Embora a oferta seja vasta, a canoagem nocturna e o SUP – Stand Up Paddle são as actividades mais escolhidas pelos clientes que recorrem à Alentejobreak. Sobre o perfil de clientes, a empresa de animação turística refere que a idade situa-se entre os 20 e 50 anos, de ambos os géneros, e que 80% são portugueses e os restantes 20% estrangeiros. Em 2016, a Alentejobreak tem como objectivos consolidar as actividades de SUP e actividades aquáticas.
EQUINÓCIO ASSENTA NEGÓCIO NO CORPORATE
Desde 2002 que a Equinócio, Actividade de Tempos Livres, Lda. se foca na organização de Eventos Corporativos, como o Team building, Incentivos Outdoor, Formação Experiencial e outros eventos comemorativos, como sejam, por exemplo, eventos empresariais familiares ou dedicados aos mais novos. Cláudia Caetano, da direcção de comunicação, explica que as actividades mais escolhidas pelos clientes são as que “integram as acções que desenvolvemos no âmbito dos eventos de teambuilding, sendo que uma boa parte é personalizada”. Porém, “se em vez de actividades falarmos dos nossos programas mais vendidos, diria que temos três ‘best sellers’: “Movie Making”, “Mission Impossible” e os “Jogos sem Fronteiras”. Existe, obviamente, a sazonalidade que nos meses de Inverno nos faz vender mais programas ‘indoor’ e no Verão mais programas que incluam água”.
A carteira de clientes da Equinócio é “quase exclusivamente o segmento corporativo, composto por empresas de vários sectores: farmacêutica, banca, seguros, novas tecnologias, alimentar, metalúrgica, editoras, formação”, entre outras. Cláudia Caetano fala sobre a visão da empresa e conta: “Pretendemos ser uma empresa de referência no mercado da Animação Turística, sinónimo de qualidade, flexibilidade e capacidade de resposta personalizada, destacando‐se pela responsabilidade e sentido ético com que conduz os seus negócios junto do mercado, sociedade e colaboradores.” Quanto aos objectivos para 2016, a responsável refere que um deles já foi alcançado, “a certificação”. “Obtivemos o primeiro selo de qualidade emitido pela APECATE (a certificação ficou a cargo da SGS). Este era um objectivo importante para nós, pois temos como base de actuação a qualidade do serviço que prestamos. A certificação veio reforçar que o fazemos e o selo de Qualidade da APECATE é uma forma de melhor o comunicarmos.” Segue-se o objectivo de “reforçar o relacionamento com os nossos parceiros e clientes. E isso é um trabalho contínuo que exige uma capacidade de rápida resposta, flexibilidade, inovação contínua e de seriedade no relacionamento com o cliente” e a “maior captação de clientes internacionais e, nesse sentido, estamos a investir na nossa comunicação com o mercado europeu”. Por fim, “mas, obviamente, não menos importante, aumentar o volume de vendas em cerca de 10% face ao ano anterior. E suspeito que vamos no bom caminho para o conseguirmos”.
TUK TUK ME AWAY QUER AUMENTAR FACTURAÇÃO EM 25%
Com 90% dos clientes estrangeiros e 10% oriundos do mercado nacionais, os programas mais escolhidos são a Lisboa Tour, que é um circuito pela Lisboa Antiga – monumentos e miradouros; seguindo-se Oeiras, com um passeio pelo Parque dos Poetas, Palácio Marquês de Pombal, Fábrica da Pólvora e Jardim da Cascata (Caxias); o Cristo- Rei; Cascais; Cabo da Roca; Parque das Nações (Oceanário); e Sintra. Sobre os pontos positivos do sector em Portugal, João Costa fala no “aumento do Turismo em Portugal, e, em Lisboa, com crescimentos muito bons”; da “criação pela Câmara de espaços de estacionamento (116 lugares), que, ainda que insuficientes, são já um sinal de apoio e reconhecimento”; que a PSP e a Polícia Municipal “estão mais tolerantes, depois dos lugares de estacionamento criados”; e que os táxis “reconhecerem que não somos uma ameaça, pois praticamos preços acima do que eles apresentam para os mesmos sítios turísticos, pois temos uma animador turístico como condutor”.
