Edição digital
Assine já
PUB

Foto: Victor Machado (Bluepeach)

Destinos

“O setor do Turismo será provavelmente a melhor Parceria Público Privada do nosso pais”

Na véspera de se comemorar mais um Dia Mundial do Turismo, a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) coloca, na sua conferência anual, o ênfase na coesão territorial. Para Francisco Calheiros, presidente da CTP, “o Turismo é promotor da coesão nacional, não só territorial como também económica e social”. Quanto à “velha questão” do aeroporto, “se a escolha recair por uma solução mais demorada no tempo, há que avançar com uma solução intermédia, como é o Montijo”.

Victor Jorge

Foto: Victor Machado (Bluepeach)

Destinos

“O setor do Turismo será provavelmente a melhor Parceria Público Privada do nosso pais”

Na véspera de se comemorar mais um Dia Mundial do Turismo, a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) coloca, na sua conferência anual, o ênfase na coesão territorial. Para Francisco Calheiros, presidente da CTP, “o Turismo é promotor da coesão nacional, não só territorial como também económica e social”. Quanto à “velha questão” do aeroporto, “se a escolha recair por uma solução mais demorada no tempo, há que avançar com uma solução intermédia, como é o Montijo”.

Victor Jorge
Sobre o autor
Victor Jorge
Artigos relacionados
AHP pede “maior transparência” sobre alocação de taxas turísticas em Albufeira
Alojamento
ERT de Lisboa congratula-se sobre a localização do NAL, mas considera obras no AHD “essenciais”
Aviação
Mais de 13,5 milhões de passageiros passaram por aeroportos portugueses no 1.º trimestre de 2024
Transportes
Emirates volta a recrutar em Portugal em maio
Emprego e Formação
V-Valley e Consultia Business Travel unem-se na comercialização da solução Destinux no mercado ibérico
Tecnologia
Moon & Sun Lisboa abre portas na Baixa Pombalina
Alojamento
NAV avança com reestruturação do espaço aéreo da Área Terminal de Lisboa
Aviação
Negócios no turismo voltam a cair no 1.º quadrimestre de 2024
Análise
30 anos de democracia sul-africana e potencial ilimitado de África marcam arranque da Africa’s Travel Indaba 2024
Destinos
“Melhores Aldeias Turísticas” 2024 da UN Tourism recebe mais de 260 candidaturas
Destinos

“O Turismo como Fator de Coesão Nacional” é o tema central que a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) leva a debate, no próximo dia 27 de setembro, na Conferência do Dia Mundial do Turismo, que se realiza no Algarve.

O jornal PUBLITURIS falou com Francisco Calheiros, presidente da CTP, a propósito deste evento e tema, admitindo que “o Turismo ao gerar coesão territorial, beneficia dessa coesão, sobretudo da diversidade de recursos que Portugal proporciona”.

Com os dados referentes à atividade turística em Portugal a estarem “em linha com o que era expectável para este ano”, Francisco Calheiros pede uma “redução da carga fiscal existente” e “apoio à recapitalização das empresas que ainda sentem os reflexos da pandemia e dos custos acrescidos motivados pelas consequências da guerra”.

Quanto ao novo aeroporto, “nem parece que ter um novo aeroporto é uma prioridade para o país”, frisa Francisco Calheiros.

A CTP celebra, mais uma vez, o Dia Mundial do Turismo no próximo dia 27 de setembro com a Conferência “Turismo – Fator de Coesão Nacional”. Que importância tem, de facto, o turismo para uma maior coesão nacional e como poderá contribuir para essa coesão?
O Turismo continua a ser um importante motor da economia portuguesa, sendo mesmo a atividade económica mais exportadora de Portugal, representando cerca de 20% do total de exportações de bens e serviços. Isto deve-se em grande parte ao efeito multiplicador do Turismo, já que é uma atividade que fomenta o desenvolvimento de muitos outros setores espalhados pelo país, sendo gerador de desenvolvimento social e económico. E se antes o Turismo estava centralizado em algumas regiões específicas, atualmente a oferta turística é muito mais diversificada, abrangendo praticamente todo o território, sendo por isso fator de coesão nacional.

