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_2ºdia_5 Junho_NOS PRIMAVERA SOUND 2015
_ © Hugo Lima | www.hugolima.com | www.fb.me/hugolimaphotography

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Impacto turístico dos festivais

Portugal tem uma agenda cultural cada vez mais preenchida, que tem ganho adeptos além-fronteiras. Os festivais de música, entre outros, movem milhares de turistas que acabam por experienciar o destino de uma forma diferente. Saiba qual o impacto turístico que os festivais têm nos destinos, assim como a forma como estes contribuem para o posicionamento do País como um destino moderno e ‘trendy’.

Raquel Relvas Neto

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Impacto turístico dos festivais

Portugal tem uma agenda cultural cada vez mais preenchida, que tem ganho adeptos além-fronteiras. Os festivais de música, entre outros, movem milhares de turistas que acabam por experienciar o destino de uma forma diferente. Saiba qual o impacto turístico que os festivais têm nos destinos, assim como a forma como estes contribuem para o posicionamento do País como um destino moderno e ‘trendy’.

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Raquel Relvas Neto
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Portugal tem uma agenda cultural cada vez mais preenchida, que tem ganho adeptos além-fronteiras. Os festivais de música, entre outros, movem milhares de turistas que acabam por experienciar o destino de uma forma diferente. Saiba qual o impacto turístico que os festivais têm nos destinos, assim como a forma como estes contribuem para o posicionamento do País como um destino moderno e ‘trendy’.

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As Festas de Lisboa são um evento incontornável a quem visita a capital.

É de opinião geral que os festivais têm impacto no Turismo em Portugal, sobretudo no que à captação de público internacional diz também respeito. Mas para elucidar os mais cépticos, o Publituris questionou vários intervenientes nesta área para partilharem dados concretos daqueles que nos visitam com este fim.

José Barreiro, director do NOS Primavera Sound, que este ano acontece de 9 a 11 de Junho, indica ao Publituris que desde 2012 que “a forte presença do público estrangeiro e a crescente adesão do público nacional contribuem para um grande impacto cultural e económico na cidade do Porto”. E este impacto nota-se também na hotelaria da cidade, cuja taxa de ocupação durante os dias do festival situou-se entre os 80% e 90%, em 2012, como em 2013. “Em 2014 e 2015, atingiu praticamente os 100%”, salienta. “Na restauração, no comércio e no Turismo este impacto é sempre fortemente notado. Para isto contribui, não só o público estrangeiro, como as pessoas que, mesmo não sendo do Porto, se dirigem ao Parque da Cidade nestes dias para o festival e acabam por ter despesas de alojamento, deslocação, alimentação, além de, cada vez mais, aproveitarem para participar em actividades além do festival”, evidencia o responsável.

Segundo Roberta Medina, vice-presidente Executiva do Rock in Rio, o evento, que acontece em Lisboa, a 19, 20, 27, 28 e 29 de Maio, “fomenta o Turismo, gera emprego e movimenta a economia nas cidades onde se realiza. (…) Como plataforma de comunicação, já está provado que o Rock in Rio é um conteúdo jovem, fresco e dinâmico, que as próprias cidades usam como ferramenta de promoção turística”.

2016 é o ano “em que batemos todos os recordes e vamos ultrapassar os 30 mil estrangeiros, que comparando com as notícias que temos visto publicadas para justificar um apoio financeiro forte ao Web Summit que ia trazer 30 mil pessoas, estamos no mesmo campeonato”, começa por dizer Álvaro Covões, director-geral da Everything Is New, promotora do NOS Alive, que acontece a 7 a 9 de Julho, em Algés. Estes são números que deixam o responsável muito satisfeito, porque “sabemos que a música é o parente pobre” no que à captação de turistas diz respeito, mas “estamos a provar precisamente o contrário. Já trazemos mais gente do que o futebol”. Além do número de público internacional, acrescem as “30 a 40 mil pessoas fora de Lisboa, o que aumenta ainda mais o impacto na economia local”, realça o responsável daquele que foi considerado um dos melhores festivais da Europa e um dos melhores do mundo pelo público norte-americano. Pedro Moreira, responsável da EGEAC – Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural, é peremptório em afirmar que “é do conhecimento global que alguns festivais de música têm a capacidade de incrementar o fluxo turístico nacional e local”. No que diz respeito à perspectiva da EGEAC, particularmente no que às Festas de Lisboa dizem respeito, Pedro Moreira tem conhecimento que “no período em que este programa ocorre se regista um incremento de 12% na taxa de ocupação hoteleira”. Também o interesse do público estrangeiro pelas Festas é “muito evidente, não só na participação nos eventos, mas também nas visitas ao site das Festas de Lisboa”. Segundo o responsável, “as Festas de Lisboa e o seu programa multidisciplinar têm atraído a visita de muitos estrangeiros à cidade e têm merecido a atenção de vários meios de comunicação da especialidade, dos quais destacamos a Lonelly Planet, a CNN Travel, entre outros, contribuindo estes para aumentar a curiosidade dos estrangeiros pela cidade”.

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O Festival Internacional de Máscaras Ibéricas promove várias regiões portuguesas de uma só vez.