No lado negativo, o responsável aponta a “demasiada regulação para esta actividade, com limitações de locais, horários e limitação do exercício de actividade (Ex: Cascais – proibido apanhar qualquer turista na rua. Não autorizaram a nossa empresa a poder ter estacionamentos definidos em Cascais); a fiscalização excessiva (PSP-Divisão Transito e Policia Municipal – Lisboa e Cascais) ; e outras empresas que não Tuk Tuks que tem acesso a horários mais alargados e facilidades de estacionamento e circulação durante todo o dia e noite (Não podemos estar em Lisboa em certos bairros depois das 21 horas – Edital da CML)”. João Costa refere, ainda, que “os táxis podem ir a qualquer lado, sejam a gasóleo ou gasolina ou gás e os autocarros de empresas também”. Questionado sobre se há apoio por parte das entidades públicas, o responsável afirma: “Não há apoio por parte das entidades publicas para pequenas empresas de turismo. Somente as grandes empresas candidatam-se a subsídios estatais e internacionais.”
PICOS DE AVENTURA VOLTA A APOSTAR NO NORTE DE S.MIGUEL
Os programas da Picos de Aventura dividem-se em duas áreas: mar e terra, sendo que ambos “permitem conhecer os recantos da ilha de São Miguel, envolvendo o cliente numa interacção constante com a natureza, e tudo o que esta representa, bem como a cultura e gastronomia locais”, diz João Rodrigues, presidente do conselho de administração, acrescentando que a empresa caracteriza-se “pela prática de actividades recreativas em espaços naturais com o intuito de promover o lazer e o desporto, numa lógica de respeito e preservação da natureza”.
No mar, a Picos de Aventura destaca-se pelo Whale Watching e Natação com Golfinhos, as actividades que são igualmente mais apreciadas pelos clientes. Em terra, o destaque vai para o Canyoning, Passeios Pedestres, BTT, Canoagem – os três produtos mais escolhidos – , Escalada e Jeep Tours. Criada em 2003, os clientes desta empresa açoriana “são maioritariamente portugueses, alemães, franceses, britânicos, espanhóis e nórdicos. Trabalhamos com todos os perfis de clientes, desde jovens, famílias, ‘backpackers’, amantes dos desportos da aventura, seniores. Essencialmente todos aqueles que gostam de estar em contacto com a Natureza, que é única em São Miguel, sejam estes portugueses ou do mercado internacional”. Este ano, a Picos de Aventura vai “continuar o investimento para aumentar a capacidade e qualidade do serviço nas actividades em que somos referência, nomeadamente o Whale Watching, Natação com Golfinhos e Canyoning”.
“No ano de 2015 iniciámos a operação de actividades de mar na costa norte da ilha de São Miguel, sendo até à data a única empresa de animação turística a operar naquela zona no segmento de Observação de Cetáceos e Natação com Golfinhos. Para 2016, iremos dar continuidade a esta operação e estamos também a trabalhar em produto especializado para o segmento do Grupos e Incentivos”, diz João Rodrigues.
SUP IN RIVER PROMOVE STAND UP PADLE
O Stand Up Paddle é uma actividade recente em Portugal, no entanto, é cada vez mais comum vermos, nos nossos mares e rios, figuras em cima de uma prancha idêntica à do Surf com um remo na mão. Pois é neste conceito que assenta a Sup in River, uma empresa de turismo activo especializada em Stand Up Paddle (SUP), que quis levar a actividade até rios e lagoas do interior do País e que, “tem como principais actividades os passeios de rio ou lagoa, SUP Yoga e SUP Fitness, ATL´s, Team Buildings, despedida de solteira(o)s, eventos, organização de programas turísticos e comercialização de equipamento”.
“Sendo o Stand Up Paddle (SUP) um actividade recente em Portugal, o maior atractivo tem sido os passeios de rio ou lagoa que podem ter uma duração de duas ou três horas e que podem ser feitos por qualquer pessoa e sem experiência anterior, uma vez que a primeira meia hora é focada nos três pontos chave desta actividade – equilíbrio, técnica e concentração”, explica a empresa, indicando que seguem-se os Team buildings, ATL´s e Despedidas de Solteira, “uma vez que conseguimos criar uma dinâmica nova e criativa através do Stand Up Paddle”. “Recentemente, começámos a ter alguma procura pelo SUP Yoga, embora esta mais procurada pelo público feminino, uma vez que está muito na moda a nível internacional e, principalmente, porque ajuda a relaxar e manter a boa forma física, podendo ser praticado ao ar livre ou em piscinas”.
