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“Começar de novo é sempre um desperdício de recursos”

Pedro Costa Ferreira, presidente da Associação Portuguesas e Agências de Viagens e Turismo, fala da relação com a nova administração da TAP e ainda das mudanças no Turismo de Portugal. O responsável elogia o trabalho feito pela anterior administração do TdP no que diz respeito à promoção e diz não esperar grandes alterações nesta matéria, porque isso seria um desperdício de recursos.

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“Começar de novo é sempre um desperdício de recursos”

Pedro Costa Ferreira, presidente da Associação Portuguesas e Agências de Viagens e Turismo, fala da relação com a nova administração da TAP e ainda das mudanças no Turismo de Portugal. O responsável elogia o trabalho feito pela anterior administração do TdP no que diz respeito à promoção e diz não esperar grandes alterações nesta matéria, porque isso seria um desperdício de recursos.

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Pedro Costa Ferreira, presidente da Associação Portuguesas e Agências de Viagens e Turismo, fala da relação com a nova administração da TAP e ainda das mudanças no Turismo de Portugal. O responsável elogia o trabalho feito pela anterior administração do TdP no que diz respeito à promoção e diz não esperar grandes alterações nesta matéria, porque isso seria um desperdício de recursos.

Quais são as perspectivas para 2016 no que diz respeito à actividade de outgoing, incoming e corporate?
Considero que vamos ter uma consolidação dos factos de 2015, tanto quanto se pode prever num mundo tão inseguro e com previsões tão difíceis. É de esperar que o outgoing continue a recuperar. Os dados recolhidos pelo Capítulo dos Operadores Turísticos apontam para crescimentos perto dos 6/8%, com alguma consolidação nos destinos, eventualmente com uma dinamização nas Caraíbas, porque há mais aposta de charters para o destino, com a manutenção de uma liderança grande de Cabo Verde, no médio curso, com os Açores com um desempenho importante, também Madeira e Porto Santo, este último sobretudo no Verão, porque há também mais apostas dos operadores turísticos. Em suma, o que se espera é uma consolidação desta recuperação. Não se espera que o outgoing se porte pior, espera-se que se porte melhor. A confirmar-se, é o terceiro ano consecutivo e, portanto, do ponto de vista da confiança das empresas, espera-se boas notícias.
A nível de incoming, temos mais razões para estarmos confiantes, porque os resultados do incoming seguem os do país enquanto destino turístico. Se não houver nenhuma causa mais improvável, o país vai manter o crescimento, logo as agências de incoming também vão crescer.
Do ponto de vista do corporate, mais do que os desafios, o que devemos pensar é quais são as consequências da permanência desses desafios. Temos um grande embate no corporate relacionado com Angola e isso não se vai aligeirar ao longo de 2016. Esse embate é suficientemente grande para nos preocupar a todos, do ponto de vista do volume de negócios, da dinamização da actividade e até do ponto de vista de alguns investimentos que vários players portugueses fizeram no mercado angolano. Por outro lado, do ponto de vista das empresas clientes, continua a não se ver qualquer tipo de recuperação nos prazos médios de recebimento e continua a não se perspectivar que isso aconteça. Por outro lado, os pagamentos à IATA estão a 18,5 dias de prazo médio de pagamento e, portanto, estamos num novo ambiente de pagamentos à IATA e, com isso, permanecem problemas por resolver nas agências de viagens quanto à sua consistência financeira.
Considero que isto é um pouco o espelho do Turismo como um todo. Estamos muito diferentes, está melhor o sector, do que as suas empresas. É natural, o sector atravessou uma crise e, quando isso acontece, as empresas fragilizam-se e precisam de tempo para se recuperarem.

Existem vários factores, sejam eles internos ou externos, que influenciam a actividade turística. O que pode impactar a actividade este ano do ponto de vista externo?
O mundo está mais inseguro, tem havido uma evolução para uma maior insegurança a vários níveis, o que pode originar duas reacções: em primeiro lugar, a insegurança não é algo que seja bom, seja a insegurança física ou as ameaças de epidemias de vírus. Estes factores podem impactar negativamente o Turismo, não apenas porque outros mercados emissores podem olhar para destinos que nos são mais tradicionais, mas também porque podem inibir inclusivamente a população portuguesa de sair mais. Não é isso que se espera para 2016. O vírus Zica não teve consequências nas reservas dos turistas portugueses. Por outro lado, porque o mundo é cada vez mais inseguro, as pessoas vão aprendendo a viver com a insegurança e, portanto, também admito que possa haver uma espécie de aprendizagem com estes novos ambientes. Há algo que tem sido consolidado ao longo dos anos, viajar é um direito da população, está incorporado no plano de gastos da população e até agora nada tem impedido que esse plano seja executado. Não espero que seja este ano. No ano passado, tivemos vários casos no Capítulo dos Operadores com as crises nos destinos. Quando acontece, temos de gerir a crise e dialogar, sobretudo, se se tratar de destinos para os quais os operadores têm operações. Desse ponto de vista, há uma nova maneira de estar e olhar para estas questões. Mas este novo ambiente não tem impedido as pessoas de viajar.

 

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E quanto aos factores internos? Os portugueses vão ter mais dinheiro para viajar?
Os factores internos muitas vezes não dependem do dinheiro, mas da confiança. A verdade é que a grande perda de consumo, durante crise, não foi tanto devido à falta de dinheiro, porque não afectou algumas famílias que deixaram de viajar. Tem a ver com confiança e com a forma como olhamos o futuro. Desse ponto de vista, a insegurança política que se sentiu antes da tomada de posse do Governo e a dificuldade de perceber o que iria acontecer, teve alguns estragos no consumo no fim-do-ano. A insegurança política, se acontecer, pode impactar negativamente a actividade.

No caso dos operadores turísticos, assistimos a uma grande oferta colocada no mercado este ano. Corre-se o risco de algumas destas operações não existirem?
Nos últimos anos tem havido equilíbrio e não excesso de oferta e o que mais ilustra esse facto é não termos o ‘last minute’ muito agressivo e, por outro lado, termos voltado a ter ofertas e compras antecipadas. Quando o turista compra antecipadamente, está a pensar que, no momento da partida, pode não ter lugares ou que não vai ter lugares àquele preço. Portanto, quando há percepção de excesso de oferta, o turista retrai-se na compra antecipada para aproveitar o ‘last minute’. Não tem acontecido. Considero que, ainda não há sinal de excesso de oferta, há um reforço evidente nas Caraíbas, mas não creio que haja reforço visível em mais lado nenhum, há algumas novas operações. Há um reforço em Porto Santo que me parece que está absolutamente absorvido pela procura que se espera. Em suma, não esperaria desequilíbrio grande entre oferta e procura. Percebo que há um aumento da oferta, é um facto, mas como esperamos crescimento da procura, não creio que o crescimento da oferta possa provocar um desequilíbrio muito grande. Por outro lado, a verdade é que a oferta inicial de charters não é a oferta final de charters, há um ajuste antes das operações iniciarem. Desse ponto de vista, ainda há muito tempo para as expectativas se encontrarem entre aquilo que os operadores planeiam fazer e aquilo que esperam da sua procura e, portanto, se houver algum erro à partida, ainda há tempo para corrigir.