E de que forma é que um país mais coeso territorialmente poderá beneficiar o setor do turismo nacional?
O Turismo ao gerar coesão territorial, beneficia dessa coesão, sobretudo da diversidade de recursos que Portugal proporciona. Quando se fala de coesão territorial, deve ter-se em conta um acesso mais equilibrado aos instrumentos que permitam o desenvolvimento de uma região, neste caso turisticamente, que é aquilo a que já assistimos atualmente, nomeadamente como fruto do trabalho das Entidades Regionais de Turismo que têm feito um trabalho excelente na promoção dos produtos turísticos locais e regionais, assim como na captação de novos investimentos turísticos. Este é um trabalho que deve continuar a ser feito, com o recurso a apoios como aqueles que foram anunciados recentemente pelo secretário de Estado do Turismo. Estes apoios são necessários para ajudar o esforço de investimento que é feito pelos privados, mas deve ter-se em conta que, em relação aos apoios, se devem flexibilizar as regras de acesso e a utilização das verbas para que depois não fiquem por executar.

O Turismo ao gerar coesão territorial, beneficia dessa coesão, sobretudo da diversidade de recursos que Portugal proporciona

Em diversos fóruns temos ouvido que o importante é dar relevância à descentralização e levar o turismo para o Interior do país. A questão é saber se este Interior está preparado e tem as infraestruturas necessárias para receber os turistas no número que se pretende?
Há mais de um século que o Turismo tem vindo a promover e a desenvolver a sua organização administrativa, sendo a única atividade económica que se encontra descentralizada e regionalizada no nosso país, curiosamente no seu início até por iniciativa privada, a que mais tarde o Estado se vem associar. E hoje há como que uma parceria público-privada no terreno, e em todo o território nacional, através da articulação funcional e operacional entre as Entidades Regionais de Turismo (direito público) e as Agências Regionais de Promoção Turística (direito privado).

Especificamente, tal como pergunta, o interior está hoje muito mais preparado e a prova disso é a muita oferta e de qualidade que está a dar resposta à crescente apetência dos turistas por estas zonas do País. Veja-se também como para além do investimento de empresas locais, atualmente os grandes grupos hoteleiros estão cada vez mais a apostar no interior do país, o que claramente acrescenta valor a estas regiões e as aproxima dos índices daqueles que têm sido os destinos turísticos mais tradicionais. Ou seja, aqui está mais um fator de como o Turismo é promotor da coesão nacional, não só territorial como também económica e social.

Que infraestruturas ainda estão em falta para levar mais turistas para o Interior do país e obter a tal coesão territorial?
A questão que coloca não se resume exclusivamente às infraestruturas, mas estende-se também a equipamentos e às condições mobilidade e atratividade de recursos humanos.

Quanto às primeiras, diria que uma maior aposta e modernização da rede ferroviária que potencie a fluidez dos visitantes pelo território do interior em articulação com as portas aeroportuárias de entrada no país.

Relativamente aos equipamentos, a questão fundamental reside em disponibilizar mais e melhor oferta em termos de habitação para quem se desloque para trabalhar no interior, cujo único esforço de momento está a ser feito pelos privados na medida das suas possibilidades, sem qualquer apoio do Governo. Seria também necessário o reforço de equipamentos que permitam a deslocalização de grandes eventos.

Por último, no que aos recursos humanos diz respeito, será necessário acuar a nível da capacitação na mobilidade e atracção de talentos profissionais para o interior.

Esse desenvolvimento territorial está dependente de apoios ou existe capacidade para os privados liderarem esse processo?
Como é óbvio, há medidas estruturais que não dependem apenas dos privados, pelo que o poder central tem um papel importante no apoio ao reforço da atratividade do interior do país.

Em maio deste ano, o secretário de Estado do Turismo, Nuno Fazenda, anunciou a Agenda do Turismo do Interior, no valor de 200 milhões de euros. Esperemos que exista, ao contrário de outros programas de apoio, noutros anos, uma maior flexibilização no acesso e na aplicação destas verbas, para que possam ser céleres e efetivos os investimentos realizados com o apoio dos valores deste programa de incentivo.

