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“Na FITUR dizemos ‘nós somos o turismo’”

Pela 44.ª vez, a FITUR dá o pontapé de saída para mais um ano, no que diz respeito às feiras de turismo. Em entrevista, Maria Valcarce, diretora da FITUR, refere que o evento “é um espelho que reflete o que a indústria do turismo significa para a economia mundial”.

Victor Jorge
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“Na FITUR dizemos ‘nós somos o turismo’”

Pela 44.ª vez, a FITUR dá o pontapé de saída para mais um ano, no que diz respeito às feiras de turismo. Em entrevista, Maria Valcarce, diretora da FITUR, refere que o evento “é um espelho que reflete o que a indústria do turismo significa para a economia mundial”.

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A poucas semanas da abertura das portas da FITUR 2024, em Madrid, feira que se realizará de 24 a 28 de janeiro, Maria Valcarce, diretora da FITUR, aponta para uma edição “muito completa, com um elevado nível de crescimento em todos os parâmetros”. Quanto à performance turística de Espanha, a diretora da FITUR salienta que o país está em vias de atingir “o número recorde de 85 milhões em 2023”, mostrando-se “cautelosa” para 2024, apontando para “um crescimento mais moderado”.

A 44.ª edição da FITUR, que se realizará entre 24 e 28 de janeiro de 2024, conta com mais de 9000 empresas e mais de 150 000 participantes profissionais do setor turístico mundial provenientes de 145 países. Que perspetivas oferecem estes dados a pouco menos de dois meses do evento?
Em 2023, depois de 2021 e 2022 em que, num exercício de resiliência, fomos a única feira de turismo a manter a sua realização, tivemos uma grande feira na qual recuperámos as grandes magnitudes que sempre caracterizaram a FITUR em termos de representatividade e poder de convocatória. Para 2024, as nossas previsões, até à data, apontam, novamente, para uma edição muito completa, com um elevado nível de crescimento em todos os parâmetros.

Teremos uma FITUR maior e melhor do que em 2023?
As previsões fazem-nos prever uma 44.ª edição que nos permitirá consolidar a nossa liderança como um dos principais motores do turismo, como ator chave na identificação das tendências que irão marcar a indústria em 2024 e nos anos vindouros e como cenário incontornável para o intercâmbio de conhecimentos, a geração de negócios, a promoção da colaboração e a concretização de alianças setoriais. Tudo isto sob o firme compromisso de desenvolvimento sustentável que nos permitirá realizar uma edição recorde.

A FITUR é um espelho que reflete o que a indústria do turismo significa para a economia mundial

Quais são as principais novidades da edição de 2024?
Será uma feira com muitas novidades. Entre elas, a presença do Equador como país parceiro, que irá surpreender com uma exposição ambiciosa para mostrar as suas maravilhas ao mundo. Teremos também novidades nas representações oficiais de países, destinos, empresas e conteúdos, estes últimos representados em conferências profissionais e, naturalmente, nas nossas secções especializadas.

A FiturTechy, com tecnologias disruptivas como a inteligência artificial ou a realidade virtual como protagonistas; a FiturCruises, segmento altamente empenhado na sustentabilidade ambiental, a proteção dos destinos e o impacto positivo nas suas comunidades; a Fitur LGTB+, que engloba mais de 10% dos turistas a nível mundial e 16% do gasto total em viagens; a Fitur Woman que, alinhada com os ODS contribui para a promoção da liderança feminina; a Fitur Know How & Export, espaço para que as empresas turísticas espanholas mostrem o seu potencial, produtos e serviços e que este ano tem como novidade o concurso “The AI for Tourism Awards 2024” pela mão da Segittur; a Fitur Sports, ponto de encontro entre o turismo e o desporto; a Fitur Screen, com cada vez mais adeptos a visitar os cenários dos nossos filmes e séries favoritas; a Fitur Talent, uma mongrafia que, pela mão de Educación 3.0 se centra nas pessoas, no talento, na formação e na capacitação profissional; e a Fitur Lingua, que aborda as oportunidades do turismo linguístico.

Não podemos esquecer a FITUR Live Connect, que aproxima a feira de todos aqueles que não puderam estar presentes e que permite o acesso a ferramentas de networking online, para além dos cinco dias da feira e do palco da IFEMA MADRID.

Em suma, a FITUR 2024, graças ao apoio do setor, contará com uma oferta ampla e diversificada que esperamos que leve esta edição ao seu apogeu.

A edição de 2024 da FITUR irá refletir, de alguma forma, o crescimento que o setor do turismo registou nos últimos dois anos? Como?
Claro que sim. A FITUR é um espelho que, por um lado, reflete o que a indústria do turismo significa para a economia mundial e, por outro, projeta o que os profissionais preveem que venha a ser.

De acordo com dados da Organização Mundial do Turismo (OMT), em 2022, foram registados mais de 900 milhões de turistas internacionais e, embora este número represente ainda 63% dos níveis pré-pandémicos, é o dobro do registado em 2021. A nível económico, e segundo o Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC), atingiu os 7,7 mil milhões de dólares, o que representa uma contribuição de 7,6% para a economia mundial em 2022. Estes últimos dados oficiais do ano inteiro permitem-nos ser otimistas no que se refere às previsões de crescimento da 44.ª edição da FITUR, reflexo de um setor em plena transformação e ebulição.

Atualmente, a inovação e a sustentabilidade devem ser qualidades intrínsecas do turismo

A FITUR volta a apresentar vários segmentos turísticos. Qual a importância desta segmentação e qual o valor acrescentado que proporciona aos profissionais que se deslocam ao evento?
A especialização é um campo de ação com um potencial significativo para continuar a reforçar a FITUR e, conscientes do seu valor, ativamos todos os anos todas as alavancas à nossa disposição para avançar nesta área e adaptar os nossos conteúdos à realidade do setor. Tendo a sustentabilidade como fio condutor, a identificação de tendências emergentes reflete-se nas nossas áreas especializadas que referia antes, em todas as jornadas, nos seus stands e no networking dos seus profissionais, destacando novos nichos de mercado para redefinir modelos de negócio existentes e promover novos formatos.