TAP
Esta nova situação da TAP, em que o Governo recupera a posição maioritária da companhia, vai trazer alguma instabilidade à companhia?
Nunca fizemos declarações políticas relativamente à detenção do capital da TAP, dissemos, antes da privatização, que a TAP tinha dois problemas para resolver que punham em causa a sua continuação: flexibilidade de gestão e dotação de capital necessário para evoluir e crescer. A operação de privatização à priori, apesar de ser uma operação de risco, porque a entrega de uma empresa a um privado é sempre um risco, foi uma operação que permitiu resolver esses problemas. A grande verdade é que aparentemente a capacidade de dotar a TAP com capital foi ultrapassada e a prova disso é que todos nós, jornalistas incluídos, pela primeira vez, em dez anos, ouvimos falar da TAP por causa da sua estratégia, por causa das suas opções comerciais e não pelas suas dificuldades ou da sua impossibilidade de crescer. Desse ponto de vista, algumas dessas opções são muito bem-vindas, nomeadamente, o tráfego da América do Norte. Agora fala-se de uma reversão, cujos alicerces ainda não são conhecidos e, como não conhecemos e não fazemos comentários de índole política, diria o seguinte: se esta reversão não colocar em causa a dotação de capital que a TAP necessita para crescer, nem a flexibilidade de gestão para assumir uma estratégia de crescimento, não vem mal ao mundo. Mas, se colocar em causa, penso que teremos problemas no futuro. Quanto à questão do Porto, considero que temos de dividir o que é a análise técnica do que é a reacção política. Ambas são razoáveis, nas suas esferas. Nós debatemos análise técnica. A grande verdade é que não é fácil a uma companhia aérea dita tradicional estar num aeroporto com duas low cost ao lado e a poucos quilómetros do principal hub. Portanto, do ponto de vista da gestão técnica, creio que é razoável o que a TAP está a fazer. Do ponto de vista da gestão política, penso que é muito razoável a reacção que o Norte está a ter. Ambas têm lugar nas esferas onde se desenvolvem e não são contraditórias.

E para o sector turístico?
Desde que a reversão não ponha em causa aquilo que parecia estar resolvido, não é um problema. O que o sector turístico quer é que a TAP se desenvolva e tenha uma estratégia. Do ponto de vista do aeroporto do Porto e do negócio, creio que o aeroporto da Porto é muito menos dependente da TAP do que se pensa e, portanto, tem outras potencialidades. Não é necessário estarmos à procura da resolução dos problemas agarrados apenas a uma via de saída. A prova que há várias soluções é que já houve reacções de companhias aéreas. Será, por ventura, mais fácil a companhias aéreas preencherem essas rotas do que a TAP com um hub a 300 quilómetros de distância e com tanta e tão feroz concorrência.

 

Daquilo que se já conhece, nomeadamente a aposta nos EUA. São boas notícias?
Parecem-me boas notícias que podem ter tão boas consequências como teve a operação no Brasil. O mercado norte-americano já foi um dos principais mercados emissores para Portugal e tem todas as potencialidades para voltar a ser. É um bom mercado, com um bom gasto médio. Penso que há uma série de valências em Portugal que se podem adaptar à procura norte-americana. Portanto, vejo com muito optimismo e com muita ambição e penso que, neste quadro de desenvolvimento, há um papel muito importante a desenvolver pelas agências de viagens, que espero que possa ser aproveitado por elas também.

Uma gestão privada pode supor uma relação mais agressiva com os operadores e com as agências? Como é que está a relação da companhia com as agências e também com os operadores?
É possível e não é um drama. A relação entre a indústria aérea e a distribuição é uma relação tensa e com desenvolvimentos recentes, que são difíceis de gerir e que exigem trabalho. Por exemplo, os prazos de pagamento mais curtos através da IATA. Pergunto-lhe qual é o sector económico que conhece em Portugal que paga a 30 dias sem mácula? Não há nenhum. Ou melhor, havia um. Era o sector das agências de viagens, pagava a 30 dias sem mácula, depois passou a pagar a 22,5 dias sem mácula, e agora paga a 18,5 sem mácula. Só este facto indicia que houve, pelo menos, muita falta de diálogo e nalgumas áreas pode ser interpretado, pelo menos alguns interpretam, como abuso de posição dominante. Depois temos uma nova forma de acreditação na IATA, o GEN ISS, onde esta desconformidade entre os riscos que existem na relação e as responsabilidades que são exigidas às agências de viagens vai ainda aumentar mais. Depois, temos a questão do NDC, onde já temos uma certeza e algumas dúvidas desagradáveis. A certeza é que vai haver fragmentação do produto, o que vai prejudicar a comparação, nomeadamente entre produtos, mas não é tudo mau, porque é, por exemplo, uma oportunidade para as agências de viagens e para o seu trabalho. Agora há uma dúvida que paira no mercado inteiro que é: o que está nos sites das companhias aéreas vai estar nos GDS? Se estiver, não vem mal ao mundo, se não tiver, é contra a liberdade de escolha e, portanto, não é uma coisa boa. Finalmente, para completar o leque, esta nova taxa da Lufthansa, aí sim, claramente, temos para o mesmo acto de reserva, condições mais benéficas no site da companhia, e tem condições mais adversas nos GDS. Aí sim, é contra a liberdade de escolha e há processos a decorrer na Comunidade Europeia, que se espera que chegue a bom termo relativamente a estes tópicos. Em suma, a relação global é tensa entre a indústria aérea e a distribuição, não é de agora e não é de Portugal. Neste quadro, a relação entre a APAVT e a TAP, não podendo ser uma relação em que estamos sempre de acordo, pelos factos que acabei de descrever, é uma relação que tem seguido um sentido construtivo e, quatro anos depois de exercer a presidência da APAVT, sabendo que há quem discorde desta posição, estou ainda mais convencido que este é o futuro do diálogo, tem de ser com sentido construtivo. Temos de ter uma responsabilidade quase diplomática, o que quer que esteja a acontecer, contra quem quer que esteja a acontecer, temos que tentar defender sempre os interesses, e quando se perde o equilíbrio na relação, nunca se defende melhor os interesses. Respondendo à sua pergunta inicial, não esperamos que as alterações de capital na TAP provoquem alterações neste relacionamento, volto a dizer é um relacionamento tenso, com dificuldades, nem sempre chegaremos a acordo, mas se ambos mantivermos o sentido construtivo, pelo menos chegaremos ao melhor acordo possível entre as partes face aos interesses próprios.

