Edição digital
Assine já
PUB
Eurodeputada
Destinos

Da Madeira para Bruxelas

Cláudia Monteiro de Aguiar é eurodeputada eleita pelo PSD há dois anos e foi distinguida recentemente com o título de Eurodeputada do Ano, na categoria de Turismo, prémio atribuído pela The Parliement Magazine, a quem mais se destaca no Parlamento Europeu em diferentes áreas.

Carina Monteiro
Eurodeputada
Destinos

Da Madeira para Bruxelas

Cláudia Monteiro de Aguiar é eurodeputada eleita pelo PSD há dois anos e foi distinguida recentemente com o título de Eurodeputada do Ano, na categoria de Turismo, prémio atribuído pela The Parliement Magazine, a quem mais se destaca no Parlamento Europeu em diferentes áreas.

Carina Monteiro
Sobre o autor
Carina Monteiro
Artigos relacionados
Hóspedes e dormidas continuam a subir em fevereiro
Destinos
Nova Edição: RoadShow das Viagens em imagens, Málaga, entrevista SATA, Sun Princess e dossier Animação Turística
Eventos Publituris
Empresários açorianos unem-se contra a sazonalidade e pedem “plano efetivo e adequado aos desafios”
Destinos
Edição Digital: RoadShow das Viagens em imagens, Málaga, entrevista SATA, Sun Princess e dossier Animação Turística
Edição Digital
Ryanair compra mil toneladas de SAF à Shell
Aviação
Francisco Calheiros mantém-se à frente da CTP por mais três anos
Turismo
MotoGP aumenta compras no Algarve com destaque para o consumo estrangeiro
Destinos
Four Seasons lança linha de iates de luxo em 2026
Transportes
Delta considerada companhia aérea mais valiosa do mundo
Aviação
TAAG aumenta comissões para agências de viagens para 6%
Aviação

Cláudia Monteiro de Aguiar é eurodeputada eleita pelo PSD há dois anos e foi distinguida recentemente com o título de Eurodeputada do Ano, na categoria de Turismo, prémio atribuído pela The Parliement Magazine, a quem mais se destaca no Parlamento Europeu em diferentes áreas.

_MG_1919Chegou ao Parlamento Europeu em 2014 depois de ter sido deputada da Assembleia da República em Portugal, no Governo de Pedro Passos Coelho. Aos 34 anos, e natural da Madeira, Cláudia Monteiro de Aguiar integra a Comissão dos Transportes e do Turismo da Comissão Europeia e teve a seu cargo o acompanhamento do relatório ‘Novos Desafios e Conceitos para a promoção do Turismo na Europa’.

Como é que uma socióloga chega a eurodeputada? Alguma vez imaginou que fosse este o seu percurso?
Nunca tinha imaginado. Foi um percurso e uma ascenção rápida, mas estou consciente que muitas vezes estas ascensões rápidas em política têm um fim também rápido, ou não. Digo isto por ser nova, por ser mulher e porque as coisas acontecem, às vezes, de uma forma que não é linear, por isso tenho os pés bens assentes na terra no que diz respeito ao futuro. Há um percurso feito, sobretudo, dentro das estruturas partidárias. Fiz parte desde cedo da Juventude Social Democrata. Depois acompanhei sempre as actividades do partido, porque o meu pai foi deputado regional na Madeira e acompanhava-o em todas as actividades políticas. Participei sempre activamente, isto é, sempre com um contributo, porque julgo que assim é que deve ser feito quando fazemos parte destas estruturas. Mais tarde, já no Partido Social Democrata, fui convidada a integrar as listas para a Assembleia da República, em 2011. Ingressei na Assembleia da República numa altura de grandes desafios. Foi a legislatura mais intensa dos últimos tempos e foi difícil em todos os aspectos: Portugal estava numa situação muito complicada, como todos sabemos. É com algum orgulho que hoje digo que fiz parte dessa legislatura que fez tudo para que o País saísse de um estado de pré-bancarrota para um estado de algum equilíbrio.

Em 2014, como é que surge a sua candidatura às eleições para o Parlamento Europeu?
Foi feito um convite da parte do presidente do PSD na região da Madeira, na altura o Dr. Alberto João Jardim. Contactou-me e perguntou se tinha disponibilidade, porque estavam a ser constituídas as listas do PSD para as eleições. Geralmente, o PSD atribui um lugar à Madeira e outro aos Açores e seria eu a indicação da Região Autónoma da Madeira para integrar as listas. Foi um desafio que me apresentaram, a par do desafio de estar grávida na mesma altura. Portanto, foi uma decisão muito ponderada, com a minha família. Aceitei o desafio, fomos a eleições em 2014 e estou no Parlamento Europeu há dois anos. Como foi chegar a Bruxelas? Qual foi o primeiro impacto? Foi um impacto muito grande. A estrutura do Parlamento é complicada. Já tinha noção da dificuldade em vermos a legislação acontecer, porque os eurodeputados não são legisladores, são co-legisladores, ou seja, participamos na legislação. Portanto, entender todo esse processo leva algum tempo. Obviamente que tinha alguma experiência do Parlamento nacional, o que ajudou bastante. Também ajudou o facto de ter alguns colegas na mesma situação, esto é, que estavam pela primeira vez como eurodeputados.

Ao fim de dois anos já se sente ambientada?
Já me sinto confortável, porque já percebo de que forma é que o deputado pode melhor actuar, de que forma é que o processo é feito e como podemos intervir.