A diminuição da dormida de portugueses é residual e deve-se, em grande parte, à perda de poder de compra dos portugueses

O que foi e será 2023
Estamos praticamente no final do verão de 2023. Como interpreta os números que têm sido divulgados relativamente ao turismo nacional?
As dormidas aumentaram 18,8% de janeiro a junho em relação ao 1.º semestre de 2022, aumentando 11% em relação ao 1.º semestre de 2019, ano antes da pandemia. Também no primeiro semestre tivemos um aumento das receitas, sendo que segundo o World Travel & Tourism Council (WTTC), o Turismo deverá contribuir com perto de 40 mil milhões de euros para a economia portuguesa até ao final de 2023.

São dados que confirmam que a atividade turística continua a crescer de forma sustentável e o que faz antever que este será um dos melhores anos de sempre do Turismo em Portugal.

Estes têm estado em linha com o que era esperado?
Sim, são dados que estão em linha com o que era expectável para este ano.

Ao nível dos mercados, tem-se registado um aumento de alguns mercados externos (EUA, Canadá, Reino Unido), mas registam-se decréscimos de mercados como a Espanha, Finlândia, Bélgica, Alemanha, Brasil. A que se deve este facto?
Desde logo, o aumento de alguns mercados externos como os que refere deve-se por um lado à estratégia de promoção que tem sido seguida pelos privados, em linha com a estratégia nacional de promoção do Turismo português que tem sido realizada no exterior, assim como, por exemplo, em relação aos Estados Unidos, à estratégia de promoção da TAP.

Por outro lado, há que ter em conta a diversidade e qualidade da oferta turística nacional, que passou a ser apetecível por turistas que decidiram alterar os seus destinos de férias, nomeadamente porque desejaram encontrar uma alternativa a mercados para onde antes iam passar férias, mas que são atualmente destinos menos seguros ou que estão junto a zonas do globo próximas de conflitos, de instabilidade social ou que estão a sofrer mais consequências das alterações climáticas.

O que é certo é que estes turistas de mercados que não eram os tradicionais, começaram a vir para Portugal, gostaram, querem repetir a experiência e estão a aconselhar familiares e amigos a virem fazer férias para Portugal.

Os dados do INE mostram, igualmente, uma diminuição nas dormidas dos residentes. Esta realidade era já esperada, depois de alguns anos com as viagens limitadas?
A diminuição da dormida de portugueses é residual e deve-se, em grande parte, à perda de poder de compra dos portugueses.

Penso que estamos perante uma situação pontual e que não é tão grave como se está a querer fazer parecer. O que aconteceu este ano, e sobretudo no mês de junho, é que houve um pouco de menos dormidas de portugueses, mas isto tem várias razões.

Por um lado, pela coincidência com algumas alterações que houve no calendário escolar e, por outro lado, porque as dificuldades financeiras das famílias, sobretudo para fazer face aos créditos à habitação e aos maiores custos inerentes à subia da inflação, fizeram com que alguns portugueses optassem por não fazer férias fora de casa ou decidiram passar períodos de férias em estabelecimentos hoteleiros noutras regiões e por períodos de tempo menores do que fariam habitualmente.

Têm surgido algumas opiniões menos favoráveis relativamente aos preços praticados pelo turismo, nomeadamente, pela hotelaria nacional. Este aumento de preços não seria expectável, dada a atual conjuntura e aumento de preços de forma global?
O Turismo é uma indústria da paz, mas infelizmente depara-se ainda com uma conjuntura de guerra com os efeitos negativos que todos conhecemos, nomeadamente o aumento de custos com a energia, os combustíveis, a inflação em crescendo, os juros altos, pelo que era inevitável um aumento de preços.

A qualidade paga-se e se queremos manter e até aumentar a qualidade dos serviços que oferecemos, se queremos manter o nível de Turismo que temos tido, então temos de ter preços competitivos, de forma a fazer face aos custos crescentes que as empresas enfrentam

Portugal, se manter este aumento de preços poderá tornar-se num destino demasiado caro para o turista estrangeiro, capaz de fazer comparações com outros destinos e com outras ofertas existentes no mercado?
O que se verifica é que o aumento dos preços até não tem travado o número de turistas. Há um aspeto que temos de ter em conta, a qualidade paga-se e se queremos manter e até aumentar a qualidade dos serviços que oferecemos, se queremos manter o nível de Turismo que temos tido, então temos de ter preços competitivos, de forma a fazer face aos custos crescentes que as empresas enfrentam.