“Como consideramos que a directiva significa pior ambiente para os agentes de viagens, pretendemos que ela seja transposta o mais tarde possível, tal como a maioria dos países europeus”

 

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No ano passado, iniciou-se o pagamento semanal do BSP à IATA. Qual é o balanço que faz?
Não há ‘default. As agências de viagens, uma vez mais, conseguiram adaptar-se e vencer mais este desafio. Mas conseguiram adaptar-se, porque lhes foi dado cerca de dois anos de período de carência entre a decisão e o modo como foi implementada, e aí foi consequência de um diálogo entre as partes. Portanto, há cumprimento, mas não me pergunte se é mais fácil agora, é exactamente uma das fragilidades do corporate, esta necessidade de pagar mais cedo, quando temos a consciência que os clientes não estão a pagar mais cedo e provavelmente estão a pagar até um pouco mais tarde.

Como está a relação dos operadores turísticos com as agências de viagens?
Há uma tradição para focar muito esta relação apenas na comissão. É um assunto que para mim está ultrapassado. Está ultrapassado no sentido que não vale a pena falar em redistribuição da riqueza se ela não aumentar. Isto é, se não foram criadas mais-valias na operação, se a operação não for mais rentável, não vale a pena estar-se a pedir mais dinheiro uns aos outros, porque ele não existe. Considero que é mais importante focarmo-nos na qualidade, na idoneidade, na competência e na solidez da operação. O mais importante para as agências é que, quando uma operação charter é colocada no mercado, ela corra bem sem problemas, mesmo que haja uma avaria técnica, ou seja, que haja capacidade por parte do operador para tratar bem o cliente que lhe é entregue pelo agente de viagens, do que propriamente a questão da comissão. Com toda a honestidade, sabendo que estou a ferir algumas consciências, às questões muito centradas nas comissões, nos tempos de hoje, na indústria da distribuição estão completamente ultrapassadas.

Relação com a tutela
A transposição da nova directiva europeia das viagens para Portugal é um dos dossiers chave para a APAVT nos próximos tempos. Já tiveram oportunidade de falar com esta nova tutela do Turismo sobre este tema. O que é que se segue?
Em primeiro lugar, as relações entre a APAVT e a tutela têm uma tradição de serem relações próximas e leais. Desse ponto de vista, é o que esperamos e não há o menor indício que não vá continuar a ser assim. Relativamente à transposição da nova directiva, o que temos, em primeiro lugar, é um novo quadro de mais responsabilidades para o agente de viagens e para os operadores turísticos e, portanto, mais riscos para a actividade. Perante isto, temos de debater estas responsabilidades e riscos com os players do mercado, por um lado, e construir respostas técnicas que permitam viver com essas responsabilidades e riscos, nomeadamente, seguros que possam responder a esses novos riscos. Para haver este debate e para haver a construção dos instrumentos técnicos, tem que haver tempo. Portanto, a primeira coisa que explicámos no diálogo com a tutela foi exactamente isto: temos de fazer um trabalho conjunto e precisamos de tempo, para que, daqui a alguns meses, apresentarmos uma proposta de transposição à tutela. A previsão é apresentarmos uma proposta até Setembro deste ano. Isso ficou salvaguardo. Temos um plano que esperamos concluir até Junho de 2018, porque este é o último momento, por lei, em que a directiva tem de ser transposta. Como consideramos que a directiva significa pior ambiente para os agentes de viagens, pretendemos que ela seja transposta o mais tarde possível, tal como a maioria dos países europeus.

Em termos de fiscalidade, o IVA dos eventos é também uma prioridade para a APAVT?
Este dossier é tão importante como a transposição directiva para o sector de Incoming. Temos duas desigualdades fiscais para o nosso incoming. Temos uma desigualdade fiscal interna na organização de congressos. Ou seja, se for uma agência a organizar, temos um enquadramento do IVA, e se for um organizador de eventos, temos outro enquadramento. É algo que urge unificar. Não é razoável que a mesma acção, no mesmo ambiente, tenha efeitos fiscais diferentes, só pela natureza do agente. Por outro lado, temos uma desigualdade fiscal mais recente e provavelmente mais grave, nomeadamente, com Espanha que fez uma interpretação da lei que permite aos espanhóis serem 23% mais competitivos. Já transmitimos estas questões à tutela, penso que o governo estará a construir um pacote fiscal para o sector no próximo ano e, em princípio, pelo menos é a promessa, vai incluir essas preocupações na construção desse pacote.


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Tivemos recentemente mudanças na administração do Turismo de Portugal. É expectável que mais mudanças ocorram decorrentes da alteração de governo e, se sim, qual é a sua leitura?
Não comento pessoas, comento políticas. Mas deixo duas notas: O João Cotrim de Figueiredo fez um trabalho que consideramos muito positivo no sector, construiu uma boa relação com a APAVT e com o sector. Pensou bem, penso que evoluímos em muitos aspectos com a sua liderança. Segunda nota: o Luís Araújo é bem-vindo, é uma pessoa conhecida no sector, com a qual não temos trabalho conjunto, porque nunca estivemos em circunstâncias de trabalhar em conjunto. É naturalmente bem-vindo e manifestamos a intenção de fazer um trabalho tão próximo quanto o que fizemos com o anterior presidente.
Quanto às políticas, o que sempre defendemos, em qualquer esfera política que estivesse no Governo, é que não se derramasse sobre o mercado as instabilidades políticas. O Turismo de Portugal é um departamento técnico e se alguma coisa o ex-secretário de Estado deixou ao sector foi a noção de que ele pode ser um departamento técnico. Considero que isso devia ser aproveitado, nomeadamente do ponto de vista da promoção. Não quero confundir o Turismo de Portugal com promoção, o Turismo de Portugal tem muitas outras valências. Mas do ponto de vista da promoção, parece indesmentível que a promoção foi realizada em boa direcção, em direcção à opinião dos outros, em lugar do auto elogio, em direcção ao digital e a um maior apoio na distribuição na venda, com a particularidade que, na altura, estas mudanças que foram introduzidas tiveram a oposição de várias franjas do mercado. Ou seja, foram tomados efectivos riscos de decisão do Turismo de Portugal e, actualmente, a ideia com que fico é que se acertou. Mas esta não é a ideia só da APAVT, em todas as conferências e forums, a ideia generalizada é que o trabalho do Turismo de Portugal, do ponto de vista da promoção, é um trabalho próximo do notável. Obviamente que, desse ponto de vista da política, não gostaria que começássemos de novo. É sempre um desperdício de recursos quando isso acontece, não espero que aconteça, nem considero que haja uma razão para esperarmos que aconteça face a essas novas alterações.