São estes os segmentos/áreas com maior possibilidade de crescimento para o setor do turismo?
Sim, essa é a ideia. As áreas de especialização da FITUR respondem a tendências importantes no setor do turismo e, por conseguinte, oferecem uma perspetiva e uma oportunidade de crescimento para os agentes do setor. Por exemplo, a FITUR SCREEN abre a janela a este turismo cinematográfico em franca expansão, que é uma oportunidade para combater a sazonalidade e diversificar a oferta e que, por exemplo, tem ajudado a trazer muitos fãs de filmes e séries como “Glória” ou “Casa do Dragão” a diversas zonas de Portugal.

A primeira de muitas
O facto de a FITUR ser a primeira grande feira de turismo do ano representa uma vantagem e marca uma tendência para o resto do ano?
Sim. A FITUR coloca em primeiro plano todos os destinos e empresas que compõem o setor e, para além disso, graças ao apoio recebido pelo setor ao longo das suas 44 edições, é a feira líder do turismo.

Todos os anos, a FITUR marca a abertura do ano turístico internacional e é um momento estratégico para os destinos e as empresas desenharem as linhas de trabalho que darão o mote para todo o ano. A abertura do calendário anual do setor coloca todas as atenções em Madrid e no que se passa no interior do Centro de Exposições, tornando-se num ponto de passagem obrigatório para todos os que fazem parte do setor, uma vez que se trata de um espaço de negócios de primeiro nível onde são oferecidas as melhores ferramentas para os profissionais do turismo.

Qual é a importância real de estar presente numa feira como a FITUR?
A indústria do turismo mundial reúne-se na FITUR. Na FITUR dizemos “nós somos o turismo”, porque reunimos toda a cadeia de valor internacional, juntamos iniciativas e tendências, e proporcionamos um ponto de encontro para todos os que fazem do turismo esta grande indústria da felicidade que proporciona riqueza e emprego às pessoas.

A feira tem uma forte orientação empresarial, com três dias centrados no B2B e dois dias no fim de semana centrados no B2C. Estar presente oferece-lhe negócios, visibilidade, posicionamento, oportunidades de networking, a possibilidade de fechar acordos estratégicos interessantes, partilhar expertise e implementar as boas-práticas de colegas da indústria. Todos os anos, Madrid torna-se o centro do turismo mundial durante alguns dias de janeiro graças à FITUR.

Qualquer situação que limite a mobilidade e a conectividade ou a perceção de segurança do viajante afetam os destinos e a sua evolução

Depois de uma pandemia que afetou de forma significativa o setor das feiras, como se deve posicionar e que conteúdos deve trazer para o mercado?
Como referi no início, a FITUR foi a única feira do mundo que não deixou de se realizar durante a pandemia, constituindo um exemplo mundial de resiliência e de apoio à reativação da indústria do turismo. Graças a esta decisão de continuar a realizar o evento, a posição da FITUR está bem estabelecida e continuamos a trabalhar todos os dias para refletir todas as tendências que representam uma potencial oportunidade de negócio e de desenvolvimento sustentável para impulsionar a atividade turística global.

A sustentabilidade, a inovação e a especialização são a espinha dorsal dos conteúdos que colocamos no mercado e que complementam todas as tendências e as nossas áreas de especialização.

A tecnologia ao serviço do turismo
Na edição deste ano de 2024, a FITUR organiza também a primeira edição, em colaboração com a SEGITTUR, do concurso de soluções tecnológicas desenvolvidas com Inteligência Artificial para o turismo: “The AI for Tourism Awards 2024”, que decorre no âmbito da FITUR Know-How & Export. Qual é o motivo deste novo concurso?
Reconhecer a importância que a Inteligência Artificial está a ter na gestão de viagens e no setor do turismo, uma vez que este desenvolvimento está a revolucionar a experiência de viagem, desde o planeamento e a reserva até ao usufruto. Através destes prémios, pretendemos encontrar as melhores soluções nacionais e internacionais de IA que os destinos e as empresas tenham integrado para melhorar a experiência do turista antes, durante e depois, numa única categoria: “Melhor solução de IA para 2024”.

Será a tecnologia o domínio com maior margem de inovação no turismo?
A tecnologia anda de mãos dadas com a inovação e, nesse sentido, é claramente um dos ingredientes que pode proporcionar as maiores possibilidades de criação de novos formatos no setor, bem como de responsabilidade ambiental, social e de governação empresarial. Atualmente, a inovação e a sustentabilidade devem ser qualidades intrínsecas do turismo.

Nas conferências que se realizam durante os cinco dias, é importante apresentar novos conteúdos aos profissionais que visitam a FITUR?
A FITUR é o presente e o futuro da indústria do turismo e isso só é possível graças à apresentação de tendências e ao intercâmbio de boas práticas, conhecimentos e experiências. É precisamente esta componente “nova” que faz da FITUR uma força tão dinamizadora do turismo mundial.

Nas últimas edições, uma das críticas é que as conferências estão demasiado centradas em Espanha e não são globais. Como responde a estas críticas?
A FITUR conta com mais de 10 programas de conferências que decorrem em paralelo e, embora seja verdade que algumas podem ter um enfoque turístico nacional, a maioria analisa temas universais de interesse para qualquer profissional do turismo, conta com oradores internacionais e serve para trazer o conhecimento e a vanguarda para a feira. Em qualquer caso, trabalharemos para continuar a melhorar tendo em vista aprofundarmos esta abordagem global, que é o que corresponde à feira pelo seu alcance.

