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“Há um 'gap' entre os quatro e cinco estrelas no Porto”

Ao fim de dez anos, o Mercure Porto-Batalha beneficiou de obras de remodelação, num investimento de 1,5 milhões de euros, que incidiu sobretudo nos quartos, restaurante e bar, ao nível de equipamentos, revestimentos e mobiliário. O segmento de negócios representa a maior fatia das vendas, com a particularidade de estar “hoje restrita à formação de… Continue reading “Há um 'gap' entre os quatro e cinco estrelas no Porto”

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“Há um 'gap' entre os quatro e cinco estrelas no Porto”

Ao fim de dez anos, o Mercure Porto-Batalha beneficiou de obras de remodelação, num investimento de 1,5 milhões de euros, que incidiu sobretudo nos quartos, restaurante e bar, ao nível de equipamentos, revestimentos e mobiliário. O segmento de negócios representa a maior fatia das vendas, com a particularidade de estar “hoje restrita à formação de… Continue reading “Há um 'gap' entre os quatro e cinco estrelas no Porto”

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Ao fim de dez anos, o Mercure Porto-Batalha beneficiou de obras de remodelação, num investimento de 1,5 milhões de euros, que incidiu sobretudo nos quartos, restaurante e bar, ao nível de equipamentos, revestimentos e mobiliário. O segmento de negócios representa a maior fatia das vendas, com a particularidade de estar “hoje restrita à formação de bancários, desenvolvida na região do Grande Porto”, refere João Araújo, director da Mercure para Portugal. A remodelação vem fazer face às exigências deste tipo de cliente, cuja procura se estende durante todo o ano”, mas também dos grupos e individuais, que encontram no Mercure um quatro estrelas no centro da cidade. Refira-se que a redecoração dos quartos (33 dos 149 passaram a categoria superior) obedeceu ao tema do teatro, à semelhança dos restantes espaços do hotel. Com um universo de seis unidades em Portugal, a Mercure está presente no Norte e Centro, onde a sua oferta se caracteriza pelos quatro estrelas, com duas excepções. Os hotéis de Póvoa do Varzim e Aveiro são os únicos com classificação inferior. João Araújo admite que os produtos Mercure não têm uma relação directa com a categoria pelo sistema de estrelas, já que esta marca da Accor “respeita os itens obrigatórios” mas, contrariamente à Novotel ou Ibis, não é estandardizada. A partir deste ano, o responsável pela marca em Portugal reconhece que se poderá pensar numa elevação da categoria no três estrelas de Aveiro. Os quartos, diz, “têm dimensão para figurar como alojamento de categoria superior”, e a rentabilidade, associada ao aparecimento de um hotel Meliá justificariam uma operação do género. Na Póvoa, o Novotel Vermar preenche o segmento de quatro estrelas e o destino não comporta dois hotéis da mesma categoria, sob o risco de se entrar numa situação de concorrência interna.

Nivelar por cima
Relativamente ao Porto, os problemas da hotelaria – e dos quatro estrelas em específico – são os problemas “do país e das pessoas do país”. A lógica corrente desabafa, é “nivelar por baixo”, invertido um pouco pelo surgimento do Sheraton Porto Hotel & Spa. O cenário do sector na cidade não tem perspectivas de melhoria porque “não há hotéis de três estrelas que empurrem os quatro estrelas para cima” e como isto não acontece, os últimos “vêm buscar o mercado aos de três estrelas”. João Araújo salienta que existe actualmente um 'gap' entre os hotéis de quatro e cinco estrelas, que poderia ser preenchido, sendo que os empreendimentos de três estrelas estão logo abaixo, em concorrência directa. Esta é uma “péssima estratégia”, lança, na medida em que os responsáveis “não se convenceram que não é baixando o preço que vão chegar ao mercado”. Tanto assim é que o Porto “tem tido mais procura e mais turistas, nomeadamente através das companhias aéreas low cost”. A estratégia da Mercure para Portugal, marca do grupo francês Accor, “é nacional, dentro dos critérios do mercado”. João Araújo reconhece não estar “motivado para seguir esta estratégia nacional de baixos preços” mas que também não pode “ir atrás da estratégia da Accor a nível mundial, porque existe um hiato enorme entre os nossos preços e os de França, por exemplo, da Inglaterra ou Alemanha”. Exequível será encontrar um termo conciliador, que possa trazer uma mais valia de rentabilidade anual, constante. Em unidades como o Mercure Batalha ou o Mercure Lisboa, “produtos de qualidade”, não vale a pena “baixar preços para ir buscar taxas de ocupação porque se vai captar mercado que se calhar não interessa”.

