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Análise

Quanto vale o Turismo numas eleições?

A 10 de março disputam-se mais uma eleições legislativas. Ninguém esperava ir a votos tão cedo, existindo uma maioria absoluta no Parlamento que acabou por cair em novembro do ano passado. Todos os partidos que iremos encontrar nos boletins de voto possuem a sua estratégia para ganhar votos junto do eleitorado. Aqui deixamos a questão: quanto vale o turismo nos programas eleitorais?

Victor Jorge
Análise

Quanto vale o Turismo numas eleições?

A 10 de março disputam-se mais uma eleições legislativas. Ninguém esperava ir a votos tão cedo, existindo uma maioria absoluta no Parlamento que acabou por cair em novembro do ano passado. Todos os partidos que iremos encontrar nos boletins de voto possuem a sua estratégia para ganhar votos junto do eleitorado. Aqui deixamos a questão: quanto vale o turismo nos programas eleitorais?

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Neste primeiro texto, o jornal Publituris faz um resumo do que trazem os oito partidos/coligações políticos nos seus programas eleitorais no que diz respeito ao “Turismo”.

No PARTIDO SOCIALISTAS (PS), o Turismo aparece no programa eleitoral nos seguintes enquadramentos:

  • “Exportamos mais e melhor. As exportações de bens e serviços superaram, pela primeira vez na história, os 50% do PIB. Em 2015, representavam 40,6% e poucos anos antes apenas 35%. Hoje, são mais 46 mil milhões de euros exportados do que em 2015. E esta transformação não decorreu apenas do setor do turismo. Portugal soube abrir a economia a novas oportunidades de crescimento e de diversificação”.
  • “A CP deverá prosseguir e adaptar o seu Plano Estratégico 2030 preparando a operação de serviços ferroviários de Alta Velocidade e de turismo ferroviário”.
  • “O apoio público à captação de eventos desportivos internacionais deve, portanto, evoluir para uma ação coordenada entre o Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) e o Turismo de Portugal, ponderada em fatores como o impacto, retorno e territorialidade, bem como a sustentabilidade social e ambiental. A Conferência de Ministros do Desporto do Conselho da Europa 2024, que será realizada em Portugal, no Porto, protagonizará um dos mais relevantes momentos políticos do desporto internacional”.
  • “Concretizar a ‘Agenda do Turismo para o Interior’ promovendo um turismo mais equilibrado e uma transformação no modelo de desenvolvimento turístico do país, onde contam todas as geografias”.
  • “Apostar em ações de formação incentivando os residentes nas aldeias a investir no turismo, bem como em qualificação dos profissionais melhorando a qualidade dos serviços, informando os potenciais investidores dos apoios existentes”.
  • “Modernizar e internacionalizar as atividades tradicionais da economia do mar incluindo indústria dos produtos da pesca e aquicultura e o desenvolvimento de projetos de turismo costeiro e náutico sustentáveis e regenerativos”.
  • “Garantir a acessibilidade física, digital, de informação e comunicação, gerando mais inclusão e sustentabilidade, nos serviços públicos, infraestruturas, meios de transporte, parque habitacional, cultura, desporto, turismo e lazer”.
  • “No que respeita ao investimento e desenvolvimento de capacidades operacionais, com vista a garantir a manutenção de Portugal como um dos países mais seguros do Mundo como instrumento fundamental para a qualidade de vida dos portugueses, bem como para a atração de investimento estrangeiro e turismo”.

Na ALIANÇA DEMOCRÁTICA (AD), o Turismo é enquadrado nas seguintes formas:

  • “São atividades económicas centrais para o mundo rural contribuindo para a desejada coesão territorial, gerando dinâmicas que permitem dinamizar atividades de comércio, de turismo e de indústria”.
  • “Consolidar Portugal como destino turístico de excelência em tudo o que está ligado à economia azul, ao mar e às atividades náuticas, eixo fundamental para a nossa oferta”.
  • “Incentivar a criação de “Rota do Turismo Rural” em cada região, associando oferta
  • de dormidas, de experiências e de outras atividades em mundo rural”.
  • “Promover programas específicos de agroturismo em territórios de baixa densidade”.
  • “Compatibilizar a exploração racional dos recursos e usos do Espaço Marítimo Nacional com as atividades tradicionais existentes (pesca, turismo e outras) e respeitando a proteção do meio ambiente sob impacto e criando condições sustentáveis para a produção eólica offshore”.
  • “Para as empresas dos sectores transacionáveis como a indústria, agricultura ou turismo, é fundamental ganharem dimensão e aumentarem a sua presença em novos mercados e conseguirem integrar-se em cadeias de valor global, contribuindo para a internacionalização da economia e para o crescimento da produtividade”.
  • “Em termos de estrutura orgânica, reforçar a tutela do Ministério da Economia, de modo a agilizar decisões e facilitar a convergência nos processos e prazos com impacto nas empresas. Reforçar a articulação próxima com o Turismo de Portugal, nomeadamente no que toca a missões e ações externas”.
  • “Os setores do Turismo e Serviços em Portugal são fundamentais para a economia nacional. Em 2022, o peso do setor do Turismo na Economia atingiu 29,2 mil milhões de euros, 12,2% do PIB, um valor que representa um recorde em termos relativos e que conheceu novos aumentos”.
  • “No contexto de um conjunto de tendências no Turismo, Comércio e Serviços, as soluções de políticas públicas no Espaço Europeu, que Portugal deve acompanhar para ser competitivo, têm procurado acautelar modelos de crescimento de oferta turística que criem valor acrescentado, mas também integração com as economias locais”.
  • “Incrementar o valor das exportações associadas ao Turismo, Comércio e Serviços”.
  • “Incrementar o salário médio do setor Serviços, Comércio e Turismo, pelo aumento de produtividade e maior valor acrescentado”.
  • “Valorizar o ensino e formação contínua em Turismo e criar/consolidar uma rede nacional integrada de formação (hubs), com escala e qualidade, suportando conteúdos programáticos complementares que potenciam a oferta de qualidade”.

