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“O sector bancário é de longe o maior hoteleiro do País”

Stefano Saviotti dispensa apresentações. É o fundador de um dos grupos pioneiros na hotelaria portuguesa, o Dom Pedro Hotels. Falou com o Publituris na semana em que o seu hotel Dom Pedro Laguna, no Brasil, foi considerado o melhor resort da América do Sul. Como é que foram estes anos para o Grupo Dom Pedro… Continue reading “O sector bancário é de longe o maior hoteleiro do País”

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“O sector bancário é de longe o maior hoteleiro do País”

Stefano Saviotti dispensa apresentações. É o fundador de um dos grupos pioneiros na hotelaria portuguesa, o Dom Pedro Hotels. Falou com o Publituris na semana em que o seu hotel Dom Pedro Laguna, no Brasil, foi considerado o melhor resort da América do Sul. Como é que foram estes anos para o Grupo Dom Pedro… Continue reading “O sector bancário é de longe o maior hoteleiro do País”

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Stefano Saviotti dispensa apresentações. É o fundador de um dos grupos pioneiros na hotelaria portuguesa, o Dom Pedro Hotels. Falou com o Publituris na semana em que o seu hotel Dom Pedro Laguna, no Brasil, foi considerado o melhor resort da América do Sul.


Como é que foram estes anos para o Grupo Dom Pedro (desde 2008 até 2014)?
Em 2008 começou a grande crise financeira e afectou muito a hotelaria, porque havia menos dinheiro e menos Turismo. O grupo Dom Pedro sempre teve o cuidado de ter uma solidez financeira muito forte. A crise passou para nós sem problemas. Não tivemos problemas financeiros, mas tivemos uma perda de clientes e, fundamentalmente, uma redução do preço médio. A redução do preço para manter o mínimo de fluxo turístico foi um problema mundial.

Quando é que se começou a notar a recuperação? Pode-se dizer que a crise já foi ultrapassada?
Acho que estamos a recuperar de um modo geral no nível de clientes e de entradas em Portugal, mas também temos que pensar que a oferta aumentou muito rapidamente e fortemente. A nível de preço médio ainda não houve recuperação. Os preços médios da hotelaria ainda estão inferiores a 2008.

Mesmo em 2015?
Sim, mesmo em 2015 a média é inferior a 2008.

Mas isso agora já tem mais a ver com o aumento da oferta do que o número de turistas que estamos a receber?
Claro que no momento em que há mais procura, os preços começam a subir, mas não sobem no próprio dia, porque os contratos com os operadores são feitos com muita antecedência, estou a falar de congressos, grupos. Portanto, um congresso realizado em 2015 foi contratado em 2013. Penso que só a partir de 2016 é que vamos recuperar definitivamente aquele ‘gap’ de preços que se sentiu a partir de 2008.

Durante estes últimos anos assistimos à insolvência de alguns projectos hoteleiros. Problemas de liquidez, muitos com uma grande dívida à banca. No caso do Grupo Dom Pedro, como é que se acautelaram da crise? Preferiram avançar com grandes investimentos?
A decisão foi muito simples. Em 2005 e 2006 já havia alguns sintomas de que poderia haver uma crise. Para mim existem dois sintomas que são muito significativos: o aumento do petróleo, – em 2006 o preço do barril chegou aos 150 dólares; e os juros também subiram 6/7%. O que é que decidimos? Não avançar com novos investimentos, consolidar os investimentos feitos e ter uma situação financeira desafogada.

O Grupo Dom Pedro foi um dos pioneiros do Turismo em Portugal. Foram pioneiros e inovadores: foram dos primeiros a ter pacotes de golfe no Algarve, all inclusive na Madeira, introduzir os buffets. Qual julga ser o posicionamento alcançado pelo grupo? E qual é o posicionamento actual?
O Grupo Dom Pedro tem sido sempre inovador, acabou de referir algumas inovações. Sempre procurámos oferecer algo diferente dos outros. Portanto, o objectivo do grupo é a diferenciação. Neste momento, estamos a fazer um conjunto de investimentos nas unidades que temos, sobretudo na ilha da Madeira, onde havia mais necessidade de fazermos investimentos em renovações. Por outro lado, estamos também a apostar na tecnologia, com um sistema novo de Internet wireless de alta velocidade para o cliente e interacção com a TV no quarto. Este é um tipo de inovação que estamos a fazer para o cliente que hoje procura muito a tecnologia. Dentro das nossas estruturas, procuramos ter cada vez mais informatização e automatização dos sistemas de administração, contabilidade e reservas.

A questão é que nós precisamos de um centro de congressos para mais de 15 mil pessoas. Nenhum hotel tem essa capacidade ou algo que pareça.”

Como é que olha hoje para o Turismo em Portugal, nomeadamente para os destinos onde o Dom Pedro está presente? Começando pela Madeira.
A Madeira tem duas questões: a dificuldade do transporte aéreo e o reforço da capacidade promocional da Madeira. Sei que o Governo Regional tem feito um esforço na estratégia promocional. Agora estamos à espera dos frutos desta estratégia, para dar uma imagem mais moderna da Madeira. Vale a pena conservar as tradições e a cultura madeirense, mas a Madeira tem que ser mais do que isso, tem que ser também atractiva para gente mais nova. A Madeira era muito procurada no Inverno e o Verão era a época baixa. Isso inverteu-se e o Verão é a época alta e o Inverno perdeu clientes. Penso que a razão fundamental para isso ter acontecido é por terem surgido destinos concorrentes com um clima ainda melhor, nomeadamente no Norte de África. Só que hoje estes países vivem num clima social e de insegurança muito negativo. Por isso, penso que pode voltar a aparecer uma procura para destinos como a Madeira, que não têm as mesmas condições que os destinos do Mar Vermelho, mas que têm uma segurança e uma tranquilidade que esses destinos já não oferecem.