Rentabilizar o negócio
Como vice-presidente da ADETURN, João Araújo reconhece que não se consegue passar a mensagem aos hoteleiros que a rentabilidade das unidades só aumenta com a subida do preço médio, ainda que sacrificando a taxa de ocupação. “O associativismo em Portugal funciona mal porque as pessoas não estão predispostas a assumir compromissos”, atira acrescentando que “não se trata de fazer lobbying para descer os preços”, mas apenas criar uma mentalização de que “não é baixando preços que se alcança a rentabilidade dos negócios”. Feita a comparação com o negócio da aviação, os hotéis também têm as classes de serviço e alojamento e cabe aos directores saber impor limites à turística, à executiva e à primeira classe, ou seja “adaptar a unidade a essas circunstâncias”. “Uma coisa é o cash flow, ter dinheiro em caixa mesmo que seja a vender quartos a um euro” mas João Araújo não acredita que alguns projectos hoteleiros tenham rentabilidade, retorno do investimento com a filosofia de preços de desconto. Em teoria, a vantagem dos custos baixos na mão-de-obra comparativamente a outros países da Europa, ignora que “também a rentabilidade dos hotéis é muito inferior em função dos preços serem baixos”, os números “são fáceis de explicar”. Outra coisa que falta é um estudo sobre o tipo de cliente que chega ao Porto, nomeadamente sobre a chegada de turistas que viajam em low cost, para o Aeroporto Francisco Sá Carneiro. A realização de um estudo sobre este mercado foi aprovada na ADETURN, com o intuito de perceber que tipo de passageiro desembarca no Porto.

Balanço Mercure
Crescimento pelo franchise

Em termos de resultados para 2006, a Mercure dá como balanço uma taxa de ocupação global na ordem dos 56%, atingindo 8,8 milhões de euros em receitas totais no final do exercício. As estimativas feitas pelo director da marca para o país é de uma subida de 10% em volume de negócios e uma taxa de ocupação média, para toda a rede, de 60%.

As performances dos hotéis, ao contrário do que seria de esperar, não têm grandes diferenças entre cidades como o Porto e Lisboa, e Póvoa do Varzim ou Figueira da Foz, apesar de as estarem mais massificadas. Na generalidade, o sucesso dos hotéis em destinos menos óbvios tem a ver com a rede de distribuição e o peso da marca.

O ano 2007 será melhor que o actual em todos os hotéis, assegura o director. Foram tomadas medidas estratégicas com vista a ter maior rentabilidade, implicando uma contenção de custos e venda mais agressiva “a melhor preço”, antevendo um “decréscimo na taxa de ocupação mas com melhor resultado operacional”. As medidas passarão por adaptar os serviços ao tipo de produto, como no caso do Mercure Porto-Gaia, onde “não adianta ter um restaurante aberto”. Da mesma forma que não fará sentido ter almoços muito elaborados, no Mercure Porto-Batalha, em concorrência com restaurantes de rua com preços mais acessíveis.

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10.ª edição do “Vê Portugal” aposta nos desafios futuros das ERT e na paz para o turismo

A realizar de 3 a 5 de junho, em Torres Vedras, a 10.ª edição do “Vê Portugal” – Fórum de Turismo Interno, centrará os temas à volta dos desafios futuros das ERT, mas também no papel da segurança e da paz para captar turismo e desenvolver territórios. No fundo, como espelha o tema do fórum, será um evento para “gerar entendimentos”.