No CHEGA, o Turismo aparece da seguinte forma:

  • Turismo de Saúde. A permissividade da nossa Lei de Imigração e a gratuitidade do nosso Serviço Nacional de Saúde atraem cada vez mais grávidas estrangeiras que só se deslocam a Portugal para dar à luz”.
  • “Assumindo a nossa localização geográfica, a nossa especificidade, a nossa história e cultura, não podemos deixar de mencionar o turismo como uma das alavancas económicas de Portugal”.
  • “O turismo desempenha um papel fundamental na economia de Portugal e tem uma importância significativa para o país, representando perto de 12% no PIB, com elevada margem de progressão, sendo uma das principais fontes de receita nacional e empregando directa e indirectamente uma parcela considerável da população portuguesa”.
  • “Quando se pretende combater o êxodo rural, o turismo tem o potencial de impulsionar o desenvolvimento regional ao atrair visitantes para regiões fora dos principais centros urbanos. O turismo contribui para a fixação das populações e para a criação de novos negócios e empregos, atrai investimentos em infra-estruturas e serviços, o que contribui para o desenvolvimento geral do país como um todo. Através do turismo promove-se a imagem de Portugal e o seu conhecimento no estrangeiro, o que beneficia a reputação e a atractividade do país”.
  • “Promover o turismo como factor de progresso e de correcção de assimetrias internas”.
  • “Promover o turismo sustentável, partindo do princípio que o turista além de visitar lugares, pretende viver experiências, respeitando o meio-ambiente e as comunidades locais”.
  • “O turismo pode ter um papel muito relevante nesse aspecto, devendo promover-se uma sinergia entre ambos os sectores, em que um alimenta o outro e vice-versa”.
  • “Aflorar sinergias entre o turismo e o património cultural por forma a que ambos se promovam um ao outro”.
  • “Conceder apoio financeiro e logístico para projectos artísticos que valorizem e interpretem o património cultural português, tanto material quanto imaterial, numa lógica de interação com a indústria do turismo”.

No LIVRE, é desta forma que o Turismo aparece no programa eleitoral:

  • “A dependência económica que o país tem em relação ao investimento estrangeiro nas áreas do imobiliário e do turismo, fomentado por um enquadramento legislativo criado para o efeito, é acompanhada de diversas formas de especulação imobiliária que estão a alterar radicalmente as nossas casas, ruas e bairros”.
  • “Reforçar a exigência legislativa de adequação de habitações utilizadas para fins turísticos, nomeadamente o alojamento local, na qual se deve diferenciar a atividade profissional e a dos pequenos proprietários, estabelecer parâmetros urbanísticos que promovam a diversidade de usos nas cidades no licenciamento dos estabelecimentos hoteleiros, em articulação entre o Turismo de Portugal e as autarquias”.
  • “Recuperar os comboios noturnos em Portugal e na Península Ibérica, reativando, em 2024, dos serviços ferroviários noturnos Lusitânia e Sud-Expresso e garantindo a adoção dos serviços ferroviários noturnos como parte da estratégia ferroviária nacional, ibérica e de ligação aos restantes países europeus, através da articulação da CP e a IP com a RENFE, SNCF e outros operadores públicos ou privados, providenciando uma alternativa ecológica e de baixas emissões comparativamente ao transporte aéreo; promovendo o turismo sustentável e ligando Portugal a outros destinos no centro da Europa”.
  • “Restringir o turismo massificado e destrutivo em áreas protegidas, prevendo a capacidade de carga de cada uma destas, e incentivando um turismo de acordo com princípios sustentáveis e que beneficia as populações locais”.
  • “Apoiar financeiramente os municípios na criação de meios de transporte público alternativos que tenham um impacto mínimo nos ecossistemas, fomentando um turismo de natureza mais sustentável”.
  • “Este programa [Revive Natureza} deverá ter o seu âmbito de ação ampliado para além da área do turismo, permitindo projetos associados à conservação da natureza, à educação ambiental e ao empreendedorismo rural”.
  • “Incentivar a criação de emprego nas Áreas Protegidas e sítios da Rede Natura 2000, privilegiando setores relacionados com a manutenção da bio e geodiversidade, turismo sustentável, entre outros que permitam concretizar os planos de gestão destas áreas”.
  • “Revisão do Programa ‘REVIVE’, para que os seus concursos tenham como objetivo principal a fruição do património cultural por todas as pessoas, em vez de serem subordinados ao seu aproveitamento turístico”.

