Ano recorde no turismo em Portugal vale 25 mil milhões de euros, admite SETCS
Na apresentação da nova campanha do Turismo de Portugal, o secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, destacou os números alcançados pelo setor no país: 25 mil milhões de euros, correspondendo a um crescimento de 37% face ao anterior recorde, atingido em 2019.
Victor Jorge
Soltour volta a lançar charters para Samaná à partida de Lisboa
Iberia celebra 85 anos de voos ininterruptos entre Madrid e Lisboa
Princess Cruises altera dois cruzeiros de volta ao mundo devido a conflitos no Médio Oriente
Brilliant Lady é o 4.º navio da Virgin Voyages e chega em setembro de 2025
Bruxelas inicia ação contra 20 companhias aéreas por práticas enganosas de “greenwashing”
Dubai recebe Arabian Travel Market entre 6 e 9 de maio
Etihad Airways coloca A380 na rota de Paris a partir de novembro
Croatia Airlines passa a integrar APG-IET
Turismo de Portugal inaugura Centro de Incubação de Base Tecnológica para o setor do Turismo a 6 de maio
Gestão de frota e manutenção de motores PW150A da TAAG será feita pela Pratt & Whitney Canada
Segundo o secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços (SETCS), Nuno Fazenda, 2023 será “o ano de todos os recordes para o turismo em Portugal”. Na apresentação da nova campanha do Turismo de Portugal – “Visit Portugal. It’s not tourism. It’s futourism” – realizada esta quarta-feira, 3 de janeiro, Nuno Fazenda destacou os números alcançados pelo turismo, em 2023: mais de 30 milhões de hóspedes (+10% que em 2019); 77 milhões de dormidas (+10% face a 2019); e 25 mil milhões de euros em receitas (+37% comparado com 2019).
“São resultados impressionantes que revelam a força do setor do turismo e que vale, atualmente, cerca de 18% de todas as exportações portuguesas”.
Nuno Fazenda destacou ainda o “efeito multiplicador” do setor do turismo que, direta ou indiretamente, impacta atividades como a construção, têxtil, agroalimentar, entre outras, realçando que “estamos a falar de uma alteração estrutural no nosso turismo”.
E relembrou que ““o turismo tem um papel importante a desempenhar na sociedade, devendo contribuir para garantir que as gerações futuras possam usufruir dos ativos que nos distinguem como destino turístico. Portugal tem como desafio crescer bem, em todo o território, e ao longo de todo o ano, mas de uma forma sustentável, autêntica e genuína, gerando valor para os territórios e para as pessoas”.
Esse crescimento em todo o território nacional foi, de resto, um dos pontos destacados por Nuno Fazenda que frisou a importância de crescer “em todas as regiões, em todo o país e ao longo de todo o ano”, indicando, ainda, que esse esforço provém de todos, “empresários, empresas, Entidades Regionais de Turismo, Turismo de Portugal e políticas públicas”.
No caso das políticas públicas, o SETCS fez referência à coesão territorial, considerando que, “se 80 a 90% da procura turística está no litoral, há que deslocar esse turismo para o interior”, frisando que “é isso que temos feito e será isso que terá de ser feito”.
Ainda relativamente ao ano de 2023, Nuno Fazenda fez referência aos números avançados pela Organização Mundial do Turismo (OMT) que dava conta que no ano que terminou agora se iria conseguir atingir 85 a 90% dos níveis pré-pandemia. “Ora, Portugal já ultrapassou esse nível”, frisou o SETCS.
Quanto ao futuro e questionado se Portugal poderá, em 2024, crescer, novamente, a duplo dígito, o que faria Portugal antecipar em três anos os objetivos de atingir os 27 mil milhões de euros, Nuno Fazenda não se quis comprometer com valores de crescimento, salientando, contudo, que o turismo crescerá “ainda mais em 2024”.
A base para esta confiança no crescimento está, segundo Nuno Fazenda, as diversas visitas que efetuou às maiores feiras internacionais do turismo e de onde veio com a “certeza” do “sentimento positivo por parte dos empresários e operadores internacionais.
Por isso, como mensagem final, Nuno Fazenda referiu que “é preciso crescer, mas crescer bem, prosseguir o que está a ser feito em termos de políticas públicas, aumentar salários e continuar a realizar campanhas de sucesso”.