Victor Jorge

A 10.º edição do “Vê Portugal” – Fórum de Turismo Interno pretende debater “pontes para gerar entendimentos”. Assim, de 3 a 5 de junho, o evento da Turismo do Centro (TdC) ruma a Torres Vedras onde, segundo Jorge Sampaio, membro da Comissão Executiva da TdC, “o objetivo da 10.ª edição do evento é a mesma da 1.ª edição: discutir o turismo interno nas suas mais diversas vertentes”.

Segundo o mesmo, “não queremos discutir o presente, mas sim o futuro” e “o Centro quer estar sempre na frente da inovação quando se fala de turismo”. De resto, Jorge Sampaio não deixou de notar que “ainda falamos de pandemia, mas esta já acabou, alterando o paradigma de como o turismo é visto pela procura e pela oferta”.

O responsável na Comissão Executivo deixou, aliás, claro que “não há outra forma de inovar sem discutir o turismo, já que se trata de uma atividade responsável por cerca de 20% do nosso Produto Interno Bruto (PIB)”, admitindo mesmo que se trata das atividades que mais evoluiu e mais inovação trouxe à economia”.

No que diz respeito ao programa do “Vê Portugal” de 2024, Sílvia Ribau, chefe de Núcleo de Estruturação, Planeamento e Promoção Turística na Turismo Centro de Portugal, frisou que o evento tem como objetivo “trabalhar mais a aproximação aos agentes profissionais”. Daí a 10.ª edição do evento da Turismo do Centro arranque com reuniões B2B, no dia 3 de junho, onde os operadores turísticos e as agências de viagens nacionais ficarão a conhecer a oferta turística da região Centro de Portugal, com especial incidência na sub-região do Oeste, e poderão assim estabelecer oportunidades de negócio para o futuro.

“Queremos contribuir para a facilitação da venda dos produtos e serviços que a região oferece”. Assim, a aposta passa por “valorizar, inovar, qualificar o produto, perspectivar caminhos para essa qualificação e determinar a procura.

Jorge Sampaio admitiu mesmo que, “durante anos, o turismo foi visto pela procura. Agora será mais pelo lado da oferta”, considerando que, por isso, “há que estruturar a oferta, qualificá-la, de forma a podermos oferecer mais por mais valor e transformar território em destinos turísticos”.

Também Laura Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, anfitriã do evento, considera que “é importante a escolha de cidades intermédias e não só as grandes cidades para a realização deste tipo de eventos”.

“Nesta região e, mais especificamente, nesta sub-região, há facilidade em atrair pessoas residentes como não residentes”, disse Laura Rodrigues, fazendo referência aos 20 quilómetros de costa, qualificada como “Quality Coast”.

Quanto ao debate que deverá levantar algumas questões referentes ao futuro funcionamento das Entidades Regionais de Turismo, Jorge Sampaio deixou o recado: “gostava que o país tivesse juízo”, considerando que “não podemos ter o turismo, que representa 20% do nosso PIB a mudar de estratégia de quatro em quatro anos”, mostrando-se “confiante “ que o novo secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado [antigo presidente da ERT do Centro de Portugal] “vai ter essa estratégia para os próximos 10 ou 15 anos”.

No final ficou a indicação de que o “Vê Portugal” de 2024 terá na paz e na segurança uma das mensagens principais, até porque, segundo Adriana Rodrigues, chefe do núcleo de Comunicação, Imagem e Relações Públicas da Turismo do Centro, “o turismo é um fator para se aumentar pontes de entendimento. E a paz é fundamental para o conseguir”.

As inscrições na 10.ª edição do Fórum “Vê Portugal” são gratuitas e o programa já está disponível e pode ser consultado aqui.