Analisemos agora como o Turismo aparece no programa eleitoral do BLOCO DE ESQUERDA (BE):

  • “A estratégia de crescimento económico assente no turismo e no imobiliário provocou uma crise na habitação”.
  • “A escalada histórica dos preços da habitação foi potenciada, primeiro, pelo período de taxas de juro historicamente baixas que tornaram o imobiliário num ativo atrativo pela sua rentabilidade e, depois, pelo processo inflacionista, que aumentou os custos do endividamento. No entanto, se estas são causas transversais a vários países, há elementos que justificam a particular gravidade da situação em Portugal: a promoção do turismo de massas e do turismo habitacional de luxo, com o regime do Residente Não Habitual ou os Vistos Gold”.
  • “Para baixar os preços das casas, é necessária a intervenção do banco público na quebra dos juros, a fixação de tetos para baixar as rendas, a proibição da venda de casas a não residentes e a limitação do seu desvio para alojamento turístico”.
  • “Por outro lado, as casas disponíveis estão a ser afetas a outros fins, como o turismo, o turismo residencial de luxo, a obtenção de vistos gold e a especulação financeira, sem qualquer tipo de controlo ou limites”.
  • “Um artigo recente do Jornal A Mensagem de Lisboa resumia a saturação a que Lisboa chegou: ‘A Baixa conta, atualmente, com 31 hotéis, 1411 quartos e mais unidades de Alojamento Local (AL) do que residentes. São 977 unidades de AL para 969 residentes no perímetro da Baixa Pombalina. Os dados são do Turismo de Portugal e do Censos 2021, filtrados para um perímetro que considera a planta ortogonal da Baixa Pombalina’”.
  • “Moratória a novos empreendimentos turísticos – Suspensão da emissão de títulos para novos empreendimentos turísticos nas zonas de pressão habitacional até 2030”.
  • “Na maioria dos casos, o alegado interesse nacional tem pouca ou nenhuma justificação. Basta olhar para a destruição de habitats protegidos e de áreas sensíveis para a construção de imobiliário de luxo ou de turismo, como ocorre agora nos megaprojetos da península de Tróia”.
  • “Não surpreende que os transportes para Tróia tenham um preço elevado e que vários empreendimentos imobiliários para turismo de luxo tenham sido considerados projetos PIN”.
  • “O encarecimento brutal da travessia fluvial pela SONAE é uma forma ardilosa de afastar os setubalenses de Tróia, restringindo-a a uma elite endinheirada. A mesma SONAE promove o Troiaecoresort, um empreendimento turístico que pretende vedar o acesso dos pescadores à Caldeira a partir de 2024”.
  • “Requisição de imóveis afetos ao alojamento local ou alojamento utilizado com fins turísticos, priorizando as habitações detidas por proprietários com elevado número de imóveis em alojamento local/turístico”.

E no PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS (PCP), como e quantas vezes aparece o turismo no programa eleitoral?

  • “Aposta nos circuitos curtos de comercialização com a primazia no fornecimento às cantinas de entidades públicas, a promoção do agroturismo e do turismo rural e a divulgação da qualidade dos sabores, cultura e tradições”.
  • “O Turismo e a sua integração numa estratégia de desenvolvimento nacional”
  • “Portugal tem condições excepcionais, em todo o seu território, para o desenvolvimento do Turismo. O Turismo – cujo crescimento foi particularmente significativo nos últimos anos – tem sido determinante no saldo da balança de bens e serviços, com um peso equivalente a 50% de toda actividade industrial”.
  • “A valorização do papel das entidades regionais de turismo e da sua articulação com as autarquias locais, a promoção de uma estratégia voltada também para o mercado interno e para o direito do povo português ao lazer”.
  • “São necessárias políticas viradas para a actividade produtiva com criação de emprego estável, onde se poderão ancorar e ampliar, de forma sustentável, outras actividades, nomeadamente o turismo e outros serviços e defender o mundo rural”.

A INICIATIVA LIBERAL (IL) “trata” o turismo da seguinte forma:

  • “Reformar a Lei de Bases do Turismo
  • “Despenalizar o turismo de Alojamento Local”
  • “Portugal enfrenta o desafio de reformular a sua Lei de Bases do Turismo para aproveitar ao máximo o potencial do seu setor turístico. Nos últimos anos, o turismo tem sido o principal motor do crescimento económico em Portugal, representando cerca de 15,8% do PIB nacional em 2022. É, portanto, imperativo criar as condições para que o turismo não estagne, mas sim se reinvente, gerando ainda mais riqueza para o país”.
  • “Tal como se investiu na promoção do alojamento local, é importante também reavaliar outros modelos, desde o turismo rural no Alentejo ao timesharing no Algarve, passando pelo Ecoturismo no Gerês e pelos Design Hotels nas grandes cidades”.
  • “Deve apostar-se na formação e qualificação dos recursos humanos no setor do turismo, adaptando as competências às novas procuras do mercado. Finalmente, deve fortalecer-se a representação internacional de Portugal no turismo, destacando as novas políticas liberais e sustentáveis do país”.
  • “Este ataque [Programa ‘Mais Habitação’] tem consequências na economia: em 2019, só o turismo de alojamento local representou 8,5% das exportações portuguesas e 40% das estadias. Se se considera que a economia portuguesa é hoje demasiado dependente do turismo, então deve ser o resto da economia que tem de crescer, e não o turismo que tem de encolher. A Iniciativa Liberal defende a reversão do agravamento fiscal introduzido nos últimos anos, passando o coeficiente de tributação do AL de 0,5% para o anterior de 0,35 na modalidade de apartamento ou moradia, como estava em vigor anteriormente. A Iniciativa Liberal recusa liminarmente a diabolização de sectores como o AL que fizeram muito pela recuperação estética, habitacional e económica das cidades portuguesas, promovendo o turismo e criando riqueza”.
  • “A vasta maioria de casos de AL surgiram como uma forma empreendedora de tirar proveito da liberdade de escolha dos turistas, tendo acrescentado um elevadíssimo número de camas sem as quais haveria uma enorme limitação no turismo nacional”.
  • “A Iniciativa Liberal quer implementar uma legislação turística que seja moderna, eficiente e responsável ambientalmente, posicionando o país como um destino de referência no cenário turístico europeu e mundial”.
  • “Queremos simplificar procedimentos administrativos e reduzir a burocracia, bem como numa coordenação mais eficiente das competências entre variadas entidades públicas, visando atrair mais investimentos nacionais e internacionais no setor turístico”.
  • “Reativação de linhas com interesse económico, social e turístico, como é o caso da linha do Douro até Barca d’Alva, ramal de Monção, linha Régua–Vila Real, linha Beja–Ourique e linha Pampilhosa–Cantanhede”.