Acções APAVT
No ano passado, a APAVT trouxe para Portugal a organização do Congresso da Associação dos Agentes de Viagens Alemães. Este ano poderá já sentir-se o impacto desse evento?
Foi um evento marcante a vários níveis, mas destaco dois: fica na história da APAVT, porque é a primeira vez que organiza um congresso desta natureza; e fica na história da associação alemã, porque foi a primeira vez que uma associação privada acolheu o congresso da DRV. Quanto ao impacto, temos todas as razões para esperar um impacto positivo. Qual foi o raciocínio da vinda deste congresso para Portugal? O mercado emissor alemão é um dos mais importantes mercados emissores europeus, mundiais e para Portugal. A nossa quota de mercado é de cerca de 1%, o que é absolutamente ridícula. Quem lidera a venda de viagens e de pacotes turísticos no mercado alemão são os agentes de viagens com cerca de 85% da quota de venda, algo absolutamente extraordinário. Portanto, vamos organizar o congresso de quem dirige as compras de um dos maiores mercados emissores mundiais, no qual ainda temos uma quota muito pequena. Tudo soa bem e podemos esperar crescer. Agora, isto funciona como a promoção, isto é, podemos ficar iguais, crescer ou decrescer e nunca poderemos vincular directamente qualquer um dos resultados a este evento. É expectável que haja crescimento e, concretamente, a resposta dos agentes alemães foi muito positiva. Ficámos na história como um dos melhores congressos organizados e seremos consultores da próxima organização, que é turca. A organização assistiu ao nosso congresso e pediu-nos para darmos algumas ideias.

O que é que a APAVT vai fazer este ano, além do marco anual da associação que é o congresso em Dezembro?
Terminamos todos os anos com um marco que é o congresso, de facto. Voltará a ser o congresso do Turismo e voltará a realizar-se em Portugal, em Aveiro, o que sublinha a boa relação que a APAVT tem com todos os organismos, nomeadamente as ERT’s, mas, especificamente com a Região do Centro, as relações são de grande efectividade. Há uma outra bandeira que é a nossa presença na BTL. Temos o principal stand privado na feira, algo que está relacionado com a necessidade de optimizar as oportunidades dos agentes de viagens, sobretudo dos mais pequenos, dando uma noção de escala que não teriam acesso por si. A BTL é um marco da associação, a presença na ABAV é outro e o terceiro é a formação. No meio disto, existem os Capítulos da APAVT, onde se tenta dinamizar a resposta dos agentes de viagens criando agendas comuns subsectoriais, é o caso do Capítulo dos Operadores, que tem funcionado muito bem e atingido vários objectivos, nomeadamente, no diálogo com os destinos turísticos. Por exemplo, o actual trabalho que está a ser feito com a Madeira iniciou-se com o diálogo do Capítulo dos Operados com a região e termina no projecto “Destino Preferido”. Mas também no capítulo do Incoming e dos DMC’s há agendas próprias, como a fiscalidade.

Nestes quatro anos de mandato, conseguiram reforçar o número de associados na APAVT?
Estamos na Confederação Europeia e, portanto, temos, neste momento, uma noção muito alargada do que é a vivência associativa, sobretudo, na Europa e nos EUA. A grande verdade é que, à excepção de alguns mercados onde o associativismo é obrigatório, a APAVT, comparativamente com outras associações, está no topo. Isto é, a nossa representatividade relativamente ao sector, nomeadamente volume de negócios e número de agências, está no percentil superior do ponto de vista da relação das várias associações europeias com os respectivos sectores. Agora não nos vamos iludir, quer na APAVT, quer na Europa, quer nas outras associações fora do sector, as crises criam dificuldades e essas dificuldades muitas vezes geram afastamentos. O que posso dizer é que, durante os meus quatro anos de mandato fomos estancando a perda de representatividade, sobretudo, ao nível do número de agências. Ao nível do número de volume de negócios não sentimos qualquer quebra e a melhor novidade é que em 2015, pela primeira vez, se calhar na última década, tivemos um aumento do número de associados, um aumento ténue, mas um aumento, decorrente de algumas medidas que tomámos para os chamar, nomeadamente tínhamos uma joia de entrada que já não era destes tempos. Hoje temos mais agências de viagens do que tínhamos há um ano. Por outro lado, ao nível, por exemplo, do nosso congresso, há muito tempo que não tínhamos tantas agências de viagens como tivemos em 2015, desde João Pombo. ¶

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Vila Galé Cumbuco | Créditos: Vila Galé

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Vila Galé transmite pela primeira vez a sua convenção anual ao público externo

A convenção deste ano, que já marca a sua 12ª edição, terá lugar nos hotéis Vila Galé Cumbuco e Vila Galé Fortaleza, no Ceará. A programação divide-se em dois dias e é esperada a participação de 4.700 colaboradores de Portugal, Brasil, Cuba e Espanha.

A 12ª Convenção Anual da Vila Galé decorre entre esta quinta e sexta-feira, de 18 a 19 de abril, no Ceará, Brasil. Além da participação de 4.700 colaboradores de Portugal, Brasil, Cuba e Espanha, a convenção será aberta pela primeira vez ao público externo, que poderá assistir online a várias sessões através do canal da Vila Galé no Youtube.

Na quinta-feira, 18 de abril, terá lugar a abertura oficial, às 18h00, com apresentação artística da equipa de animação e apresentação do diretor de operações do Brasil, José António Bastos. Segue-se uma mesa-redonda às 19h40, dedicada à “Promoção dos novos destinos Vila Galé”, com convidados externos.

Já na sexta-feira, 19 de abril, às 21h00, serão feitas apresentações da área de infraestrutura e animação, com encerramento a cargo do fundador e presidente da rede, Jorge Rebelo de Almeida.