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Joaquim Robalo de Almeida, secretário-geral da ARAC

Transportes

ARAC reúne em assembleia geral para discutir plano de atividades e orçamento para 2024

A Associação Nacional dos Locadores de Veículos (ARAC) considera que, dada a progressiva substituição de veículos de combustão interna por veículos elétricos e híbridos plugin, “justifica-se” a atribuição de incentivos financeiros às empresas de rent-a-car, rent-a-cargo e carsharing para a aquisição destes equipamentos.

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A Associação Nacional dos Locadores de Veículos (ARAC) realizou uma assembleia geral ordinária no passado dia 15 de abril para discutir e aprovar o Relatório do Conselho Diretor e das Contas referentes ao exercício de 2023 e do Parecer do Conselho Fiscal. Num segundo ponto, a associação reuniu-se para discutir e aprovar o Plano de Atividades e Orçamento para 2024 apresentados pelo Conselho Diretor, bem como o Parecer do Conselho Fiscal sobre estes dois últimos documentos.

Em nota de imprensa, a associação que completou 49 anos de atividade em 2023 dá conta de ter alcançado a “maioria” dos objetivos estabelecidos no plano de atividades para 2023. Agora, para 2024, a associação elenca uma série de objetivos, entre eles a descarbonização da frota e transição digital.

Como refere em nota de imprensa, prevendo-se a substituição progressiva de veículos de combustão interna por veículos elétricos e híbridos plugin, a ARAC entende “justificar-se a atribuição de incentivos financeiros destinados à aquisição, pelas empresas de rent-a-car, rent-a-cargo e carsharing de: veículos elétricos e híbridos plug-in novos; de estações de carregamento para veículos elétricos e híbridos plug-in; de sistemas de entrega e receção de veículos com recurso a sistemas de contactless e de soluções informáticas com vista à otimização de processos e eliminação do papel na celebração de contratos de aluguer de veículos sem condutor”.

Outros dos objetivos da ARAC para este ano passa pelo estudo da criação de hub’s para carregamento de veículos elétricos, que a associação entende serem “sobretudo” importantes “junto dos terminais de transporte, como aeroportos e terminais de caminhos de ferro” e que refere estar dependente da “colaboração de parceiros como as câmaras municipais, fornecedores de energia e empresas de higienização de veículos”.

A lista de objetivos da ARAC para este ano inclui ainda o desenvolvimento de uma aplicação para gestão de sócios e veículos, com vista a garantir a informação estatística sobre os setores representados pela ARAC; pela formação profissional, com a realização de mais cursos profissionais dirigidos aos colaboradores das empresas associadas da ARAC e a “correção das distorções existentes no rent-a-car face aos restantes países da União Europeia”.

Num último ponto, a associação refere que “continuará a promover o combate ao aluguer ilegal, apresentando exposições junto do Secretário de Estado Adjunto e do Ambiente, do Secretário de Estado do Turismo, do presidente do Conselho Diretivo do IMT – Instituto da Mobilidade e dos Transportes, I.P. e da presidente do Conselho de Administração da AMT –Autoridade da Mobilidade e dos Transportes”.

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Agências

Agência Abreu aposta em viagens premium de enoturismo

A nova programação dedicada ao enoturismo inclui sugestões dentro e fora de Portugal. No estrangeiro, o pacote sugere experiências em países como Espanha, França, Itália, Alemanha, Hungria, Argentina, África do Sul e Austrália.

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A Agência Abreu lançou uma nova programação dedicada ao enoturismo em colaboração com a presidente da Associação Portuguesa de Enoturismo (APENO), Maria João de Almeida.

Desta forma, a nova oferta “Experiências Premium de Vinho” inclui propostas dentro e fora de Portugal para adeptos de enoturismo. Em terras lusas, a nova programação inclui propostas para destinos como Douro, Alentejo, Dão, Lisboa, Açores e Madeira. Já fora de portas, o pacote oferece sugestões em países como Espanha, França, Itália, Alemanha, Hungria, Argentina, África do Sul e Austrália.