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Stefano Saviotti fala sobre a estratégia do grupo Dom Pedro para não ser atingido pela crise, da actual situação, dos hotéis e do País, e do futuro.

E como vê o Algarve?
Tivemos uma recuperação muito forte do Algarve. No caso de Vilamoura, temos uma situação muito positiva, por causa da compra de Vilamoura pelo grupo Lone Star, que comprometeu-se a fazer grandes investimentos, não só a nível de infra-estruturas, como a nível promocional, ou seja, voltar a pôr Vilamoura como um destino top mundial. Isto para nós é muito positivo. Vai beneficiar hotéis, restaurantes, comércio, a marina. Tudo isto vai animar se tivermos um nível de Turismo com mais qualidade e capacidade de compra. Um dos problemas do Algarve é que não conseguimos ter, mais uma vez, o nível económico de turistas de outros destinos turísticos.

Não será por falta de qualidade do Algarve. É por falta de posicionamento?
É a imagem. Uma pessoa tem uma imagem de Ibiza, Saint Tropez e Cannes fantásticas do ponto de vista económico e tem uma imagem menos ‘fashionable’ do Algarve. Devo dizer que eu conheço muito bem todos estes destinos e se comparar a qualidade do Algarve em relação a Ibiza, é uma coisa impressionante: a capacidade de saneamento básico não é suficiente, tem falta de infra-estruturas, engarrafamentos brutais, a Internet não funciona porque não está preparada para aquele fluxo de Turismo. Apesar disso, os preços da restauração e da hotelaria são o dobro dos preços praticados no Algarve. Temos que posicionar o nosso produto para aquilo que ele realmente vale.

Como é que se faz isso?
Temos que inovar e inventar como outros países o fizeram. Claro que o festival de cinema de Cannes é um momento cool, onde aparecem actores, actrizes, realizadores e, portanto, a imprensa mundial está lá reunida e transforma aquele evento num fenómeno mundial. Nós não temos nenhum evento que seja minimamente comparável com isto. Precisamos de criar alguns eventos, que tenham prestígio internacional. Em Portugal tivemos um evento que tinha prestígio internacional, que era a Fórmula 1, que criou uma imagem do Estoril muito importante naquele período. Perdemos a Fórmula 1 e sentiu-se efectivamente este esquecimento. Se não se fala de um destino, ele desaparece. Ibiza vive dos grandes nomes da música que actuam nas discotecas, os Dj’s, a Paris Hilton, etc. Penso que, fundamentalmente, Portugal precisa de criar eventos de grande prestígio. Tivemos um evento que pôs Lisboa no mapa, que foi a Expo 98. A Expo teve um significado muito importante para Lisboa e que durou vários anos. Depois este fenómeno esmorece, não dura para sempre.

Falta falar de Lisboa. Recebemos alguns eventos que também atraíram muitos turistas, como a final da Liga dos Campeões, o Congresso dos Rotários?
Atraem, mas não são muito mediáticos, porque não têm nomes sonantes que criam aquele mediatismo que precisamos. Mas evidentemente que cada um destes eventos é importante. Precisamos de eventos para chamar a atenção. Lisboa, neste momento, tem uma imagem muito boa. Como sabe, vivo muito mais no estrangeiro do que em Portugal e, portanto, sei o que se passa fora e o que se fala de Portugal. Acho que, honestamente, Portugal é considerado, nomeadamente Lisboa, como um destino seguro, com bom clima, boa gastronomia e as pessoas são simpáticas. Mas continua a ser muito desconhecido. Não está ao nível de outras capitais. Um outro ponto que considero que faz falta a Lisboa é um centro de congressos. É um daqueles casos que espero que se possa voltar atrás sobre uma decisão tomada.

Na altura, as opiniões sobre a necessidade de um Centro de Congressos em Lisboa não foram consensuais, mesmo entre os hoteleiros.
Também tenho infra-estruturas para meetings. A questão é que nós precisamos de um centro de congressos para mais de 15 mil pessoas. Nenhum hotel tem essa capacidade ou algo que pareça. Como sabe, o nosso resort no Brasil está perto da cidade de Fortaleza, o centro de congressos da cidade tem 74 mil metros quadrados de área de construção, ou seja, é muito maior que toda a FIL, e tem duas salas de 16 mil metros quadrados. Ou seja, dá para 20 mil pessoas e a cidade é Fortaleza, não é uma capital.



Falamos do centro de congressos, o que me leva a perguntar sobre a taxa turística de Lisboa. Concorda com a medida?
Na altura, estive numa reunião da Confederação do Turismo Português e concluímos que um aumento do nível de impostos e taxas para o Turismo não era positivo. Basta olharmos para número de unidades que já entraram em ‘default’. Acho que, aliás, o sector bancário é de longe o maior hoteleiro do País, o que significa que não há ainda o equilíbrio económico do sector turístico hoteleiro. Portanto, o aumento da carga fiscal de uma maneira ou de outra não é positivo. Mas havia questões que podiam ser conversadas e negociadas tendo a noção clara de como estas verbas iriam ser aplicadas. Isto foi o que saiu da reunião da CTP e que foi transmitida por carta à Câmara de Municipal.
É claro que quando se diz qua a taxa é paga pelo turista, tudo é pago pelo turista. O que acontece é que o turista depois faz contas daquilo que paga. Quanto maior for o custo total, menos competitivo é o destino. Duas pessoas num quarto são logo dois euros, se a receita média da hotelaria em Lisboa é de 80 euros, dois euros significam 3% dessa receita. Portanto, não é tão displicente como isso e, às vezes, é o início de uma taxa que facilmente pode ser aumentada, conforme as necessidades. Tenho algum receio quando se cria um novo imposto. Mas se esta taxa servisse para algo que tem interesse para o Turismo, que possa trazer um turista com mais capacidade de compra, este é um aspecto que vale a pena analisar e desenvolver.