O facto de Espanha ser um destino mais recetor do que emissor penaliza de alguma forma a FITUR?
Penso que esta caraterística enriquece a FITUR que, para além de reunir o turismo emissor mundial, funciona como uma plataforma para a indústria turística nacional. Uma indústria muito poderosa que, ao reunir-se na FITUR, contribui para reforçar a atração dos profissionais do turismo emissor para a feira. Na FITUR é também muito importante ver a apresentação realizada por outras potências turísticas recetoras, como Portugal e muitas outras. Juntos construímos uma feira forte para mostrar ao mundo a riqueza de uma oferta diversificada.

Números recorde em Espanha
Que ano turístico terá Espanha em 2023 e quais são as expectativas para 2024?
O turismo em Espanha fechou um verão de sucesso em 2023 com a chegada de mais de 10,1 milhões de turistas internacionais em agosto, mais 13,9% do que em 2022 e, de acordo com diferentes fontes e embora devamos ser sempre cautelosos com as previsões, o país está em vias de atingir o número recorde de 85 milhões em 2023, apenas superado pelos Estados Unidos.

De acordo com o Relatório Setorial do Turismo 1S 2023 da CaixaBank Research, as perspetivas para 2024 são de um crescimento mais moderado, mas, como referi, ao falar de previsões devemos ser cautelosos.

Após uma pandemia e com dois conflitos em aberto, qual o impacto destas realidades no turismo e no setor das feiras turísticas?
As feiras são um reflexo da situação dos setores e, inevitavelmente, episódios como a pandemia e a forma como os diferentes destinos lidaram com ela, as guerras, catástrofes naturais e qualquer situação que limite a mobilidade e a conectividade ou a perceção de segurança do viajante afetam os destinos e a sua evolução, e têm o seu reflexo na feira. A FITUR estará sempre ao serviço do setor turístico e da sua revitalização, porque sabemos que é desta forma que impulsionamos a atividade económica e o emprego, tão necessários nas zonas mais afetadas.

Como é que a organização da FITUR promoveu a feira a nível internacional?
A FITUR faz um grande esforço na sua promoção internacional, uma vez que a representação global é fundamental para o sucesso da feira. Estabelecemos uma combinação de ações de comunicação, marketing e relações públicas para garantir que a proposta de valor diferencial da FITUR chega a todos os agentes da indústria turística em todos os países. Contamos com diferentes alianças que nos reforçam nesta tarefa e com um prestígio construído ao longo de 43 edições que nos permite continuar a dar passos no sentido do nosso objetivo de melhoria contínua no nosso serviço ao setor turístico.

Portugal e a FITUR
Qual a importância da participação portuguesa na FITUR?
É de enorme importância e Portugal é um dos destinos mais e melhor representados na FITUR. Espanha e Portugal são parceiros estratégicos, e os seus laços históricos, culturais, económicos e geográficos tornam a sua relação especial. A participação de Portugal na FITUR é, portanto, muito importante para a promoção ibérica, especialmente no contexto de uma estratégia comum de desenvolvimento transfronteiriço e do apoio da Comissão Europeia para melhorar a conectividade ferroviária entre os dois países no futuro.

A participação de Portugal na FITUR é muito importante para a promoção ibérica, especialmente no contexto de uma estratégia comum de desenvolvimento transfronteiriço

Não seria mais interessante ter apenas uma grande Feira Ibérica de Turismo?
Entendo que todas as feiras que se realizam com sucesso todos os anos o fazem porque têm um posicionamento diferenciado, conseguem cumprir uma missão relativamente aos seus clientes e são validadas pelos números de participação e assistência em cada edição.

A FITUR tem um alcance global e reúne destinos e empresas dos cinco continentes e os profissionais que compõem a cadeia de valor desta indústria no mundo, sendo atualmente a feira líder no panorama internacional em termos de número de empresas participantes e de profissionais presentes. Isto não significa que não haja espaço para outros eventos de feiras comerciais que proporcionem valor aos seus clientes e celebraremos sempre o sucesso de todas as feiras turísticas do mundo, pois estamos convencidos do papel impulsionador do turismo das feiras.

As visitas do público durante o fim de semana fazem parte da proposta de valor da FITUR e os nossos expositores apreciam este facto

A FITUR mantém o seu carácter profissional, mas também abre as suas portas ao público nos dois últimos dias. Qual a importância desta abertura ao público consumidor quando, das grandes feiras, apenas a FITUR e a BTL mantêm este modelo misto?
As visitas do público durante o fim de semana fazem parte da proposta de valor da FITUR e os nossos expositores apreciam este facto. Durante dois dias e através da FITUR, o público em geral pode visitar todos os cantos do mundo, desfrutar de uma grande festa do turismo na qual os destinos reforçam a sua marca e imagem, sonhar com a sua próxima viagem e tomar decisões de compra, o que é uma parte essencial da FITUR.

A pouco menos de dois meses do início da FITUR 2024, o que fará com que esta feira seja de excelência?
Uma FITUR na qual ocorra tudo aquilo que os clientes esperam e muito mais, que contribua para a dinamização global do negócio do turismo e que seja uma difusora das melhores iniciativas sustentáveis de todos os destinos e agentes empresariais que fazem parte da cadeia de valor do turismo. Isto irá significar e irá refletir o sucesso da indústria que servimos.

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Albufeira promove sessões de esclarecimento sobre aplicação da taxa turística

A taxa turística em Albufeira começa a ser aplicada a partir do dia 21 de maio, mas antes disso, a Câmara Municipal vai levar a cabo ações de esclarecimento para os detentores dos cerca de nove mil alojamentos locais e responsáveis pelas cerca de 150 unidades hoteleiras existentes no concelho. Ao todo serão seis ações, divididas pelos dias 10 e 14 de maio.