_MG_1942As pessoas não têm bem noção do que faz o eurodeputado. Qual é a vossa função?
O papel do eurodeputado é, acima de tudo, defender os interesses do seu País. Esse deve ser o objectivo principal no desempenho da sua função, porque somos eleitos por um Estado membro e obviamente que temos que salvaguardar os interesses do nosso País. Mas também temos de olhar para a Europa como um todo. Portanto, temos de analisar as directivas que nos chegam via Conselho ou via Comissão Europeia, e salvaguardar os interesses comuns, mas também olhar para cada sector, desde Agricultura, Turismo, Transportes, etc, e darmos o nosso contributo de acordo com as nossas ideologias e as orientações dos nossos governos.

TURISMO

Quando é que surgiu o Turismo pela primeira na sua actividade profissional?
Estive ligada ao grupo PortoBay, onde aprendi muito. É um grupo hoteleiro de pequena dimensão face a outros, mas é um grupo com estabilidade, com dinâmica própria, com estratégia, que aposta muito na fidelização do cliente e é por isso que tem clientes repetentes. Aprendi a perceber de Turismo e a gostar ainda mais desta área. Quando fui para a Assembleia da República, e fazendo parte da comissão de Economia, acabei por trabalhar algumas questões relativas ao Turismo. Aí nasceu a parte política ligada ao Turismo. Quando fui para o Parlamento Europeu, e podendo escolher as comissões em que podia trabalhar, a minha prioridade foi para o sector dos Transportes, do qual o Turismo está dependente. Transportes e Turismo foi a minha primeira opção de comissão para trabalhar.

Sendo uma insular, a escolha dos Transportes é uma escolha natural?
Sim, tem a ver como isso também. Sendo insular e sabendo os constrangimentos dos ilhéus, somos capazes de contribuir melhor quando estamos a analisar a legislação, mas também na parte da discussão, que é uma das características das comissões parlamentares. O facto de sermos de uma ilha ou de uma determinada região com características próprias, permite-nos falar com conhecimento de causa e dizer que o transporte aéreo é fundamental não só para os cidadãos que vivem numa região isolada, mas também para o sector do Turismo. Alertar para o facto de que, se há uma situação distinta, tem de haver um tratamento distinto. Tudo isto acaba por funcionar em simbiose ou em articulação para o desempenho das funções.

Ao fim de dois anos, surge o reconhecimento com a distinção de Eurodeputada do Ano na categoria de Turismo. É a primeira vez que surge a categoria de Turismo nestes prémios.
O Turismo só ganha bases jurídicas na União Europeia (UE) com o Tratado de Lisboa. A partir daí, a UE tem poder para trabalhar com os Estados membros. Estamos a falar de 2009 em diante. Quando cheguei ao Parlamento Europeu, em conversa com colegas de outros países e partidos, percebemos que a Comissão de Transportes e Turismo era basicamente voltada para os Transportes e nada para o Turismo. Aí surgiu o ímpeto e a vontade de querer pôr na agenda da UE o sector do Turismo. Quisemos criar um ambiente em que se possa discutir cada vez mais o sector e todas as questões que estão ligadas em torno do Turismo. Não sei se isso não fez despoletar um interesse maior da Comissão Parlamentar, da Comissão Europeia e se calhar do surgimento desta categoria.

Teve a seu cargo o acompanhamento do relatório ‘Novos Desafios e Conceitos para a promoção do Turismo na Europa’. Qual o objectivo deste documento?
Foi o primeiro relatório de Turismo que surge nesta legislatura e foi atribuído a uma deputada do grupo Socialista e eu fiquei responsável, pelo grupo do Partido Popular Europeu, pelo acompanhamento desse relatório. Este relatório foi apresentado no final do ano passado e votado com uma maioria expressiva. Nele tentamos apresentar as prioridades que devem ser tidas em conta, sobretudo, colocar o Turismo como prioridade na agenda da Comissão.

Que outros temas têm merecido atenção?
Temos batalhado imenso nas novas plataformas digitais, nos novos negócios que vão aparecendo em torno da digitalização. Uma das primeiras discussões que despoletei dentro do Parlamento Europeu foi a chamada economia partilhada. Um outro tema que destaco é a formação e o desenvolvimento de competências em torno deste sector. Precisamos de melhorar as competências dos trabalhadores, mas também dos empregadores. Para que isto exista, precisamos de ter um relacionamento entre universidades, entre os próprios parlamentos nacionais e europeus. Ou seja, tem de haver aqui uma ligação para que seja feita uma aposta grande na formação e uma das ideias que consta do relatório é sugerir ao sector privado que faça um “Erasmus” para os recursos humanos do Turismo. A plataforma serviria para juntar o público e privado e para partilhar as melhores práticas existentes nos 28 Estados-membros.

No seio da Comissão Europeia como é que é entendido o Turismo? Há uma consciência que para muitos países o Turismo é um sector vital na Economia?
Têm consciência, mas é preciso fazer um ‘forcing’ muito grande. Repare que também acontece nos países de onde vimos, e Portugal é um exemplo, não temos um ministério do Turismo. Defendo a criação de um Ministério em países que vivem do Turismo, ou cujo Turismo tem um peso importante no PIB. Repare que o Turismo é sempre um sub-sector, uma Direcção Regional, uma Secretaria. Estamos a tentar junto da Comissão Europeia que esta entenda o Turismo como uma prioridade. O Turismo representa 10% do PIB da União Europeia e tem também um peso elevado nas exportações. O sector tem de ser uma prioridade e tem de ser muito apoiado. Como? Em termos de financiamento. Um dos objectivos do Plano Juncker é apoiar as pequenas e médias empresas, criar maior crescimento, mais emprego. Porque não pegar neste objectivo e aplicá-lo a um sector que já de si é importante e tem capacidade para criar emprego.