E quanto ao IVA da Alimentação e das Bebidas, considera que deveria baixar?
A taxa média de IVA na restauração na Europa é 10 ou abaixo de 10%. Em Itália é de 10%, em Espanha é 10% e em Portugal é 23%. Temos uma diferença substancial. Claro que isto para nós é um peso superior, isto sai da receita líquida do hotel ou do restaurante e piora os resultados económicos. Li um artigo há seis meses no qual a Comissão Europeia dizia que cerca de 60% das actividades turísticas portuguesas estavam em perigo de insolvência. Quando verificamos este tipo de informações que é dada por uma entidade totalmente independente, temos de nos preocupar com a situação real, e não teórica, do sector. O sector tem fragilidades muito grandes. Foi muito financiado, os juros tornaram-se muito pesados, passou um período de cinco, seis anos no qual tiveram prejuízos de exploração, antes mesmo da função financeira e, portanto, encontram-se muitas unidades em situação de insolvência. Muitas já foram entregues ao sistema bancário, que também não as quer, porque não é função da banca gerir hotéis. Portanto, temos que ver a situação real e tentar corrigi-la. Não pode estar tudo bem, porque atravessámos uma crise nestes anos, como eu nunca tinha conhecido. Afectou diferentes sectores, assistimos a falências de empresas e de bancos que teria sido impensável que pudesse acontecer. Toda a economia mundial ainda não saiu desta recessão, está no bom caminho e esperamos que mantenha este bom caminho.

Brasil
Apesar da crise em Portugal, continuaram a desenvolver o resort no Ceará, Brasil, o Aquiraz Riviera, e abriram em 2011 o hotel Dom Pedro Laguna. Em que fase está o resort?
O resort está numa fase concluída do ponto de vista das infra-estruturas. Está construído o Hotel Dom Pedro Laguna, estão abertos mais dois apart-hotéis, com um total de 450 apartamentos, que já entraram em funcionamento este ano. Estamos a contruir um conjunto de casas de alto nível que também estão vendidas e construídas em conjunto com parceiros locais, e temos muito mais para desenvolver, porque o projecto é do tamanho de uma Quinta do Lago. Para que todas as construções estejam concluídas ainda vai levar vários anos.

Como é que está o mercado brasileiro?
Nos últimos meses, o Brasil parou à espera de uma definição política. Acho que o problema do Brasil é mais um problema político do que económico. Até haver uma definição política, dificilmente vamos melhorar o problema económico. É um país muito grande, a sua dimensão permite uma resiliência que um país pequeno podia não ter, tem recursos naturais fantásticos e, portanto, acredito, que o Brasil vai sair muito bem desta crise.
Em relação ao Turismo, haverá uma tendência para o aumento do Turismo Interno e, portanto, estamos a sentir os benefícios desta situação. A saída para o estrangeiro está mais limitada. Por outro lado, no que diz respeito ao imobiliário turístico, também há muito pouca oferta, porque existem poucos resorts do género do nosso e isso permite-nos encarar com tranquilidade a situação. Por último, o que fizemos foi novamente ter uma situação financeira extremamente sólida.

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O Dom Pedro Laguna Beach Villas & Golf  Resort, no Ceará, foi considerado o melhor resort do Brasil e melhor resort de praia da América do Sul, nos World Travel Awards 2015.

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O projecto reúne ainda os quatros investidores: o grupo brasileiro M. Dias Branco, o Ceará Investment Fund – Fundo Turístico Imobiliário; o Grupo Dom Pedro e o Grupo Violas?
Sim, temos o nosso sócio brasileiro, o grupo M. Dias Branco, que é um dos maiores grupos do Brasil, o Grupo Violas, Dom Pedro, e um Fundo de Investimento, onde participam vários investidores. O projecto é completamente auto-financiado.

Tencionam investir mais no Brasil?
Temos mais projectos no Ceará: um projecto perto do Aquiraz, que entrou em licenciamento. Trata-se de um loteamento junto à praia e estamos à espera da licença para avançar. Mas sempre em parceria com os nossos parceiros no Brasil. No Brasil não convém trabalhar sem um sócio local.

Associativismo
Foi fundador da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) e da Confederação do Turismo Português (CTP). Como é que olha hoje para o associativismo?
Afastei-me um pouco, porque como passo pouco tempo em Portugal, não tenho tempo para acompanhar o associativismo. É uma responsabilidade minha. Aliás, dos hoteleiros em geral. A hotelaria não tem tido um grande espírito associativo. Alguns com o seu esforço pessoal tentam desenvolver a actividade, mas não há uma união de esforços. Há muitas associações, e isso enfraquece ainda mais. Por isso, na altura, quis, juntamente com outros, criar a CTP, que começou como o Conselho Nacional das Empresas de Turismo e era uma delegação da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP). Depois, quando cresceu o suficiente, tornou-se na CTP. O objectivo era juntar todas as várias associações do sector debaixo do mesmo chapéu. Nós optámos por ficar na CTP que representa do conjunto total das regiões e dos sectores.

Como é que vê a situação da TAP?
Por enquanto não temos a noção de como vai funcionar esta privatização, mas temos a esperança que tenha uma dinâmica muito positiva e que aumente o número de aviões, ligações, destinos, etc.
Por exemplo, verificámos um dinamismo positivo na privatização da ANA. Sentimos o aeroporto, nomeadamente, o Aeroporto de Lisboa com uma dinâmica diferente. Já acontecia com a ANA pública, mas hoje essa dinâmica acelerou.
A privatização da TAP não tinha alternativa. Portanto, é importante que agora tenham capacidade de injectar dinheiro e façam todos os investimentos que a TAP necessita.