Desde o início da pandemia que os recursos humanos têm sido ponto central no desenvolvimento do turismo em Portugal. O que tem sido feito para colmatar esta lacuna? Fala-se muito em protocolos, inclusivamente, com outros países, mas, depois, na prática, o setor sofre com falta de pessoal. Tem sido dado passos para ultrapassar este desafio para os próximos tempos?
Sobre este tema, que nos continua a preocupar, referir-lhe o seguinte: há algo que não podemos esconder e é o facto de que é preciso criar melhores condições, desde logo em termos salariais, para atrair mão de obra. Não esquecer que o Turismo até tem sido dos setores que mais tem aumentado salários.

Mas sendo preciso oferecer ainda melhores salários, é também necessário que o Estado faça a sua parte reduzindo a carga fiscal sobre os rendimentos do trabalho. Todos ganharíamos. É que se os portugueses sentirem que têm melhores salários, mais facilmente virão trabalhar numa profissão de tanto valor como é o Turismo. E se os portugueses sentirem que têm mais dinheiro disponível, também gastarão mais nas férias e isso será bom para o Turismo e para o país.

Seria importante também avançar mais rápida e concretamente com o programa de valorização das profissões anunciado pelo Governo e reforçar a aposta no ensino de qualidade nas Escolas de Turismo.

Por outro lado, complementariamente, para ter mais recursos humanos, neste caso no Turismo, é preciso continuar a apostar na imigração, mas através de uma maior agilização dos processos. É preciso que a contratação seja feita de forma mais organizada, controlada e que o País crie as condições e tenha a capacidade de incluir os imigrantes na sociedade, desde logo, em termos da habitação. O Governo já tornou mais ágil alguma da legislação relativamente aos vistos, mas em termos práticos continua a existir demasiada burocracia.

Uma bola de cristal com aeroporto
Importante, para a CTP, tem sido, também, o debate sobre uma nova infraestrutura aeroportuária para a região de Lisboa. Conta ter uma decisão até final do ano de 2023?
Sinceramente era bom que assim fosse. Como tenho dito, esta é uma decisão política, por isso era bom que se decidisse depressa. No entanto, continuamos a perder demasiado tempo com tantos estudos, com análise de tantas opções. Tínhamos de avançar, mas não vejo avanços. Nem parece que ter um novo aeroporto é uma prioridade para o país. Entretanto, neste momento, o valor perdido pela não construção do novo aeroporto já ultrapassa em muito os mil milhões de euros, de acordo com o contador da CTP.

Há algo de que não abdicamos, se a escolha recair por uma solução mais demorada no tempo, há que avançar com uma solução intermédia, como é o Montijo.

Nem parece que ter um novo aeroporto é uma prioridade para o país

Muitos têm apontado para o facto de a indústria da aviação sofrer alterações no futuro, com possibilidade de menos voos, transferindo-os para a ferrovia. Veja-se o caso em França com os voos com uma duração inferior a duas horas e meia. É mesmo necessário um “grande” aeroporto para a região de Lisboa?
Claro que é mesmo necessário um novo aeroporto! Desde há anos que é necessário um novo aeroporto. Continuamos a recusar slots todos os dias e como já referi, os custos de não ternos um novo aeroporto continuam a acumular-se.

O Turismo, como principal atividade económica do país, tem ainda muito para dar. Há ainda muito por onde podemos crescer. Há uma procura crescente do destino Portugal, pelo que esperamos nos próximos anos muitos mais turistas a querer visitar-nos, mas para isso temos de ter as melhores condições de os receber e isso passa, inevitavelmente, por termos um aeroporto maior, mais moderno e adaptado aos novos tempos, que garanta a prestação de um muito melhor serviço.

E atenção que não se prevê que sejam apenas mais turistas a virem para Portugal nos próximos anos. Há também toda a atividade de negócios e de grandes eventos que tem todo o potencial para crescer. Somos muitos bons a receber e a organizar grandes eventos e isso está nos olhos do mundo. Veja-se o exemplo da Jornada Mundial da Juventude.

As outras regiões – Porto e Norte, Algarve, ilhas, Centro – não necessitariam, igualmente, de atualizações ou novas infraestruturas aeroportuárias, indo ao encontro do “desenvolvimento territorial”?
Penso sinceramente que, a esse nível, o melhor complemento internamente às infraestruturas aeroportuárias existentes, ao novo aeroporto e às acessibilidades rodoviárias que já temos, seria sem dúvida um crescimento e modernização do sistema ferroviário nacional.