Finalmente, o turismo no programa no PESSOAS – ANIMAIS – NATUREZA (PAN).

  • “Combater a poluição do turismo de cruzeiro por via da rápida implementação em todos os portos nacionais das obrigações previstas no Regulamento relativo à criação de uma infraestrutura para combustíveis alternativos, no que se refere ao fornecimento de eletricidade da rede em terra aos navios de cruzeiro até 2030, e da inclusão dos scrubbers de circuito fechado no âmbito da proibição da utilização de scrubbers em vigor nos portos nacionais”.
  • “Garantir, em parceria com a academia e as ONGA, a elaboração de um estudo sobre a capacidade de carga do país relativamente ao turismo de cruzeiro, avaliando em função dos resultados a possibilidade de implementar limites à entrada de grandes navios de cruzeiro em portos nacionais, designadamente relativos ao número de navios cruzeiros que possam atracar anualmente”.
  • “Portugal vive uma grave crise habitacional, causada pelos baixos salários, pela ausência de mecanismos que contrariem a especulação, por uma política de aposta cega no turismo que não acautelou os impactos na habitação e por uma falta de investimento na habitação pública, e que foi agravada por um contexto de subida desenfreada das taxas de juro”.
Sobre o autorVictor Jorge

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January 19, 2023, Brazil. In this photo illustration, the TAAG Linhas Aéreas de Angola logo is displayed on a smartphone screen. It is the national airline of Angola, having its headquarters in Luanda

Aviação

TAAG retoma este ano voos entre Luanda e Praia, via São Tomé

O presidente da TAAG revelou que, entre julho e setembro, a companhia aérea de bandeira angolana vai receber novos aviões, o que permite retomar uma rota abandonada em 2016, na altura com a justificação de que as ligações não eram rentáveis.

Publituris

A TAAG – Linhas Aéreas de Angola vai retomar, ainda este ano, os voos entre Luanda, capital angolana, e a cidade da Praia, em Cabo Verde, numa operação que deverá contar com escala em São Tomé e Príncipe, avança a Lusa, que cita o presidente da companhia.

“Esse é um desafio que temos, não só para a TAAG e para a TACV, mas para os dois povos, no caso os nossos três povos, Angola, São Tomé e Cabo Verde”, afirmou António dos Santos Domingos, após a reunião com o Primeiro-Ministro de Cabo Verde, que decorre no Mindelo, ilha de São Vicente.

A Lusa recorda que a TAAG suspendeu, no final de 2016, os voos diretos entre Luanda e a Praia, com escala em São Tomé e Príncipe, alegando que a rota não era rentável.

No entanto, agora, a TAAG vai, segundo o seu presidente, receber novas aeronaves entre julho e setembro, pelo que a partir dessa altura poderá dizer “o dia concreto” em que será retomada a operação.

António dos Santos Domingos não quis, contudo, revelar mais detalhes sobre a operação, uma vez que ainda decorrem contactos e porque serão as questões económicas a ditar a frequência de voos.

“Nós estamos em negociações com a TACV para encontrarmos a melhor frequência”, explicou, revelando que a TAAG e a TACV vão renovar o contrato de ‘leasing’ que mantêm por mais um ano.

Recorde-se que a TACV faz ligações internacionais com Lisboa (Portugal), Paris (França) e Bérgamo (Itália), com dois aviões, um deles alugado desde março de 2022 à congénere angolana TAAG.

 

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Miradouro do Zebro é nova atração turística no concelho de Oleiros

A requalificação do Miradouro do Zebro, no concelho de Oleiros, que acaba de ser inaugurado, torna o espaço um atrativo turístico não apenas local, mas também regional e internacional, impulsionando assim a economia local através da visita de turistas.

Publituris

O Miradouro do Zebro, situado na Freguesia de Estreito-Vilar Barroco (concelho de Oleiros), foi requalificado com projeto desenhado pelo arquiteto Siza Vieira e é o único miradouro em Portugal com a sua assinatura.

Na inauguração estiveram presentes o secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, e a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Isabel Damasceno.