Em nota de imprensa, o grupo explica que a primeira convenção foi realizada em 2013 com o objetivo de promover a comunicação entre as direções, departamentos centrais, administração e outras áreas. Esta é a primeira vez que o evento tem lugar no Brasil, dividindo-se entre os hotéis Vila Galé Cumbuco e Vila Galé Fortaleza.

“A convenção anual é um momento importante na Vila Galé, em que fazemos balanços, definimos estratégias e pensamos de forma inovadora. Estamos muito animados com esta primeira edição no Brasil e temos a certeza de que será uma troca profissional muito importante. Toda a equipa está a dedicar-se muito para ser um evento inesquecível”, afirma o presidente e fundador do grupo, Jorge Rebelo de Almeida.

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Soltour disponibiliza preços especiais em alojamento para o verão

O Bedbank da Soltour powered by WebBeds disponibiliza mais de 430.000 hotéis em mais de 16.000 destinos. Entre os destinos incluídos na oferta, a Soltour destaca Roma, Londres, Paris e Berlim.

A Soltour, operador turístico independente no segmento de sol e praia em Portugal e Espanha, está a oferecer alojamento em hotéis de três e quatro estrelas a preços especiais, através do Bedbank da Soltour powered by WebBeds. Desta forma, disponibiliza mais de 430.000 hotéis em mais de 16.000 destinos espalhados pelo mundo inteiro.

“Esta nova promoção é mais um passo no nosso esforço para oferecer às agências de viagens soluções, neste caso que proporcionem a opção ‘Hotel Only’ a preços com condições únicas, que lhes permite oferecer aos viajantes experiências em cidades de diferentes partes do mundo, sem terem de se preocupar com excessos orçamentais”, explica Luís Santos, diretor comercial da Soltour para Portugal e Espanha.

Entre os destinos incluídos na oferta, a Soltour destaca Roma, por 67 euros; Londres, disponível a partir de 91 euros; Paris, a partir de 88 euros e Berlim, desde 71 euros. As reservas para esta oferta limitada estarão disponíveis até quinta-feira, 18 de abril, para viagens durante o verão.

Além desta campanha, de 18 a 25 de abril, a Soltour oferece preços especiais para a Grécia e para o Chipre, sendo que para reservas de última hora neste mês de abril, e para o fim-de-semana prolongado de maio, a Soltour disponibiliza preços especiais em todos os destinos do seu catálogo.

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GuestReady registou mais de 16 mil reservas no primeiro trimestre de 2024

O número de reservas registado no primeiro trimestre de 2024 representa um aumento de 18% face ao período homólogo, sendo que neste período o maior número de reservas em Portugal foi feito por portugueses, franceses e espanhóis.

A GuestReady, empresa que atua no setor do Alojamento Local em Portugal e na Europa, fechou o primeiro trimestre deste ano com mais de 16 mil reservas em Portugal, nas cerca de 1.300 unidades de alojamento que tem sob gestão no país.

Em nota de imprensa, a GuestReady dá conta de que este valor “representa um crescimento de 18% face ao número de reservas registadas em igual período do ano passado”, com as reservas a mostrarem também uma tendência para serem mais longas, numa duração média de 4,7 dias.

A empresa refere que o preço por noite aumentou ligeiramente no Porto, “apesar de ser superado pelos valores ainda praticados em Lisboa, cidade que também recebe turistas com maior poder de compra e mais estadias de média duração, incluindo de nómadas digitais”.

A taxa média de ocupação nacional manteve-se em cerca de 67% no primeiro trimestre, com as regiões do Porto e de Lisboa a registarem as taxas médias de ocupação mais elevadas, próximas dos 80%.

No que respeita ao primeiro trimestre de 2024, a GuestReady afirma que a Páscoa foi o período com maior procura por Alojamento Local, impulsionando a taxa média de ocupação no país para os 75% no mês de março.

“Temos assistido a um crescimento da procura com a aproximação do bom tempo e, já no final de março, com o período da Páscoa, assistimos a um fim-de-semana de forte interesse, especialmente por parte de espanhóis, que correspondem a mais de 40% dos hóspedes recebidos nesta época,” explica Rui Silva, diretor-geral da GuestReady em Portugal.

Das mais de 16 mil reservas de Alojamento Local registadas no primeiro trimestre deste ano, os mercados que fizeram mais reservas no país fora, os portugueses (17%), franceses (16%) e espanhóis (16%). No entanto, Rui Silva salienta que, apesar dos bons resultados, foi notório um abrandamento não só da procura, mas também da subida dos preços quando comparado com o fim-de-semana da Páscoa de 2023.

“Os resultados destes meses foram positivos, mas a evolução de preços e a ocupação não foram iguais aos anos anteriores. Podemos atribuir isto à redução do poder de compra em toda a zona euro devido à elevada inflação, sendo os europeus os que mais viajam para Portugal, mas estamos bastante otimistas para os próximos meses, sobretudo na época do verão”, termina.

Fundada em 2016, a GuestReady é uma empresa que opera em tecnologia imobiliária centrada na gestão de arrendamentos a curto e médio prazo. Está atualmente ativa em sete países e várias cidades, incluindo destinos turísticos como Paris, Londres, Lisboa, Madrid e Dubai.

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Go4Travel elege novo Conselho de Administração

A Go4Travel realizou esta terça-feira, 16 de abril, a assembleia-geral para a eleição do seu Conselho de Administração, que teve lugar nas instalações da empresa, em Lisboa.

Agora, o novo Conselho de Administração, composto por nove elementos, passa a exercer funções durante o triénio 2024-2026, ficando responsável pela representação das agências acionistas da Go4Travel, delineando e executando a estratégia de desenvolvimento da empresa.

“Assumimos, com um enorme sentido de dever e responsabilidade, a missão de representar os acionistas da Go4Travel nos próximos três anos e contribuir para o crescimento contínuo da empresa. Queremos manter uma relação de proximidade, confiança e transparência com os acionistas, envolvendo as agências Go4Travel e os nossos parceiros numa estratégia centrada na inovação, no desenvolvimento tecnológico e na valorização do nosso maior ativo: as pessoas”, refere João Matias, presidente do Conselho de Administração da Go4Travel.

