Europa, Portugal e Dia Mundial do Turismo
Leia a opinião de Humberto Ferreira, colaborador do Publituris.
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A um mês do Dia Mundial do Turismo, vou focar a expansão do Turismo Médico, a Europa hesitante, e a projecção internacional da zona com maior densidade mundial de atracções históricas e marítimas, após a conquista lusa de 16 WTA de liderança na Europa: o PARQUE DOS OCEANOS EM BELÉM.
TURISMO DE SAÚDE – Ao pesquisar a crescente afluência de Turismo Médico, confirmei que a qualidade do SNS em Portugal está no Top40 mundial, enquanto a Holanda tem os sistemas público e privado de saúde mais integrados. Este turismo está em expansão, até os «republicanos» impedirem o Presidente Obama de avançar com o seu Medicare nos EUA, de longe o país com mais cidadãos a marcar cirurgias no exterior. O Top6 do Turismo Médico inclui a Índia, Tailândia, Singapura, Malásia, Formosa, e Turquia. E há três rankings: 1 – dos países que atraem mais doentes; 2 – com mais hospitais acreditadas pelo Joint Health Council International; e 3 – com os preços mais acessíveis. Portugal não consta destes rankings.
Além do cartão europeu de saúde grátis, falta um seguro de intercâmbio de assistência médica, válido entre países europeus. A Turquia factura nesta área 200 milhões de euros por ano. Os países com mais hospitais acreditados pelo JHCI são: a Turquia com 48 hospitais, Emirados Árabes com 38, Brasil com 12, México com três. Portugal tem 12.
A Turquia surpreende: é a 6-ª potência no Turismo de Saúde e no ranking da UNWTO, com 34,7 milhões de turistas, a seguir à Itália com 46 milhões.
EM PORTUGAL – O caso da Turquia foi analisado por Healthy’n Portugal, consórcio fundado em Maio de 2012, com o apoio da AEP – Associação Empresarial de Portugal, APHP – Associação Portuguesa de Hospitalização Privada, ES Saúde, etc.
A Health’n Portugal contribuiu para a Estratégia Nacional para o Turismo de Saúde, para o Caderno de Caracterização do Potencial Nacional de Turismo de Saúde, e para o projecto de internacionalização do Turismo de Saúde. Sabe o que significa TSBE? A sigla para expandir o Turismo de Saúde de Bem-estar e o Health Cluster Portugal.
Em resumo, a Eurolândia distancia-se desta dinâmica, enquanto a Turquia se organizou para receber mais americanos e alemães que não suportam os custos de saúde nos seus países, graças a parcerias internacionais.
RODOTURISMO – Em crescimento para a Turquia, país em que um quinto dos turistas (sete milhões) chega por estrada. E na rival Grécia, cinco milhões de turistas por ano também usam a estrada vindos da Turquia, Bulgária e países Balcãs, ou seja, mais de 25% do total de estrangeiros. Lembro que a Grécia recebeu em 2013 um total de 20,1 milhões de turistas. E Portugal?
Portugal quer introduzir a Fiscalidade Verde com 40 propostas de taxas sobre a água, resíduos, urbanismo e planeamento territorial, florestas, biodiversidade, transportes e energia. A proposta final do ministro Jorge Moreira da Silva, depois da apreciação pública, vai ser aprovada em Setembro.
Bruxelas defende o turismo em termos sustentáveis e ambientais, mas pouco faz para retirar tráfego das estradas, sabendo que a aviação já é penalizada no Reino Unido pelo APD e pela própria Comissão com a venda de direitos de emissão de CO2 por aeronaves.
VIA FÉRREA – A alternativa? Investir nos CF e corredores transeuropeus para desviar da estrada e do ar, parte dos fluxos intra-europeus.
Na Península importa adoptar as linhas férreas com bitola europeia, pois no 14.º ano do século XXI, não se aceita carruagens e vagões com rodados diferentes, nem o excessivo custo de instalar dois rodados de bitola diferente em cada composição de passageiros e mercadorias, mais o tempo perdido nas manobras junto das fronteiras de Hendaye-Irun, Figueras-Perpignan, etc.
Se a Europa quiser liderar a economia mundial deve evitar, por exemplo, que o transporte aéreo seja mais taxado, como Portugal pretende fazer acumulando taxas de emissão de carbono pagas pelas empresas aéreas, com a fiscalidade verde nacional à conta dos passageiros.
Sendo as medidas anti-poluição, taxas de segurança, navegação e uso de instalações aeroportuárias, etc., parte da fiscalidade comunitária, Bruxelas deverá aprovar um modelo único de taxas a cobrar das empresas aéreas, e não dos passageiros. Estes devem pagar tudo incluído, como no IVA.
AVIAÇÃO – Apesar das empresas aéreas terem transferido o ónus da emissão electrónica de bilhetes e cartões de embarque, para os passageiros, tal obrigação deve ser restituída às empresas, como prova escrita da correcta aplicação e cobrança das aplicáveis taxas europeias e/ou nacionais.
Os passageiros aéreos a embarcar em Portugal vão pagar mais uma taxa verde de três euros por cada transacção e por passageiro. Isenção apenas admitida nos voos inter-ilhas e entre Açores, Madeira e continente, e vice-versa. Sempre comprovado na emissão de cada bilhete.
BELÉM: PARQUE DOS OCEANOS À VISTA DO ATLÂNTICO – Lisboa é a capital europeia virada ao Atlântico, tendo sido eleita pela segunda vez o melhor destino e porto europeu para cruzeiros. Importa agora manter Portugal no topo, com narrativas sobre a fabulosa frente do Tejo: desde o Parque das Nações, Terreiro do Paço, Docas de Alcântara e Belém com mais de 20 atracções histórico-marítimas.
Até 14 de Setembro Publituris.pt edita mais dois artigos semanais sobre esta nova visão de uma das frentes fluviais mais fotografadas na Europa.