No início de Maio, realizou-se a XI edição do Festival Internacional da Máscara Ibérica (FIMI), uma iniciativa da Progestur – Associação para o Desenvolvimento do Turismo Cultural – em parceria com a EGEAC e Câmara Municipal de Lisboa. Hélder Ferreira, presidente da Progestur, conta que a iniciativa contribui “fortemente para dar mais visibilidade a nível internacional à riqueza da nossa cultura popular”. Para o responsável, “cada vez mais até pela influência da globalização, todos tomamos consciência da importância da cultura popular, pois é nela precisamente que encontramos os elos da nossa identidade, da memória e daquilo que nos faz diferentes. São precisamente estas vertentes que o FIMI nos traz, contribuindo para a imagem de Portugal no exterior, como um País de grande riqueza cultura e penso que isto é a melhor publicidade que Portugal pode ter”. O responsável observa que este género de eventos servem de complemento à visitação ao País e são “fundamentais para dar a conhecer outros territórios do País, além de Lisboa”. O FIMI regista habitualmente 500 mil pessoas, “muitos estrangeiros, que possivelmente concentram os seus dias de férias na zona da capital”. Ao passarem pela montra que é o FIMI, estes turistas têm a possibilidade de “conhecer outras regiões do País, de provar produtos dessas regiões, de conhecerem a sua oferta turística”.

NÚMEROS

Mas falemos de números e de quantos turistas internacionais os festivais atraem. Em 2014, o Rock in Rio – Lisboa vendeu mais de 12 mil bilhetes para fora de Portugal. Segundo Roberta Medina, para esta edição, “aumentámos o investimento em comunicação internacional para, não só, promover o Rock in Rio-Lisboa como ‘a cereja no topo do bolo’ de uma visita à capital portuguesa, como também promover Lisboa como a ‘cereja’ para que os que vierem ao Rock in Rio possam aproveitar a festa e assistir aos grandes nomes da música que passam pela Bela Vista a cada dois anos”.

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A organização do NOS Primavera Sound prevê vender 10 mil bilhetes no mercado internacional.

No que diz respeito ao NOS Primavera Sound, José Barreiro indica que as perspectivas para este ano apontam para a presença de 10 mil participantes internacionais. O director do evento explica que, em 2014, o festival contou com uma assistência total de 76 mil espectadores, sendo que a percentagem de público internacional rondou os 40%. Já a edição passada “voltou a afirmar o festival como paragem obrigatória na Europa e ficou marcada pela melhor assistência de sempre com 77 mil pessoas e mais de 40 nacionalidades diferentes, de onde se destacam Espanha, Reino Unido e Alemanha”. Quanto à importância do turista que vem para o festival, dados referentes a 2015 do estudo público que o Instituto Superior de Administração e Gestão realizou durante os três dias do festival, mostram que a maioria dos visitantes que pernoita na cidade do Porto fica três ou mais noites. Na edição mais recente, o número de visitantes que pernoitaram três e quatro noites aumentou de 29,3% para 33,1% e de 22,65% para 30,1%, respectivamente. “O visitante estrangeiro que ficou alojado na cidade gastou cerca de 300€, fora as despesas com viagem e alojamento”, acrescenta. Além da visita ao NOS Primavera Sound, “75% dos visitantes que pernoitaram no Porto em 2015 visitaram a cidade em geral”.

Quanto ao NOS Alive, Álvaro Covões indica que sabe-se que “na média destas três edições, 74% fica cinco ou mais noites, o que é um resultado absolutamente extraordinário para um destino que tem como média duas noites e meia. (…) Podemos ainda complementar que, em média, 78% ficam alojados em hotéis, hostels e apartamentos turísticos, 16% em parques de campismo e 6% em casas de amigos.”

Sem dados apurados oficialmente, Hélder Ferreira indica que “muitas das pessoas que acompanham o festival e se deslocam a Lisboa propositadamente para participar ou assistir ao FIMI, chegam no início da semana permanecendo até ao domingo. Quanto ao gasto médio, será muito variável, mas atendendo a que estamos a falar de sete noites e 14 refeições por pessoa, serão sempre números agradáveis”.

EXPERIÊNCIA

Depois de vivenciarem a sua experiência durante os festivais e ficarem a conhecer um pouco mais sobre o destino, será que os turistas ficam com outra ideia de Portugal? O responsável do NOS Alive refere que 80% do público que vêm ao festival vêm pela primeira vez à região de Lisboa. “Significa isso que as pessoas vêm com uma ideia pré-concebida do destino e, obviamente, como todos sabemos que quem visita Portugal vai embora com uma ideia muito mais favorável do que quando chegou. A opinião à partida, na maior parte dos casos, é 90% mais positiva do que à chegada”.

Na opinião do responsável da EGEAC, sente-se que “passa a existir um reconhecimento positivo da componente global da cidade, da sua dinâmica e riqueza cultural, do diálogo intenso com o espaço público e da forma tão acolhedora com que recebe os visitantes”.

Por sua vez, José Barreiro considera que “é complicado saber que ideia prévia têm os turistas que chegam à cidade mas, no que ao festival diz respeito, sabemos que ficam satisfeitos e que, na maioria, aproveitam para conhecer o que a cidade tem para oferecer e afirmam querer voltar na edição seguinte”. O director do NOS Primavera Sound considera que “temos de olhar para o público internacional e mostrar-lhes que aqui neste festival, nesta cidade e neste País, ele vai poder usufruir de uma experiência completa irrepetível”. Rui Barreto refere que Portugal conta com “excelentes acessos, uma localização privilegiada junto do mar, um custo de vida mais baixo que a média da Europa e uma população que gosta de perceber os turistas que nos visitam. Assim, através da cultura, estamos a promover muitas outras coisas que são indissociáveis ao festival”.