Neste novo programa a Agência Abreu promete que será possível conhecer “o que de melhor há em cada região, curiosidades e castas, através das visitas às adegas, restaurantes e hotéis onde o vinho tem papel de destaque”. A colaboração com Maria João de Almeida traduz-se com a coordenação e acompanhamento dos grupos interessados neste programa pela presidente da APENO, seja em território nacional ou internacional, em programas complementados por atividades como passeios de barco, de balão ou em 4×4, visitas a museus, entre outras.

“O conhecimento que a Maria João Almeida tem do setor de vinhos levou-nos à sua escolha para o desenho desta oferta temática que está acessível nas lojas da rede da Agência Abreu e em abreu.pt”, explica Pedro Quintela, diretor-geral de vendas e marketing da agência, que adianta que “estas sugestões se dirigem não só a grupos organizados, como também a individuais”.

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Evolution Cascais-Estoril | Créditos: DR

Hotelaria

Savills aponta para aumento do volume de investimento em hotéis europeus face a 2023

O mais recente estudo da Savills prevê que os volumes de investimento em hotéis europeus este ano ultrapassem “significativamente” os números de 2023.

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Em nota de imprensa referente ao Savills European Investor Sentiment Survey 2024, a consultora imobiliária internacional afirma que “Espanha ultrapassou o Reino Unido em 2022 para se tornar no maior mercado de investimento hoteleiro da Europa”. No entanto, “o Reino Unido recuperou a sua posição no ano passado, registando 2,62 mil milhões de euros em transações hoteleiras, ligeiramente acima dos 2,61 mil milhões de euros anotados em Espanha”.

A consultora explica que “este facto foi impulsionado por um aumento acentuado da atividade no Reino Unido no último trimestre, ajudado por uma redução dos custos dos empréstimos e, assim, pela melhoria do sentimento dos investidores”. Com mais de mil milhões de euros de ativos hoteleiros do Reino Unido já transacionados este ano, a expetativa agora é a de que os volumes totais do corrente ano ultrapassem os níveis de 2023.

“No segundo semestre de 2023, a atividade de investimento mostrou sinais promissores de recuperação, assinalados por aumentos trimestrais consecutivos. Os volumes regionais aumentaram 20% em relação ao trimestre anterior durante o terceiro trimestre, um desenvolvimento assinalável, dado que o terceiro trimestre é tradicionalmente marcado por uma atividade moderada. Esta dinâmica continuou com volumes mais fortes no primeiro trimestre de 2024 em vários mercados-chave da região”, refere Richard Dawes, diretor da equipa hotéis para região EMEA na Savills.

O Savills European Investor Sentiment Survey 2024 mostra também uma tendência entre os investidores para aumentar o seu capital alocado ao segmento hoteleiro nos próximos três anos. Neste período, os inquiridos esperam investir cerca de dez mil milhões de euros, visando em particular os Serviced Apartments, os Lifestyle Hotels e os Mid-Market Hotels.

Charlie Bottomley, director, Savills Capital Advisors, Debt Advisory, afirma: “Os mercados de dívida desempenharão um papel importante na definição do panorama de investimento da hotelaria europeia em 2024. Navegar corretamente no ambiente de dívida apresentará oportunidades para aqueles que conseguirem adaptar a sua abordagem e, à medida que o sector continua a ajustar-se, a monitorização cuidadosa e a tomada de decisões estratégicas serão essenciais para o crescimento sustentado e para a rentabilidade em 2024.”

No caso português, em 2023 o segmento hoteleiro liderou a tabela de investimento imobiliário, registando sensivelmente mais de 570 milhões de euros de volume de investimento imobiliário, com 83% do capital de origem internacional.

“Em Portugal, nos próximos dois anos, deverão abrir mais de 80 novas unidades hoteleiras, que resultarão numa oferta total superior a 7.900 camas espalhadas por todo o país e promovidas por marcas internacionais de peso. Este ano, prevê-se que o segmento hoteleiro mantenha o dinamismo, assente num excelente desempenho operacional, que manterá o país na rota de investidores e marcas hoteleiras internacionais”, afirma Luís Clara, Capital Markets Associate da Savills Portugal.