Esta empresa, ao contrário de outras que também oferecem Stand Up Paddle, “especializou-se unicamente nesta actividade e, como tal, está aberta 365 dias por ano, o que levou a uma estratégia assente em dois pilares”: por um lado “trabalhamos o Turismo na chamada época alta, que normalmente se situa entre Julho e meados de Setembro e onde podemos apontar 70% de turistas nacionais e os restantes 30% estrangeiros”. Nos restantes meses do ano, “o nosso foco incide unicamente no cliente corporate e institucional como é o caso das câmaras municipais e ou associações que vêm no Stand Up Paddle uma alternativa aos habituais jogos tradicionais ou um sério complemento com outras actividades”. Formada em Março de 2014, a Sup in River quer, este ano, manter a sustentabilidade financeira da empresa, contratar a tempo inteiro um novo funcionário, crescer no segmento de venda de equipamento, fomentar os programas turísticos a nível internacional e angariar novos clientes corporate.
TRIPIX AZORES FOCADA NA PERSONALIZAÇÃO
A Tripix Azores foca a sua oferta na “na personalização de serviços e organização de pacotes de atividades em grupos reduzidos”, nomeadamente “a subida à montanha / vulcão do Pico – com as opções diurna, noturna e pernoita; tours nas ilhas do Pico, Faial e São Jorge; tours temáticos na Ilha do Pico como o Wine Tour e o tour das Lagoas Secretas & Tubo de Lava; e trekking nas ilhas do Pico, Faial e São Jorge”, começa por dizer Matteo Carosi Cordeiro.
O responsável indica que o principal mercado desta empresa é o norte-americano, turistas entre os “30 a 60 anos de idade, que normalmente viaja em casal”. As principais actividades escolhidas pelos clientes da Tripix Azores são as subidas à Montanha do Pico, a Wine Tour e Pico Day Tour eo tour das Lagoas Secretas & Tubo de Lava. “A abertura de actividade foi em Janeiro 2015, mas o início operativo somente em Junho desse mesmo ano. Durante este período, passámos pelo normal processo burocrático de registo enquanto empresa de Animação Turística”, explica Matteo Carosi Cordeiro, revelando que os objectivos para este ano passam pelo “crescimento da Tripix Azores com um forte posicionamento no mercado local e foco no serviço diferenciado pela personalização, autenticidade e qualidade, sempre estando engajados nas causas ambientais visando promover uma maior consciência das comunidades locais e visitantes para a preservação e respeito do meio ambiente dos Açores”.
VERTENTE NATURAL QUER CRESCER NO MERCADO EXTERNO
A Vertente Natural está no mercado desde 2004 e incorpora diversas actividade nos eu portfólio, como sejam a canoagem, Coasteering, observação de golfinhos, caminhadas, espeleologia e team building, sendo as duas primeiras as preferidas entre os clientes. Os principais segmentos de trabalho de clientes com que a Vertente Natural trabalha são os praticantes de Turismo Ativo/ Turismo de Natureza e o Empresarial/Team Building, revela José Saleiro, indicando que, em 2016, esta empresa de animação turística quer “consolidar, crescer no mercado externo e aumentar os níveis de qualidade dos serviços prestado quer no campo quer no apoio ao cliente/operador”. Sobre o sector e o País, João Saleiro considera que “os pequenos poderes, em vez de ajudarem a desenvolver investidores e investimentos, complicam e tornam muitas vezes desesperante e desmotivador querer andar para a frente”. Sobre o apoio de entidades publica, os responsávei diz que estes existem, “no que toca às suas administrações e poder políticos”. “Quando se chega aos serviços muitas vezes esses apoios diluem-se em dificuldades e contrariedades. Existe muito pouco espirito de entreajuda em Portugal, metade quer andar para a frente e outra metade prega rasteiras e emperra”, defende.