Publituris

O município de Albufeira agendou seis sessões de esclarecimento para os dias 10 e 14 de maio, acerca da taxa turística que começa a ser aplicada no concelho a 21 de maio, nomeadamente quanto à forma de cobrança e pagamento da mesma, anuncia a autarquia em comunicado.

As ações da manhã arrancam às 11h00 e decorrem até à 13h00, para os responsáveis pelos hotéis. À tarde, os responsáveis pelos alojamentos locais serão divididos em dois grupos, um para a sessão das 14h00 às 16h00 e outro das 18h00 às 20h00, todas no Auditório Municipal de Albufeira.

As sessões de esclarecimento são gratuitas, mas carecem de inscrição para efeitos de organização, pelo que a autarquia solicita a confirmação e escolha do dia e hora da sessão através do email: [email protected].

O regulamento da taxa turística do município de Albufeira visa, conforme avança nota publicada no site oficial da Câmara Municipal, assegurar que os recursos necessários ao desenvolvimento do turismo no concelho sejam também assegurados pela própria atividade turística, através da contribuição dos próprios turistas, assegurando uma base de proporcionalidade, ponderação e equilíbrio, com o objetivo de preservar a competitividade do município no contexto nacional e internacional de destinos turísticos de referência.

De acordo ainda com o regulamento, a taxa tem um valor de dois euros entre 1 de abril e 31 de outubro (época alta) e será cobrada até ao máximo de sete noites seguidas a todos os hóspedes com idade igual ou superior a 13 anos.

Refira-se que foi publicado em Diário da República, de 30 de abril, que a entrada em vigor da taxa turística seria no dia 2 de maio, contudo, no que concerne a Albufeira, “encontra-se suspensa até ao dia 20 de maio, dado terem surgido alguns constrangimentos na utilização da aplicação informática de pagamento, prevendo-se como data de início da cobrança, o dia 21 de maio”, esclarece o presidente da Câmara Municipal de Albufeira, José Carlos Rolo.

Segundo o autarca, embora o turismo promova o desenvolvimento económico e social, “ele implica também uma sobrecarga da atuação pública e na própria prestação de serviços municipais, pelo que se torna essencial termos uma capacidade de resposta na medida do crescimento da procura, bem como assumir as melhores estratégias para permitir o desenvolvimento de um ambiente sustentável, adequado e infraestruturado”.

José Carlos Rolo adianta que Albufeira pretende investir em projetos referentes às seguintes áreas de atuação: acessibilidades e valorização da orla costeira, ações no âmbito das alterações climáticas, sustentabilidade e mobilidade, apoio às forças de socorro e emergência, apoio à saúde, património cultural e promoção de atividades culturais e desportivas, promoção turística, ações de valorização turística, manutenção e conservação de infraestruturas em zonas turísticas e desenvolvimento de novos produtos turísticos.

 

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Guimarães volta a concorrer a Capital Verde Europeia 2026

A short-list com as três cidades finalistas ao titulo de Capital Verde Europeia 2026 deverá ser conhecida no próximo mês de junho, sendo a cidade vencedora anunciada em outubro.

Publituris

A cidade de Guimarães voltou a candidatar-se a Capital Verde Europeia 2026, depois de, no ano passado, ter sido uma das cidades finalistas para a edição de 2025.

“O município reforça assim o seu empenho e compromisso em atingir o objetivo, através da aposta contínua no desenvolvimento sustentável do território”, refere a autarquia, num comunicado enviado à imprensa.

Na informação divulgada, a Câmara Municipal de Guimarães recorda que, em 2023, a cidade foi uma das três finalistas a representante em 2025, mas o título acabaria por ser atribuído à cidade de Vilnius, na Lituânia.

Este ano, a short-list com as três cidades finalistas deverá ser conhecida no próximo mês de junho, sendo a vencedora anunciada em outubro.

“Guimarães tem realizado, nos últimos anos, um trabalho de excelência no que respeita ao ambiente, sendo atualmente uma referência a nível mundial nesta área”, sublinha Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães.

De acordo com o autarca, além dos vários projetos em curso, a cidade tem vindo também a apostar num “processo de sensibilização, com o objetivo de unir toda a população e colocar os cidadãos no centro deste caminho de futuro ambientalmente sustentável”.

Recorde-se que Guimarães tem vindo a promover a sustentabilidade e ações ambientais, através do seu ecossistema de governança integrador, participativo e multidisciplinar, conhecido como Guimarães 2030.

“Este modelo, coordenado pelo município em conjunto com o Laboratório da Paisagem, envolve universidades, empresas, associações sem fins lucrativos, o Governo, decisores políticos e cidadãos. O objetivo é tornar o território climaticamente neutro até 2030, com foco na investigação, educação e sensibilização ambiental”, acrescenta a autarquia.

A Capital Verde Europeia, iniciada em 2010 pela Comissão Europeia, promove cidades sustentáveis, reconhecendo anualmente uma cidade líder nos padrões ambientais e metas ambiciosas de sustentabilidade urbana e combate às alterações climáticas.

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Enoturismo do Alentejo cresce 27% em 2023

Além dos turistas nacionais, que representam 50% da procura pelo enoturismo do Alentejo, esta atividade é também procurada por brasileiros e americanos, registando-se ainda crescimentos nos mercados da Suíça, Espanha, França, Bélgica, Reino Unido e Canadá.

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A Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) anunciou que, no ano passado, o enoturismo do Alentejo cresceu 27% face ao ano anterior, num crescimento que foi impulsionado por turistas nacionais, mas também provenientes do Brasil e EUA.