Numa nota final, Marie Hickey, diretora de pesquisa na Savills, aponta que “com a procura em vários mercados hoteleiros europeus ainda em modo de recuperação, continua a existir um apoio significativo a um maior crescimento da ocupação, o que irá sustentar as taxas e ajudar a impulsionar as receitas. Embora os compradores privados e proprietários/operadores tenham sido particularmente ativos em 2023 – e continuarão a sê-lo este ano –, também esperamos que o capital privado de média capitalização e as instituições recuperem em 2024, apoiados pelo apelo relativo do setor de hospitalidade, fortes fundamentos de procura, desempenho operacional e a pressão para implantar capital.

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Análise

Negócios no setor das viagens e turismo caíram 14,9%

A GlobalData, empresa especializada em dados e análises, dá conta de que no primeiro trimestre de 2024 o setor das viagens e turismo registou uma descida no número de negócios celebrados face ao período homólogo. Se as maiores descidas foram verificadas na América do Norte e na Europa, o volume de negócios na região da Ásia-Pacífico permaneceu praticamente estável.

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Durante o primeiro trimestre de 2024 o setor das viagens e turismo registou 165 negócios a nível mundial, entre fusões e aquisições, private equity (PE) e negócios de financiamento de risco. Este valor representa uma queda de 14,9% face ao primeiro trimestre de 2023, altura em que se registaram 194 negócios, de acordo com a GlobalData, empresa especializada em dados e análises.

“A descida do número negócios na América do Norte e na Europa, que coletivamente representaram cerca de dois terços do número total de negócios anunciados globalmente durante o primeiro trimestre de 2024, impulsionou o declínio geral no volume de negócios”, refere Aurojyoti Bose, analista líder da GlobalData, em nota de imprensa.

Enquanto na América do Norte a descida do número de negócios foi de 26,2%, a Europa registou um declínio de 12,3% neste indicador durante o primeiro trimestre de 2024, em comparação com o primeiro trimestre de 2023.

As regiões da América do Sul e Central, bem como do Médio Oriente e África, também verificaram uma descida no volume de negócios durante o primeiro trimestre de 2024. Por outro lado, o volume de negócios na região da Ásia-Pacífico permaneceu praticamente estável.

Vários mercados-chave em todas as regiões mundiais registaram uma atividade de transações moderada, como foi o caso dos Estados Unidos da América, que registou uma descida de 21,7% no primeiro trimestre de 2024 face ao período homólogo, Reino Unido (descida de 30%), China (66,7%), França (27,3%) e Japão (28,6%).

Uma análise do banco de dados de negócios da GlobalData revelou que o volume de negócios para fusões e aquisições, bem como negócios de financiamento de risco, diminuiu 14,2% e 29,2%, respetivamente, durante o primeiro trimestre de 2024 em comparação com o primeiro trimestre de 2023, enquanto o número de negócios de private equity registou “algumas melhorias”.

Em comunicado, a Global Data ressalva que os dados podem sofrer alterações, caso algumas transações sejam acrescentadas a meses anteriores devido a um atraso na divulgação de informações no domínio público.

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Destinos

Macau facilita entrada de portugueses com passagem automática na fronteira

Macau vai facilitar, a partir de sexta-feira, 19 de abril, a entrada de visitantes portugueses no território, com o alargamento da passagem automática fronteiriça a quem for titular de um passaporte de Portugal, anunciaram as autoridades.

Victor Jorge

Com o objetivo de “elevar a experiência de passagem fronteiriça dos visitantes estrangeiros” e torná-la “mais conveniente e eficiente”, a PSP vai permitir que “visitantes estrangeiros titulares de passaporte português e de passaporte de Singapura entrem ou saiam de Macau através dos canais de passagem automática”, lê-se num comunicado da corporação.

Nacionais portugueses, com idade igual ou superior a 11 anos de idade, devem efetuar o registo para poderem utilizar os canais nos postos fronteiriços, acrescenta-se na nota da PSP.

