APAVT considera serviços mínimos “insuficientes”
Associação defende que é preciso “ redefinir” o que está assegurado para a greve dos pilotos.
Patricia Afonso
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A Associação Portuguesa das Agências de Viagem e Turismo (APAVT) considerou qe os serviços mínimos decretados pelo Tribunal Aritral para os períodos de greve dos pilotos da TAO, entre os dias 05 e 08 de Julho e 01 e 05 de Agosto são “insuficientes.”
Em comunicado da associação pode ler-se: “É com enorme perturbação e incredulidade que a APAVT assiste ao arrastar do dossier em volta da greve dos pilotos da TAP. Cada dia que passa os prejuízos para a companhia e para o País são mais elevados, hoje consideramos que simplesmente irrecuperáveis.”
Assim, “a APAVT não pretende analisar nem comentar a eventual legitimidade dos interesses que têm sido defendidos pelos pilotos, desde que a greve foi convocada.
O que a APAVT contesta, o que a APAVT não compreende, o que a APAVT não pode aceitar, é que a defesa de interesses corporativos possa colocar em risco os interesses de todo um País. Portugal atravessa um momento especial, que implica sacrifícios extraordinários por parte da grande maioria da população, sacrifícios que se pretendem temporários. Um momento especial que deveria exigir da parte dos pilotos da TAP um cuidado especial, concretamente e de uma forma óbvia, a abstenção de recurso à greve, acção que, no cenário em presença, mais parece configurar um abuso de direito do que o exercício de um direito.”
Para a associação, a “decisão do tribunal arbitral, com a atribuição de serviços mínimos manifestamente insuficientes, é apenas mais um episódio triste desta novela, tendo sido esquecidos os direitos de todo um País à sua própria recuperação.”
“Para não prejudicar o exercício do direito à greve, o Tribunal Arbitral esqueceu-se dos direitos de todo um País em crise, estabelecendo serviços mínimos manifestamente insuficientes e que urgem ser revistos”, declarou o presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira, a propósito do acórdão de ontem do Tribunal Arbitral que o Conselho Económico e Social.