“O mercado nacional lidera o ranking de visitantes, representando 50% do total de interessados pelos vinhos da região”, destaca a CVRA, explicando que os brasileiros e americanos fecham o Top3.

Além destes principais mercados, também o número de turistas provenientes de outras nacionalidades tem vindo a subir, com destaque para a Suíça, Espanha, França, Bélgica e Reino Unido.

A CVRA refere, no entanto, que, no ano passado, “o Canadá foi a nacionalidade que registou um maior aumento, na ordem dos 75%”.

“O enoturismo é uma referência para o turismo no Alentejo, que potencia não só a vinda de turistas à região como contribui para a dinamização da economia alentejana. A tradição vitivinícola é milenar, com vinhos de qualidade e reconhecidos internacionalmente, sendo os programas de atividades diversificados, algo que atrai cada vez mais turistas interessados em conhecer a região, a cultura, a gastronomia e as gentes alentejanas”, salienta Francisco Mateus, presidente da CVRA.

As visitas guiadas às vinhas, às adegas e às caves, as provas de vinhos, os workshops e cursos vínicos, as sessões de vinoterapia, os passeios a pé, de bicicleta e, até, a cavalo pelas vinhas são algumas das atividades mais procuradas.

“Estas atividades constituem experiências únicas e enriquecedoras a todos os visitantes, permitindo que conheçam de perto a produção dos vinhos e que descubram os aromas e paladares tão peculiares que tornam os Vinhos do Alentejo Únicos por natureza”, acrescenta a CVRA.

Os turistas que procuram o enoturismo no Alentejo podem também realizar algumas rotas, concretamente a Rota de São Mamede (Distrito de Portalegre), Rota Histórica (Distrito de Évora) e Rota do Guadiana (Distrito de Beja), sendo que a Rota Histórica é, segundo a CVRA, aquela que “apresenta o número mais elevado de “enoturistas””, ainda que o maior crescimento se tenha verificado na Rota do Guadiana, que cresceu 44% face ao ano anterior.

 

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Créditos: https://www.hilton.com/

Hotelaria

Legacy Hotel Cascais abre oficialmente portas no antigo Cidadela Cascais

O Legacy Hotel Cascais – Curio Collection by Hilton é composto por 59 quartos, um restaurante, spa, ginásio e piscina exterior. Após esta abertura o promotor do projeto, a Reformosa, tem já em vista a finalização de uma unidade com 48 apartamentos turísticos em Sesimbra, o Legacy by the Sea.

Carla Nunes

O antigo Cidadela Cascais abriu oficialmente portas como Legacy Hotel Cascais – Curio Collection by Hilton esta segunda-feira, 29 de abril. No ato de inauguração estiveram presentes Jonas Schuermann, Global Executive Director da Reformosa, entidade promotora deste projeto, e o presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras.

O projeto conta com três vertentes: um hotel, um condomínio privado com 32 apartamentos e dez townhouses, sendo que estes últimos são compostos meramente por componente residencial, sem qualquer gestão hoteleira.

Inauguração oficial do Legacy Hotel Cascais – Curio Collection by Hilton

O edifício hoteleiro com o selo Hilton é composto por 59 quartos distribuídos entre cinco pisos, entre os quais se contam seis quartos twin e uma junior suite. Com 11 tipologias diferentes, nos quartos predominam os tons mais claros e discretos, com mármores e madeiras. Já o piso 0 do hotel, onde se encontra a receção e o restaurante da unidade, o Ristorante Don Alfonso 1890, é marcado por tons vivos de vermelho.

Ristorante Don Alfonso 1890 | Créditos: https://www.hilton.com/

Das restantes valências da unidade fazem parte uma piscina exterior, ginásio e spa com três salas de tratamento, piscina interior aquecida e sauna.

Sobre este projeto, Carlos Carreiras referiu no ato de inauguração que “foi com esta intervenção que foi possível requalificarmos o antigo hotel Cidadela, que tem muitas memórias, nomeadamente para a minha geração, mas também requalificar toda esta área”.

O presidente apontou ainda que “na altura fomos muito criticados, mas não podemos ficar parados em relação ao achismo que se instala muitas das vezes no nosso país”.

Como referiu, “aquilo que erámos acusados, de colocar no desemprego uma série de famílias, fica aqui provado exatamente o contrário, criaram-se aqui cerca de 70 postos de trabalho. Acredito que com o sucesso que a hotelaria está a ter em Cascais, certamente irão crescer ainda mais o número de oportunidades de emprego”.

Mercados norte-americano e europeus são a aposta do hotel

Em entrevista aos jornalistas, Jonas Schuermann afirmou que a expectativa é a de que o hotel registe uma ocupação entre os 55% a 60% entre maio e junho. Para os meses de julho, agosto e setembro, as perspectivas são um pouco mais otimistas: “Se registarmos cerca de 65% a 70% [de ocupação], ficamos contentes”, declara.

“Gerir um hotel não é um sprint, é uma maratona. Tem de se ter a certeza de que se fazem bem as coisas do início. A ocupação acontecerá se se tiver um bom produto”, assegura Jonas Schuermann, que por enquanto não revelou o valor investido neste projeto.

Piscina do Legacy Hotel Cascais | Créditos: https://www.hilton.com/

Para esta unidade hoteleira o grupo espera captar o mercado europeu e norte-americano, nomeadamente os da Alemanha, Escandinávia, Holanda e França, como referido por Jonas Schuermann. O mercado espanhol é outro dos mercados potenciais da unidade, “especialmente aos fins-de-semana e no verão”, a par dos mercados mexicano e brasileiro.

Já para o restaurante, o grupo espera captar mercado local, “que vive na área de Cascais”.