PROMOVER PORTUGAL

Estes eventos são também uma oportunidade para se promove o destino junto daqueles que de outra forma não viriam tão cedo conhecer Portugal. Quanto ao FIMI, Hélder Ferreira considera, “sendo um evento de raíz cultural, quer contribuir para que toda esta riqueza cultural seja uma mais-valia para as regiões. Falamos certamente de apoiar o desenvolvimento regional através de um evento que promove o melhor que as regiões têm para oferecer”. A vice-presidente executiva do Rock in Rio considera que “aproveitando o potencial mediático do evento, a nossa estratégia de divulgação passa sempre também por promover Lisboa e Portugal no estrangeiro. Esta é uma preocupação constante da organização do Rock in Rio nos mercados onde está presente. A caminho da sétima edição do Rock in Rio-Lisboa, e com tantas outras edições pela frente, o compromisso do festival continua a ser o de utilizar o evento, em parceria com o sector público e privado, como conteúdo de promoção das cidades que o acolhem”.

Também o responsável do NOS Primavera Sound considera que os festivais são uma oportunidade para se promover o destino de variadas formas. “O NOS Primavera Sound é uma referência do Porto e promover o festival é também promover a cidade enquanto destino em crescente afirmação cultural e internacionalmente reconhecido como destino turístico de excelência”, assim, destaca, “para mim, é uma satisfação perceber que o festival contribui para deixar uma marca importante no Porto, ajudando a sua proposta turística”. Um dos exemplos desta contribuição teve lugar em 2013, ano em que a organização desafiou algumas tasquinhas da cidade a apresentar os seus produtos no recinto do festival. “A iniciativa foi um estrondoso êxito e as tasquinhas do Porto têm marcado presença desde então. Assim, mesmo aqueles que nos visitam exclusivamente para o festival acabam por experimentar a nossa gastronomia e aguçar o apetite de um possível regresso”, refere.

Para José Barreiro, “a cultura sempre foi um meio fortíssimo na projecção da identidade de um país e de uma região no estrangeiro. As nossas vantagens competitivas estão intimamente ligadas com as vantagens competitivas de uma cidade como o Porto e de um país de forte tradição turística como é Portugal”. Por sua vez, Álvaro Covões indica que promover o destino a par do festival é algo que a Everything is New faz desde a primeira edição. “Em primeiro lugar nós vendemos o destino”, sublinha, reforçando que “o nosso ‘claim’ na comunicação é que o festival está a 10 minutos da praia e a 10 minutos do centro histórico da cidade de Lisboa”. 

Sobre o autorRaquel Relvas Neto

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Receitas turísticas voltam a crescer em fevereiro e somam mais 181M€

Em fevereiro, as receitas turísticas somaram 1.421,86 milhões de euros, 14,6% ou 181,44 milhões de euros acima do registado em igual mês do ano passado, o que veio estabelecer um novo recorde para o segundo mês do ano, segundo o Banco de Portugal (BdP).

Inês de Matos

As receitas provenientes da atividade turística somaram, em fevereiro, 1.421,86 milhões de euros, valor que ficou 14,6% ou 181,44 milhões de euros acima do registado em igual mês do ano passado, estabelecendo um novo recorde para o segundo mês do ano, segundo os dados divulgados esta quinta-feira, 18 de abril, pelo Banco de Portugal (BdP).

Os dados do BdP indicam que, face ao mesmo mês de 2019, antes da pandemia da COVID-19, as receitas turísticas apresentam um crescimento ainda mais robusto, numa subida que chega aos 69,8%, o que indica que foram arrecadados mais 584,17 milhões de euros com os gastos dos turistas estrangeiros que visitaram Portugal no segundo mês do ano.

O BdP explica que a rubrica viagens e turismo foi fundamental para o incremento das exportações de serviços, que aumentaram 10,7% em fevereiro.

“O incremento nas exportações reflete, sobretudo, o contributo das viagens e turismo (+181 milhões de euros), que totalizaram 1.422 milhões de euros, o valor mais elevado da série para um mês de fevereiro”, lê-se no comunicado divulgado.

Tal como as exportações do turismo, também as importações, que se encontram pelos gastos dos turistas portugueses no estrangeiro, cresceram em fevereiro e chegaram aos 319,29 milhões de euros, num aumento de 6,1% ou mais 18,3 milhões de euros face ao mesmo mês do ano passado.

Em comparação com o mesmo mês do período pré-pandemia, o aumento das importações turísticas é ainda mais visível, pois este indicador cresceu 19%, o que traduz um aumento de 50,95 milhões de euros.

Positivo foi ainda o saldo da rubrica Viagens e Turismo, que somou 1102,57 milhões de euros, valor que subiu 17,4% face ao mesmo mês do ano passado e 93,7% em comparação com o mesmo mês pré-pandemia.

Acumulado já ultrapassa os 2,8MM€ 

Os dois primeiros meses do ano foram positivos em termos de receitas turísticas arrecadadas, de tal forma que, em janeiro e fevereiro, as receitas acumuladas chegam já aos 2.833,37 milhões de euros, valor que compara com os 2.509,45 milhões de euros arrecadados nos dois primeiros meses do ano passado, num aumento de 12,9%.