O relatório está feito, qual é o passo seguinte?
O objectivo do relatório é detalhar quais as áreas importantes. Obviamente que é um relatório extenso. O que queremos é que a Comissão olhe para este relatório que foi aprovado com maioria expressiva, e que faça um plano de acção concreto, porque são eles que têm essa decisão. Nós, deputados ao Parlamento Europeu, estamos dispostos a ajudar, mas a Comissão Europeia precisa de um plano de acção concreto: para onde quer caminhar, quais são as linhas de financiamento que pode fazer, que tipo de estratégia terá para os próximos anos.

Estes acontecimentos recentes, relacionados com o terrorismo, são uma ameaça ao Turismo na Europa também porque podem levar a mais restrições à livre circulação de pessoas?
De facto pode influenciar. Os turistas estão com mais receio de determinados países e nota-se um fluxo de turistas que antigamente escolhiam alguns destinos e agora escolhem outros, completamente distintos. Obviamente que afecta a segurança e todas as questões que estamos a debater. Fui alvo de críticas por participar na discussão dos pacotes de vistos, dentro da Comissão de Transportes. A Europa faz parte dos destinos onde é mais difícil entrar, comparativamente com os EUA, por exemplo, o que não impede que os EUA tenham políticas de segurança elevadíssimas, portanto uma coisa não implica a outra. Mas com estes atentados, inevitavelmente a segurança tem sido posta em causa, logo desburocratizar é entendido como uma permissão ou descuido na parte da segurança. Isso não pode acontecer. Estamos cada vez mais a perder turistas na Europa, não podemos complicar demasiado a questão dos vistos e da permissão de entrada, quando temos tantos países como a China, Canadá, EUA que querem vir mais à Europa e estamos a colocar cada vez mais entraves.

Quais são os desafios da Europa no que diz respeito ao Turismo?
Este desafio é de certeza um deles. O outro desafio é tentarmos encontrar, respeitando as características de cada país em termos de Turismo, uma forma de promover ainda mais a Europa. Os chineses estão cada vez mais a procurar a Europa. Quem vai às feiras e quem está ligado à parte da promoção também sabe que quando falamos com o cidadão chinês e perguntamos se conhece a Europa, ele refere dois ou três destinos: Paris, Londres e pouco mais. O que faz sentido fazer é mostrar lá fora que existem outros países com outras características, que fazem parte da Europa, e que eles podem escolher como destino de férias e compras.

Há um problema/desafio que é comum a Portugal e a outros países da Europa que é a convivência entre a indústria tradicional do Turismo com estes novos negócios do Turismo. Esta relação não tem sido pacífica, porque é difícil chegar a um consenso na regulação? Sim, principalmente na regulação. A minha convicção é que não podemos parar este ciclo. Isto é impossível parar, porque estamos a falar de digitalização, de novas tecnologias, do futuro, que já não é futuro, já está a acontecer. Dizer que estas novas plataformas e estes novos negócios não podem existir é parar o vento com as mãos. Portugal ainda assim já está um bocadinho à frente em termos de perspectiva de legislação ou de facilitação destes novos negócios. Tenho de fazer uma nota ao anterior SET, Adolfo Mesquita Nunes, que foi excepcional, muitas vezes apelidado de liberal extremista, mas às vezes é preciso deixar o mercado funcionar e desburocratizar. Nisso o Adolfo Mesquita Nunes teve um papel crucial. Isto também está a ser muito discutido na União Europeia e entre os diversos países existem discrepâncias. É preciso regular, mas não em excesso, a regulamentação excessiva acaba por prejudicar todos estes sectores. Precisamos, acima de tudo, proteger o consumidor, mas permitir que todos estes negócios existam, funcionem no mercado aberto, com a regulamentação específica que necessitam e temos de retirar pesos excessivos aos sectores ditos tradicionais. Agora, precisamos de encontrar este equilíbrio.

PORTUGAL
A que se deve o crescimento do Turismo em Portugal na sua opinião?
É um misto de vários factores. Há um desvio de procura de destinos, é um facto, mas também não queiramos fazer desse argumento razão para tirar toda a importância e trabalho que tem sido feito pelo sector privado, porque se têm modernizado e a legislação tem sido desburocratizada. Há todo um conjunto de situações que não podemos ignorar e olhar só para esta questão do desvio de destinos como argumento principal. As próprias cidades têm estado mais dinâmicas e mais viradas para o Turismo.

Em Bruxelas existe a percepção do crescimento do Turismo em Portugal?
Sim, têm a percepção do crescimento de Lisboa e reconhecem a Madeira talvez porque associam o destino ao Cristiano Ronaldo. Creio que ainda podemos fazer mais pela promoção, para que outras regiões comecem a ganhar esta necessidade de adaptação de rejuvenescimento das infraestruturas e dos agentes ligados ao sector.

Ao nível da legislação, considera que Portugal é competitivo face a outros países concorrentes, como Espanha ou Grécia?
Tem sido cada vez mais. Precisa de aligeirar em determinadas matérias. Mas julgo que Portugal não fica aquém de outros países.