Desta forma, além de João Matias ter sido eleito presidente do Conselho de Administração, a lista ficou completa com os vogais Joana Godinho de Matos, sócio-gerente da Wide Travel & Events; João Moreira Pinto, sócio-gerente d’A Tropical-Agência de Viagens e Turismo, Lda.; Tiago Madureira Rodrigues, sócio-gerente da WTS-World Travel Services, Lda.; Ricardo Mateus Ferreira, sócio-gerente do grupo Osíris; Miguel van Zeller de Moser, Managing Director da Vega – Agência de Viagens e António Lourenço Moreno, administrador da Club Tour Porto e Club Tour Lisboa.

Foram ainda eleitos como vogais suplentes Tiago Gomes, diretor operacional da Lusanova, Excursões e Turismo, Lda.; António Alves, gerente de Saftur – Viagens e Turismo Lda.

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Meeting Industry

Marina de Vilamoura International Boat Show apresenta 27ª edição na Nauticampo

Para o evento é esperada a presença de mais de 50 marcas das várias áreas do setor e cerca de 80 mil visitantes.

A 27ª edição do Marina de Vilamoura International Boat Show vai ser apresentada durante a Nauticampo – Salão Internacional de Navegação de Recreio, Desporto Aventura, Caravanismo e Piscinas, que este ano decorre entre 17 e 21 de abril na FIL – Feira Internacional de Lisboa.

O Marina de Vilamoura International Boat Show surge da organização conjunta da Marina de Vilamoura e da FIL – Feira Internacional de Lisboa, constituindo-se como um “ponto de encontro dos principais players da indústria náutica”, como referido em nota de imprensa. Desta forma, o evento constitui “uma oportunidade para dar a conhecer os principais lançamentos e novidades do setor, permitindo experienciar e testar os equipamentos”.

Integrada nas comemorações dos 50 anos da Marina de Vilamoura, a 27ª edição do International Boat Show reúne todas as tipologias de barcos, novos e seminovos (brokerage), num total de mais de uma centena de embarcações. Junta também fabricantes, representantes de marcas de acessórios, equipamentos e serviços integrados.

À semelhança dos anos anteriores, é esperada a presença de mais de 50 marcas das várias áreas do setor e cerca de 80 mil visitantes.

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Destinos

Real Madrid World abre portas no Dubai

O parque temático inserido no Dubai Parks™ and Resorts conta com mais de 40 experiências e atrações, entre elas a primeira montanha-russa de madeira da região e a montanha-russa mais alta do mundo.

O Real Madrid World abriu portas no Dubai a 9 de abril, naquele que é o primeiro parque temático dedicado ao clube madrileno.

Instalado no Dubai Parks™ and Resorts, o novo parque celebra o futebol e o basquetebol do Real Madrid, com mais de 40 experiências e atrações. Aqui é possível visitar os balneários dos jogadores do Real Madrid e explorar o santuário que guarda os troféus vencedores do clube, além de várias atrações e espetáculos de entretenimento.

Este parque temático inclui também a primeira montanha-russa de madeira da região, a “Hala Madrid Coaster”, que encapsula as emoções da jornada do Real Madrid com as Taças Europeias. De destacar também a Stars Flyer, que com 460 pés de altura, é considerada “a montanha-russa mais alta do mundo”, como referido em nota de imprensa.

Os adeptos podem ainda explorar uma coleção de produtos oficiais e de merchandising do clube no Real Madrid World, onde são convidados a personalizar as camisolas do clube e outros objetos colecionáveis.

Composto por três zonas principais – Avenida dos Campeões, Praça da Celebração e Avenida das Estrelas – o Real Madrid World está aberto de domingo a quinta-feira, das 12h00 às 21h00. De sexta-feira a sábado, o parque abre às 12h00 e encerra às 22h00.

As atrações do Real Madrid World

As 40 atrações do parque incluem a White Hearts, uma exposição que celebra o passado, presente e futuro do clube, bem como a Bernabéu Experience, uma “interpretação teatral que oferece aos adeptos acesso exclusivo ao balneário, ao centro do campo e a um santuário que guarda as 14 Taças Europeias de futebol e as 11 Taças Europeias de basquetebol”.

A pensar nas famílias, o parque conta com a montanha-russa familiar Wave – La Ola e com o Campo de Treino La Fábrica, constituído por um parque infantil para visitantes de todas as idades, com bolas de futebol e equipamento de treino miniatura para as crianças praticarem a modalidade.

O Real Madrid World conta ainda com a atração “Mãos ao Alto!”, uma torre que convida os hóspedes a erguer a Taça da Vitória junto com a equipa.

Créditos: Real Madrid World

O parque disponibiliza também campos de treino e programas de futebol, onde os hóspedes com idade igual ou superior a seis anos são convidados a participar numa experiência que combina aprendizagem, trabalho de equipa e diversão, começando com uma sessão de aquecimento, seguida pela aprendizagem de alguns truques básicos, terminando com a participação num pequeno jogo baseado em equipas para mostrar as suas habilidades.

Além de espaços de alimentação, como o Hala Madrid Restaurant, o Real Madrid World oferece ainda mais de 15 conjuntos diários de espetáculos.

O passe diário para visitar o Real Madrid World está disponível online ou na entrada por 295 dirhams (AED), ou seja, cerca de 75 euros.

Leia também: Turismo do Dubai aposta no crescimento do mercado português

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Alojamento

Mercan adquire o Hotel Califórnia Urban Beach em Albufeira

O grupo hoteleiro investiu mais de 13 milhões de euros nesta unidade hoteleira, num valor onde já estão incluídas as obras de reabilitação do edifício. Sob gestão da AHM – Ace Hospitality Management, o Hotel Califórnia Urban Beach conta com 31 postos de trabalho.

O grupo Mercan adquiriu o Hotel Califórnia Urban Beach, localizado na Praia dos Pescadores, em Albufeira, atribuindo a sua gestão à AHM – Ace Hospitality Management, empresa pertencente ao mesmo grupo.

O Hotel Califórnia Urban Beach já está a operar sob a gestão da AHM desde o início de abril, sendo que a aquisição da unidade hoteleira foi concretizada pelo grupo Mercan no final de dezembro de 2023. Em nota de imprensa o grupo explica que, apesar da data de aquisição, “só agora, com a conclusão do período de transição, o hotel da Praia dos Pescadores passa a ser oficialmente gerido pela Mercan”.

O grupo investiu mais de 13 milhões de euros nesta unidade hoteleira, num valor que inclui as obras de requalificação do edifício. Para este hotel, que inclui piscina exterior com vista para a cidade de Albufeira, além de um spa com piscina interior aquecida, circuito de águas e serviço de massagens e tratamentos de beleza, o grupo Mercan afirma ter criado 31 postos de trabalho.