1304_pg34_7Futuro
Em 2012, disse numa entrevista que o seu objectivo era abrir mais hotéis em cidades. Mantém essa intenção?
Passados três anos ainda não fizemos nada. Primeiro, porque estes últimos anos foram anos difíceis para o Turismo. Neste momento, a cidade onde queremos abrir um hotel é no Porto. Estamos à procura de uma localização para poder abrir um hotel na cidade. Até 2016, gostaríamos de concretizar a compra de uma unidade ou de um terreno. Pode ser uma unidade já existente, o que se torna uma solução mais rápida, ou então um terreno apto para a construção de raiz. Seria uma unidade no centro da cidade, mais para lazer, mas claro que depois terá sempre uma componente de negócios. Não estamos a pensar em unidades fora do centro da cidade.

Por onde passa o futuro do Grupo Dom Pedro?
Temos esta responsabilidade muito grande no Brasil, porque estamos a desenvolver um projecto gigantesco, que absorve grande parte do nosso tempo. Em Portugal, estamos sempre com atenção ao que pode aparecer. Temos tido várias conversas. Estamos abertos a oportunidades que possam aparecer, até em Lisboa.

Com o know-how que o grupo detém, a gestão de activos poderia ser uma opção de negócio?
Fiz isso no passado, entre o final dos anos 70 até quase 2000. Deixámos este modelo, porque o tamanho médio das unidades em Portugal obriga a um esforço de gestão cuja remuneração não é interessante. E, portanto, acabámos por perder a concentração nas nossas unidades, para acompanhar unidades que muito pouco contribuíam para o resultado do grupo.

Alguma vez recebeu uma proposta para vender o Grupo Dom Pedro?
Recebo quase todos os dias. Há muita procura para Portugal nestes últimos anos. Há muitos contactos, mas penso que muitos destes são na tentativa de encontrar um “negócio sob stress”, o que não é o nosso caso.

 

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View on Heidelberg in autumn with red foliage including Carl Theodor Old Bridge, Neckar river, Church of the Holy Spirit, Germany

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Icárion lança programação de cruzeiros fluviais para o verão e feriados de dezembro

Para este verão e para os feriados de dezembro, a Icárion conta com uma programação especial de cruzeiros fluviais exclusivos, que incluem viagens nos rios Sena, Reno e Danúbio.

A Icárion anunciou o lançamento de cruzeiros fluviais para este verão e para os feriados de dezembro, numa programação especial e exclusiva, que conta com viagens nos rios Sena, Reno e Danúbio.

“Para o verão, o operador disponibiliza duas opções: a primeira um cruzeiro pelo Sena passando por Paris e Normandia e uma segunda opção pelo Reno com passagem pela Bélgica e Países Baixos”, destaca a Icárion, em comunicado.

Além do verão, as propostas de cruzeiros fluviais da Icárion incluem ainda os feriados de dezembro, para os quais a sugestão passa pelos Mercados Tradicionais de Natal com um cruzeiro pelo Danúbio ou Reno.

Todas as propostas de cruzeiros fluviais da Icárion contam com  refeições incluídas, assim como visitas e bebidas às refeições.

As ofertas exclusivas de cruzeiros fluviais da Icárion já se encontram disponíveis online e podem ser consultadas aqui.

 

 

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CEO do Pestana Hotel Group mostra-se “contra toda a taxa turística”

Durante a apresentação dos resultados financeiros do Pestana Hotel Group, que teve lugar esta terça-feira, 23 de abril, no Pestana Palace Lisboa, José Theotónio, CEO do grupo, mostrou-se “contra toda a taxa turística, seja ela qual for”.

No entender do CEO, “esta mania que existe de quando um setor está bem, começar a taxá-lo não é o melhor em termos económicos”, até porque “as empresas já pagam impostos, já pagam o IVA”.

“Espero que quando existirem anos maus, revertam a taxa para baixo, mas isto, geralmente, nunca vi”, refere José Theotónio.

Segundo o CEO do Pestana Hotel Group, “o grande argumento para mostrar a importância do turismo é não termos memória curta e olharmos para quando não houve turismo: Como é que a economia foi afetada?”, questiona.

Apesar da sua posição, o CEO do grupo hoteleiro não põe de parte a criação de “políticas públicas e concertadas entre o setor público e privado no sentido de termos uma melhor circulação e dispersão do turismo” – relação essa que, no seu entender “políticas que no seu entender “no setor do turismo não tem sido difícil fazer”.

“O que temos é uma concentração muito grande em poucas áreas turísticas, e isso obviamente tem um impacto”, refere José Theotónio.

Recorde-se que foi recentemente aprovado o aumento da taxa turística no município de Lisboa, de dois para quatro euros por noite, o que tem levado ao descontentamento de algumas associações do setor hoteleiro.

Leia também: Hoteleiros questionam aumento da taxa turística em Lisboa e pedem “transparência” na relação com o Turismo

Quando questionado sobre que medidas políticas considera necessárias para os próximos anos relativamente ao setor, José Theotónio refere que “era importante é que o turismo tivesse peso ao nível do que é a economia portuguesa e das decisões governamentais, para que os seus maiores problemas pudessem vir a ser resolvidos”, já que “os grandes problemas do setor às vezes não estão concentrados naquilo que é o turismo” – referindo-se a temas, a título de exemplo, como as infraestruturas, no caso do aeroporto, e as políticas de imigração”.

“É fácil o setor privado concertar com o Secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, o que era importante era ter uma Secretaria de Estado, ou um Ministério da Economia, em que o turismo conseguisse ter peso para muitas das decisões que são necessárias tomar em outros setores de atividade e que impactam em termos de turismo”, afirma o CEO do Pestana Hotel Group.

Leia também: ADHP considera aumento da taxa turística em Lisboa “despropositado

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Turismo do Alentejo e Ribatejo une-se à APAVT para potenciar turismo regional

A APAVT está a estudar, em conjunto com a ERT do Alentejo e Ribatejo, a possibilidade de estabelecer um acordo bilateral que permita aos associados da APAVT participar ativamente na estruturação e promoção dos produtos turísticos característicos das duas regiões.

A Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo e a Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) vão colaborar para encontrar formas de impulsionar o turismo nestas regiões.

