OMS certifica Cabo Verde como livre de malária
A Organização Mundial da Saúde (OMS) certificou Cabo Verde como um país livre de malária, marcando uma conquista significativa na saúde global. Com este anúncio, Cabo Verde junta-se ao grupo de 43 países e um território que a OMS atribuiu esta certificação.
Publituris
Compare e reserve estacionamento nos aeroportos através de Parkos
Africa’s Travel Indaba regressa a Durban entre 13 e 16 de maio
NAV implementa novo sistema em Lisboa que pode reduzir atrasos nos voos
Grupo Norwegian transporta 2,2 milhões de passageiros em abril
Bestravel celebra aniversário com descontos e campanha de responsabilidade social
BPI prevê um crescimento “mais modesto” do turismo em Portugal para 2024, mas aponta oportunidades a ter conta
B travel com nova loja em Leiria
Estudo da Condé Nast Johansens diz que mulheres ultrapassam os homens nas viagens de luxo
Pegasus abre rota direta entre Edimburgo para Istambul
TAP com prejuízo de 71,9 milhões de euros, mas melhores resultados operacionais
A medida vai beneficiar o turismo: “os viajantes provenientes de regiões não endémicas de malária podem agora viajar para as ilhas de Cabo Verde sem receio de infeções locais” e sem necessitar “da potencial inconveniência das medidas de tratamento preventivo”, indica Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, citado no comunicado.
“Isto tem o potencial de atrair mais visitantes e impulsionar as atividades socioeconómicas num país onde o turismo representa aproximadamente 25 por cento do PIB”, acrescentou.
Cabo Verde é o terceiro país a ser certificado na região africana da OMS, juntando-se às Maurícias e à Argélia, que foram certificados em 1973 e 2019, respetivamente. O fardo da malária é o mais elevado do continente africano, que foi responsável por aproximadamente 95% dos casos globais de malária e 96% das mortes relacionadas em 2021.
A certificação da eliminação da malária, segundo a Organização, impulsionará um desenvolvimento positivo em muitas frentes para Cabo Verde. Os sistemas e estruturas construídos para a eliminação da malária reforçaram o sistema de saúde e serão utilizados para combater outras doenças transmitidas por mosquitos, como a dengue.
Tedros Adhanom Ghebreyesus sublinha ainda, de acordo com o comunicado, que “a certificação da OMS de que Cabo Verde está livre de malária é uma prova do poder do planeamento estratégico de saúde pública, da colaboração e do esforço sustentado para proteger e promover a saúde. O sucesso de Cabo Verde é o mais recente na luta global contra a malária e dá-nos esperança de que, com as ferramentas existentes, bem como com as novas, incluindo as vacinas, possamos ousar sonhar com um mundo livre da malária.”
Refira-se que a certificação é concedida quando um país demonstra – com provas rigorosas e credíveis – que a cadeia de transmissão autóctone da malária pelos mosquitos Anopheles foi interrompida em todo o país durante pelo menos os últimos três anos consecutivos. Um país deve também demonstrar a capacidade de impedir o restabelecimento da transmissão.
“A certificação como país livre de malária tem um impacto enorme e demorou muito para chegar a este ponto. Em termos de imagem externa do país, isso é muito bom, tanto para o turismo como para todos os demais. O desafio que Cabo Verde tem superado no sistema de saúde está a ser reconhecido”, afirmou o Primeiro-Ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva.
Entre os países lusófonos, Moçambique a Angola estão entre os cinco mais afetados do mundo, de acordo com a edição de 2023 do relatório anual sobre malária publicado pela OMS.