Na ocasião, conforme avança nota publicada na página oficial da Câmara Municipal de Oleiros, o secretário de Estado do Turismo destacou a notável influência da “marca global” de Siza Vieira, apontando-a como uma referência, que tem os seus seguidores”, por ser um dos mais premiados arquitetos do mundo, galardoado pelo prestigiado Prémio Pritzker.

Pedro Machado salientou, ainda, que a obra em questão “surge num território improvável, no meio da natureza”, atraindo não apenas estudantes de arquitetura, mas também entusiastas de todo o mundo.

A presidente da CCDRC, Isabel Damasceno considerou que a infraestrutura “é uma mais valia para esta região, que tem características naturais ímpares e é agora um local de visita obrigatório”.

A atração de visitantes a Oleiros foi o objetivo que sustentou a ideia do anterior presidente da Câmara Municipal de Oleiros, Fernando Jorge, que convidou em 2021, o arquiteto a visitar o miradouro e a estudar a sua requalificação. Reforçou que se as pessoas “quiserem ver este que é o único miradouro desenhado por Siza Vieira, terão de vir a Oleiros”.

Já o atual presidente da autarquia de Oleiros, sublinhou que “temos um concelho com locais com vistas maravilhosas” e está a ser estudada “a criação de outros miradouros e um deles está para breve”.

O autarca demonstrou o orgulho que é Oleiros passar a figurar no circuito de obras mundiais de Siza Vieira, lado a lado com outras cidades. Miguel Marques salientou que “se sermos rurais é estarmos aqui, naquilo que é mais genuíno e autêntico, naquilo que é o bem-receber, então podem-me chamar rural que eu fico e ficamos todos muito satisfeitos”.

Refira-se que o miradouro é composto por uma plataforma de planta circular, de 15 metros de diâmetro, fixada na rocha, com vista panorâmica, instalada a 30 metros do solo e a 150 metros desde o fundo do vale.

 

 

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Faturação dos estabelecimentos hoteleiros em Portugal ultrapassou os 6MM€ em 2023

Os estabelecimentos hoteleiros em Portugal faturaram 6. 021 milhões de euros o ano passado, o que representou uma subida de 20,1% face a 2022, de acordo com dados da análise setorial da Informa D&B.

Segundo a Informa D&B, cuja análise abrange  hotéis, unidades de alojamento local, aparthotéis, apartamentos turísticos, estabelecimentos de turismo no espaço rural e de habitação, aldeamentos turísticos, Quintas da Madeira e pousadas, o valor deste setor aumentoi em todas as zonas geográficas de Portugal, com destaque para as Regiões Autónomas dos Açores (+26,2%) e da Madeira (+23,2%), bem como para as zonas de Lisboa (+24,4%) e Norte (+24,2%).

A empresa especialista no conhecimento do tecido empresarial revela ainda que o número de hóspedes rondou os 30 milhões, o que representa um crescimento de 13% face a 2022, enquanto as dormidas totalizaram cerca de 77,2 milhões, mais 11%. As dormidas dos residentes em Portugal subiram 2,1%, para os 23,4 milhões, e a dos residentes no estrangeiro crescerem 14,9%, atingindo quase 54 milhões. Os britânicos mantiveram-se como os clientes estrangeiros em maior número, representando 12,8% das dormidas totais, à frente dos alemães (7,9%) e dos espanhóis (7,1%).

No que diz respeito à capacidade hoteleira disponível em Portugal, os dados são de 2022, que dão conta de um crescimento significativo quando comparado ao ano anterior. Assim, segundo o mesmo estudo, o total de camas disponíveis em dezembro de 2022 rondava as 458 mil, mais 13,1% que no ano anterior. Ainda em dezembro de 2022, o número de estabelecimentos em atividade aumentou 13,1% face a 2021, aproximando-se dos 7.100., com a atividade hoteleira bastante concentrada nas zonas do Algarve (quase 29% das camas disponíveis), Lisboa e Norte, com cerca de 21% e 18%, respetivamente, e na zona Centro, com 14%.

No ranking das tipologias, mais de metade do total de camas correspondia, em 2022, a hotéis, seguindo-se as unidades de alojamento local, com 18,1%, os aparthotéis, com 10,1%, os apartamentos turísticos (7,7%), os estabelecimentos de turismo no espaço rural e de habitação (6,6%), os aldeamentos turísticos (4%) e as pousadas (0,9%).

 

Sobre o autorCarolina Morgado

Carolina Morgado

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Portugueses realizaram 23,7 milhões de viagens em 2023

Em 2023, as viagens realizadas pelos residentes em Portugal cresceram 4,6% e atingiram um total de 23,7 milhões, no entanto ainda abaixo dos registos de 2019 (-3,2%). Se no país as viagens aumentaram 2,4%, ao estrangeiro subiram 21,5%, segundo dados divulgados esta sexta-feira pelo INE, que classifica estes de máximos históricos.

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Dados do INE sobre a procura turística dos residentes referentes ao ano de 2023, publicados esta sexta-feira, revelam que o a alojamento particular gratuito, com 61,3% das preferências, aumentou a sua expressão, (+0,2 p.p. face a 2022), enquanto a duração média das viagens foi de 4,08 noites, contra 4,18 noites no ano anterior. Espanha (41,6%; +3,2 p.p.), França (10,1%, -0,7 p.p.) e Itália (6,9%, +0,2 p.p.) mantiveram-se como os principais países de destino nas deslocações dos residentes ao estrangeiro, tendo a União Europeia representado 79% do total de viagens ao estrangeiro. Na totalidade do ano de 2023 (resultados provisórios), realizaram-se 23,7 milhões de viagens, o que representa um aumento de 4,6% face a 2022 (-3,2% face a 2019).