Tal como as receitas, também as importações do turismo cresceram no acumulado dos dois primeiros meses do ano e somam já 635,97 milhões de euros, quando em igual período do ano passado se ficavam pelos 595,13 milhões de euros, o que traduz um aumento de 6,7%. Face aos dois primeiros meses de 2019, a diferença é ainda mais significativa e chega aos 17,5%.

O acumulado até fevereiro é ainda positivo no saldo da rubrica Viagens e Turismo, que soma 2.197,4, valor que fica 14,7% acima dos 1.914,32 milhões de euros apurados nos dois primeiros meses do ano passado. Em comparação com 2019, o aumento deste indicador chega aos 80,4%

 

 

Sobre o autorInês de Matos

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MotoGP em Portimão traz cerca de 87M€ para o Algarve

A realização do Moto GP no Autódromo do Algarve, em Portimão, que decorreu entre 22 e 24 de março deste ano, teve um impacto financeiro estimado entre 75 milhões e 87 milhões de euros.

Publituris

Desta forma, foram superadas “as expetativas prévias” para este evento, bem como o teto de 79 milhões de euros verificado na edição do ano passado, como o Visit Algarve indica em nota de imprensa.

As receitas diretas deste evento do Moto GP superaram os 24,7 milhões de euros na hotelaria, somados entre os 21,3 milhões de euros gastos pelos espetadores e os 3,5 milhões de euros dispendidos pela organização e pelos participantes. Já o setor de alimentação e bebidas arrecadou 9,4 milhões de euros com o evento.

De acordo com as mesmas estimativas, as rent-a-car alcançaram três milhões de euros em alugueres a espetadores e aos elementos das estruturas da organização e das equipas do Moto GP, ao passo que as passagens aéreas para o Aeroporto Gago Coutinho representaram mais de dois milhões de euros.

“A realização do Moto GP no Autódromo do Algarve, a única estrutura em Portugal credenciada para as maiores provas mundiais de velocidade, traduz-se num ganho extraordinário para a visibilidade da região e para a prosperidade da sua economia fora da época alta. Os benefícios estendem-se a todo o país, não só pela receita arrecadada pelos cofres do Estado central, designadamente por via fiscal, mas também pelo acréscimo de notoriedade que traz à marca Portugal”, afirma André Gomes, presidente do Turismo do Algarve, em nota de imprensa.

No mesmo documento afirma que “do mesmo modo que a Web Summit e a Jornada Mundial da Juventude transmitiram a imagem de um país seguro, acolhedor e preparado para os grandes eventos, também a edição portuguesa do Moto GP eleva o prestígio do país perante turistas e organizadores dos grandes eventos”.

A entidade Visit Algarve congratula-se por ter vindo a conseguir “captar grandes provas internacionais fora do período de época alta, como já tinha ocorrido na Volta ao Algarve em Bicicleta, potenciando assim o esbatimento da sazonalidade”. Para isso, dá como exemplo o facto de em março “nunca se ter verificado uma ocupação hoteleira tão intensa, com crescimento a dois dígitos tanto face a 2022 como a 2019”.

“A calendarização do Moto GP é também um fator de produção potencial de riqueza para a região ao colocar o Algarve no radar mundial a dois meses do início do verão no hemisfério norte, altura tradicional de férias das famílias”, conclui André Gomes, antevendo assim a captação de novos turistas para o Algarve também para o período entre junho e setembro.

Sobre o autorPublituris

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10.ª edição do “Vê Portugal” aposta nos desafios futuros das ERT e na paz para o turismo

A realizar de 3 a 5 de junho, em Torres Vedras, a 10.ª edição do “Vê Portugal” – Fórum de Turismo Interno, centrará os temas à volta dos desafios futuros das ERT, mas também no papel da segurança e da paz para captar turismo e desenvolver territórios. No fundo, como espelha o tema do fórum, será um evento para “gerar entendimentos”.

Victor Jorge

A 10.º edição do “Vê Portugal” – Fórum de Turismo Interno pretende debater “pontes para gerar entendimentos”. Assim, de 3 a 5 de junho, o evento da Turismo do Centro (TdC) ruma a Torres Vedras onde, segundo Jorge Sampaio, membro da Comissão Executiva da TdC, “o objetivo da 10.ª edição do evento é a mesma da 1.ª edição: discutir o turismo interno nas suas mais diversas vertentes”.

Segundo o mesmo, “não queremos discutir o presente, mas sim o futuro” e “o Centro quer estar sempre na frente da inovação quando se fala de turismo”. De resto, Jorge Sampaio não deixou de notar que “ainda falamos de pandemia, mas esta já acabou, alterando o paradigma de como o turismo é visto pela procura e pela oferta”.

O responsável na Comissão Executivo deixou, aliás, claro que “não há outra forma de inovar sem discutir o turismo, já que se trata de uma atividade responsável por cerca de 20% do nosso Produto Interno Bruto (PIB)”, admitindo mesmo que se trata das atividades que mais evoluiu e mais inovação trouxe à economia”.

No que diz respeito ao programa do “Vê Portugal” de 2024, Sílvia Ribau, chefe de Núcleo de Estruturação, Planeamento e Promoção Turística na Turismo Centro de Portugal, frisou que o evento tem como objetivo “trabalhar mais a aproximação aos agentes profissionais”. Daí a 10.ª edição do evento da Turismo do Centro arranque com reuniões B2B, no dia 3 de junho, onde os operadores turísticos e as agências de viagens nacionais ficarão a conhecer a oferta turística da região Centro de Portugal, com especial incidência na sub-região do Oeste, e poderão assim estabelecer oportunidades de negócio para o futuro.