A colaboração entre as duas entidades, indica um comunicado conjunto divulgado esta terça-feira, 23 de abril, foi formalizada depois de um encontro entre a Direção da APAVT e representantes da ERT do Alentejo e Ribatejo, que visou “a identificação de oportunidades de cooperação para melhorar a comercialização da oferta turística destes destinos”.

“Em resultado desta reunião, está a ser estudada a possibilidade de se estabelecer um acordo bilateral que permita aos associados da APAVT participar ativamente na estruturação e promoção dos produtos turísticos característicos das duas regiões”, detalha a informação divulgada.

Produtos como o Cycling, os Caminhos de Santiago, o Enoturismo e o Turismo Rural são vistos como “focos de interesse para esta potencial parceria”, que visa não apenas “promover essas experiências turísticas, mas também potenciar a sua comercialização de maneira mais eficaz”.

Durante o evento, a ERT Alentejo e Ribatejo, juntamente com as associações Heranças do Alentejo e Vinhos do Tejo, apresentaram à Direção da APAVT uma variedade de produtos e redes de oferta que estão a ser desenvolvidas nas duas regiões, destacando a diversidade e a riqueza do património turístico local.

“Esta iniciativa reflete o compromisso contínuo da APAVT e da ERT Alentejo e Ribatejo na promoção do turismo sustentável e de qualidade nestas regiões, além de reforçar a importância da colaboração entre entidades públicas e privadas para o desenvolvimento do setor”, lê-se ainda no comunicado.

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TICV suspende operação em Cabo Verde depois de revogação do contrato de wet lease de avião

A decisão foi tomada depois da companhia aérea ter visto a Agência de Aviação Civil (AAC) de Cabo Verde “revogar a aprovação que tinha concedido para o contrato de wet lease de uma aeronave mobilizada para regularizar a conectividade interilhas”.

A TICV – Transportes Interilhas de Cabo Verde suspendeu a sua operação interilhas em Cabo Verde, decisão que foi tomada depois da companhia aérea ter visto a Agência de Aviação Civil (AAC) “revogar a aprovação que tinha concedido para o contrato de wet lease de uma aeronave mobilizada para regularizar a conectividade interilhas”.

Num comunicado enviado à imprensa, a companhia aérea, que é controlada pela Bestfly, explica que a entrada desta aeronave no país, um aparelho Bombardier Dash 8 Q300, com capacidade para transportar 50 passageiros, já tinha sido aprovada, pelo que a revogação desta aprovação deixou a transportadora aérea surpreendida.

“Como anunciado anteriormente pela TICV, a entrada desta aeronave em Cabo Verde tinha como objetivo assegurar a manutenção do serviço prestado pela transportadora, suprindo a ausência de duas aeronaves que se encontram imobilizadas por motivo de manutenção. Todos os esforços foram encetados para garantir a maior rapidez possível no processo de mobilização dessa aeronave, estando a TICV ciente de que a ligação interilhas em Cabo Verde desempenha um papel fundamental na coesão territorial, social e económica do país”, explica a TICV.

A companhia aérea diz ter ficado ainda mais surpreendida porque a justificação da revogação da aprovação do contrato de wet lease decorreu do facto de a AAC considerar que “não é plausível” o enquadramento do pedido da TICV, algo que, diz a companhia aérea, está “em total conformidade com a regulamentação local”.

“No que a wet leases diz respeito, a regulamentação cabo-verdiana é clara: este mecanismo pode ser utilizado como reforço da frota ou devido à indisponibilidade da mesma em casos como trabalhos de manutenção. O enquadramento apresentado pela TICV para o pedido de aprovação do contrato de wet lease está ao abrigo e em total conformidade com a regulamentação local”, explica a TICV.

Na informação divulgada, a companhia aérea recorda que “o pedido de aprovação do contrato de wet lease, da maior importância para assegurar o bom funcionamento da ligação interilhas, deu entrada na AAC no dia 1 de abril de 2024, tendo sido tratado com uma morosidade que não se coaduna com a premência do pedido em análise”.

Citado no comunicado divulgado, Nuno Pereira, CEO da BestFly World Wide, acionista maioritário da TICV, defende que a companhia aérea “agiu e procedeu em absoluta conformidade com a regulamentação da aviação civil cabo-verdiana” mas denuncia que o pedido de aprovação do contrato par a entrada do aparelho em Cabo Verde foi recebido num “clima de desconfiança, lentidão e hostilidade”.

“Do lado da AAC, o pedido de aprovação de um contrato para a entrada temporária de uma aeronave em operação, com vista a regularizar a ligação interilhas, foi recebido no que consideramos ser um clima de desconfiança, lentidão e hostilidade, ainda que o procedimento, por parte da TICV, tenha sido levado a cabo com toda a regularidade”, refere o responsável.

Nuno Pereira acrescenta que a TICV tem “cumprido o compromisso” assumido com Cabo Verde e com os cabo-verdianos e lamenta a  situação pela “importância que a ligação interilhas tem num país que dela depende para a deslocação dos seus cidadãos e para o apoio à sua atividade económica”.

“Também por isso, procurámos nortear a nossa ação pelo dever de fomentar uma relação de confiança e estabilidade com os clientes da TICV. No entanto, temos operado num ambiente de negócios tóxico e punitivo, que condiciona severamente a nossa capacidade de ação, apesar do investimento contínuo que temos feito na conectividade doméstica”, acrescenta o responsável.

Para Nuno Pereira, este contexto está “longe de ser o ideal” e tem sido marcado por “situações de franca anormalidade, que impedem uma resposta rápida aos desafios com que qualquer operação aérea se depara e que em nada contribuem para o desenvolvimento económico de Cabo Verde”.

Por isso, o responsável sugere às autoridades cabo-verdianas que façam a devida análise de quantas companhias já operaram em Cabo Verde nos últimos 10 anos, uma vez que, acrescenta o CEO da Bestfly World Wide, “o resultado dessa análise deve justificar uma profunda reflexão sobre o ambiente de negócios vivido no país”.