Os próximos projetos da Reformosa

Dos próximos projetos em pipeline da Reformosa, Jonas Schuermann destaca o Legacy by the Sea, em Sesimbra. Inserido numa reserva natural, este projeto será composto por 48 apartamentos turísticos de tipologias T0, T1 e T2, num conjunto de cerca de 78 quartos.

“Já começámos a construção e creio que entre 18 a 24 meses estaremos prontos. Inserido numa reserva natural, é difícil conseguir licenças de construção, mas a beleza é que ninguém poderá construir à volta”, refere Jonas Schuermann.

Futuro Legacy by the Sea | Créditos: https://legacybythesea.pt/

O promotor vai desenvolver ainda um projeto em Azeitão, com um hotel num antigo palácio, cujo terreno adjacente será utilizado para construir apartamentos e townhouses, à semelhança do Legacy Hotel Cascais – Curio Collection by Hilton.

Além de um outro projeto em Almada, a Reformosa vai desenvolver 80 apartamentos residenciais com unidades de retalho junto ao Prata Riverside Village, em Lisboa, no local onde funcionou uma antiga fábrica tabaqueira.

Na edição imprensa de janeiro de 2024 da Publituris Hotelaria, foi ainda possível apurar a construção de um hotel por parte da Reformosa em Ribeira Grande, nos Açores, o Legacy Azores, um cinco estrelas com 64 quartos.

Sobre o autorCarla Nunes

Carla Nunes

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Academia GEA faz balanço positivo de primeiro ano de formação

A Academia GEA, projeto formativo do Grupo GEA lançado em setembro do ano passado, faz um balanço positivo do primeiro ano do seu plano extensivo de formação adaptado à realidade das agências de viagens da rede com 26 ações , planeadas até março de 2024, sobre diferentes temáticas e com diferentes graus de aprendizagem e duração.

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Sendo a formação um dos eixos prioritários da estratégia de serviço que a GEA disponibiliza às suas agências associadas e como entidade formadora certificada DGERT, a rede fez uma auscultação às agências de viagens, tendo o conteúdo programático administrados nos últimos oito meses refletido a resposta às necessidades levantadas nesta auscultação.

Neste primeiro ano letivo, o plano formativo, seja presencial ou através de e-learning, abordou diversos temas como: Produto, como as Grandes Viagens, Cruzeiros, Neve, Viagens de Grupo, Charter, Pacotes à medida, entre outros; Seguros de viagem; Marketing, abordando o Marketing Digital, as Redes Sociais e a Criação de Conteúdo; Tecnologia na ótica do utilizador, nomeadamente a nível da ferramenta Office Excel; Aéreo, nomeadamente na área do ticketing, emissões TravelGEA, reservas de grupos; Gestão Financeira orientada para o Turismo. Adicionalmente, foi acrescentado um conjunto de formações 100% assíncronas, focadas em melhorias comportamentais como gestão de tempo e produtividade ou comunicação assertiva.

No total, a Academia GEA administrou 26 formações certificadas que resultaram num total de 131,5 horas de formação e 495 formados certificados. Adicionalmente, a GEA também administrou um total de 66 webinares, de temáticas variadas, e que contaram com mais de 5500 participantes. Entretanto, brevemente será conhecido o novo calendário formativo.

Para Carlos Baptista e Pedro Gordon, administradores do Grupo GEA, reconhecem que a formação é fundamental neste setor de atividade, e que a adesão das agências de viagem à academia GEA só veio confirmar que a aposta estratégica e investimento que fazem só veio acrescentar ainda mais valor ao trabalho que tem sido realizado nos últimos anos, e “representa o passo certo para continuarmos a crescer na proposta de valor que oferecemos a uma agência de viagens dentro do nosso agrupamento”.

Os dois responsáveis asseguram, ainda, que o grupo vai continuar a apostar na formação e a disponibilizar conteúdos relevantes com vista a aumentar e qualificar as ferramentas e polivalências das agências de viagens que integram o agrupamento.

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Azores Airlines com prejuízo de 25,6M€ no 1.º trimestre de 2024

Apesar de ter aumentado o números de passageiros e as receitas, a Azores Airlines manteve um resultado liquido negativo nos três primeiros meses de 2024, fruto dos aumentos dos custos.

Inês de Matos

A Azores Airlines registou, no primeiro trimestre de 2024, um resultado liquido negativo de 25,6 milhões de euros, valor que traduz uma deterioração de 2,9 milhões de euros face ao período homólogo, apesar da companhia aérea ter apresentado uma “trajetória de crescimento sustentável e consistente” com o registado em 2023.

Num comunicado divulgado esta terça-feira, 30 de abril, o Grupo SATA indica que a Azores Airlines, a companhia aérea do grupo de aviação açoriano que realiza os voos internacionais, registou receitas de 47,1 milhões de euros no primeiro trimestre de 2024, o que representa um crescimento de 31,5% (+11,3 milhões de euros), em comparação com o período homólogo, e de 115,5% (+25,3 milhões de euros) quando comparado com o período pré-pandemia (2019).

Estes números, acrescenta o grupo, vêm comprovar “a tendência de forte crescimento da atividade da companhia, alicerçada no aumento de capacidade em rotas core, mais ligações e a introdução de novas rotas”.

A evolução das receitas, lê-se também no comunicado divulgado, foi sustentada pelo número de passageiros transportados nos três primeiros meses de 2024, quando a Azores Airlines transportou 286 mil passageiros, num aumento de 29,1% ou 64 mil passageiros face ao primeiro trimestre de 2023, assim como pela melhoria da yield.

Já o número de voos realizados ascendeu a 2.095 representando, igualmente, um incremento face a 2023 e 2019, de +18% e de +65%, respetivamente, enquanto o load factor melhorou 7,7 p.p. face a 2023, tendo ascendido a 78,5% no primeiro trimestre de 2024.