Sobre o autorCarina Monteiro

Carina Monteiro

Mais artigos
Artigos relacionados
Hóspedes e dormidas continuam a subir em fevereiro
Destinos
Nova Edição: RoadShow das Viagens em imagens, Málaga, entrevista SATA, Sun Princess e dossier Animação Turística
Eventos Publituris
Empresários açorianos unem-se contra a sazonalidade e pedem “plano efetivo e adequado aos desafios”
Destinos
Edição Digital: RoadShow das Viagens em imagens, Málaga, entrevista SATA, Sun Princess e dossier Animação Turística
Edição Digital
Ryanair compra mil toneladas de SAF à Shell
Aviação
Francisco Calheiros mantém-se à frente da CTP por mais três anos
Turismo
MotoGP aumenta compras no Algarve com destaque para o consumo estrangeiro
Destinos
Four Seasons lança linha de iates de luxo em 2026
Transportes
Delta considerada companhia aérea mais valiosa do mundo
Aviação
TAAG aumenta comissões para agências de viagens para 6%
Aviação
PUB

Foto: Depositphotos.com

Destinos

Hóspedes e dormidas continuam a subir em fevereiro

O número de hóspedes e dormidas registadas no mês de fevereiro recuperaram a trajetória de subida, registando 1,8 milhões e 4,3 milhões respetivamente. O crescimento nos não residentes foi maior que nos residentes.

O setor do alojamento turístico registou 1,8 milhões de hóspedes e 4,3 milhões de dormidas em fevereiro de 2024, correspondendo a subidas de 7% e 6,4%, respetivamente (+1,9% e -0,3% em janeiro de 2024, pela mesma ordem) face ao mesmo período de 2023, revelam os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

As dormidas de residentes totalizaram 1,4 milhões (+3,1%), invertendo a trajetória de decréscimo do mês anterior (-3% em janeiro). Os mercados externos registaram um crescimento de 8,1% (após +1,1% em janeiro), contrariando a trajetória de abrandamento dos últimos três meses, registando 2,9 milhões de dormidas.

Polónia, Canadá e EUA crescem a duplo dígito
Os 10 principais mercados emissores em fevereiro representaram 73,2% do total de dormidas de não residentes neste mês, entre os quais se destaca o de maior peso, o mercado britânico (17% do total das dormidas de não residentes em fevereiro), com um aumento de 9,4%.

As dormidas de hóspedes alemães (11,4% do total), o segundo principal mercado, cresceram 8,5% em fevereiro. Seguiu-se o mercado espanhol, que originou 8,7% das dormidas de não residentes, continuando a registar um decréscimo (-6,8%).

O mercado francês (quota de 7,5%) registou o maior decréscimo (-13,3%) entre os 10 principais mercados em fevereiro.

No grupo dos 10 principais mercados emissores, destacaram-se ainda os mercados polaco, canadiano e americano (quotas de 3,3%, 3,8% e 6,6%, respetivamente) pelos crescimentos mais expressivos, +25,6%, +23,2% e +19,1%, pela mesma ordem, face ao mesmo mês do ano anterior.

Regiões em alta
Em fevereiro, todas as regiões registaram crescimentos nas dormidas. Os aumentos mais expressivos verificaram-se no Oeste e Vale do Tejo (+17,2%), nos Açores (+14,0%) e na Península de Setúbal (+9,1%), tendo sido mais modestos no Alentejo (+1,5%) e no Centro (+1,7%). As regiões que concentraram maior número de dormidas foram a Grande Lisboa (29%), seguindo-se o Algarve (19,1%) e o Norte (17,6%).

As dormidas de residentes apresentaram crescimentos em todas as regiões, com exceção da Madeira (-9,8%). O Oeste e Vale do Tejo destacou-se com o maior crescimento (+11,1%), seguindo-se os Açores (+8%). As regiões da Grande Lisboa e do Centro foram as que menos cresceram (+0,1% e +0,2%, respetivamente).

Relativamente à estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,43 noites), esta diminuiu 0,6% em fevereiro (-2,1% em janeiro). Este indicador registou crescimentos nos Açores, na Madeira e no Oeste e Vale do Tejo (+5,6%, +5,3% e +1,7% respetivamente), enquanto nas restantes regiões se verificaram decréscimos, sendo o mais expressivo no Alentejo (-5,3%).

Os valores mais elevados deste indicador continuaram a observar-se na Madeira (4,72 noites) e no Algarve (3,93 noites), tendo as estadias mais curtas ocorrido no Centro (1,64 noites) e no Oeste e Vale do Tejo (1,70 noites).

As dormidas de não residentes cresceram também de forma mais expressiva no Oeste e Vale do Tejo (+26,5%) e nos Açores (+25,2%), tendo o único decréscimo ocorrido no Alentejo (-8,9%).

Em fevereiro, a estada média dos residentes (1,74 noites) diminuiu 0,2% e a dos não residentes (3,0 noites) decresceu 2%. A estada média dos não residentes foi mais longa do que a dos residentes em todas as regiões, tendo a Madeira registado as estadias médias mais prolongadas, quer dos residentes (2,78 noites) quer dos não residentes (5,30 noites). Para além da Madeira, as estadas médias observadas no Algarve (2,49 noites dos residentes e 4,56 noites dos não residentes) e nos Açores (2,36 noites e 3,46 noites, pela mesma ordem) também ficaram acima das estadas médias nacionais.

Foto: Depositphotos.com
Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

Empresários açorianos unem-se contra a sazonalidade e pedem “plano efetivo e adequado aos desafios”

Segundo a Comissão Especializada do Turismo da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada, o encerramento da base da Ryanair contribuiu para agravar a sazonalidade e provocou “uma redução da procura pelo destino”.