“Queremos contribuir para a facilitação da venda dos produtos e serviços que a região oferece”. Assim, a aposta passa por “valorizar, inovar, qualificar o produto, perspectivar caminhos para essa qualificação e determinar a procura.

Jorge Sampaio admitiu mesmo que, “durante anos, o turismo foi visto pela procura. Agora será mais pelo lado da oferta”, considerando que, por isso, “há que estruturar a oferta, qualificá-la, de forma a podermos oferecer mais por mais valor e transformar território em destinos turísticos”.

Também Laura Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, anfitriã do evento, considera que “é importante a escolha de cidades intermédias e não só as grandes cidades para a realização deste tipo de eventos”.

“Nesta região e, mais especificamente, nesta sub-região, há facilidade em atrair pessoas residentes como não residentes”, disse Laura Rodrigues, fazendo referência aos 20 quilómetros de costa, qualificada como “Quality Coast”.

Quanto ao debate que deverá levantar algumas questões referentes ao futuro funcionamento das Entidades Regionais de Turismo, Jorge Sampaio deixou o recado: “gostava que o país tivesse juízo”, considerando que “não podemos ter o turismo, que representa 20% do nosso PIB a mudar de estratégia de quatro em quatro anos”, mostrando-se “confiante “ que o novo secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado [antigo presidente da ERT do Centro de Portugal] “vai ter essa estratégia para os próximos 10 ou 15 anos”.

No final ficou a indicação de que o “Vê Portugal” de 2024 terá na paz e na segurança uma das mensagens principais, até porque, segundo Adriana Rodrigues, chefe do núcleo de Comunicação, Imagem e Relações Públicas da Turismo do Centro, “o turismo é um fator para se aumentar pontes de entendimento. E a paz é fundamental para o conseguir”.

As inscrições na 10.ª edição do Fórum “Vê Portugal” são gratuitas e o programa já está disponível e pode ser consultado aqui.

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

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Macau facilita entrada de portugueses com passagem automática na fronteira

Macau vai facilitar, a partir de sexta-feira, 19 de abril, a entrada de visitantes portugueses no território, com o alargamento da passagem automática fronteiriça a quem for titular de um passaporte de Portugal, anunciaram as autoridades.

Victor Jorge

Com o objetivo de “elevar a experiência de passagem fronteiriça dos visitantes estrangeiros” e torná-la “mais conveniente e eficiente”, a PSP vai permitir que “visitantes estrangeiros titulares de passaporte português e de passaporte de Singapura entrem ou saiam de Macau através dos canais de passagem automática”, lê-se num comunicado da corporação.

Nacionais portugueses, com idade igual ou superior a 11 anos de idade, devem efetuar o registo para poderem utilizar os canais nos postos fronteiriços, acrescenta-se na nota da PSP.

As pessoas que efetuam o registo devem ter o passaporte com pelo menos 90 dias de validade, e quem tiver menos de 17 anos deve fazer-se acompanhar pelos pais ou tutor.

Após a inclusão de portugueses e singapurianos na lista de destinatários, o Governo “continuará a alargar” a lista, para “promover ativamente a facilitação da circulação de pessoas” e “contribuir para o novo desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau”, referiram as autoridades.

Este ano assinala-se o quinto aniversário da Área da Grande Baía, uma das três principais estratégias do líder chinês, Xi Jinping, para a integração regional.

O projeto abrange as regiões administrativas especiais de Macau e Hong Kong e nove cidades da província de Guangdong, através da criação de um mercado único e da crescente conectividade.

Sobre o autorVictor Jorge

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Quinta de S. Sebastião abre portas ao Enoturismo

Localizada a apenas 20 minutos de Lisboa e com uma história secular, datada de 1755, a Quinta de S. Sebastião acaba de abrir as portas ao Enoturismo.

Publituris

A Quinta de S. Sebastião, nome conhecido no mundo dos vinhos e reconhecido em mais de 50 países, acaba de abrir as suas portas ao Enoturismo. Situada nas paisagens da Arruda dos Vinhos, a apenas 20 minutos de Lisboa, a Quinta de S. Sebastião passa a oferecer experiências no coração da região vitivinícola de Lisboa, com os visitantes a terem a oportunidade de mergulhar na tradição vitivinícola portuguesa, explorando os vinhedos pitorescos através de passeios de jipe, a pé ou a cavalo, podendo degustar uma seleção de vinhos.

Além das visitas guiadas, os visitantes poderão desfrutar de experiências personalizadas de degustação, harmonizações de vinhos e petiscos regionais, proporcionando uma imersão completa na cultura local.

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Solférias esclarece desaconselhamento de viagens para o Egito

À luz da conjuntura geopolítica do Médio Oriente, a Solférias esclareceu em nota de imprensa que apenas a Península do Sinai, na zona norte do Egito, mostra fortes condicionantes de circulação por questões de segurança, algo que garante não ocorrer nas zonas balneares.

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A Solférias esclareceu esta quarta-feira, através de comunicado enviado para as redações, que de acordo com a informação atualizada no Portal das Comunidades Portuguesas a 14 de abril as viagens para o Egito não são desaconselhadas, dependendo das regiões.