O pedido de suspensão da atividade da TICV em Cabo Verde já foi apresentado junto da AAC.

 

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Pestana Hotel Group arrecada 557M€ em receitas em 2023

As receitas do grupo hoteleiro em 2023 aumentaram 23% face a 2022, sendo que o resultado líquido ficou nos 105 milhões de euros, menos 4% do que no ano anterior.

O Pestana Hotel Group (PHG) registou 557 milhões de euros em receita em 2023, um aumento de 23% em relação a 2022.

Os valores foram apresentados esta terça-feira, 23 de abril, por José Theotónio, CEO do Pestana Hotel Group, que num encontro com jornalistas deu conta de que o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) do grupo situou-se nos 189 milhões de euros em 2023, uma descida de 6% face a 2022, enquanto o resultado líquido ficou nos 105 milhões de euros, menos 4% do que no ano anterior.

O CEO do grupo justifica ambas as descidas com o facto de no ano passado terem tido “um acontecimento que não se repetiu e é provável que não se repita nos próximos anos”: a venda do Pestana Blue Alvor à Azora, que trouxe “um resultado extraordinário” ao grupo em 2022, nas suas palavras.

No entanto, refere que “se olharmos para o recorrente”, o EBITDA de 2023 teve um crescimento de cerca de 25% e o resultado líquido um aumento de “cerca de 30%”.

Segundo José Theotónio o crescimento de receitas foi impulsionado pela hotelaria, que representou 67% da receita total do grupo em 2023. Seguiu-se a área imobiliária turística do grupo, que representou cerca de 16% desta receita. Os restantes 17% da receita total do Pestana Hotel Group em 2023 foram provenientes da área de golfe (que cresceu cerca de 10% em termos de vendas), das atividades de casino (que cresceram 6% em vendas) e do Pestana Vacation Club (na Madeira, o grupo conseguiu crescer 5%).

Grupo amortizou 120M€ em empréstimos com taxa variável

Além dos resultados financeiros de 2023, o CEO do Pestana Hotel Group deu conta de que o grupo amortizou antecipadamente cerca de 120 milhões de euros nos empréstimos que tinha com taxa variável, alcançando assim um rácio de dívida líquida / EBITDA de 0,9 em 2023 – um valor que se situava nos 3,9 em 2021.

“Estamos numa situação em que praticamente num ano, se quiséssemos, terminávamos com a nossa dívida financeira”, afirma José Theotónio.

Em 2023, a renovação de hotéis e a aquisição de novos empreendimentos representou 85 milhões de euros, entre a renovação do Pestana Vila Lido Madeira e o Pestana Blue Alvor Beach, antigo Pestana Delfim. Somou-se ainda a aquisição do Vila Sol, em Vilamoura, e a conclusão e abertura da Pousada Alfama e do Pestana Rua Augusta, ambos em Lisboa.

Dos projetos em pipeline, José Theotónio refere a construção do Pestana Dunas, em Porto Santo, na Madeira, que espera que esteja terminado em maio de 2025, além do Pestana CR7 Paris, que, “com sorte”, estará terminado “no final de 2026, inícios de 2027”.

Preço médio do PHG em 2023 cresceu 9,5% face ao ano anterior

No global, entre os hotéis em Portugal e no estrageiro, a taxa de ocupação do Pestana Hotel Group foi de 67,7%, mais 3,9% do que no ano anterior. No caso dos hotéis situados apenas em Portugal, a taxa de ocupação em 2023 situou-se nos 68,8%, mais 3,4% face a 2022.

Também em termos globais, o preço médio por quarto em 2023 foi de 144,20 euros, mais 9,5% face a 2022. Já no caso dos hotéis em Portugal, o preço médio por quarto registado no ano passado foi de 141,20 euros, mais 8,9% do que no ano anterior.

“É mais importante crescer quando acrescentamos valor, através do preço, do que por ocupação. O nosso objetivo é conseguirmos ter um aumento de preço. [No entanto], sentimos que em alguns mercados hoje há uma maior relutância em relação aos preços, portanto, se tentarmos subir muito, o mercado para, deixa de existir. Não acredito que consigamos os 9% de aumento que conseguimos o ano passado, mas conseguiremos, pelo menos, repercutir a taxa de inflação”, afirma o CEO do Pestana Hotel Group.

As plataformas online foram o principal canal de vendas do grupo em 2023, representado cerca de 41% das vendas. Dentro desta percentagem encontram-se plataformas como a Booking (20% das vendas), Expedia (6,6%), Hotelbeds (3,3%) e outras “centenas” de plataformas que representaram 11% das vendas.
Em 2023 o canal direto representou cerca de 30% das vendas do grupo, seguido pelos canais de grupos e corporate (18%) e os operadores tradicionais offline (10,8%).

Grupo mantém aposta “nas pessoas, na transformação digital e na transição energética”

O CEO do Pestana Hotel Group atribui estes resultados a “três grandes projetos” do grupo: “uma aposta grande nas equipas e nas pessoas, a transformação digital e na redução da pegada carbónica e transformação energética”.

Para o efeito, o Pestana Hotel Group colocou em prática uma subida da remuneração base para 1.100 euros, incluindo salário e subsídio de refeição, o que representou, “em termos médios, uma subida de 12%”. Como José Theotónio referiu, “o conjunto de remunerações do ano passado foi superior em relação ao que era em cerca de 20%”, representando um aumento de mais de 19 milhões de euros face a 2022.

A isto somam-se outros benefícios, onde se insere a Pestana Academy – se em 2019 o grupo tinha ministrado 8.900 horas de formação, em 2023 foram lecionadas mais de 24.000 horas de formação.

O grupo destaca que “cerca de 16% da massa trabalhadora do grupo, com contratos permanentes, são de origem estrangeira”, pelo que são necessárias “políticas de acolhimento e inclusão de trabalhadores imigrantes”. Além do valor salarial, que José Theotónio garantiu “ser o mesmo dos trabalhadores nacionais”, o grupo tem apostado em ações de formação para que estes novos trabalhadores “conheçam a cultura e a língua portuguesa”, além de ações de formação “para as chefias, para que saibam acolher estas pessoas”.

