Companhias adaptam-se a Verão atípico
Muitas têm sido as fórmulas adoptadas pelas companhias aéreas para sobreviverem em tempos mais conturbados. Nos últimos meses, a solução que mais tem sido adoptada tem sido o cancelamento de rotas ou mesmo a diminuição de frequências e capacidade. Ainda assim, há quem aposte nesta época para reforçar as operações, como se pode ver nas… Continue reading Companhias adaptam-se a Verão atípico
Joana Barros
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Muitas têm sido as fórmulas adoptadas pelas companhias aéreas para sobreviverem em tempos mais conturbados. Nos últimos meses, a solução que mais tem sido adoptada tem sido o cancelamento de rotas ou mesmo a diminuição de frequências e capacidade. Ainda assim, há quem aposte nesta época para reforçar as operações, como se pode ver nas próximas páginas.
Até aqui, os cenários apresentados não são os melhores, com a IATA a prever perdas de 2,5 mil milhões de dólares para as companhias aéreas em 2009. A Associação de Transporte Aéreo prevê ainda que as receitas das transportadoras desçam 35 mil milhões de dólares situando-se nos 500 mil milhões. Do lado do ACI (Associação internacional que reúne dados de mais de 900 aeroportos mundiais), surge a indicação de que o número de passageiros em 2008 desceu 0,2 por cento, até aos 4,5 mil milhões de pessoas. Os movimentos dos aviões desceram ainda mais (2,2 por cento), até aos 66,9 milhões. A ACI acredita que a contração irá manter-se durante 2009, mas que no final do ano surgirão sinais de alívio, com os primeiros sinais de retoma a surgirem em 2010. Resta agora saber como é que as transportadoras estão a reagir para contornar a situação.
Reajustar e adaptar
Fonte da TAP refere que têm sido feitos “ajustamentos pontuais da operação”, tendo também recorrido a uma “melhor flexibilização/ adequação da oferta à procura”. A companhia de bandeira – à semelhança de muitas outras – tem também recorrido a promoções especiais “como forma de estímulo a viajar”. Paralelamnte tem sido levada a cabo uma poupaça de custos.
A Iberia tem estado a apostar nas ligações intercontinentais, que, segundo Cristián Khun, gerente comercial para Portugal, têm registado bons crescimentos. A mesma fonte diz esperar que estes aumentos compensem os destinos europeus.
Por seu lado, a Aigle Azur mantém os objectivos ambiciosos apesar da contração do mercado. As metas passam pela “conquista de maior quota de mercado”, segundo avança Tiago Martins, delegado da transportadora francesa para Portugal. “Foi nesse sentido que tomámos a decisão de aumentar as frequências, mas estamos cientes das inúmeras dificuldades que o ano irá apresentar”, refere. Neste caso, a época de contração não se irá traduzir numa diminuição da qualidade, o que leva por isso a mesma fonte a sublinhar que não serão cobrados serviços básicos a bordo e que a aposta na formação de pessoal se mantém. Daí que a Aigle Azur tenha encetado uma aposta por ter pessoal próprio nos aeroportos onde opera.
Aposta na qualidade
A Lufthansa espera este ano conseguir ter a mesma procura que no Verão do ano passado e para isso mantém as atenções na análise constante do mercado. “Vamos estudar o mercado e adaptando a operações com aviões maiores ou, caso necessário, mais pequenos”, conta Margarida Pereira-Müller, relações públicas da Lufthansa e Swiss em Portugal. A mesma fonte lembra ainda que do lado da companhia suíça, as reservas apontam para um equílibrio.
Da parte da Continental Airlines, José Carlos Ferreira, director de vendas para Portugal, salienta que a aviação comercial não escapa ao “clima de incerteza e de alguma contenção” vivido por todos os sectores de actividade. “A Continental Airlines espera contornar esta conjuntura mantendo a sua consistência e qualidade de produto”, refere ainda a mesma fonte.
Jordi Porcel, director comercial da British Airways para Portugal e Espanha, acredita que as dificuldades não vão ser sentidas só este Verão e lembra que a transportadora britânica está a tentar adaptar-se ao contexto de forma a poder emergir em melhores condições quando a situação melhorar. “A nossa prioridade agora é assegurarmo-nos de que somos a melhor opção para os nossos passageiros e que continuamos a desenvolver produtos com o mesmo nível de serviço”, sublinha.
Por último, a easyJet encara a época com optimismo e acredita que a solução passa por continuar a lançar novas apostas. Só em Fevereiro foram apresentadas 13 novas rotas para o Verão. “Acreditamos que temos o modelo de negócio mais equilibrado do sector e que sairemos ainda mais fortes depois da crise”, afiança fonte da low cost britânica.