A Comissão Especializada do Turismo da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada, Associação Empresarial das Ilhas de São Miguel e Santa Maria quer que o Governo Regional dos Açores elabore um plano de ação imediato para combater a sazonalidade no destino, que se agravou com o encerramento da base da Ryanair em Ponta Delgada.

De acordo com o jornal Açoriano Oriental, a posição da Comissão Especializada do Turismo da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada surgiu depois de uma reunião na passada terça-feira, em que foi analisada e discutida a situação atual do setor.

Numa nota divulgada após a reunião, esta associação empresarial açoriana começa por considerar que o encerramento da base da Ryanair e a consequente redução de voos que o seu encerramento provocou “é um retrocesso” no modelo de acessibilidade à Região Autónoma dos Açores.

O encerramento da base da companhia aérea low cost contribuiu para agravar a sazonalidade e provocou “uma redução da procura pelo destino”, o que foi visível pelos dados da janeiro de 2024, que confirmaram uma descida de 6,7% na taxa de ocupação dos Açores no primeiro mês do ano, que foi acompanhada também pela queda do RevPAR, que decresceu 6,3%, tendo sido a quebra mais elevada do país e contribuiu para que os Açores sejam atualmente a terceira região portuguesa com menor RevPar.

No entanto, segundo a Comissão Especializada do Turismo da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada, a maior quebra nem foi sentida ao nível da hotelaria, uma vez que o alojamento local, a restauração, o rent-a-car, a animação e outras atividades turísticas houve “decréscimos” que em alguns casos “ultrapassaram os 40%”.

Estas descidas, acrescenta a associação empresarial, mostram o “retrocesso que o turismo está a ter no Inverno IATA 2023/24”, muito por culpa da redução de lugares aéreos devido ao encerramento da base da Ryanair.

“Nas ligações para o continente português houve neste inverno um decréscimo de cerca de 11% de lugares o que corresponde a cerca de 50.000 lugares que podiam potenciar 150.000 dormidas”, assinala a associação.

A Comissão Especializada do Turismo da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada diz que a “redução drástica das ligações operadas pela Ryanair no inverno IATA teve um impacto efetivo na procura pelo destino e, ao contrário do que se exigia, os voos não estão a acompanhar a disponibilidade que existe ao nível da oferta turística”.

Por isso, a associação empresarial açoriana considera que “a escassez de voos está a bloquear o setor do turismo” e lembra que, no caso dos Açores, “sem voos não há turismo”.

O problema é ainda mais agravado porque, nos Açores, “a promoção turística é débil”, sendo, por isso, necessário criar um “plano efetivo e adequado aos desafios” do setor turístico açoriano, que já gera cerca de 600 milhões de euros de PIB nos Açores mas que recebe “menos do que 1% de reinvestimento do governo em promoção”.

Apesar de tudo, a associação diz que existem boas perspetivas para o verão, esperando-se um aumento de 18% face ao período homólogo na capacidade aérea, ainda que, a nível doméstico, o crescimento previsto seja de apenas 4%, o que o que “evidencia uma perspetiva pouco animadora tendo em conta o peso e o potencial” do mercado nacional.

Recorde-se que, atualmente, o setor do turismo tem um peso determinante na economia regional dos Açores, representando cerca de 25 mil postos de trabalho diretos e indiretos, bem como cerca de 12% do PIB açoriano, além de ser um forte contributo para a fixação de população nas ilhas.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

MotoGP aumenta compras no Algarve com destaque para o consumo estrangeiro

De acordo com o relatório REDUNIQ Insights, a faturação dos negócios no Algarve cresceu 13% durante o Grande Prémio de Portugal de MotoGP, tendo esta subida sido mais expressiva na faturação estrangeira (+ 16%), do que na faturação nacional (+ 11%).

O Grande Prémio de Portugal de MotoGP, que decorreu no Autódromo Nacional do Algarve no último fim de semana, provocou um aumento de 13% das compras na região, numa subida que foi mais expressiva entre os estrangeiros, segundo o relatório REDUNIQ Insights.

O relatório, acrescenta a REDUNIQ, a maior rede nacional de aceitação de cartões nacionais e estrangeiros e marca da UNICRE, concluiu que “entre 22 e 24 de março de 2024, e face ao período do evento do ano passado (de 24 a 26 de março de 2023), a faturação dos negócios no Algarve cresceu, tendo esta subida sido mais expressiva na faturação estrangeira (+ 16%), do que na faturação nacional (+ 11%)”.

No domingo, dia 24 de março, data em que decorreu a corrida principal do Grande Prémio, registou-se um aumento da faturação e do número de transações de 22% e 21%, respetivamente, face ao dia 26 de março de 2023, quando decorreu a corrida principal da prova do ano passado.

“Esta performance positiva vem corroborar as estimativas de impacto económico de cerca de 80 milhões de euros e perto de 200 mil pessoas na assistência partilhadas pelo Turismo do Algarve e pelo Autódromo Internacional do Algarve (AIA) aquando da realização desta que é a segunda etapa do Campeonato do Mundo de Moto GP”, afirma Tiago Oom, Chief Commercial Officer da UNICRE e porta-voz oficial do REDUNIQ Insights.

No que diz respeito à faturação estrangeira, indica o relatório, o maior contributo veio do Reino Unido, que representou 11% do total de faturação em Faro no fim de semana da competição, seguindo-se a Irlanda e a Alemanha com 8% e 5%, respetivamente, e que “revalidam o top de nacionalidades registado também no evento do ano passado”.

Já no que diz respeito ao valor da compra média, o destaque foi para a Irlanda, que registou um valor de aproximadamente 102 euros por compra durante o fim de semana do Grande Prémio de Portugal de MotoGP.

