TP rejeita acusações da Ryanair
Entidade turística diz que valores pedidos “não eram proporcionais.”
Patricia Afonso
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O Turismo de Portugal (TP) rejeitou na quarta-feira, 17 de Julho, as acusações feitas pela Ryanair, segundo as quais a entidade turística portuguesa tinha ‘travado’ o crescimento de tráfego invernal no Aeroporto de Faro.
Em comunicado, o TP afirma que “não é verdade que o Turismo de Portugal tenha rejeitado um plano de expansão para o aeroporto de Faro, matéria para a qual não teria sequer competência”; e “não é verdade que o Turismo de Portugal tenha impedido a Ryanair de aumentar o seu número de voos ou rotas para o Algarve, decisão empresarial na qual o Turismo de Portugal não tem de ter qualquer interferência”. A entidade explica que “rejeitou, isso sim, pagar à Ryanair os valores que esta empresa exigiu para reforçar a sua operação para o Algarve”. Valores estes que o TP afirma que “não eram proporcionais.”
“A Ryanair já beneficiou de vários apoios públicos para as suas operações em Portugal, nomeadamente para a fixação e desenvolvimento da sua base operacional do Algarve. No entanto, a quase totalidade dos voos contratados com a Ryanair para a importante época de Inverno foram por esta cancelados, apesar dos incentivos negociados. Ou seja, a Ryanair já tinha, no passado, proposto a criação de novas rotas e voos para o Algarve, na época de Inverno, que depois cancelou apesar dos apoios que estavam disponíveis”, lê-se na nota enviada pelo TP, onde é acrescentando que a entidade “está empenhada em combater a sazonalidade no Algarve, como o comprova o plano de combate à sazonalidade recentemente apresentado e que mereceu os comentários positivos do sector do turismo. No entanto, esse combate deve ser feito através da uma correcta e adequada gestão dos fundos públicos, o alinhamento com uma estratégia de reequilíbrio entre todo o tipo de operações e uma correcta articulação com os agentes privados do sector.”
“O Turismo de Portugal continuará a ponderar com os vários parceiros do sector todas as oportunidades que permitam aumentar, de forma sustentável, os fluxos turísticos para o país, bem como apoiar o esforço de comercialização do destino desenvolvido pelos empresários”, conclui o comunicado.