SATA apresenta reestruturação
Companhia vai reduzir e renovar a frota, reestruturar as finanças e recursos humanos e alterar a denominação de SATA Internacional para Azores Airlines, para uma maior associação à região.
Patricia Afonso
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A SATA vai presentar esta sexta-feira o seu plano de reestruturação 2015-2020, que inclui uma renegociação da dívida, um programa de redução de custos, alterações na frota e recursos humanos, assim como uma estratégia mais focada, nomeadamente com a alteração da denominação de SATA Internacional para Azores Airlines.
De acordo com a Agência Lusa, que teve acesso ao documento que será apresentado esta sexta-feira pelo Governo Regional dos Açores, accionista único da SATA, é estimado que a transportadora feche as contas relativas a 2014 com uma dívida financeira de 179 milhões de euros, dos quais 128,8 milhões de euros respeitam a créditos bancários que quer reestruturar. A SATA assume a sua “deterioração económica-financeira” nos últimos anos, cuja solução tem passado pelo recurso aos bancos para cumprir as suas responsabilidades correntes.
A solução para esta reestruturação da dívida – com o objectivo de chegar a 2020 com uma dívida à banca de 40 milhões de euros – inclui linhas de crédito de curto e médio prazo e uma “subordinada” à regularização, que consiste no pagamento por parte dos Governos da República e Açores de cerca de 63 milhões de euros devidos.
PESSOAL
No que respeita a recursos humanos, a SATA indica que vai criar a SATA Serviços Partilhados, que vai centralizar a contabilidade, compras, gestão de recursos humanos e sistemas de informação, entre outras, de todas as empresas do grupo. A companhia vai, ainda, accionar a “renegociação e/ou suspensão do Acordo de Empresa.” A empresa frisa ainda a necessidade de “reestruturação e requalificação” do pessoal.
FROTA
Uma das medidas que levará à redução pessoal, nomeadamente tripulação, é a própria diminuição e actualização da frota, considerada “imperativa” para a “sustentabilidade futura.”.
A frota de longo curso da SATA Internacional, cuja denominação passará Azores Airlines (para uma maior associação à região) vai passar dos quatro aviões A310, de 222 lugares, para dois com capacidade entre 250 e 300 pessoas, a serem utilizados nas ligações entre os Açores e América do Norte. No médio curso, a frota vai passar de três para apenas dois aparelhos A320, em regime de locação como já acontece. Estes assegurarão as ligações entre os Açores, o Continente e a Macaronésia (Açores, Madeira, Canárias e Cabo Verde”.
Nas ligações à Europa, serão apenas avaliadas as que tenham “adequada rentabilidade”.
A Azores Airlines deverá, em 2015, apresentar resultados líquidos de 1,1 milhões de euros; e o número de passageiros deverá passar dos 600 mil este ano para os 660 mil em 2020.
A SATA Air Açores é previsto que continue a dar prejuízo até 2018, assim como o “sobredimensionamento” da frota. Porém, o plano ainda não tem em consideração a revisão das obrigações de serviço público do transporte aéreo. Como tal, será realizada uma revisão deste plano de negócios em 2016, para debater o impacto da liberalização.
SATA SERVIÇOS
O Grupo SATA vai, ainda, criar uma empresa para prestar serviços de handling nos aeroportos dos Açores, como forma de aproveitar as companhias que vão começar a operar para a região.
Esta empresa será criada em 2016 com o objectivo de responder às necessidades diferenciadas dos aeroportos locais e “obter uma posição competitiva e de mercado na prestação de serviços de ‘handling’ para ‘players’ externos ao Grupo SATA”.