“A realização deste género de eventos, e particularmente uma semana antes da Páscoa, acaba por atrair muitos consumidores estrangeiros para a região do Algarve, mas também uma elevada afluência, tanto nacional, como internacional, de interessados por esta competição, que é tão reconhecida a nível mundial”, acrescenta Tiago Oom.

A restauração (+17%), o retalho alimentar tradicional (+17%) e a hotelaria e atividades turísticas (+12) foram os setores de atividade que maior aumento de faturação registaram durante a realização da prova, com o relatório a especificar que a faturação estrangeira a aumentou 19%, 18% e 14% nestas categorias, respetivamente.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

ONU Turismo atenta aos desafios do turismo nas cidades e territórios

O Turismo da ONU e o Programa ONU-Habitat formaram uma parceria para discutir o papel e os desafios do turismo nas cidades e territórios.

O encontro sob o tema “Avançar o Turismo Urbano Sustentável: desenvolvendo ferramentas para promover boas práticas nas cidades”, reuniu, no País Basco, especialistas de agências da ONU, organizações internacionais, representantes de governos nacionais, regionais e governos locais, academia e setor privado.

O grupo de peritos explorou como o setor pode contribuir para a criação de cidades e comunidades mais inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis, bem como para enfrentar os desafios do turismo urbano.

Representantes de Amesterdão, Barcelona, ​​Bilbau, Génova, Medellín, Porto, Valência, Veneza, bem como do País Basco, partilharam as suas políticas e práticas promovendo o intercâmbio de conhecimentos e oportunidades de colaboração mútua.

As conclusões da reunião do grupo de especialistas aprofundarão o trabalho de ambas as agências da ONU no avanço de cidades e territórios sustentáveis ​​e resilientes e servirão para orientar os governos regionais e locais e outras partes interessadas na identificação dos principais desafios enfrentados pelo turismo urbano, a fim de avançar em direção à sustentabilidade, fornecendo-lhes ferramentas e propostas para enfrentá-los.

As conclusões da reunião servirão também para preparar as discussões e eventos sobre turismo urbano sustentável no 12º Fórum Urbano Mundial (WUF 12) em novembro de 2024 no Cairo, Egito e no Fórum de Câmaras Municipais para o Turismo Urbano Sustentável, liderado pelo Turismo da ONU.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

EUA e Reino Unido destacam-se nas viagens ‘outbound’ nesta Páscoa

Embora os números mostrem que estes 10 mercados ainda estão distantes de 2019, face a 2023 a recuperação é visível com um crescimento de 12%.

Publituris

Com a Páscoa a chegar, os viajantes internacionais estão ansiosos por desfrutar de um fim de semana prolongado ou de umas férias, revela uma análise da ForwardKeys, salientando que as tendências das viagens de Páscoa para 2024 aproximam-se dos níveis de 2019, impulsionadas pela procura dos principais mercados e dos grupos de dimensão familiar.

Embora, face a 2019, os números indicam ainda uma distância de 16% nestes 10 mercados emissores, já relativamente a 2023, a ForwardKeys mostra um crescimento de 12%.

Os EUA e o Reino Unido estão no topo da classificação dos mercados emissores com melhor desempenho, prevendo-se um aumento de 17% em relação a 2019, encontrando-se destinos como a Costa Rica e o Japão no topo da lista dos viajantes americanos.

As famílias estão a alimentar a procura de viagens, em especial nos EUA, onde os grupos de 3 a 5 pessoas registam um aumento de 57%, com vista a destinos exóticos como a Índia e as praias do México.

Os grupos maiores não ficam muito atrás, registando um aumento de 23%, enquanto os casais estão a manter um ritmo modesto de 7%, mas o desejo de viajar a solo continua, ainda 11% abaixo de 2019.

Contudo, face a 2023, os mercados com melhores performances estão a Oriente, com destaque para o Japão (+169%), Coreia do Sul (+48%) e Taiwan (+40%).

Do Reino Unido, a Suíça é um destino de Páscoa popular, bem como a Índia e o Japão. Os grupos de dimensão familiar são também a dimensão de grupo com melhor desempenho, registando um aumento de 60% nas reservas.

Já o mercado emissor que não descola de números negativos é a Suíça que face a 2019 apresenta um decréscimo de 35%, enquanto relativamente a 2023 a quebra é de 8%.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos

Foto: Depositphotos.com

Destinos

ERT do Alentejo e Ribatejo aprova contas de 2023

Findo o exercício de 2023, a Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo aprovou o relatório de atividades do ano por unanimidade.

Publituris

Os associados públicos e privados da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo apreciaram, recentemente, a conta de gerência e o relatório de atividades respeitantes ao ano transato, tendo os documentos sido aprovados por unanimidade.

Como grande marca da gestão de 2023, os responsáveis da ERT apontam a abertura de um novo ciclo de planeamento, do qual se salienta a estratégia PROVERE para a valorização, promoção e internacionalização do Enoturismo e a preparação de uma grande campanha de promoção no mercado transfronteiriço com Espanha.

No plano das atividades, foram evidenciadas as campanhas promocionais realizadas no mercado interno, a dinamização de diversas ações especiais, como o apoio à Capital do Vinho no Ribatejo e a outros eventos de referência nos dois destinos.

Já no que toca à qualificação dos recursos, continuou o trabalho de consolidação dos Caminhos de Santiago, com a estruturação do Caminho da Raia e a abertura da Via Atlântico. Foi igualmente prosseguida a linha de ação respeitante à valorização do Cycling, com o desenvolvimento de um novo portal temático e a realização de diversas ações de ativação. Igualmente no turismo de caminhadas e industrial se registou grande dinâmica, com várias atividades realizadas.