Como refere em nota de imprensa, “as recomendações relativamente ao Egito prendem-se essencialmente com a circulação na Península do Sinai, zona norte do país, em particular na zona fronteiriça com Israel e a Faixa de Gaza”.

Aponta ainda que a “península mencionada é muitíssimo distante das zonas balneares, ficando a cerca de 900 quilómetros de Hurghada, por exemplo”.

Numa nota final, a Solférias indica que as “recomendações do Governo português são já prévias ao conflito existente agora na região de Israel”.

“Não podemos deixar de relembrar que estamos, como sempre, atentos e a acompanhar o desenrolar da situação e de salientar que há, aliás, um conselho específico no Portal das Comunidades para que as viagens turísticas sejam efetuadas através de operadores turísticos credíveis”, afirma o operador turístico.

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Real Madrid World abre portas no Dubai

O parque temático inserido no Dubai Parks™ and Resorts conta com mais de 40 experiências e atrações, entre elas a primeira montanha-russa de madeira da região e a montanha-russa mais alta do mundo.

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O Real Madrid World abriu portas no Dubai a 9 de abril, naquele que é o primeiro parque temático dedicado ao clube madrileno.

Instalado no Dubai Parks™ and Resorts, o novo parque celebra o futebol e o basquetebol do Real Madrid, com mais de 40 experiências e atrações. Aqui é possível visitar os balneários dos jogadores do Real Madrid e explorar o santuário que guarda os troféus vencedores do clube, além de várias atrações e espetáculos de entretenimento.

Este parque temático inclui também a primeira montanha-russa de madeira da região, a “Hala Madrid Coaster”, que encapsula as emoções da jornada do Real Madrid com as Taças Europeias. De destacar também a Stars Flyer, que com 460 pés de altura, é considerada “a montanha-russa mais alta do mundo”, como referido em nota de imprensa.

Os adeptos podem ainda explorar uma coleção de produtos oficiais e de merchandising do clube no Real Madrid World, onde são convidados a personalizar as camisolas do clube e outros objetos colecionáveis.

Composto por três zonas principais – Avenida dos Campeões, Praça da Celebração e Avenida das Estrelas – o Real Madrid World está aberto de domingo a quinta-feira, das 12h00 às 21h00. De sexta-feira a sábado, o parque abre às 12h00 e encerra às 22h00.

As atrações do Real Madrid World

As 40 atrações do parque incluem a White Hearts, uma exposição que celebra o passado, presente e futuro do clube, bem como a Bernabéu Experience, uma “interpretação teatral que oferece aos adeptos acesso exclusivo ao balneário, ao centro do campo e a um santuário que guarda as 14 Taças Europeias de futebol e as 11 Taças Europeias de basquetebol”.

A pensar nas famílias, o parque conta com a montanha-russa familiar Wave – La Ola e com o Campo de Treino La Fábrica, constituído por um parque infantil para visitantes de todas as idades, com bolas de futebol e equipamento de treino miniatura para as crianças praticarem a modalidade.

O Real Madrid World conta ainda com a atração “Mãos ao Alto!”, uma torre que convida os hóspedes a erguer a Taça da Vitória junto com a equipa.

Créditos: Real Madrid World

O parque disponibiliza também campos de treino e programas de futebol, onde os hóspedes com idade igual ou superior a seis anos são convidados a participar numa experiência que combina aprendizagem, trabalho de equipa e diversão, começando com uma sessão de aquecimento, seguida pela aprendizagem de alguns truques básicos, terminando com a participação num pequeno jogo baseado em equipas para mostrar as suas habilidades.

Além de espaços de alimentação, como o Hala Madrid Restaurant, o Real Madrid World oferece ainda mais de 15 conjuntos diários de espetáculos.

O passe diário para visitar o Real Madrid World está disponível online ou na entrada por 295 dirhams (AED), ou seja, cerca de 75 euros.

Leia também: Turismo do Dubai aposta no crescimento do mercado português

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Antes da EuroPride em Lisboa, cidade do Porto recebe AGM da EPOA

Antes da EuroPride rumar a Lisboa, a cidade do Porto será palco da Anual General Meeting (AGM) da European Pride Organisers Association (EPOA), em novembro.

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O Porto foi escolhido, em outubro passado, para sediar a Anual General Meeting (AGM) da European Pride Organisers Association (EPOA), que ocorrerá de 1 a 3 de novembro deste ano. Este evento reúne organizadores de eventos Pride de toda a Europa e é uma plataforma essencial para o intercâmbio de conhecimentos, experiências e melhores práticas no âmbito da celebração e defesa dos direitos LGBTI+.

O evento de três dias incluirá plenárias, workshops, networking, relatórios de membros e apresentação de propostas para o EuroPride 2027 de membros em Itália, Lituânia, Espanha e Reino Unido. Os membros da EPOA votarão nestas propostas e o vencedor será anunciado durante o evento.

Recorde-se que Lisboa será a anfitriã do EuroPride no próximo ano, tendo sido selecionada na Assembleia Geral Anual de 2022. Segundo a EPOA “A Assembleia Geral Anual no Porto proporcionará uma oportunidade para os membros da EPOA aprenderem mais sobre os ambiciosos planos da capital portuguesa para o EuroPride 2025.”