O Grupo SATA destaca também o facto de a Azores Airlines ter recebido, no primeiro trimestre de 2024, duas novas aeronaves A320 NEO, que fazem parte do plano de renovação da frota da companhia aérea e contribuem para oferecer uma melhor experiência aos passageiros.

No entanto, a par das receitas, também os custos operacionais aumentaram 24,6%, totalizando 55,6 milhões de euros, o que traduz um aumento de 11 milhões de euros face ao período homólogo.

O Grupo SATA diz que o aumento dos custos operacionais se ficou a dever ao crescimento dos gastos com irregularidades, que subiram 116,6% ou 1,1 milhões de euros, assim como aos ACMIs, que aumentaram 112,3% ou 0,4 milhões de euros; às comissões/GDS, que registaram um acréscimo de 79% ou 2,7 milhões de euros; ao handling, que também aumentou 52,6% ou 2,1 milhões de euros; e ainda à manutenção, cujos custos subiram 45,2% ou 1,2 milhões de euros.

“O aumento de custos superior ao aumento das receitas impactou o EBITDA, que ascendeu a -8,5 milhões de euros e que compara com os -8,8 milhões de euros do primeiro trimestre de 2023”, explica o grupo de aviação açoriano.

Já o EBIT registou uma deterioração de 1,9 milhões de euros quando comparado com o primeiro trimestre de 2023, o que foi impactado não só pelo EBITDA, mas também pelo “aumento das depreciações relacionadas com as aeronaves provocado pelo aumento de duas aeronaves quando comparado com 2023 e um incremento de gastos com manutenções estruturais”.

SATA Air Açores também mantém tendência de crescimento

Tal como a Azores Airlines, também a SATA Air Açores, a companhia aérea que realiza voos entre as ilhas açorianas, apresentou, no primeiro trimestre do ano, uma tendência de crescimento e de recuperação de resultados.

No entanto, o Grupo SATA explica que também esta companhia aérea registou “uma forte pressão sobre os custos, nomeadamente com manutenção de aeronaves cujo reflexo nas contas se vai acentuar ao longo de 2024”.

Até março, a SATA Air Açores realizou 3.210 voos, o que traduz um aumento de 67 voos ou mais 2,1% face a 2023, enquanto o número de passageiros transportados foi de 162 mil, representando um “acréscimo de 8,9% face ao período homólogo, o que se traduz num aumento do load factor de 6 p.p. para 74,9%”.

Já as receitas totais da SATA Air Açores atingiram os 21,7 milhões de euros, numa melhoria de 10,5% face ao período homólogo ou mais 2,1 milhões de euros.

Já o EBITDA atingiu um valor negativo de 0,8 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, o que representa uma melhoria de 0,4 milhões de euros face a igual período de 2023, enquanto o EBIT, apesar de negativo, apresentou igualmente uma melhoria de 0,5 milhões de euros, atingindo um valor negativo de 3,4 milhões de euros.

E também na SATA Air Açores os custos aumentaram, com os custos comerciais a subirem 27%, enquanto os custos com manutenção cresceram 9% e os custos com pessoal aumentaram 8%.

“De notar que a SATA Air Açores está a levar a cabo um conjunto de manutenções estruturais e de reparação de motores dos aviões da sua frota, num montante estimado de cerca de 25 milhões de euros em 2024, cujo impacto nas depreciações se acentuará ao longo de 2024 e anos seguintes, sendo, contudo, o impacto financeiro e de exigência de capital imediato. Até à data foram pagos cerca de 4,5 milhões de euros referentes a essas manutenções”, refere o grupo açoriano.

Na SATA Air Açores, o resultado liquido melhorou 2,3 milhões de euros no primeiro trimestre de 2024 face ao período homólogo, tendo sido “impactado, sobretudo, pelos melhores resultados operacionais e pela redução dos encargos com financiamentos em resultado da liquidação antecipada do empréstimo obrigacionista de 60 milhões de euros em setembro de 2023”.

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SAS assina acordo de adesão à SkyTeam

A adesão oficial da SAS à SkyTeam deverá acontecer a 1 de setembro de 2024 e vai trazer benefícios aos passageiros ao nível de destinos, conectividade e programa de fidelização.

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A SAS – Scandinavian Airlines assinou esta segunda-feira, 29 de abril, o acordo de adesão à aliança SkyTeam, naquele que é o primeiro passo para a entrada oficial da SAS nesta aliança global de companhias aéreas, o que deverá acontecer a 1 de setembro de 2024.

“A partir de 1 de setembro de 2024, a SAS torna-se oficialmente parte da SkyTeam, enriquecendo a aliança com o acesso aos principais hubs escandinavos”, destaca a SAS, num comunicado enviado à imprensa.

O acesso aos hubs escandinavos vai trazer à SkyTeam “novos destinos” e uma “conectividade aprimorada”, proporcionando uma melhor experiência aos passageiros.

A adesão da SAS à SkyTeam vai também trazer maiores benefícios ao programa de passageiro frequente da companhia aérea, o EuroBonus, que passam a ter vantagens nas outras companhias aéreas da aliança.

“Os membros EuroBonus Silver serão reconhecidos como nível SkyTeam Elite, enquanto os membros Gold e Diamond serão reconhecidos como Elite Plus”, acrescenta a informação divulgada.

“A SAS partilha a visão da SkyTeam quando se trata de oferecer uma experiência de viagem mais integrada e responsável. Junto com os nossos membros, continuamos a trabalhar duro nos bastidores para garantir uma transição tranquila para os clientes a partir do momento em que a  SAS se juntar à nossa aliança”, considera Andrés Conesa, presidente da SkyTeam.

Já Anko van der Werff, presidente e CEO da SAS, mostra-se entusiasmado por a transportadora escandinava ter alcançado este “marco fundamental na jornada de transição” para a SkyTeam, destacando as vantagens ao nível do programa de passageiro frequente, destinos e conectividade que esta adesão vai permitir aos passageiros.