“Também no plano da gestão criámos valor para a organização”, afirmou José Santos, presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, ao referir-se ao resultado líquido do exercício, positivo em mais de quinhentos mil euros, e ainda à diminuição do passivo da instituição.

O responsável da região de turismo enfatizou ainda a taxa de execução da gerência, a qual foi de 81%, tendo disparado nos últimos cinco meses do ano.

“Não obstante as dificuldades que nos têm sido colocadas, como as cativações decretadas este ano às verbas de investimento do nosso orçamento, situação que não posso aceitar, continuamos firmes e empenhados no cumprimento da nossa missão e programa de ação”, finalizou o José Santos.

Recorde-se que o Alentejo foi a região do país que em 2023 mais cresceu na procura interna, no caso em 7,8%, enquanto a média nacional se quedou pelos 2,1%.

Foto: Depositphotos.com
Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

San Sebastián limita grupos de visitantes organizados ao centro da cidade

A Câmara Municipal de San Sebastián, através do Turismo de Donostia, decidiu que, a partir do dia 10 de abril, entra em vigor a medida que visa limitar para o máximo de 25 pessoas o número de participantes nas visitas guiadas no centro da cidade.

Publituris

A medida foi acordada com empresas de guias locais, que assumiram o compromisso de respeitar a referida limitação. Está também definido um limite horário para a prestação destes serviços de guia, entre as 8h00 e as 23h00.

O Turismo de San Sebastián coloca a qualidade de vida dos seus cidadãos no centro da sua estratégia. Por isso, foi a primeira cidade basca a regular a poluição sonora na atividade turística, proibindo há alguns meses a utilização de sistemas de sonorização, e publicou uma longa lista de recomendações para visitas guiadas, contemplando inclusive sanções em caso de incumprimento da portaria.

Esta lista incluiu ainda outras recomendações importantes como: utilização de sistemas de áudio individualizados; evitar a ocupação de locais públicos de passagem; evitar as áreas mais saturadas no verão e nos horários de pico; destacar o património, a cultura e a atratividade local da cidade e do território; ter conhecimento pelo menos das duas línguas oficiais (basco e espanhol) ou incentivar a visita à cidade de forma sustentável e responsável.

Em linha com o aumento do fluxo de visitantes, turistas e caminhantes de todo o mundo, o número de grupos de visitas guiadas em San Sebastián aumentou nos últimos anos. A presença destes grupos tem impacto, como explica a autarquia em comunicado, no quotidiano da cidade e dos seus habitantes, sobretudo nas zonas mais movimentadas, onde pode condicionar a convivência e a mobilidade. Por este motivo, a Câmara Municipal e o Turismo de Donostia pretendem limitar a presença dos grupos e promover uma situação que harmonize esta presença e atividade turística com a convivência com a população local.

Qualquer empresa de guias turísticos que queira realizar visitas guiadas nas vias públicas da cidade terá que preencher uma ‘Declaração Responsável’ que pode ser feita de forma simples online, através de um certificado digital, no qual o a empresa ou o guia compromete-se a cumprir uma série de condições para a realização da atividade, que inclui o compromisso de não guiar grupos superiores a 25 pessoas.

Ao realizar o procedimento de ‘Declaração Responsável’, a empresa de serviços guiados ou o guia obtém um documento com número de registo que deverá levar consigo, em formato físico ou digital, durante a realização da atividade guiada. Os agentes da guarda municipal poderão solicitar esta declaração de responsabilidade ao profissional que estiver a realizar a visita guiada e, caso não a possuam, poderão ser sancionados com multas que variam entre os 750 euros e os 1.500 euros.

Também em Barcelona há uma rejeição crescente ao turismo de massa. 61,5% dos seus habitantes acreditam que estão cada vez mais próximos do limite. Devido a esta situação, a cidade limitou o número máximo de turistas em grupos com guia a 20 pessoas.

Por sua vez, o presidente da Câmara de Sevilha colocou em cima da mesa a proposta de encerrar neste verão e cobrar entrada aos turistas na lendária Plaza de España, considerada um bem de interesse cultural.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

Docente da UC nomeada para o Urban Tourism Research Hall of Fame

A docente da Universidade de Coimbra (UC), Cláudia Seabra, foi nomeada para o Urban Tourism Research Hall of Fame pela investigação desenvolvida na área do turismo urbano.

Publituris

Esta distinção, segundo a UC, destaca o trabalho de investigação excecional que a investigadora tem vindo a desenvolver na área do turismo urbano. É atribuída pela International Tourism Studies Association (ITSA) e pelos editores do International Journal of Tourism Cities (IJTC).

A mesma fonte realça que os investigadores a quem é atribuída esta distinção são nomeados por um júri composto por membros da ITSA e do IJTC tendo por base o número de citações de artigos científicos e livros na Web of Science, Scopus e Google Scholar, o impacto das investigações e ainda o tempo de investigação nas suas áreas de atuação.

Cláudia Seabra, citada na página oficial da Universidade de Coimbra, acentua que um prémio destes “leva-nos a pensar que mais importante do que o que já fizemos, é o que ainda podemos e devemos fazer”, para sublinhar que “os desafios da indústria turística nos destinos urbanos são, de facto, muitos. Estes destinos são cada vez mais pressionados pela procura turística. Por isso, são muitas as problemáticas, especialmente no que toca à sustentabilidade social, cultural, económica e ambiental”.