Avança o INE que no total do ano passado, o motivo de 50,1% das viagens foi o “lazer, recreio ou férias” correspondendo a 11,9 milhões de viagens, +4,1% quando comparado com o 2022, mas -2,0% face à pré-pandemia. A “visita a familiares ou amigos” foi o segundo principal motivo para viajar (38,2%), tendo sido contabilizadas 9,0 milhões de viagens. Os motivos “profissionais ou de negócios” representaram 7,2% do total (1,7 milhões de viagens), tendo aumentado 4,9% face a 2022, mas com uma quebra de 15,5% face ao período pré-pandemia.

No período em análise, as viagens nacionais cresceram 2,4% (-4,3% face a 2019), representando 86,4% do total (-1,9 p.p.), as viagens ao estrangeiro aumentaram 21,5% (+4,1% comparando com 2019). A região Centro manteve a 1ª posição como principal destino das viagens realizadas em território nacional, concentrando 29,8% do total (-0,5 p.p. face a 2022), seguindo-se o Norte (23,7% do total), que ganhou representatividade face ao ano anterior (+2,4 p.p.).

No total do ano 2023, em 38,9% do total das viagens (+1,6 p.p. face a 2022), os residentes optaram por recorrer a serviços de marcação prévia, sendo que nas viagens ao estrangeiro esta foi a opção em 92,2% (-0,9 p.p.) das situações. O recurso à internet ocorreu em 25,7% (+0,5 p.p.) das viagens, 19,2% nas que tiveram como destino Portugal (-0,2 p.p.) e 66,9% nas viagens ao estrangeiro (-1,8 p.p.).

Só no 4º trimestre de 2023, os residentes em Portugal realizaram 5,1 milhões de viagens, o que correspondeu a um crescimento de 2,9%. As viagens em território nacional corresponderam a 86,7% das deslocações (4,5 milhões), tendo aumentado 1,5%. As viagens com destino ao estrangeiro cresceram 12,9%, totalizando 683,6 mil viagens, o que correspondeu a 13,3% do total.

O recurso à internet na organização de viagens continuou a ganhar expressão, no 4º trimestre de 2023, principalmente nas deslocações ao estrangeiro (35,3% das viagens foram efetuadas recorrendo à marcação prévia de serviços), enquanto a reserva antecipada de serviços esteve associada a 26,5% das deslocações em território nacional.

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Allianz Partners regista crescimento em todos os segmentos de negócio

Em 2023, a Allianz Partners registou um desempenho recorde, com crescimento em todos os segmentos de negócio. A área dos seguros de viagem registou um aumento de 8,0%, com 3,297 mil milhões de euros de receitas em 2023.

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A Allianz Partners acaba de apresentar os resultados financeiros de 2023, registando 9,3 mil milhões de euros em receitas totais e um lucro operacional de 301,2 milhões de euros. Este é o desempenho financeiro mais forte da história da Allianz Partners. Todas as linhas de negócio registaram um crescimento sustentado, impulsionado pelo aumento das viagens internacionais, crescimento de dois dígitos em mobilidade e assistência e crescimento recorde de 23,4% no negócio de saúde da Allianz Partners. Quase 73 milhões de casos de assistência foram tratados globalmente em 2023, o equivalente a 200 mil casos por dia.

A área dos seguros de viagem registou um aumento de 8,0%, com 3,297 mil milhões de euros de receitas em 2023. Esta evolução significativa foi impulsionada pelo crescimento na Ásia-Pacífico, América do Norte e Europa. A recuperação do setor das viagens na Austrália e na Nova Zelândia impulsionou o crescimento das viagens, na sequência do fim de todas as restrições à entrada e saída de viajantes. O desempenho das viagens na América do Norte manteve-se, contribuindo para um novo aumento dos canais offline e do negócio B2C. O crescimento europeu foi impulsionado principalmente pelo setor dos serviços financeiros no Reino Unido, juntamente com as companhias aéreas e as agências de viagens em França. Com o recente lançamento da aplicação móvel Allyz, a Allianz Partners continua a sua expansão e investimento em plataformas digitais para clientes.

 

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Aviação

Azul celebra mais de 191 mil passageiros no primeiro aniversário da rota para Paris

A Azul abriu a rota para Paris a 26 de abril de 2023 e, ao longo do primeiro ano de operação, realizou 308 voos e transportou mais de 191 mil passageiros para a capital francesa.

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A Azul Linhas Aéreas Brasileiras está a assinalar esta sexta-feira, 26 de abril, o primeiro aniversário da rota para Paris-Orly, França, período ao longo do qual a transportadora aérea realizou 308 voos para a capital francesa e transportou mais de 191 mil passageiros.

“Os resultados do nosso voo para Paris superaram todas as expectativas, mesmo sendo uma das cidades mais turísticas do mundo. Construímos as nossas operações com base na conectividade, aproximando regiões que antes estavam isoladas, e hoje estamos mais próximos da Europa. Desde o início deste mês, passamos a operar mais uma frequência semanal para garantir ainda mais opções para os nossos clientes”, congratula-se André Mercadante, diretor de Planeamento da Azul.

