Turismo como motor de desenvolvimento da civilização
Leia a opinião de Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo Português.
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“Turismo e Desenvolvimento Comunitário” foi o tema escolhido pela Organização Mundial do Turismo (OMT) para assinalar o Dia Mundial do Turismo 2014 – que se celebra no próximo dia 27. Uma escolha feliz, no meu entender. Hoje, mais do que nunca, o Turismo tem de assumir e defender aquela que é uma das suas principais vocações: contribuir para o desenvolvimento económico, social e cultural das comunidades e, consequentemente, para o progresso da civilização.
Os mais distraídos podem pensar que a actividade turística se resume ao negócio da hotelaria e da restauração, mas essa ideia é totalmente falsa. Quando viaja de férias, o turista não se limita a dormir e a tomar as suas refeições no destino escolhido: utiliza meios de transporte, visita monumentos, compra artesanato local, adquire produtos que não encontra no seu país, assiste a espectáculos e eventos.
São muitos os players que fazem parte da cadeia de valor do Turismo e a conjugação de esforços e interesses desses players é essencial para a criação de riqueza e de postos de trabalho que irão traduzir-se em crescimento socioeconómico para uma região.
Por outro lado, é importante sublinhar que o desenvolvimento sustentável do Turismo depende directamente da preservação dos valores culturais, históricos e ambientais das comunidades. As regiões nascem com uma identidade própria, que as distingue das demais. Que as torna únicas. Alterar o seu património, sem ter em conta as suas especificidades, a cultura dos seus ‘anfitriões’ ou o impacto que essas transformações podem ter na vida das suas gentes, é meio caminho andado para a destruição da sua riqueza.
Portugal tem cometido alguns erros nesta matéria, felizmente, não os suficientes para impedir que o Turismo tenha crescido de forma significativa. Os dados globais da actividade indicam aumentos de dormidas, proveitos totais, taxa líquida de ocupação cama, novos mercados emissores. São números animadores – diria mesmo históricos – que resultam de um esforço conjunto dos agentes do sector e das comunidades.
Caminhamos para um desenvolvimento turístico assente na qualificação e competitividade da oferta, na procura da excelência ambiental e urbanística, na modernização empresarial. Há ainda muito por fazer – é fundamental que se intensifique a promoção turística, que se mantenha a segurança pública nos destinos nacionais, que se promova o financiamento das empresas turísticas e que se diminua a carga fiscal excessiva que incide sobre as organizações do sector – mas as bases são sólidas. O Turismo tem margem, condições e massa crítica para crescer (ainda) mais e reforçar o seu papel de motor do desenvolvimento social, económico e ambiental do nosso país. Vamos a isso!