As pessoas que efetuam o registo devem ter o passaporte com pelo menos 90 dias de validade, e quem tiver menos de 17 anos deve fazer-se acompanhar pelos pais ou tutor.

Após a inclusão de portugueses e singapurianos na lista de destinatários, o Governo “continuará a alargar” a lista, para “promover ativamente a facilitação da circulação de pessoas” e “contribuir para o novo desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau”, referiram as autoridades.

Este ano assinala-se o quinto aniversário da Área da Grande Baía, uma das três principais estratégias do líder chinês, Xi Jinping, para a integração regional.

O projeto abrange as regiões administrativas especiais de Macau e Hong Kong e nove cidades da província de Guangdong, através da criação de um mercado único e da crescente conectividade.

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Transportes

easyJet corta voos para Israel até outubro

Dado o atual clima de instabilidade e insegurança no Médio Oriente, a easyJet decidiu cancelar os voos até outubro deste ano.

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A easyJet suspendeu os voos para Telavive (Israel) durante os próximos seis meses na sequência do recente ataque com mísseis e drones do Irão contra Israel.

A companhia aérea informou que suspenderá os voos até 27 de outubro, dada a “situação em Israel”, depois de ter retomado recentemente os voos para Telavive, na sequência do ataque do Hamas a Israel no ano passado, que desencadeou uma guerra na Faixa de Gaza.

A companhia informa que os clientes com reservas para voar nesta rota até esta data estão a receber opções que incluem um reembolso total.

“Em resultado da contínua evolução da situação em Israel, a easyJet tomou a decisão de suspender os seus voos para Telavive durante o resto da época de verão, até 27 de outubro”, refere a companhia que operava cerca de quatro voos por semana para Telavive.

Várias companhias aéreas suspenderam os voos para Israel e outras partes do Médio Oriente na sequência dos recentes acontecimentos, outras reencaminharam os voos para evitar o espaço aéreo israelita ou iraniano, o que pode aumentar o tempo dos voos.

A 27 de outubro, a easyJet lançará a sua nova operação de inverno, altura em que reavaliará a situação do mercado israelita.

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Hotelaria

W Algarve tem novo diretor-geral

Com uma vasta experiência internacional em cadeias de luxo, Christian Humbert assume a direção do primeiro hotel da marca W em Portugal.

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Dois anos depois de ter aberto portas, o W Algarve tem um novo General Manager. Christian Humbert deixa a Ásia, onde esteve nos últimos 18 anos, para assumir a direção do primeiro hotel da marca W em Portugal.

Com uma carreira na hotelaria de luxo com mais de 20 anos, Christian trabalhou como diretor de Vendas e Marketing nos The St. Regis Beijing e The St. Regis Bali Resort. Também como diretor de Vendas e Marketing, fez parte da equipa de abertura do W Retreat – Koh, onde também atuou como diretor do hotel durante cinco meses. Aprofundou depois a sua experiência de pré-abertura de hotéis como diretor do hotel e diretor-geral do W Bangkok.

Depois disso, Christian Humbert foi promovido a diretor-geral do Le Meridien Bangkok, em 2014, para dois anos mais tarde, regressar à China para abrir o W Shanghai – The Bund. Foi responsável pela pré-abertura e pelo posicionamento do hotel no cenário do luxury lifestyle.

Assumiu posteriormente o cargo de diretor-geral no The Ritz-Carlton Shanghai, Pudong. Num mercado altamente competitivo, Christian apresentou e excedeu os resultados financeiros ano após ano.

Em comunicado, a marca refere que “o estilo de liderança de Christian Humbert, que motiva os colaboradores a proporcionar experiências de luxo excecionais aos seus hóspedes, em combinação com a sua sólida experiência operacional, contribui para elevados níveis de retorno”.

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Turismo

Nações Unidas discutem papel do turismo para o desenvolvimento sustentável

O papel do turismo no desenvolvimento sustentável foi o tema central da recente Assembleia-Geral das Nações Unidas. No evento, além do foco dado à importância do setor para as sociedades e economias, houve também uma chamada de atenção para o consumo insustentável e como este está a provocar a perda de biodiversidade.