As inscrições para a AGM já estão abertas e podem ser realizadas através do website do evento, com tarifas especiais disponíveis para os participantes que se inscreverem até 15 de maio. EPOA disponibiliza também a possibilidade de scholarships permitindo assim a participação a ativistas com menos possibilidade financeiras: informações sobre as bolsas de apoio aqui: https://www.epoa.eu/about-us/agm/

Para Diogo Vieira da Silva, Coordenador Geral do Porto Pride e responsável pela candidatura vitoriosa que trouxe a AGM para Portugal, destacou a importância deste evento para a região, “a realização da AGM da EPOA no Porto é uma oportunidade ímpar para que os organizadores de Prides em Portugal e outras organizações relevantes possam se aproximar da comunidade de Prides Europeus. Este encontro permitirá a troca de ideias inovadoras e a partilha das melhores práticas dos outros países, inspirando os nossos esforços locais para avançar na luta pela igualdade e inclusão.”

Este ano, a AGM pretende não só reforçar as redes existentes entre os organizadores de Prides, mas também inspirar uma nova onda de ativismo e celebração que ressoe por toda a Europa. O Porto, conhecido pela sua rica história cultural e forte apoio à diversidade, proporcionará o cenário perfeito para que líderes e ativistas possam planejar o futuro dos eventos Pride, garantindo que continuem a ser um espaço seguro e inclusivo para todos.

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Proveitos no setor do alojamento continuam em alta em fevereiro

No segundo mês de 2024, os proveitos do setor do alojamento turístico mantiveram-se na senda do crescimento, com os proveitos totais e de aposento a subirem 13% e 13,1%, respetivamente, face a igual período de 2023. Nos dois meses de 2024, os proveitos totais já ultrapassam os 500 milhões de euros.

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Em fevereiro de 2024, o setor do alojamento turístico registou 1,8 milhões de hóspedes e 4,3 milhões de dormidas, correspondendo a subidas de 7% e 6,4%, respetivamente, indicando, agora, o Instituto Nacional de Estatística (INE) que, feitas as contas, esta performance permitiu gerar 276,4 milhões de euros de proveitos totais (+13%; +9,1% em janeiro), e 202,1 milhões de euros de proveitos de aposento (+13,1%; +8,1% em janeiro).

No período acumulado dos dois primeiros meses de 2024 (janeiro e fevereiro), as dormidas atingiram 7,7 milhões e registaram um crescimento de 3,3% (+0,3% nos residentes e +4,9% nos não residentes), a que corresponderam aumentos de 11,2% nos proveitos totais e de 10,8% nos de aposento.

Neste período acumulado de janeiro a fevereiro, os proveitos totais cresceram 11,2% e os relativos a aposento aumentaram 10,8%, com os proveitos totais a atingirem 506,7 milhões de euros e os relativos a aposento a ascenderem a 367,5 milhões de euros, avança o INE.

A Grande Lisboa foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (36,1% dos proveitos totais e 37,9% dos proveitos de aposento), seguida do Norte (16,1% e 16,4%, respetivamente), do Algarve e da Madeira (15,2% e 14,4%, pela mesma ordem, em ambas).

Todas as regiões registaram crescimentos nos proveitos, com os maiores aumentos a ocorrerem no Oeste e Vale do Tejo (+26,8% nos proveitos totais e +23,8% nos de aposento) e na Grande Lisboa (+16,0% e +14,8%, respetivamente).

Em fevereiro, registaram-se crescimentos dos proveitos nos três segmentos de alojamento. Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento (pesos de 87,5% e 85,4% no total do alojamento turístico, respetivamente) aumentaram 12,9% e 13%, pela mesma ordem.

Nos estabelecimentos de alojamento local, registaram-se aumentos de 10,7% nos proveitos totais e 11,7% nos proveitos de aposento (quotas de 9% e 11%, respetivamente).

No turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 3,5% nos proveitos totais e de 3,6% nos de aposento), os aumentos foram de 22,4% e 19,7%, respetivamente.

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 37,8 euros em fevereiro, registando um aumento de 4,5% face ao mesmo mês de 2023 (+3,7% em janeiro).

Os valores de RevPAR mais elevados foram registados na Grande Lisboa (64,9 euros) e na RA Madeira (58,5 euros), tendo os maiores crescimentos ocorrido no Oeste e Vale do Tejo (+12,0%), no Algarve (+7,1%) e na Grande Lisboa (+6,1%). O Centro foi a única região em que este indicador registou um decréscimo (-2,2%).

De acordo com a análise do INE, em fevereiro, este indicador cresceu 5,5% na hotelaria (+5% em janeiro) e 7,7% no turismo no espaço rural e de habitação (+5,4% em janeiro). No alojamento local decresceu 0,9% (-3,4% em janeiro).

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 83,8 euros (+6%), abrandando o crescimento (+6,9% em janeiro).

A Grande Lisboa destacou-se com o valor mais elevado de ADR (107,8 euros), seguida pela Madeira (85,6 euros). Todas as regiões registaram crescimentos neste indicador, com os maiores aumentos a ocorrerem no Algarve (+10%), na Península de Setúbal (8,5%) e na Grande Lisboa (+6,8%).

Em fevereiro, o ADR cresceu 6,4% na hotelaria (+7,4% em janeiro), 2,6% no alojamento local (+3,1% em janeiro) e 9,4% no turismo no espaço rural e de habitação (+7,1% em janeiro).