Abordada que foi a questão da ferrovia, esta não podia ou devia ser uma alternativa viável para o turismo, agora que a sustentabilidade e as preocupações ambientais estão, como nunca, na ordem do dia?
Sem dúvida que é importante. Não como alternativa, mas como complemento.

O problema nunca tem sido, por exemplo, a Secretaria de Estado ou o Turismo de Portugal. Os entraves vêm, normalmente, de outras entidades governamentais, como sejam os Ministérios das Finanças, Administração Interna ou Negócios Estrangeiros

O que é que o Governo podia fazer mais pelo setor do turismo português? E que papel terão os privados no desenvolvimento do setor do turismo em Portugal?
Tenho frisado já várias vezes, que o setor do Turismo será provavelmente a melhor Parceria Público Privada do nosso pais. Temos tido uma excelente parceria com as entidades públicas diretamente ligadas ao Turismo. O problema nunca tem sido, por exemplo, a Secretaria de Estado ou o Turismo de Portugal. Os entraves vêm, normalmente, de outras entidades governamentais, como sejam os Ministérios das Finanças, Administração Interna ou Negócios Estrangeiros.

Por outro lado, os privados têm demonstrado ter um papel essencial no crescimento e na sustentabilidade da atividade turística.

Em geral, o Governo tem feito um caminho, que tem de continuar a fazer, no sentido de fortalecer o Turismo como principal atividade económica, sendo que o poder central o que pode fazer mais neste momento, seja pelos turistas, por quem trabalha ou quer trabalhar no Turismo e pelas empresas que atuam na atividade turística, é sem dúvida, por exemplo, reduzir a carga fiscal existente e apoiar a recapitalização das empresas que ainda sentem os reflexos da pandemia e dos custos acrescidos motivados pelas consequências da guerra.

Olhando para uma bola de cristal, o que vê para o ano de 2023, em termos globais, sabendo-se que ainda faltam mais de três meses para o final?
Prevejo que este seja um ótimo ano para o Turismo em Portugal. Que esta atividade vai continuar a ser o motor da economia portuguesa e espero que alguns dos dossiers em aberto que têm implicações diretas e indiretas no Turismo vejam finalmente a luz do dia.

Usando as suas palavras, dentro da bola de cristal que se veja o novo aeroporto.

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
Artigos relacionados
AHP pede “maior transparência” sobre alocação de taxas turísticas em Albufeira
Alojamento
ERT de Lisboa congratula-se sobre a localização do NAL, mas considera obras no AHD “essenciais”
Aviação
Mais de 13,5 milhões de passageiros passaram por aeroportos portugueses no 1.º trimestre de 2024
Transportes
Emirates volta a recrutar em Portugal em maio
Emprego e Formação
V-Valley e Consultia Business Travel unem-se na comercialização da solução Destinux no mercado ibérico
Tecnologia
Moon & Sun Lisboa abre portas na Baixa Pombalina
Alojamento
NAV avança com reestruturação do espaço aéreo da Área Terminal de Lisboa
Aviação
Negócios no turismo voltam a cair no 1.º quadrimestre de 2024
Análise
30 anos de democracia sul-africana e potencial ilimitado de África marcam arranque da Africa’s Travel Indaba 2024
Destinos
“Melhores Aldeias Turísticas” 2024 da UN Tourism recebe mais de 260 candidaturas
Destinos
PUB
Alojamento

AHP pede “maior transparência” sobre alocação de taxas turísticas em Albufeira

Após a fase de audição pública relativamente à aplicação de uma taxa turística de dois euros no concelho de Albufeira, além de uma sessão de esclarecimento aos hotéis sobre a cobrança e entrega da taxa, a AHP – Associação da Hotelaria de Portugal reuniu novamente com a Câmara Municipal de Albufeira para pedir explicações e “maior transparência” quanto à cobrança desta taxa.

A menos de uma semana da data imposta para a aplicação da taxa turística de dois euros no concelho de Albufeira, a 21 de maio, a AHP reuniu esta terça-feira, 14 de maio, com a Câmara Municipal de Albufeira para “sublinhar a necessidade de maior transparência no processo de alocação das taxas”, como refere em nota de imprensa.