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A Assembleia-Geral das Nações Unidas realizou, recentemente, um segundo evento temático centrado no turismo e no papel fundamental do setor no desenvolvimento sustentável e na resiliência.

Organizado pelo presidente da Assembleia-Geral em colaboração com o Turismo da ONU (UN Tourism), o evento teve lugar na sede da ONU no âmbito da Semana da Sustentabilidade. A presença de Estados Membros, Observadores, organizações da sociedade civil e agências da ONU refletiu um crescente compromisso coletivo para aproveitar o poder transformador do turismo para o desenvolvimento inclusivo e sustentável.

Dirigindo-se à Assembleia-Geral, o secretário-geral do Turismo da ONU, Zurab Pololikashvili, destacou a “importância crescente do setor do turismo para as nossas sociedades e economias acarreta uma responsabilidade acrescida. Não podemos permitir que a tábua de salvação do turismo seja novamente cortada. A resiliência no setor do turismo não é apenas uma questão de planeamento ou de reação a crises. Trata-se também de abordar de forma proactiva os factores subjacentes a essas crises”.

Pololikashvili salientou ainda que “o consumo insustentável está a provocar a perda de biodiversidade, as alterações climáticas e o aparecimento de pandemias”. Por isso, considerou que “é vital que adotemos políticas que acelerem a mudança transformadora”.

Já o presidente da Assembleia-Geral da ONU, Dennis Francis, reconheceu que “precisamos de um setor de turismo global que seja sustentável – um setor com cadeias de valor locais profundas que expandam a procura de produtos e serviços feitos localmente de forma a beneficiar direta e positivamente as comunidades locais; um setor que sirva como uma força positiva para a conservação da biodiversidade, proteção do património e meios de subsistência amigos do clima”.

Plataforma de partilha
O evento temático proporcionou também uma plataforma para os Estados-Membros partilharem as melhores práticas, estratégias e abordagens inovadoras para promover o turismo sustentável e resiliente, alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Os principais destaques incluíram o “Fireside Chat: O Futuro do Turismo” onde os líderes da indústria do turismo, do meio académico e da sociedade civil participaram numa discussão dinâmica sobre o futuro do turismo e a necessidade de soluções inovadoras para enfrentar os desafios e oportunidades emergentes.

Nas Mesas redondas ministeriais foram realizadas discussões sobre o lançamento do Quadro Estatístico para Medir a Sustentabilidade do Turismo e estratégias para promover um turismo resiliente face aos desafios globais. Ministros e funcionários de alto nível partilharam ideias e compromissos para promover práticas e políticas de turismo sustentável.

Recorde-se que a Assembleia-Geral da ONU adotou uma resolução para declarar 2027 como o Ano Internacional do Turismo Sustentável e Resiliente. A resolução convida o Turismo da ONU a trabalhar com governos, agências da ONU e organizações internacionais para a implementação do ano temático.

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Destinos

Quinta de S. Sebastião abre portas ao Enoturismo

Localizada a apenas 20 minutos de Lisboa e com uma história secular, datada de 1755, a Quinta de S. Sebastião acaba de abrir as portas ao Enoturismo.

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A Quinta de S. Sebastião, nome conhecido no mundo dos vinhos e reconhecido em mais de 50 países, acaba de abrir as suas portas ao Enoturismo. Situada nas paisagens da Arruda dos Vinhos, a apenas 20 minutos de Lisboa, a Quinta de S. Sebastião passa a oferecer experiências no coração da região vitivinícola de Lisboa, com os visitantes a terem a oportunidade de mergulhar na tradição vitivinícola portuguesa, explorando os vinhedos pitorescos através de passeios de jipe, a pé ou a cavalo, podendo degustar uma seleção de vinhos.

Além das visitas guiadas, os visitantes poderão desfrutar de experiências personalizadas de degustação, harmonizações de vinhos e petiscos regionais, proporcionando uma imersão completa na cultura local.

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