TAP: a herdeira dos passageiros Varig
As receitas geradas, até Setembro deste ano, pelas ligações ao Brasil estão 35% acima do registado em igual período de 2005. Luís Mór explica porquê À margem da ABAV – Feira das Américas, que decorreu no Rio de Janeiro, a TAP, através do seu vice-presidente Luís Mór, e do seu director-geral no Brasil, Mário Carvalho,… Continue reading TAP: a herdeira dos passageiros Varig
Ruben Obadia
10.ª edição do “Vê Portugal” aposta nos desafios futuros das ERT e na paz para o turismo
ARAC reúne em assembleia geral para discutir plano de atividades e orçamento para 2024
Agência Abreu aposta em viagens premium de enoturismo
Savills aponta para aumento do volume de investimento em hotéis europeus face a 2023
Negócios no setor das viagens e turismo caíram 14,9%
Macau facilita entrada de portugueses com passagem automática na fronteira
easyJet corta voos para Israel até outubro
W Algarve tem novo diretor-geral
Nações Unidas discutem papel do turismo para o desenvolvimento sustentável
Quinta de S. Sebastião abre portas ao Enoturismo
As receitas geradas, até Setembro deste ano, pelas ligações ao Brasil estão 35% acima do registado em igual período de 2005.
Luís Mór explica porquê
À margem da ABAV – Feira das Américas, que decorreu no Rio de Janeiro, a TAP, através do seu vice-presidente Luís Mór, e do seu director-geral no Brasil, Mário Carvalho, fez um balanço da operação para aquele país e aproveitou para analisar globalmente o comportamento da empresa.
De acordo com Luís Mór, só este ano a ligação entre o Brasil e Portugal deverá registar um aumento de 15 por cento, a que corresponderá a 915 mil passageiros transportados, sendo que em 2001 se ficava pelos 230 mil. Assim, a ligação com o Nordeste originou um crescimento de 13 por cento, cifrando-se em 450 mil os passageiros transportados, e com o Sudeste brasileiro um aumento de 20 por cento, gerando 400 mil passageiros. Quanto ao Nordeste é intenção da TAP crescer 50 por cento, um aumento explicado com a troca dos actuais Airbus 310 pelos 330, o que implica um aumento considerável da capacidade de transporte. Apesar desta nova realidade, Luís Mór teceu duras críticas aos responsáveis pela promoção do destino Nordeste: “Tem sofrido algum desgaste. Os responsáveis têm de pensar mais além da próxima semana e têm de trabalhar a promoção nos países emissores. Actualmente fazem promoção na época errada e com linguagem errada.”
Ainda segundo o vice-presidente da TAP, na linha Brasil, 39 por cento dos passageiros transportados eram oriundos da Europa, 37 por cento do Brasil e 24 por cento de Portugal. “Esta é uma tendência que se deverá manter. Já crescemos o que tínhamos a crescer em Portugal, portanto a aposta de crescimento é na Europa e Brasil”, afirmou Luís Mór, explicando que muito do crescimento registado este ano no mercado brasileiro se deve à falta de oferta derivada do caso Varig. Aliás, a este respeito Luís Mór não tem dúvidas em afirmar que a TAP “é a herdeira natural dos passageiros Varig”.
Resultados animadores
Visivelmente animado com os resultados, o responsável da TAP revelou ainda que o load factor na linha Brasil, entre Janeiro e Setembro deste ano, foi de 83 por cento, sendo que na classe executiva atingiu os 68 por cento.
Relativamente ao share de receitas e ainda na mesma linha, entre Janeiro e Setembro deste ano, 33 por cento das receitas foram geradas em Portugal, o que comparando com igual período de 2005 (37 por cento) corresponde a uma descida de 4 por cento. Luís Mór explica que tal cifra se deve ao facto de ter aumentado consideravelmente o número de passageiros brasileiros transportados. Entre os países que contribuíram com 6 a 7 por cento no share de receitas da rota Brasil estão a França, Itália, Reino Unido e Espanha.
Luís Mór aproveitou a ocasião para anunciar que entre 14 de Dezembro e 1 de Janeiro de 2007 a TAP irá realizar oito voos extra para fazer face à enorme procura que se tem registado, sendo que três terão como destino São Paulo, outros três Salvador e dois o Rio de Janeiro. “A realização de voos extra para altura de pico é uma boa estratégia. A época alta de Nova Iorque já aconteceu e agora podemos desviar para estes voos extra para o Brasil”, salienta. Outro dos assuntos abordados foi a possibilidade da companhia aérea estabelecer uma ligação regular à capital Brasília: “É uma possibilidade real que se encontra ainda em estudo. Recebe ligações muito boas e distribuí para outras zonas do Brasil”, justifica Luís Mór.
Refira-se que a partir de hoje, dia 3 de Novembro, a TAP passa a oferecer mais seis voos directos ligando Natal a Lisboa, alcançando assim 48 voos semanais para a Europa à partida do Brasil.
De acordo com Mário Carvalho, director geral da TAP no Brasil, as receitas geradas na linha Brasil até Setembro deste ano estão 35 por cento acima do registado em igual período de 2005.
Numa análise global ao comportamento da transportadora aérea, e até Setembro de 2006, 42 por cento das receitas da TAP foram geradas na Europa, 28 por cento no Brasil e 13 por cento em África. Assim, apesar da oferta ter aumentando, verificou-se uma subida do load factor e do yeld (receita por passageiro). A conjugação destes três factores em crescimento é, segundo Luís Mór, “muito rara”.
Como resultado destes factores, a TAP transportou até ao passado mês de Setembro 5,1 milhões de passageiros, tendo no período homólogo do ano transacto se quedado pelos 4,9 milhões. Acompanhando esta tendência, a TAP deverá fechar o ano com 6,7 milhões de passageiros transportados, avança Luís Mór.
Primeiro passo formal
TAP e Portugália chegam hoje a acordo
A TAP e a Portugália Airlines (PGA) assinam hoje o “memorando de entendimento” que visa a futura compra da transportadora do Grupo Espírito Santo pela companhia aérea de bandeira. Contudo, este acordo só chegará a bom porto com a aprovação da Autoridade da Concorrência, que tem três meses para anunciar a sua decisão sobre o negócio.
Este “memorando de entendimento” traduz assim um passo em frente relativamente à intenção anunciada no passado dia 30 de Agosto pela GES e pela TAP. Nessa altura, estas duas entidades tinham comunicado ao mercado o início das negociações com vista à eventual aquisição de uma participação accionista da TAP na PGA.
Embora não exista ainda confirmação oficial relativamente ao valor final da transacção comercial, várias fontes apontam para um montante a rondar os 150 milhões de euros. Na passada Segunda-feira, em declarações à agência Bloomberg, Fernando Pinto, o presidente executivo da TAP, adiantou que o preço final do negócio está dependente da aprovação da Autoridade da Concorrência, salientando que a PGA será comprada “limpa” de passivo. Por seu turno, Luís Mór, vice-presidente da TAP, revelou que “a compra da Portugália poderá aumentar a competitividade da TAP ao nível das segundas cidades”.