Em comunicado, o grupo refere que este investimento “reforça a confiança do grupo no potencial hoteleiro da região do Algarve”, onde já detém em desenvolvimento o Hotel Indigo Faro Ribeirinha; o Lagos Marina Hotel, Curio Collection by Hilton; o Hilton Garden Inn Lagos; o Marriott Lagos e o Hard Rock Hotel Algarve, localizado em Portimão, cuja abertura está prevista para 2026.

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Turismo

Francisco Calheiros: “Cá estaremos para dar voz a todos os ramos do turismo representados na CTP”

Na tomada de posse dos órgãos sociais da Confederação do Turismo de Portugal (CTP) para o mandato de 2024-2027, que teve lugar esta terça-feira na Sociedade de Geografia de Lisboa, Francisco Calheiros, presidente desta confederação, afirmou que apesar de estarem “cientes dos desafios”, vão continuar “a dar voz a todos os ramos do turismo representados na CTP com vista à defesa dos seus interesses”.

Carla Nunes

Apontando que “o país e o turismo enfrentam atualmente vários desafios internos”, nomeadamente “a decisão sobre o novo aeroporto, a privatização da TAP, a execução do PRR e questões fiscais e laborais”, aos quais acrescem a instabilidade a nível internacional, o presidente da CTP afirma que “é muito difícil fazer previsões de curto ou médio prazo, muito menos a longo prazo”.

No entanto, mostra-se seguro ao afirmar que “o turismo é valor” e que “mesmo enfrentando todas as incertezas, resiste como um dos setores que mais contribui para o país, seja através dos impostos que paga, do emprego que gera e do investimento que realiza”.

Indicando que a confederação “não representa apenas os interesses empresariais do turismo”, assumindo também “uma importância muito relevante na sociedade civil”, Francisco Calheiros afinca que a CTP continuará a “influenciar decisões estratégicas para o turismo, através de compromissos, de consensos sociais e institucionais”. No entanto, deixa um aviso: “Não contarão connosco para facilitismos”.

“Vamos continuar, neste mandato, a tudo fazer para influenciar decisões que permitam a construção de legislação mais adequada ao estabelecimento de políticas públicas cada vez mais eficientes, mais amigas do investimento e da iniciativa privada, mais propiciadoras da geração de riqueza e do fortalecimento do tecido empresarial da atividade económica do turismo”, declarou.

CTP define 11 eixos estratégicos para 2024-2027

Para o efeito, Francisco Calheiros refere que a CTP definiu “11 eixos estratégicos” de atuação, nomeadamente: crescimento, dimensão e internacionalização das empresas; transportes, com acessibilidades aeroportuárias e ferroviárias, além da privatização da TAP; promoção turística externa; fiscalidade e custos de contexto; reforma do Estado; concertação social, capital humano e sua qualificação; transformação digital; fundos comunitários, como o PRR e o PT2030; sustentabilidade ambiental; reforço do papel do associativismo do turismo e demografia.

Apesar de afirmar que todos estes eixos são importantes, o presidente da CTP destaca “o tema dos transportes, com a necessidade imperiosa de um novo aeroporto”, através de “uma decisão que tenha em conta o curto, o médio e o longo prazo”.

Refere ainda que Portugal e o turismo necessitam de “uma reforma do Estado, para que se torne mais ágil, menos burocrático e que olhe mais para as empresas” – que, acrescenta, “necessitam de pagar menos impostos e ter menos custos de contexto, assim como é necessário redefinir os apoios à internacionalização e o reforço da promoção externa do país”.

Numa nota final, Francisco Calheiros afirma que “estes são temas bem conhecidos” dos atuais ministro da Economia, Pedro Reis e do Secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, que acredita que vão “delinear as políticas públicas necessárias, já que conhecem a atividade turística, os seus problemas e desafios”.

O tempo “da decisão, da execução e da implementação”

Na sua primeira intervenção pública enquanto ministro da Economia, Pedro Reis afirmou na tomada de posse da CTP que “este é o tempo da decisão, da execução, da implementação”.

No seu entender, “o desafio do país e deste Governo é a execução”, apontando que “a economia portuguesa tem desafios interessantes e oportunidades estratégicas”, como “a internacionalização, a inovação, a capitalização, o talento, o ganho de escala, produtividade e competitividade”. Neste contexto, Pedro Reis considera o turismo “como um setor estratégico” para a economia, referindo a sua “capacidade de desmultiplicação noutros setores”.

“Não sou dos que acha que temos demasiado turismo. O desafio, sim, é termos mais indústria, mais comércio e serviços, e mais agricultura e agroindústria. E verão que, se o conseguirmos, diluímos virtuosamente a nossa economia em mais setores estratégicos. Para isso precisamos de uma visão integrada e articulada da economia”, termina.

O local escolhido para a tomada de posse dos órgãos sociais da CTP para o mandato de 2024-2027, na Sociedade de Geografia de Lisboa, teve em conta o facto de ter sido aí que se realizou 1.º Congresso Nacional de Turismo, em 1936, além do 4.º Congresso Internacional de Turismo, em 1911, como referiu Francisco Calheiros.

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Hotelaria

Hoteleiros questionam aumento da taxa turística em Lisboa e pedem “transparência” na relação com o Turismo

Após a Câmara Municipal de Lisboa dar conta da pretensão de duplicar a taxa turística de 2 para 4 euros, a Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) mostra-se “preocupada” relativamente a uma decisão que descreve ter sido tomada “sem fundamentação e uma análise aprofundada, particularmente à luz das ações anteriores do Fundo de Desenvolvimento Turístico de Lisboa (FDTL)”.

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Em nota de imprensa, a AHP afirma que reuniu a 4 de abril com o presidente da Câmara Municipal de Lisboa e os participantes do FDTL, onde declara ter manifestado “a necessidade de que sejam divulgados os projetos e iniciativas apoiadas pelo fundo, exclusivamente constituído pelas receitas provenientes das taxas turísticas cobradas pelos estabelecimentos hoteleiros e pelas plataformas de alojamento local”.

No mesmo documento, a associação considera que é necessária uma atualização de um estudo realizado em 2019 sobre a perceção e os impactos da atividade turística em Lisboa: “Ao tempo, era extremamente positiva e, agora, parece ser a razão para a duplicação da taxa”, refere a AHP em comunicado.

A AHP recorda que, desde 2016, o este fundo acumulou cerca de 170 milhões de euros, direcionados para o investimento em infraestruturas turístico/culturais, além de programas de dinamização da procura, onde se incluem o apoio a congressos e eventos culturais, e o financiamento da higiene e limpeza urbana da cidade de Lisboa.

