Algarve deve apostar em novos produtos para ganhar competitividade
Para o Grupo de Trabalho de Turismo, da Comissão Parlamentar de Economia e Obras Públicas, o destino deve apostar em produtos como o birdwatching, turismo subaquático e turismo cultural, por exemplo.
Tiago da Cunha Esteves
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O Algarve deve apostar em “produtos diferenciados” para ganhar competitividade e combater a sazonalidade. Observação de aves (birdwatching), turismo subaquático, cicloturismo e turismo cultural são produtos apontados pela Comissão de Economia e Obras Públicas, através do Grupo de Trabalho de Turismo, que aprovou o relatório da visita à região, que decorreu em Maio.
Para ganhar competitividade, sugere-se, ainda, que deve haver uma “maior e melhor qualificação dos colaboradores das empresas, das unidades hoteleiras, dos bares e restauração”, ago que, na opinião dos deputados, “irá potenciar a inserção no mercado de trabalho de pessoas melhor qualificadas”.
Enfoque no Brasil
Em termos de mercados, o grupo de trabalho sustenta que o Brasil deve ser uma das prioridades do destino, uma vez que já é o quinto mercado para Portugal. “Existe ainda uma clara tendência para o aumento do tráfego das companhias aéreas de baixo custo, assumindo uma importância significativa para regiões como o Algarve”, pode ler-se, no relatório.
Trunfos para combater a sazonalidade
Para os deputados, é necessário que o Algarve encontre alternativas ao já tradicional produto de sol e mar. “Nesse sentido, o golfe, o surf, o turismo cultural e o turismo de saúde são apostas que devem ser desenvolvidas não apenas como forma de promoção, mas também como forma de combate à sazonalidade do destino”, acrescenta-se.
Mais especificamente, é dado o caso do golfe, que “está estrangulado e fortemente condicionado, devido à falta de oferta de voos e ligações regulares e directas entre a Europa e Portugal”.
Recomendações
Entre várias recomendações feitas no final do relatório, o grupo de trabalho evoca a necessidade de se definir o Plano Estratégico do Algarve e a aposta em medidas que promovam os produtos acima referidos, como o turismo de saúde e subaquático.
É também recomendada uma reavaliação do impacto da taxa de IVA no sector do turismo e uma revisão da lei relativa ao alojamento paralelo, entre outros aspectos.