Na área da transição digital, o grupo hoteleiro investiu cerca de 12 milhões de euros em tecnologias de informação, quando em 2019 tinha investido cerca de oito milhões de euros.

Por fim, no que toca à sustentabilidade, o grupo tem em vista investir 12 milhões de euros até 2025 para reduzir o seu impacto no meio ambiente. O objetivo passa por, até 2030, o grupo reduzir as suas emissões de carbono em 37% face a 2019.
Atualmente, o Pestana Hotel Group conta com 108 unidades hoteleiras, das quais 76 estão situadas em Portugal.

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Paris volta a ser destino preferido dos portugueses para feriados de abril e maio

Segundo a eDreams, nos feriados de 25 de abril e 1 de maio, os portugueses contam viajar para Paris, que volta a liderar as escolhas, seguida de Barcelona, Londres, Madrid e Amesterdão. Funchal e Ponta Delgada, a nível nacional, também entram no ranking de destinos preferidos para estes feriados.

A capital francesa volta a ser o destino de eleição para os turistas portugueses que contam viajar nos feriados de 25 de abril e 1 de maio, avança a eDreams, que tem por base as reservas efetuadas nesta agência de viagens online para os próximos dias.

De acordo com a eDreams, “Paris é o destino preferido dos portugueses para estas férias de primavera”, sendo a capital francesa seguida por cidades como Barcelona (Espanha), Londres (Reino Unido), Madrid (Espanha) e Amesterdão (Holanda).

A nível doméstico também não existem grandes surpresas, com o Funchal e Ponta Delgada a liderarem a escolhas dos turistas nacionais para os feriados de abril e maio.

“Esta é, tipicamente, uma boa altura do ano para quem prefere aproveitar os destinos prediletos sem as grandes multidões de turistas típicas do verão e, ao mesmo tempo, desfrutar de um clima mais ameno, à medida que os dias são mais longos e quentes”, sublinha a eDreams, no comunicado divulgado esta terça-feira, 23 de abril.

 

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Politécnico de Coimbra abre novo Mestrado em Gestão em Turismo e Inovação Territorial

As candidaturas ao novo mestrado do Politécnico de Coimbra já se encontram a decorrer e espera-se que a formação arranque em outubro de 2024.

O Politécnico de Coimbra vai abrir um novo Mestrado em Gestão em Turismo e Inovação Territorial, uma formação inovadora que pretende responder aos desafios atuais do setor do turismo e que resulta de uma colaboração entre a Escola Superior de Educação de Coimbra (ESEC) e a Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital (ESTGOH).

As candidaturas ao novo mestrado do Politécnico de Coimbra já se encontram a decorrer e espera-se que a formação arranque em outubro de 2024.

O novo mestrado em Mestrado em Gestão em Turismo e Inovação Territorial vai oferecer duas áreas de especialização, concretamente Especialização em Turismo e Inovação Territorial, da responsabilidade da ESEC, e Especialização em Gestão de Negócios em Turismo, da responsabilidade da ESTGOH.

“O curso será ministrado nas instalações da ESEC e funcionará em regime misto, diurno e pós-laboral, prevendo-se que as aulas se realizem às quintas (das 18h30 às 22h30), sextas (das 14h30 às 21h30) e/ou aos sábados (das 9h30 às 18h30)”, indica o Politécnico de Coimbra, em comunicado.

As condições de acesso ao novo mestrado podem ser consultadas nas páginas de ambas as escolas, que estão disponíveis aqui e aqui, sendo já certo que os candidatos devem ser detentores de licenciatura ou equivalente legal, ou detentores de um currículo relevante reconhecido pelo Conselho Técnico-Científico das respetivas escolas.

“A seleção priorizará licenciaturas em áreas específicas, conforme os critérios estabelecidos. Os principais destinatários são licenciados em Turismo, Hotelaria, Gastronomia, Restauração, Gestão Turística e Gestão Hoteleira, mas também diplomados em Gestão, Marketing e Comunicação Organizacional, Ciências Sociais, Económicas e Empresariais e Geografia, ou outros interessados em ter formação numa área que surge como resposta inovadora aos desafios do setor turístico”, acrescenta o Politécnico de Coimbra.

O desenvolvimento e a aplicação de conhecimentos em gestão em turismo e inovação territorial, a capacitação para a gestão estratégica em turismo, territórios, inovação e sustentabilidade, o estímulo ao empreendedorismo na oferta turística e a promoção da investigação aplicada são alguns dos objetivos deste novo mestrado.

“As oportunidades profissionais para os diplomados pelo curso abrangem funções estratégicas em organismos públicos ou privados, como planeamento e desenvolvimento sustentável de destinos turísticos, desenvolvimento de modelos de governança e redes colaborativas, gestão de negócios turísticos e investigação aplicada”, avança ainda o Politécnico de Coimbra.

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Companhias low cost vão continuar a aumentar quota de mercado até 2030, estima Bain&Company

O mais recente relatório ‘Air Travel Forecast to 2030’ da Bain&Company diz que a “procura de viagens aéreas continua no bom caminho para ultrapassar este ano o total de 2019”, com as perspectivas para 2030 a permanecerem inalteradas face ao trimestre anterior.

As companhia aérea low cost vão continuar a aumentar a sua quota de mercado até 2030, prevendo-se que atinjam uma quota de mercado de 48% nos voos de curta distância até 2030, principalmente na Europa e na Ásia, estima a consultora Bain&Company.

De acordo com o mais recente relatório ‘Air Travel Forecast to 2030’ divulgado por esta consultora, as transportadoras aéreas low cost contavam, em 2015, com uma quota de mercado acima dos 36% e dos 40% em 2019 nos voos de curta distância, numa percentagem que deverá continuar a aumentar.