A Azul começou a operar a rota para Paris com seis voos por semana, número que passou, entretanto, para sete voos semanais, que partem do Aeroporto de Viracopos, em Campinas, São Paulo, pelas 17h50, chegando à capital francesa às 10h20. Em sentido inverso, a partida de Paris decorre às 12h50, chegando em Campinas às 19h50.

A Azul é atualmente a única companhia aérea brasileira que voa diretamente para Paris, cidade que vai receber, este ano, os Jogos Olímpicos, aos quais a Azul também associou, sendo patrocinadora oficial da seleção brasileira e assinalando o evento com menus especiais a bordo dos seus voos.

 

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Alojamento

Octant Hotels promove-se nos EUA

A Octant Hotels apresentou as suas oito unidades em dois eventos nos EUA que passaram por Chicago e Boston, entre 16 e 18 de abril, e nos quais foram também dados a conhecer os pilares da marca.

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A Octant Hotels promoveu, entre 16 e 18 de abril, um evento promocional nos EUA, que serviu para dar continuidade à estratégia de apresentação dos hotéis da marca no mercado internacional e que passou pelas cidades de Chicago e Boston.

Num comunicado enviado à imprensa, a Octant Hotels explica que “esta aproximação ao mercado estadunidense permitiu demonstrar a hospitalidade portuguesa e destacar as várias regiões e tradições de Portugal”.  

Além de dar a conhecer as unidades da marca, o evento serviu também para apresentar os dois pilares da Octant Hotels, concretamente o localismo e a liberdade, contando ainda com um momento gastronómico a cargo do chef Paulo Leite, chef executivo do Octant Ponta Delgada.   

O evento contou com a participação Luís Mexia Alves, CEO da Discovery Hotel Management (DHM); Filipe Bonina, diretor de Marketing da DHM; e Gonçalo Mexia Alves, Head of Sales da DHM.

“Cada hotel Octant é único e irrepetível e traz uma oferta inovadora, com experiências autênticas e singulares, pois não existem dois Octant iguais, pela sua localização, a sua história, as tradições e as suas gentes. Ter dado a  conhecer os nossos pilares de localismo e liberdade num mercado tão importante como o do Estados Unidos, permitiu uma aproximação às nossas raízes e à cultura portuguesa”, refere Filipe Bonina, diretor de Marketing da DHM.

Recorde-se que a Octant Hotels conta atualmente com oito unidades hoteleiras que oferecem 539 quartos em Portugal, localizando-se de norte a sul do país, incluindo a ilha de S. Miguel, nos Açores.   

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Meeting Industry

“A promoção na Europa não pode ser só Macau”

Depois de anunciar a cimeira da ECTAA em Macau, em 2025, Maria Helena de Senna Fernandes, diretora da DST de Macau, admitiu que a promoção de Macau terá de passar por uma maior complementaridade de destinos e não limitar-se somente a Macau”.

Victor Jorge

A promoção de Macau na Europa é uma realidade e a parceira com a Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) tem contribuído para esta evidência. Maria Helena de Senna Fernandes, diretora da Direção dos Serviços de Turismo (DST) de Macau, explicou isso mesma durante a abertura da MITE – Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau, ao frisar que “a APAVT foi um grande parceiro durante muitos anos, mesmo antes da transferência [da soberania de Macau de Portugal para a República Popular da China em 20 de dezembro de 1999] até agora e ajudou-nos, para além de Portugal, a abrir a porta para a Europa”.

A vinda do congresso da APAVT e da cimeira da ECTAA para Macau, em 2025, é, por isso, vista por Senna Fernandes como “um passo importante e que temos vindo a realizar em parceria com a APAVT tanto nas iniciativas em Portugal [Roadshow e BTL] como em Espanha [FITUR]”.

Quanto às possíveis melhorias de conectividade entre Portugal e Macau, Senna de Fernandes admitiu que “esse é o nosso grande sonho”, revelando que “ainda não há muitos avanços a este nível, mas passo a passo, espero que as ligações melhorem”.

A caminho pode estar, no entanto, um voo da Air Macau com ligação a Istambul (Turquia) que a diretora da DST espera que possa acontecer “ainda este ano de 2024” e que é considerado como “mais um passo em frente”. “Estamos sempre de braços abertos, mas claro que as companhias aéreas têm os seus cálculos e nós percebemos esta situação”.

A melhoria, ou melhor, a facilidade de ligação de Hong Kong a Macau também foi assinalada como mais um passo para atrair os turistas a visitar Macau, além de Senna Fernandes considerar que “a forma como Macau está a promover-se na Europa também terá de ser integrada com outros destinos”.

“A promoção na Europa não pode ser só Macau, porque quem faz uma viagem de longo curso não está só à procura de um destino, também quererá visitar a China, Hong Kong, a Grande Bahia, por exemplo”, concluiu a diretora da Direção dos Serviços de Turismo de Macau.

*O Publituris viajou para a MITE – Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau – a convite da APAVT. 
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Meeting Industry

APAVT destaca “papel principal” da associação na promoção de Macau no mercado europeu

No dia da abertura da 12.ª edição da MITE, Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT, destacou o papel da associação no posicionamento de Macau no mercado europeu. A organização do congresso da APAVT e cimeira da ECTAA, ambas em 2025, são consideradas boas plataformas para a promoção junto dos diversos mercados da Europa.

