“Bem prega frei Tomás”!
Leia a opinião de Pedro Machado, presidente da Turismo do Centro de Portugal.
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A Bolsa de Turismo de Lisboa sempre foi, e continuará a ser, um palco privilegiado para a apresentação de novas campanhas, projectos, protocolos, acções, tudo o que faz parte das dinâmicas do sector e que, nesta ocasião, justificam a sua aparição publica. Em particular, para o Mercado interno.
Da parte dos sucessivos governos, também não tem sido descurada essa oportunidade, desde o PENT até à celebração e publicitação dos mais variados acordos e protocolos, a prática é corrente.
Neste ano, ficámos a saber, e em pormenor pela agência Lusa que, no passado dia 25 de Fevereiro, e passo aceitar:
“Sempre dissemos que não terminaríamos o nosso mandato sem abrir mais a promoção turística aos privados”, referiu o ministro da Economia durante a cerimónia de assinatura do novo acordo, que se realizou hoje nas instalações da FIL, no primeiro dia da Bolsa de Turismo de Lisboa.
A nova parceria entre as duas entidades insere-se no Plano de Acção Turismo 2020, que estabelece uma estratégia para o sector no âmbito do novo programa de fundos comunitários, e prevê um aumento de 10 milhões de euros por ano, durante os próximos dois anos, no orçamento destinado à promoção externa do turismo português.
“Este programa vem complementar a promoção pelas agências regionais de promoção turística externa”, referiu Pires de Lima, acrescentando que significa “mais recursos investidos na colaboração com o sector privado”.
Ainda de acordo com o ministro da Economia, “a partir de agora, tudo o que se fizer na promoção turística nacional, em aplicação de fundos comunitários, “terá de ter a validação” da CTP.
“É mau ter um ministro da Economia a pensar que percebe de promoção turística, é mau que este seja um espaço para a afirmação de egos de pessoas no governo”, referiu também o governante, acrescentando que “é bom que [a promoção] seja entregue a profissionais do Turismo de Portugal e àqueles que fazem do turismo a sua aposta de vida e sabem melhor do que ninguém o que é importante fazer”.
De fato, a ambição e o desejo de uma melhor e mais eficaz promoção externa, perpassa-nos no espírito de todos, “até” mesmo aos “presidentes e aos profissionais das ARPT´s” que têm como primeira e principal função a promoção externa, em articulação direita com os agentes privados, através dos seus PCV´s cofinanciados pelas agências e, com o contributo liquido das ERT´s.
Coloca-se-nos a questão, prática, de sabermos se, a CTP vai ou não auscultar as ARPT´s para esse desígnio já que, elas são essencialmente compostas e representadas por privados, e de que forma pensa fazer a “complementaridade”? Mais, esta “complementaridade” tem critérios conhecidos para a marca Portugal e pelas áreas regionais? Vão elas fazer parte da comissão que vai preparar o Plano de Acção? Não são as Entidades Regionais e as Agências as primeiras interessadas em poderem apresentar projectos no âmbito dos PO´s Regionais reforçando a ambição do PO temático nacional?
E já agora, não teria feito sentido que a ANT – Associação Nacional de Turismo, que representa todas as Entidades Regionais de Turismo, e que suportam 50% dos PCV´s para a promoção externa dos associados privados das ARPT´s tivesse sido chamada a este protocolo?
Até porque têm na sua missão a promoção externa do “denominado” mercado interno alargado, Espanha.
É que não basta sermos sérios.
*Pedro Machado, presidente da Turismo do Centro de Portugal