Outros dos pontos frisados nesta reunião prenderam-se com a possibilidade da “participação dos hoteleiros no modelo de gestão, designadamente num comité de investimentos”, além da “simplificação do processo de cobrança e respeito pelos contratos de alojamento já fechados”.

No mesmo comunicado a associação afirma que nesta reunião a câmara se comprometeu a que “o sistema de pagamento [da taxa turística] que está pensado – feito pelos hóspedes no check-in em TPA instalado na receção dos hotéis –, correrá a par dos instrumentos que estão em vigor em todos os outros concelhos, ou seja, pagamento aquando da faturação pelos hotéis, e depois por estes entregue à Câmara Municipal de Albufeira”.

Relativamente a reservas já feitas até à entrada em vigor deste regulamento, a 2 de maio, “a taxa não é aplicada”.

A associação recorda que um regulamento publicado a 30 de abril deste ano estipula que cada hóspede maior de 13 anos, nacional ou estrangeiro, pague uma taxa turística de dois euros no concelho de Albufeira caso pernoite num estabelecimento hoteleiro, parque de campismo ou alojamento local até sete dias, de abril a outubro.

De acordo com o regulamento, esse tributo entra em vigor a 21 de maio, “devendo ser entregue pelos estabelecimentos à autarquia”.

AHP aponta para “falta de informação sobre alocação das verbas obtidas”

A AHP explicou em comunicado que “durante a fase de audição pública fez chegar à Câmara Municipal de Albufeira não apenas a sua oposição de princípio por discordar do fundamento económico financeiro invocado para a criação de mais uma taxa”, mas também “a falta de informação sobre a alocação das verbas obtidas e a ausência de participação da hotelaria na governação destes fundos, obtidos sobretudo via hotelaria”.

O momento de audição pública foi também utilizado pela AHP para questionar “a cobrança dos hóspedes no momento do check-in e a falta de respeito pelas negociações já fechadas com os operadores antes da entrada em vigor deste agravamento de valor para os hóspedes”.

Após esta audição pública, “o regulamento foi publicado e entrou em vigor”, seguindo-se uma sessão de esclarecimento com os hotéis sobre as operações de cobrança e entrega da taxa onde, no entender da associação, “constatou-se a total impreparação do modelo e de resposta às dúvidas dos hoteleiros”.

Finda a mais recente reunião com a Câmara Municipal de Albufeira a 14 de maio, a associação afirma ainda estar a aguardar explicações sobre “como é que os hotéis são compensados pelos custos com a cobrança e entrega da taxa ao município”, com a AHP a relembrar que “nos demais casos é devido ao hotéis um fee de 2,5% sobre os valores das taxas”.

A associação coloca ainda em causa “qual será o modelo de governação que garanta a participação e vinculação dos hotéis ao destino do produto das taxas, em investimentos que realmente aproveitem à cidade e ao turismo”.

Leia também: Albufeira promove sessões de esclarecimento sobre aplicação da taxa turística

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Aviação

ERT de Lisboa congratula-se sobre a localização do NAL, mas considera obras no AHD “essenciais”

Depois de conhecida a decisão do Governo relativamente à localização do Novo Aeroporto de Lisboa, a ERT de Lisboa congratula a mesma, mas adverte para as obras no AHD que considera “essenciais”.

A Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa (ERT-RL) congratulou a decisão célere do Governo que confirmou a escolha de Alcochete para a localização do aeroporto internacional de Lisboa, bem como o avanço das obras de expansão do Aeroporto Humberto Delgado.

“Foi com grande agrado que recebemos a notícia de uma decisão final sobre a localização do novo aeroporto”, refere Carla Salsinha, presidente da ERT-TL. “Mais do que o local escolhido, a ERT-RL sempre ressalvou a importância da celeridade neste processo para o desenvolvimento do país e do setor do turismo em particular”.