Victor Jorge

A 12.ª edição da MITE – Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau – serviu para o anúncio da cimeira da ECTAA, bem com de Macau como “Destino Preferido” para 2025.

Pedro Costa Ferreira, presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), referiu, no discurso de abertura e deste anúncio que se trata de uma “grande oportunidade de juntar um importante mercado de origem – Europa – e os destinos turísticos de Macau, fazendo essa extensão lógica a toda a China”.

Na realidade, a APAVT, que realizará o 50.ª congresso precisamente em Macau, em 2025, teve “o papel principal”, segundo o presidente das APAVT, no que será a realização da cimeira da ECTAA em Macau, frisando Pedro Costa Ferreira que “tivemos a ideia, colocámo-la primeiramente a Macau, tentando perceber se havia interesse, e havendo todo o interesse, colocámo-la ECTAA que respondeu, desde logo, de forma positiva”.

“Sentimos que existe um estreito laço de confiança entre a APAVT e o Turismo de Macau que, como todos os laços de confiança que são fortes, demorou algum tempo a reformar-se, mas que parece estar hoje no ponto fortalecer-se”.

De resto, Pedro Costa Ferreira salientou que a relação próxima entre a APAVT e Macau passa, justamente, por “Portugal constituir uma porta de entrada para a China, mas também Portugal ser visto como porta de entrada para a Europa. Se olharmos para a China enquanto mercado emissor, é só o primeiro mercado emissor mundial. Portanto, todos terão interesse em implementar este tipo de relação”.

Quanto ao que poderia aumentar o número de turistas portugueses em Macau, o presidente da APAVT é lacónico: “comunicação, comunicação, comunicação e, depois, estruturação de oferta”.

“A comunicação é fundamental porque a verdade é que Macau, apesar de tudo, quando se fala do Oriente, não está no top of mind dos portugueses”, considera Pedro Costa Ferreira. “Depois é preciso conhecimento e não foi por acaso que apostámos [APAVT] no e-learning”, até porque, de acordo com o presidente da APAVT, “os agentes de viagens costumam vender o que conhecem e sentem-se confiantes a vender o que conhecem. Portanto, sem conhecer fica mais difícil” e, por isso, a vinda de agentes de viagens à MITE “ajuda a conhecer a oferta existente”.

Já no que toca à estruturação de produto, “Macau não deve ser visto como um destino per si para o mercado emissor europeu, nem mesmo para o português”, admite Pedro Costa Ferreira, salientando que “o português pode ter um tempo médio de estadia um pouco mais prolongado em Macau, mas o que faz sentido é juntar Macau com outras realidades, sejam elas de pura praia, quer realidades mais culturais e mais recentes do ponto de vista das tradições do turista europeu, que é a própria China”.

Para isso, é, no entanto, necessária conectividade, assinalando Pedro Costa Ferreira que “um voo direto [Portugal – Macau] ajudaria imenso”.

*O Publituris viajou para a MITE – Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau – a convite da APAVT. 
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Destinos

Comitiva portuguesa visita MITE a convite da APAVT

Segundo a APAVT, esta missão internacional a Macau visa “promover o intercâmbio entre as agências e operadores turísticos portugueses e as suas congéneres em Macau”, no âmbito do programa «Macau: Destino Preferido da APAVT 2024».

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A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) está a promover uma missão internacional a Macau, que conta com  o apoio do Turismo de Macau e que vai passar pela MITE-Macau International Travel Exhibition, que decorre entre 26 e 28 de abril.

Segundo um comunicado divulgado pela associação, esta missão internacional a Macau conta com uma comitiva de associados e líderes da distribuição europeia e visa “promover o intercâmbio entre as agências e operadores turísticos portugueses e as suas congéneres em Macau”, no âmbito do programa «Macau: Destino Preferido da APAVT 2024».

“Pela primeira vez, e por iniciativa da APAVT, a comitiva incluirá também representantes da nossa congénere espanhola, a CEAV, bem como da ECTAA-Confederação Europeia das Associações de Agências de Viagens e Operadores Turísticos, num esforço conjunto para promover o desenvolvimento das relações turísticas entre Macau e o mercado europeu. A comitiva é composta por um total de três dezenas de profissionais do setor, especialmente convidados por Macau”, detalha a APAVT.

Além da visita à feira de turismo de Macau, os participantes nesta missão internacional contam com um “intenso programa que inclui encontros B2B e outras iniciativas que visam reforçar as relações bilaterais e estabelecer novas parcerias estratégicas, com vista ao incremento do volume de turismo, nos dois sentidos”.

“É conhecida a proximidade entre a APAVT e Macau, proximidade construída através de trabalho conjunto contínuo, sempre com o objetivo de incrementar os fluxos turísticos entre Portugal , Macau e a China em geral. A atual comitiva é um passo em frente muito significativo neste trabalho conjunto, ao alargar o esforço de aproximação a duas comunidades internacionais que integramos e muito prezamos – a Aliança Ibérica, constituída pela APAVT e a espanhola CEAV, e a ECTAA”, afirma Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT.

*O Publituris foi um dos convidados pela APAVT para integrar esta missão empresarial a Macau, sobre a qual vai ser possível saber mais nas próximas edições do jornal Publituris.

 

 

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