“As companhias aéreas low-cost, que tiveram um desempenho um pouco melhor do que as grandes transportadoras durante a pandemia de Covid-19, continuam a aumentar a sua quota de mercado. Prevemos que estas companhias de baixo custo atinjam uma quota de mercado de 48% nos voos de curta distância até 2030, acima dos 36% em 2015 e dos 40% em 2019. Grande parte desta expansão acontecerá na Europa e na Ásia, em particular na China e na Índia”, lê-se na informação divulgada pela consultora.

As conclusões da Bain&Company indicam também que a “procura de viagens aéreas continua no bom caminho para ultrapassar este ano o total de 2019”, com as perspectivas para 2030 a permanecerem inalteradas face ao trimestre anterior, apesar de vários fatores terem contribuído “para alterações significativas nas previsões para regiões e países específicos”.

A exceção, assinala a Bain&Company, é a América do Norte, onde “o desempenho mais fraco do que o esperado no trimestre anterior e uma queda nas previsões macroeconómicas reduziram as perspetivas de procura até 2030 para viagens intrarregionais”, numa queda superior a dois pontos percentuais, o que equivale a uma redução na receita de 3 mil milhões de dólares nas yields de 2023.

Na Europa, as perspetivas de procura intrarregional aumentaram mais de cinco pontos percentuais, o que equivale a 5 mil milhões de dólares em receitas, segundo a consultora.

“No entanto, numa base relativa, o nosso modelo prevê taxas de crescimento mais baixas nas viagens regionais outbound para vários dos maiores pontos de venda da Europa (Reino Unido, Alemanha e Itália) face a outros, como Espanha, Turquia e Polónia”, acrescenta o relatório da Bain&Company.

Já na Ásia, a consultora diz que continua a “antecipar um crescimento significativo da procura intrarregional”, num aumento de 59% entre 2019 e 2030.

O relatório fala ainda do impacto das iniciativas de descarbonização, que a Bain&Company considera ser “notável”, prevendo que o crescimento das viagens intraeuropeias a partir dos países nórdicos entre 2019 e 2030 “diminua consideravelmente devido ao aumento dos custos associados aos compromissos desses países no que respeita aos combustíveis para a aviação sustentáveis (SAF, da sigla em inglês)”.

“A Suécia poderá inclusive assistir a um declínio no volume total anual de passageiros”, especifica o relatório da Bain&Company.

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Globalis vence Liga de Padel da LATAM Airlines e vai representar Portugal na final de Madrid

A Liga de Padel da LATAM Airlines conta com a participação de 148 agentes de viagens de diferentes países europeus e os vencedores das competições nacionais vão representar os seus países na grande final de Madrid, a 25 de maio.

A Globalis foi a grande vencedora da versão nacional da Liga de Padel da LATAM Airlines, torneio que tem lugar nos seis países que a companhia aérea liga à América Latina e cujos vencedores nacionais vão representar o país na final que vai ter lugar em Madrid, a 25 de maio.

“Na LATAM Airlines, reconhecemos a importância dos nossos parceiros na indústria do turismo. Este torneio é uma forma de expressar nossa gratidão por sua dedicação e apoio constante e fortalecer ainda mais nosso relacionamento”, afirma Thibaud Morand, Diretor-Geral da LATAM Airlines para a Europa.

No total, a Liga de Padel da LATAM Airlines conta com a participação de 148 agentes de viagens de diferentes países europeus e os vencedores das competições nacionais vão representar os seus países na grande final de Madrid, a 25 de maio.

“Para além da competição no campo de padel, os participantes terão a oportunidade de desfrutar de outras atividades sociais e de estabelecer contactos”, acrescenta a LATAM Airlines, num comunicado enviado à imprensa.

No final, os vencedores da Liga de Padel da LATAM Airlines vão poder viajar com a companhia aérea para a América do Sul.

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easyJet abre candidaturas para Programa de Formação de Pilotos em 2024

Após o programa de formação para pilotos, a easyJet pretende recrutar 200 destes profissionais, como parte do seu esforço para que 1000 novos profissionais se juntem à companhia aérea até 2027.

A easyJet anunciou esta segunda-feira, 22 de abril, que as candidaturas ao seu Programa de Formação de Pilotos já se encontram a decorrer, com a companhia aérea a pretender recrutar 200 destes profissionais.

Num comunicado enviado à imprensa, a easyJet indica que este recrutamento é parte do seu esforço para que 1000 novos profissionais se juntem à companhia aérea até 2027.

“Mais de 1000 novos pilotos deverão ingressar na easyJet até 2027, como parte de uma campanha de recrutamento de cinco anos, com cerca de 200 vagas agora disponíveis para candidatura, ainda este ano”, lê-se na informação divulgada.

A formação e treino destes pilotos vai decorrer em Gatwick, Milão, Bruxelas ou Madrid, estando ainda previsto que algumas fases de treino de voo decorram nos EUA, em conjunto com a companhia aérea CAE.

“Após a boa conclusão do curso, os graduados iniciam as suas carreiras a voar como copiloto na easyJet”, garante a transportadora low cost britânica.

Para se candidatarem ao Programa de Formação de Pilotos da easyJet, os candidatos devem ter 18 anos ou mais no momento em que iniciam a formação e possuir o Ensino Secundário terminado, sendo ainda obrigatório apresentar o certificado de língua inglesa com o nível mínimo B2.

Os candidatos devem ainda poder trabalhar com acesso ilimitado no EEE, UE, Reino Unido e Suíça; possuir um mínimo de cinco GCSEs (ou equivalente) de grau C ou superior, incluindo matemática, ciências e língua inglesa; ser fluentes em inglês (verbal e escrito); possuir uma altura mínima de 157cm e ser capazes de obter um exame médico de classe 1 da AESA ou da CAA, conforme exigido para a licença relevante.

As candidaturas estão disponíveis aqui.

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