Contudo, a presidente da ERT de Lisboa ressalva o “tempo previsto para a construção da nova infraestrutura”, considerando as obras de expansão no Aeroporto Humberto Delgado “essenciais para o país, de forma a evitar criar constrangimentos para o turismo”, acrescenta.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos

Foto: Depositphotos.com

Transportes

Mais de 13,5 milhões de passageiros passaram por aeroportos portugueses no 1.º trimestre de 2024

Se no mês de março a movimentação de passageiros nos aeroportos nacionais ascendeu a 5,3 milhões, no primeiro trimestre ultrapassou os 13,5 milhões.

Em março de 2024, nos aeroportos nacionais movimentaram-se 5,3 milhões de passageiros, correspondendo a uma variação positiva de 8,1% face a igual mês do ano de 2023.

Segundo os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o início de 2024 continuou a verificar máximos históricos nos valores mensais de passageiros nos aeroportos nacionais, tendo o terceiro mês do presente ano registado o desembarque médio diário de 86,5 mil passageiros, valor superior ao registado em março de 2023 (80 mil; +8,2%).

Em março de 2024, 82,2% dos passageiros desembarcados nos aeroportos nacionais corresponderam a tráfego internacional, atingindo 2,2 milhões de passageiros (+9%), na maioria provenientes do continente europeu (68,4% do total), correspondendo a um aumento de 7% face a março de 2023. O continente americano foi a segunda principal origem, concentrando 9,2% do total de passageiros desembarcados (+25%).

Relativamente aos passageiros embarcados, 81,4% corresponderam a tráfego internacional, perfazendo um total de 2,1 milhões de passageiros (+9,3%), tendo como principal destino aeroportos no continente europeu (68,7% do total), registando um crescimento de 7% face a março de 2023. Os aeroportos no continente americano foram o segundo principal destino dos passageiros embarcados (8,7% do total; +27%).

Segundo avança o INE, “o movimento diário de aeronaves e passageiros é tipicamente influenciado por flutuações sazonais e de ciclo semanal. Os valores diários mais elevados são geralmente encontrados no período de verão e o sábado foi, no ano passado, o dia da semana com maior número de passageiros desembarcados”.

Já no primeiro trimestre de 2024, o número de passageiros movimentados aumentou 5,9% para 13,6 milhões de passageiros, a que corresponde mais 756 mil passageiros, e uma subida de 54,3% face aos 8,3 milhões de passageiros de igual período, mas de 2022.

Considerando o volume de passageiros desembarcados e embarcados em voos internacionais no primeiro trimestre de 2024, França foi o principal país de origem e de destino dos voos, apesar de ter registado decréscimos no número de passageiros desembarcados e embarcados face ao mesmo período de 2023 (-2,4%; -2,6%). Reino Unido, Espanha e Alemanha ocuparam a 2.ª, 3.ª e 4.ª posição, respetivamente, como principais países de origem e de destino. Brasil ocupou a 5.ª posição como principal país de origem e Itália como principal país de destino.

No primeiro trimestre de 2024, o aeroporto de Lisboa movimentou 55,1% do total de passageiros (7,5 milhões), +5,5% comparando com o primeiro trimestre de 2023. O aeroporto do Porto concentrou 23% do total de passageiros movimentados (3,1 milhões) e aumentou 7,3%, enquanto a infraestrutura aeroportuária de Faro registou um crescimento de 7,5% 1,2 milhões) de passageiros.

De referir ainda quem, em março de 2024, aterraram nos aeroportos nacionais 18,2 mil aeronaves em voos comerciais, correspondendo a uma subida de 2,1% face ao mesmo período de 2023.

Foto: Depositphotos.com
Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
Emprego e Formação

Emirates volta a recrutar em Portugal em maio

A Emirates volta a organizar “Open Days” para tripulantes de cabine em três cidades portuguesas ao longo do mês de maio.

Braga, Porto e Coimbra serão as três cidades portuguesas escolhidas pela Emirates para a realização de mais um “Open Days”, iniciativa através da qual pretende recrutar tripulantes de cabine.

A iniciativa da Emirates tem início em Braga, no dia 20 de maio, às 9h00, no Mercure Braga; passando no dia 27 de maio, também pelas 09h00, para o Porto Palácio Hotel. A terceira cidade – Coimbra – ainda não possui data e local fechado, mas decorrerá, igualmente, no mês de maio.