Dá como exemplos o financiamento de: 50% do Museu das Jóias da Coroa no Palácio da Ajuda; um terço do projeto do Museu Judaico; 80% do novo Cais de Lisboa e Estação Sul/Sueste; do “Pilar 7” da Ponte 25 de Abril, incluindo o viaduto pedonal e ciclável; a melhoria da experiência turística em Belém e a sinalética do Eixo Central. Refere ainda que este fundo cobriu “integralmente” as taxas da WebSummit e, ainda, todas as despesas com a sua realização, que caberiam à Câmara Municipal Lisboa. Acresce a utilização do fundo nos programas de dinamização da procura, em que se inclui o Eurofestival da Canção e a Jornada Mundial da Juventude, e a contribuição anual, de 7,6 milhões de euros, para o reforço da higiene e limpeza urbana. Como a AHP refere, “há inclusivamente freguesias, como Santa Maria Maior, Santo António ou Arroios, cujo orçamento anual já provém 10% a 15% da receita da taxa turística”.

No entanto, a associação sublinha que, dos 170 milhões de euros, estão apenas consumidos 95 milhões de euros, no período entre 2016 e 2023. Frisa ainda que “a falta de divulgação dos apoios é notória”.

Por essa razão, a AHP aponta para a “importância da transparência na utilização dos fundos turísticos provenientes da cobrança de taxas” e apela à “sua divulgação eficaz”.

“Para a AHP, é essencial que os lisboetas estejam cientes dessas iniciativas, dos recursos investidos e do retorno que o turismo tem para a cidade e para o país. Antes de se pensar em aumentar a taxa que é cobrada também aos portugueses que se alojam em empreendimentos turísticos em Lisboa, se pondere o porquê do aumento e onde é que vão ser consumidos esses novos recursos”, refere a associação.

Bernardo Trindade, presidente da AHP, afirma que “a medida unilateral e extemporânea de aumentar a taxa antes de cumpridos os pressupostos acordados é, sem dúvida, precipitada e interrompe uma relação de confiança com o setor turístico, apesar de se dizer o contrário”.

“Para além deste possível aumento, a Câmara Municipal de Lisboa está em falta com o setor turístico há vários anos. Após o aumento da taxa de 1 para 2 euros, o compromisso incluía a construção de um centro de congressos. Não estando em causa o esforço feito para identificar uma localização, o facto é que o Centro de Congressos não foi construído, ainda que a receita tenha sido cobrada. Não negamos as externalidades negativas do turismo na cidade, mas exatamente por isso vemos que estão a ser compensadas pela taxa turística. De resto, estão ainda no FDTL 60 milhões de euros para investir na cidade, em benefício de todos, residentes e visitantes. É, por isso, fundamental que este dinheiro, cobrado pelos hoteleiros da cidade de Lisboa e entregue nos cofres da câmara, não seja usado em despesas correntes, mas antes para o desenvolvimento sustentável do Turismo na cidade. É também importante saber os fins a que se destina o aumento”, conclui o responsável.

Numa nota final, a AHP mostra-se “comprometida em trabalhar em conjunto com as demais entidades que gerem o Fundo de Desenvolvimento Turístico, bem como com a Câmara Municipal de Lisboa, para garantir que as decisões tomadas em relação ao turismo da cidade sejam justas, transparentes e em benefício de todos”.

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Hotelaria

Marriott International acrescenta 100 hotéis e 12.000 quartos ao portfólio europeu até 2026

A Marriott prevê juntar mais 100 hotéis e 12.000 quartos às já existentes 800 unidades, cerca de 150.000 quartos, 25 marcas em 47 países, na Europa até finais de 2026.

Victor Jorge

Foi no International Hospitality Investment Forum, em Berlim (Alemanha), que a Marriott International anunciou planos para adicionar cerca de 100 hotéis e mais de 12.000 quartos ao seu portfólio na Europa através de conversões de hotéis e projectos de reutilização adaptativa, até ao final de 2026. Os hotéis previstos representam mais de 40% do pipeline de desenvolvimento europeu que a empresa deverá abrir durante esse período.

Recorde-se que a Marriott International já possui mais de 800 propriedades com cerca de 150.000 quartos, 25 marcas em 47 países e territórios europeus.

“Continuamos a assistir a um crescimento significativo em toda a Europa através de oportunidades de conversão e de reutilização adaptativa, reforçando a confiança que os nossos proprietários e franchisados têm na Marriott International, uma vez que procuram reposicionar activos e maximizar os retornos”, afirmou Satya Anand, presidente, Europa, Médio Oriente e África, Marriott International.

O mesmo adiantou ainda que “as conversões oferecem aos proprietários e franchisados a oportunidade de tirar partido das nossas marcas bem estabelecidas, dos custos de afiliação competitivos, dos motores de criação de receitas da empresa e do Marriott Bonvoy – o nosso premiado programa de viagens com mais de 200 milhões de membros”.

A Marriott está a assistir a um “impulso na conversão de hotéis e em projectos de reutilização adaptativa” em países como Itália, Reino Unido, Espanha e Turquia, e em todos os segmentos de marca.

A nova marca midscale da Marriott – Four Points Express by Sheraton – estimulou oportunidades de conversão na região desde seu lançamento em 2023, tendo a Marriott lançado a marca em resposta à crescente procura dos consumidores por alojamento fiável e acessível na Europa, Médio Oriente e África.

No segmento selecionado, os hotéis Moxy, AC Hotels by Marriott, Four Points by Sheraton e Residence Inn by Marriott representam mais de 25% dos acréscimos previstos pela empresa através de projectos de conversão e reutilização adaptativa na Europa até ao final de 2026. No segmento premium, o Tribute Portfolio e a Autograph Collection representam mais de 20% das adições previstas na Europa durante o mesmo período.

A empresa também está a assistir a um aumento nas oportunidades de conversão e reutilização adaptativa no segmento de luxo na Europa, com The Luxury Collection, W Hotels, The Ritz-Carlton e St. Regis Hotels & Resorts a representarem mais de 10% das adições previstas na região até ao final de 2026.

“Estamos a assistir a um interesse significativo por parte de hoteleiros independentes, promotores e investidores que procuram tirar partido da eficiência e das vantagens de renovar e mudar a marca de hotéis e propriedades existentes”, concluiu Jerome Briet, Chief Development Officer, Europa, Médio Oriente e África, Marriott International.

Sobre o autorVictor Jorge

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