Nikolas Wirtz: ‘Tenho as rédeas nas minhas mãos’
O novo director geral da Lufthansa para Portugal foi apresentado, na quarta-feira, ao mercado português, num evento que decorreu no bar Silk, em Lisboa. À conversa com o Publituris, Nikolas Wirtz admite que é difícil estabelecer objectivos para o mercado luso, devido à conjuntura que a indústria vive: “Os tempos estão difíceis, não só para… Continue reading Nikolas Wirtz: ‘Tenho as rédeas nas minhas mãos’
Joana Barros
Francisco Calheiros: “Cá estaremos para dar voz a todos os ramos do turismo representados na CTP”
Hoteleiros questionam aumento da taxa turística em Lisboa e pedem “transparência” na relação com o Turismo
Marriott International acrescenta 100 hotéis e 12.000 quartos ao portfólio europeu até 2026
Lufthansa revê resultados para 2024 em baixa
CoStar: Pipeline hoteleiro regista trajetória ascendente no continente americano
Depois dos hotéis, grupo Vila Galé também aposta na produção de vinho e azeite no Brasil
Novo MSC World America navega a partir de abril de 2025 com sete distritos distintos
Top Atlântico promove campanha para as viagens de verão
ERT do Alentejo dinamiza Estações Náuticas na Nauticampo
TAP escolhe filmes do Festival ART&TUR para exibição nos voos de longo curso
O novo director geral da Lufthansa para Portugal foi apresentado, na quarta-feira, ao mercado português, num evento que decorreu no bar Silk, em Lisboa. À conversa com o Publituris, Nikolas Wirtz admite que é difícil estabelecer objectivos para o mercado luso, devido à conjuntura que a indústria vive: “Os tempos estão difíceis, não só para a indústria da aviação civil, mas no geral”. “É difícil estabelecer objectivos específicos, o meu objectivo geral é manter esta história de sucesso que a Lufthansa tem tido em Portugal”, avança o responsável de 30 anos, que está em Portugal desde o início do mês de Fevereiro.
Daí que o sucessor de Frank Wagner não avance uma estratégia concreta para este mercado. “De momento é difícil falar de grandes planos, de melhorias, de aumentos de capacidade”. Ainda assim, a longo prazo “deverá haverá um desenvolvimento”.
Resta saber que tipo de liberdade é que Nikolas Wirtz terá à frente da delegação portuguesa. Aqui a resposta divide-se em duas vertentes: “Em termos de vendas tenho uma grande liberdade, o espaço que a Lufthansa deixa para as suas unidades é muito grande”. Noutros casos a rédea será mais curta. “Há outras áreas onde a liberdade é limitada: planeamento de rede, política de preços”. Nestes casos é imprescindível uma consulta às bases de Londres e Frankfurt. “Mas muitas áreas, como vendas e o desenvolvimento do mercado, terei liberdade”, admite o director geral. “Sinto que tenho as rédeas nas minhas mãos para desenvolver este mercado”, solta ainda.
Liberdade é também um conceito que está enraizado na cultura do próprio grupo Lufthansa. Daí que Wirtz lembre “o conceito que a Lufhansa tem de acreditar nas unidades mais pequena” e a esse respeito lembra o processo de integração da Swiss: “Deixámo-los como uma companhia independente. Acho que essa é a abordagem correcta para Portugal.”
Confiante à partida
Nikolas Wirtz entrou na Lufthansa em 2004, depois de terminar a licenciatura em engenharia e gestão industrial. Desde então tem ocupado diversos cargos na empresa, nomeadamente desempenhou funções junto do vice-presidente executivo para estratégia TI e aquisições. E apesar de já ter um curriculum de respeito, o novo director geral admite que este é sem dúvida o maior desafio que já enfrentou. Em especial, devido à conjuntura. “Teria sido um desafio com uma conjuntura melhor, ainda é mais desafiante agora, em tempos mais difíceis”, comenta. “O que me deixa confiante é que encontrei uma boa equipa de vendas”, avança, referindo que “as bases estão lançadas”.
Certo é que Frank Wagner deixa um legado difícil de igualar, mas sobre isso Nikolas Wirtz diz ainda ser cedo para comentar: “Tem de me perguntar isso dentro de um ano. É muito difícil para mim perceber o que foram os desafios do passado, quais são os desafios actuais”. Um dos desafios será certamente conhecer o mercado todo, trabalho esse que o director geral tem feito nas últimas seis semanas, através de reuniões com as agências mais próximas da Lufthansa. “As agências são um parceiro de distribuição muito importante para a Lufthansa”, conta. “Nas últimas semanas tenho estado com o maior número de agentes que consegui, por agora é a minha abordagem, passar mais tempo com eles”, remata.