 

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TAAG e AFI KLM E&M em parceria para suporte e reparação de B777

Segundo a TAAG, este é o primeiro acordo de suporte para componentes celebrado entre as duas empresas e reflete “uma parceria de longo prazo que está a ser construída entre ambas as entidades”.

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A TAAG – Linhas Aéreas de Angola e a Air France Industries KLM Engineering & Maintenance (AFI KLM E&M) estabeleceram uma parceria que visa apoiar e reparar componentes dos aparelhos B777, num acordo que tem um prazo de cinco anos.

“Este acordo, com validade de cinco anos, inclui suporte para a pool e para componentes de reparação, bem como um MBK (Main Base Kit) para sua frota de aeronaves de cinco Boeing 777-300 e três Boeing 777-200″, indica a companhia aérea angolana, num comunicado enviado à imprensa.

Segundo a TAAG, este é o primeiro acordo de suporte para componentes celebrado entre as duas empresas e reflete “uma parceria de longo prazo que está a ser construída entre ambas as entidades”.

“É com satisfação que anunciamos a parceria com a Air France Industries KLM Engineering & Maintenance, um fornecedor confiável de serviços de MRO. Este acordo de cinco anos garantirá fiabilidade e eficiência da manutenção da nossa frota de Boeing 777 que é crucial para as nossas operações. Auguramos por um relacionamento forte e de longo prazo com o nosso parceiro”, afirma Nelson de Oliveira, presidente do Conselho Executivo da TAAG.

Já Géry Mortreux, Executive Vice President da Air France Industries, garante que a empresa de manutenção vai continuar a fornecer à TAAG “suporte para pool e componentes de reparação da mais alta qualidade”.

“Através desta parceria estamos também entusiasmados por aprofundar a nossa presença em África e expandir o nosso alcance na região”, acrescenta o responsável.

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Living Tours volta a pagar 15.º mês de salário aos colaboradores

Segundo a Living Tours, a decisão de pagar o 15.º mês de salários aos colaboradores deve-se aos “resultados positivos de faturação e expansão de infraestruturas” que a empresa alcançou em 2023.

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A Living Tours anunciou que, pelo segundo ano consecutivo, vai pagar o 15.º mês de salário aos seus colaboradores, decisão que se deve aos “resultados positivos de faturação e expansão de infraestruturas”.

“A completar 20 anos desde a sua fundação, o grupo destaca o período de crescimento excecional alcançado em 2023, ano em que registou 16 milhões de euros em vendas, um aumento de 50% face ao ano anterior, e uma equipa composta por 200 colaboradores”, refere a Living Tours, num comunicado enviado à imprensa.

Segundo Rui Terroso, CEO da Living Tours, a empresa testemunhou, no ano passado, um crescimento que além das “metas iniciais”, pelo que o pagamento do 15.º mês de salário é “uma forma de reconhecer o esforço de todos os que contribuíram para estes resultados e incentivar o desempenho coletivo da Living Tours”.

“Estamos animados para continuar este trajeto ascendente, sendo que o nosso objetivo atual passa não apenas para manter, mas também acelerar o ritmo de expansão e inovação com a digitalização que estamos a implementar em toda a empresa”, acrescenta o responsável.

No comunicado divulgado, a Living Tours explica ainda que o pagamento do 15.º mês de salário será realizado “de forma proporcional ao tempo de trabalho de cada colaborador que acompanhou e permaneceu na Living Tours durante 2023”.

“Esta é uma das medidas que reafirma o compromisso da empresa com o desenvolvimento de cada colaborador, que inclui a promoção do envolvimento das equipas no programa de responsabilidade social “Livingtourianos com Causa””, lê-se ainda na informação divulgada.

 

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Airbus Atlantic Portugal recruta mais 50 colaboradores

A Airbus Atlantic Portugal pretende contratar profissionais para várias áreas, desde operadores de montagem até engenheiros e outros técnicos para áreas muito específicas

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A Airbus Atlantic Portugal quer aumentar a equipa em 2024 e vai recrutar mais 50 colaboradores para a sua unidade de Santo Tirso, informou a unidade que produz componentes para os aviões do fabricante aeronáutico europeu.

“A empresa está a contratar profissionais para várias áreas, desde operadores de montagem até engenheiros e outros técnicos para áreas muito específicas”, lê-se num comunicado enviado à imprensa.

A Airbus Atlantic Portugal explica que, no caso dos operadores de montagem, os contratados vão receber “formação especializada através de uma parceria com o CENFIM – Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica”.

Além da formação, a Airbus Atlantic Portugal promete “condições de trabalho muito competitivas, incluindo prémios de produtividade, subsídios especiais em função da posição ocupada e oportunidades de progressão salarial associadas à evolução na carreira, desde o primeiro dia”, assim como serviço de transporte de autocarro coordenado com os horários de trabalho e seguro de saúde.

“Queremos tornar-nos a referência no setor aeroespacial nacional e reforçar a marca Airbus Atlantic em Portugal e sabemos que a retenção de talentos é crucial para atingir este objetivo. Desde que iniciámos a operação em Santo Tirso temos aumentado consistentemente o número de colaboradores, dando resposta aos grandes desafios colocados por uma indústria aeroespacial sustentável e de elevado desempenho”, afirma Pedro Estrela, Head of Human Resources da Airbus Atlantic Portugal.

Recorde-se que a Airbus Atlantic Portugal começou a ser construída em 2020, conta com 20.000 m2 de área coberta implantada num terreno de 7,2 hectares e pretende chegar ao final do ano com um total de 350 trabalhadores.

Todas as vagas disponíveis podem ser consultadas aqui.

 

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