Vale apoiar e expor o talento internacional
Não gosto da «marca» Salvação Nacional, mas apoio o lembrete presidencial para que os portugueses valorizem mais o que os une e ultrapassem os constantes conflitos políticos que abrem crises diárias e já afectam a sociedade civil (…)
Humberto Ferreira
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Não gosto da «marca» Salvação Nacional, mas apoio o lembrete presidencial para que os portugueses valorizem mais o que os une e ultrapassem os constantes conflitos políticos que abrem crises diárias e já afectam a sociedade civil, com manifestações de grupos etários e profissionais uns contra outros, alimentados pela inexperiência dos titulares de cargos políticos, que ajudam a germinar um ambiente social contrário à coesão nacional, ao futuro, e à imagem de um país de brandos costumes, muito hospitaleiro e aberto ao turismo internacional.
O Turismo representa a maior expressão da indústria da Paz e, como tal é o sector que pode liderar a recente iniciativa para facilitar e consolidar o programa de Salvação Nacional apontado. Foi Guterres que detectou o pântano em 2001, quando se demitiu de primeiro ministro. Facto confirmado em 2004 por Barroso, quando saiu para presidir à Comissão Europeia. Sócrates negou o pântano até ao fim, mas ajudou à sua incontrolada expansão. E Passos, diga o que disser, empobreceu o País, a economia, e a grande maioria dos portugueses, negando-lhes a esperança. Deste naipe Barroso e Guterres conseguiram distinguir-se a nível internacional, enquanto a economia tem sido passiva. Daí atribuir grande importância aos prémios alcançados por António Horta Osório no Reino Unido e à escala global da banca.
ANTECEDENTES HISTÓRICOS NO TURISMO – Relembro Carlos Gonçalves Luís: como presidente da APAVT (1986-91) integrou o conselho administrativo da FUAAV; Francisco Calheiros: presidiu à ECTAA – Agrupamento das Associações Europeias de Agências de Viagens e Turismo; Atílio Forte (1995-97): presidiu ao Capítulo Português da ASTA; Fernando Pinto: como presidente da TAP serviu um mandato como presidente da IATA; Alfredo Marques da Costa: director-geral da CP Air para Portugal e Espanha; Orlando Damásio: director geral para Portugal e Espanha da South African Airways; Fernando Bessa: director geral para Portugal e Espanha da KLM e Air France-KLM; e João Mendes Leal: director-geral dos hotéis Lisboa Sheraton, Méridien Bahia, entre outros.
Estes oito casos de gestores ultrapassaram a fronteira podem servir de exemplo para os mais jovens. Hoje há mais portugueses a dirigir hotéis e empresas estrangeiras, mas passam à margem da comunicação social, sempre mais atenta aos casos políticos, quando o triunfo de qualquer país ou projecto passa mais pelo reconhecimento da economia e talento dos seus gestores, cientistas, desportistas e artistas do que pelos escândalos.
Portanto insisto: é essencial projectar o mérito dos nossos melhores criadores e responsáveis de projectos, métodos, programas, planos e iniciativas que perdurem na história das respectivas actividades, especialmente quando alcançam reconhecimento externo ao serviço das populações e economia. E como tal apoio o interesse da CTP em recomendar aos partidos um breve e sólido entendimento para a gestão alargada da crise.
DISTINÇÕES – A 10 de Junho e 27 de Setembro (Dia Mundial do Turismo) há o hábito de distinguir os cidadãos que, na maior parte dos casos por inerência dos cargos, o País e o sector querem distinguir. Acrescentaria outra condição preferencial: quem se notabilizar mais em cargos e metas internacionais,
O governo e lideres da sociedade civil devem incentivar mais o talento internacional dos empresários, gestores e especialistas nas múltiplas áreas que se distingam no exterior e seguir as suas experiências. E as individualidades e entidades estrangeiras que apoiem Portugal devem ser distinguidas com prémios nacionais de prestígio. Sugiro Caravelas Henriquinas ou Astrolábios, nas áreas das Ciências, Artes, Economia, e Empreendedorismo Internacional. Aqui fica um apelo ao reconhecimento do talento extra-fronteiras nos dois sentidos.