Lisboa, Funchal e Porto em destaque
Do total de 4,3 milhões de dormidas (+6,4%) nos estabelecimentos de alojamento turístico, 61,4% concentraram-se nos 10 municípios com maior número de dormidas em fevereiro.

O município de Lisboa concentrou 24,3% do total de dormidas, atingindo um milhão e voltou a crescer (+8,3%, após -3,1% em janeiro), com o contributo das dormidas de não residentes (+10%), dado que as dormidas de residentes apresentaram uma variação nula. Este município concentrou 30,3% do total de dormidas de não residentes em fevereiro.

O Funchal foi o segundo município em que se registaram mais dormidas (454,3 mil dormidas, peso de 10,6%), voltando a registar crescimento (+3,9%) após dois meses de quebras consecutivas (-4,5% em janeiro e -2,7% em dezembro). Para este crescimento, contribuíram as dormidas de não residentes (+6,3%), dado que as dormidas de residentes diminuíram 9,3%.

No Porto, as dormidas totalizaram 357,3 mil (8,3% do total), acelerando para um crescimento de 10,5% (+4,1% nos residentes e +12,3% nos não residentes).

Neste grupo de 10 municípios com maior número de dormidas em fevereiro, Ponta Delgada foi o que registou menos dormidas (66,9 mil dormidas, peso de 1,6%), sendo o único em que os residentes tiveram maior expressão (60,3%) do que os não residentes.

Em fevereiro, Lagoa e Ponta Delgada destacaram-se entre os 10 principais municípios, registando-se crescimentos de 15,7% e 14,5%, com um contributo mais expressivo das dormidas de não residentes (+18,4% e +23%, respetivamente).

Albufeira foi o único município em que se verificou um decréscimo nas dormidas de não residentes (-1,9%). Albufeira e Ponta Delgada destacaram-se ainda pela evolução positiva das dormidas de residentes (+9,8% e +9,5%, respetivamente), enquanto Cascais registou o maior decréscimo (-11,2%).

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Albufeira marca presença na Nauticampo

Albufeira vai estar representada na Nauticampo com o stand 2B15, localizado no Pavilhão 2 e que vai contar com uma área de 36 metros quadrados, no qual marcam presença ainda várias empresas regionais.

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A Câmara Municipal de Albufeira vai estar presente na Nauticampo – Salão Internacional de Navegação de Recreio, Desporto Aventura, Caravanismo e Piscinas, que vai ter lugar na FIL, em Lisboa, entre 17 e 21 de abril.

Num comunicado enviado à imprensa, a autarquia indica que vai estar representada no certame com o stand 2B15, localizado no Pavilhão 2 e que vai contar com uma área de 36 metros quadrados.

A autarquia vai partilhar o stand com a Marina de Albufeira e com outras empresas marítimo-turísticas, de desportos ao ar livre, de aventura e de animação turística do concelho, entre outras áreas que se enquadrem no âmbito do certame.

“O stand do município vai ter ao dispor dos empresários algumas mesas, de forma a possibilitar a marcação de reuniões de trabalho”, indica a Câmara Municipal de Albufeira, em comunicado.

A Nauticampo é, segundo a autarquia, o “maior e mais prestigiado evento de atividades outdoor realizado em Portugal e um dos mais antigos da Europa”, recebendo, anualmente, cerca de 30 mil visitantes.

“Albufeira é um concelho com uma área costeira com cerca de 30 quilómetros, praias de grande qualidade ambiental, mas também uma zona interior e de barrocal de rara beleza paisagística, que convidam os visitantes à prática de atividades ao ar livre, o que tem contribuído para o crescimento de empresas de atividades outdoor, algumas das quais irão participar no nosso stand, e que têm contribuído significativamente para a dinamização da economia do concelho”, sublinha José Carlos Martins Rolo, autarca de Albufeira.

O presidente da Câmara Municipal de Albufeira explica que, segundo a Estratégia de Desenvolvimento, Promoção e Captação de novos Turistas de Albufeira, a diversificação do produto é uma prioridade para esta autarquia, sendo que “as praias e a oferta de atividades náuticas e de recreio e o turismo de natureza, entre outras atividades, são considerados ativos diferenciadores do destino”.

Por isso, nesta feira, o foco de Albufeira “vai incidir precisamente na diversificação e na complementaridade do produto turístico, através da apresentação das empresas do concelho especializadas neste tipo de atividades”, assim como em dois projetos específicos, um dos quais é o Art Reef, que consiste na a primeira exposição artística subaquática da costa portuguesa, da autoria de Vhils.

“Trata-se de um excelente exemplo de sustentabilidade, que ao contribuir para a criação de um novo ecossistema marinho, gerando um novo recife artificial na costa de Albufeira, visitável através da prática de mergulho qualificado, constitui um novo produto turístico”, explica a autarquia na informação divulgada.

Já o segundo projeto é a apresentação do aspirante a Geoparque Algarvensis, uma candidatura dos Municípios de Loulé, Silves e Albufeira, a património mundial da UNESCO, que, segundo o autarca de Albufeira, “irá atrair novos tipos de turista, nomeadamente o turismo científico e de natureza”.

A Nauticampo decorre na FIL, em Lisboa, entre 17 e 21 de abril, sendo que nos dias 17 a 19 de abril a feira está aberta ao pública entre as 14h00 e as 22h00, enquanto no dia 20 de abril funciona entre as 10h00 e as 22h00, enquanto no último dia o certame encerra às 20h00.

 

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