A docente e investigadora refere ainda que “os crescentes riscos que estes territórios enfrentam são uma área complexa e premente que merece um grande investimento no seu estudo”.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

Turismo da ONU destaca a nova marca Mondego-Bussaco como inovadora e estratégica

O projeto Mondego-Bussaco foi destacado em newsletter do Turismo das Nações Unidas como uma das mais recentes e inovadoras estratégias de branding desenvolvidas, em Portugal.

Publituris

A publicação mensal dedicou um dos seus artigos à criação da marca, desenvolvida pelo IPDT e que congrega os municípios de Mealhada, Mortágua e Penacova, explicando a sua génese, os objetivos definidos e valores associados – união, qualidade, autenticidade e sustentabilidade.

A marca Mondego-Bussaco é apresentada como o resultado da combinação de esforços e sinergias entre os municípios de Mealhada, Mortágua e Penacova que procuram unir-se como um só destino turístico para “valorizar a oferta de forma integrada e sustentada”.

A Câmara Municipal da Mealhada avança na sua página oficial que, com base na estratégia de branding desenvolvida foi associado à marca um logotipo e posicionamento que, em conjunto, representam um convite a quem visita o destino. “Onde o tempo leva tempo” simboliza o ritmo lento da natureza envolvente do território e um convite a abrandar, viver a vida sem pressas e fazer o tempo bem vivido.

Filomena Pinheiro, vice-presidente da autarquia refere que trata-se de um sinal de reconhecimento da valia da estratégia desenvolvida e do alinhamento com os valores defendidos pela Turismo das Nações Unidas, reforçando que “saberemos levar a bom porto esta ambição e, em conjunto, de forma concertada e sustentada, vamos construir um destino atrativo e coeso com base na valorização da oferta existente no território”.

A autarca acredita, citada pela mesma nota, que as sinergias alavancadas pela marca serão geradoras de novas oportunidades para os diferentes agentes, nomeadamente para os operadores turísticos, que podem vender os seus produtos e ter novas oportunidade de mercado alicerçados no selo Mondego-Bussaco”.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

Gastos com viagens e férias somam 3,7 biliões de euros nos últimos cinco anos

Depois de em 2020 e 2021 os gastos em viagens e férias terem somado, acumulado, perto de 780 mil milhões de euros, os mais baixos de sempre, uma análise recente dá conta que nos últimos cinco anos, os gastos somaram quase 4 biliões de euros.

Victor Jorge

Antes da pandemia da COVID-19, o setor do turismo global tinha registado um crescimento quase ininterrupto durante décadas, com centenas de milhares de milhões de dólares gastos em hotéis, cruzeiros, alugueres de férias e pacotes de férias. Isso mudou em 2020 e 2021, os anos que trouxeram a maior queda de receitas que este mercado já tinha visto.

De acordo com o Statista Market Insights, entre 2018 e 2023, as pessoas em todo o mundo gastaram 3,95 biliões de dólares (cerca de 3,7 biliões de euros) em férias e viagens. Esse número é ainda mais interessante considerando que mais de 840 mil milhões de dólares (perto de 780 mil milhões de euros) foram gastos em 2020 e 2021, quando o mercado estava em baixa.

Em 2024, segundo dados publicados pela Stocklytics, com base em números da Statista, espera-se que as receitas globais das viagens e do turismo aumentem 8,3% e atinjam quase 930 mil milhões de dólares (cerca de 860 mil milhões de euros), o valor mais elevado da história do mercado, indicando os autores desta análise que “os valores acumulados dos últimos cinco anos são ainda mais impressionantes”.

Hotéis representam quase 50% dos gastos
As estatísticas mostram que os hotéis ganharam muito mais dinheiro do que qualquer outro segmento de mercado nos últimos cinco anos. Desde 2018, as pessoas em todo o mundo gastaram mais de 1,85 biliões de dólares (mais de 1,7 biliões de euros) em férias em hotéis, quase 45% mais do que em pacotes de férias e mais do que em campismo, cruzeiros e alugueres de férias combinados.

As férias organizadas foram classificadas como o segundo maior fluxo de receitas, com 1,28 biliões de dólares (perto de 1,2 biliões de euros) em despesas nestes últimos cinco anos. Como terceiro maior fluxo de receitas, o aluguer de férias registou apenas um terço desse valor, ou seja, 448 mil milhões de dólares (cerca de 415 mil milhões de euros) nos últimos cinco anos, seguindo-se o campismo e os cruzeiros, com 240 mil milhões de dólares e 113 mil milhões de dólares de receitas (222 mil milhões de euros e 105 mil milhões de euros), respetivamente.

Europeus mais gastadores
A análise da Statista também mostra que os europeus são de longe os que mais gastam em férias e viagens. Entre 2018 e 2023, os residentes do velho continente gastaram 1,2 biliões de dólares (mais de 1,1 biliões de euros) em férias e viagens, quase 40% mais do que os americanos e duas vezes mais do que os chineses.

Os americanos foram a única nação próxima dos europeus em termos de despesa total, com 917,7 mil milhões de dólares (perto dos 850 mil milhões de euros) gastos em férias e viagens desde 2018. A China, a segunda maior nação do mundo, está muito abaixo destes valores, mostrando as estatísticas que os chineses gastaram 666 mil milhões de dólares (cerca de 615 mil milhões de euros) em viagens e férias nos últimos cinco anos, quase 30% menos do que os americanos e quase duas vezes menos do que os europeus.

Foto: Depositphotos.com
Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2021 PUBLITURIS. Todos os direitos reservados.