PSD e CDS querem programa para o turismo acessível
O projecto de resolução, já subscrito pelo deputado Mendes Bota, recomenda ao Governo que crie um programa com linhas orientadoras para que, no espaço de um ano, Portugal possa ser apresentado como um destino apto para o turismo acessível. Na Europa, este segmento representa 90 mil milhões de euros, metade do PIB português.
Tiago da Cunha Esteves
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Os grupos parlamentares do PSD e do CDS-PP na Assembleia da República entregaram esta sexta-feira um projecto de resolução que quer afirmar Portugal como um destino de turismo acessível. O deputado Mendes Bota é o primeiro subscritor desta iniciativa.
O documento recomenda ao Governo que estruture um programa com linhas orientadoras de maneira que, no prazo de um ano, “Portugal possa ser apresentado como um destino atento às necessidades, quer do ‘viajante portador de deficiência’, quer das ‘pessoas com mobilidade reduzida’”.
Lembre-se que o deputado Mendes Bota já tinha recorrido ao instrumento parlamentar das Perguntas ao Governo, a 17 de Abril, para alertar para o potencial do turismo acessível.
“Na busca de soluções que permitam superar este problema, a descoberta de novos nichos de mercado e o aprofundamento de um turismo que se quer cada vez mais integrador e efectivamente universal, diversos estudos têm vindo a evidenciar a aposta no chamado turismo acessível”, pode ler-se, no projecto de resolução que foi entregue. “Este tipo de turismo apresenta-se como sendo uma aposta, não apenas rentável e sustentável, mas também impregnada de um espírito mais humanista e democrático”, acrescenta-se.
Na quinta-feira, o Instituto de Cidades e Vilas com Mobilidade (ICVM) apresentou um projecto de âmbito nacional para certificar locais acessíveis, numa altura em que há mais de 3,5 milhões de pessoas com mobilidade reduzida.
Na Europa, o turismo acessível representa 90 mil milhões de euros, o equivalente a metade do PIB português.