António Trindade esclarece estado de calamidade e reembolsos aos operadores
“A situação [com as seguradoras] não é a mesma em termos de operadores turísticos, no que diz respeito ao ressarcimento dos clientes que tenham pago entretanto”, afirmou o presidente do Porto Bay ao Publituris.
Fátima Valente
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Na sequência de uma notícia publicada na edição de hoje do Jornal I, o presidente do grupo Porto Bay esclarece o impacto da não declaração do estado de calamidade e os reembolsos dos operadores: “O Alberto João Jardim e o Sócrates tomaram esta decisão[não declaração de calamidade pública] para não criar justificações por parte das seguradoras para não pagarem. A situação não é a mesma em termos de operadores turísticos, no que diz respeito ao ressarcimento dos clientes que tenham pago entretanto”. “O que não quiseram foi passar o argumento ao cliente para que os operadores tivessem que devolver o dinheiro”, frisou ao Publituris, acrescentando que “a notícia do I tem um nexo de casualidade que não existe”.
António Trindade vai ainda mais longe, afirmando que “quando o Alberto João Jardim e o Sócrates falaram ninguém sabia desta questão dos operadores. Eu próprio tomei conhecimento ontem, pelos operadores”.
O responsável aponta ainda que desde sábado já vários directores de operadores estrangeiros visitaram a região e constataram as condições do porto e aeroporto, dos hotéis, e das acessibilidade em termos de excursões e passeios, concluindo que o destino Madeira apresenta condições para que não haja qualquer hipótese de reembolso dos valores pagos por parte dos operadores. “Foi considerada uma situação normal, logo, segue as regras normais dos cancelamentos. Evidentemente, que há outros operadores que têm oferecido a mudança de destino ou o adiamento da estadia, que está a acontecer muito connosco”, explica. Por outro lado, também há clientes que, “em sinal de solidariedade para com a região, além das mensagens de apoio, já estão a reservar para o decorrer do ano”, destaca.
É sobretudo o médio prazo que está a preocupar os hoteleiros. “É natural que se possa chegar a uma retracção superior aos 20% nestes próximos tempos, até começarem a surgir as notícias da recuperação do destino. No momento presente estamos a atravessar o período pior que pode haver, que é continuar a ter as imagens e mensagens da tempestade”, considera António Trindade, salientando que apesar de haver cancelamentos, “não são tantos como se pudesse prever, porque no Inverno as reservas na Madeira têm uma antecipação relativamente curta, comparativamente ao Verão”.
Para inverter esta realidade, e enquanto o destino estiver “em situação de debilidade”, o presidente do grupo Porto Bay aponta como fundamental “criar ofertas suficientemente aliciantes para eventual novo segmento de mercado que busque a oportunidade”. “É importante demonstrar este nosso espírito de colaboração aos operadores e transportadores para evitar cancelamentos futuros”, resume.