Os três Open Days são eventos de entrada livre e não é necessário registo prévio. No entanto, recomenda-se que os candidatos leiam os requisitos antes de chegarem, que podem ser consultados aqui: https://www.emiratesgroupcareers.com/cabin-crew/

A Emirates, sediada no Dubai, oferece um pacote salarial “distinto” no mercado que inclui uma variedade de benefícios, tais como um salário isento de impostos, alojamento gratuito fornecido pela empresa, transporte gratuito de e para o trabalho, cobertura médica, bem como descontos exclusivos em compras e atividades de lazer no Dubai.

De referir que a Emirates voa para Portugal há 11 anos e oferece, atualmente, 14 voos semanais a partir de Lisboa.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Tecnologia

V-Valley e Consultia Business Travel unem-se na comercialização da solução Destinux no mercado ibérico

O acordo entre a Consultia Business Travel e a V-Valley irão permitir a comercialização do Destinux através do canal tecnológico de forma a chegar a mais empresas no mercado ibérico.

A Consultia Business Travel assinou um acordo estratégico com a V-Valley, pertencente ao Grupo Esprinet, permitindo a esta último oferecer aos seus parceiros a solução integrada Destinux.

Com esta parceria entre a empresa especializada na gestão integrada e no aconselhamento das viagens empresariais e o distribuidor no mercado de Soluções Avançadas, estende-se também a Espanha, expandido a Consultia Business Travel a comercialização do Destinux através do canal tecnológico de forma a chegar a mais empresas no mercado ibérico. Já a V-Valley, em colaboração com a Microsoft, oferecerá aos seus parceiros a oportunidade de expandir os seus negócios com esta solução em processo de expansão internacional e que duplicou os valores pré-pandémicos em 2023.

Para além disso, tanto a V-Valley como a Microsoft beneficiam do facto de poderem oferecer, pela primeira vez, um SaaS para a gestão integrada de viagens empresariais que se integra com o sistema ERP da empresa, o complemento ideal da Microsoft que oferece às empresas a digitalização e automatização desta área e que, para além disso, pode ser integrado com o Microsoft Business Central.

De referir que o Destinux, solução end-to-end da Consultia Business Travel, é um produto baseado na cloud que permite a digitalização e automatização de todos os processos de gestão de viagens empresariais, bem como a correta alocação de despesas, o cumprimento das políticas de viagens e a eliminação de processos administrativos e contabilísticos manuais, permitindo uma poupança até 20% neste item.

“O nosso compromisso com a digitalização das empresas continua com a incorporação da solução Destinux, que cobre uma área que a maioria das empresas ainda não digitalizou, a gestão das viagens de negócios de forma eficiente e segura. Este acordo é uma oportunidade para os nossos parceiros oferecerem um serviço de valor acrescentado aos seus clientes” assegura Paulo Rodrigues, Head of V-Valley Advanced Solutions.

Do lado da Consultia Business Travel, o CEO, Carlos Martinez, admite que a colaboração com a V-Valley “é um grande passo na nossa estratégia de democratização do Destinux e de crescimento nacional e internacional”.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos

Moon & Sun Lisboa | Créditos: DR

Alojamento

Moon & Sun Lisboa abre portas na Baixa Pombalina

O primeiro hotel da insígnia da MS Group em Lisboa resultou de um investimento de 9,5 milhões de euros e conta com 35 quartos.

O Moon & Sun Lisboa, localizado no número 200 da Rua Áurea, na Baixa Pombalina, abre portas esta quarta-feira, 15 de maio.

O mais recente hotel de quatro estrelas da insígnia Moon & Sun, do MS Group, resulta de um investimento de 9,5 milhões de euros e localiza-se num edifício histórico da época pombalina de cinco pisos, “onde é possível encontrar detalhes da construção inicial do século XVIII”, como o grupo indica em comunicado.

Com um total de 35 quartos, as tipologias do Moon & Sun Lisboa dividem-se em cinco categorias: “vista cidade”, “vista cidade com varanda”, “pequeno vista cidade”, “pequeno vista cidade com varanda” e “vista interior”. No piso térreo, situa-se o restaurante Pia’donna, onde o destaque vai para as refeições leves e as piadinhas, a especialidade deste espaço.

Quarto do Moon & Sun Lisboa | Créditos: DR

Neste hotel, o MS Group pretende “prestar homenagem à arte e ao design contemporâneo”, através de uma decoração “caracterizada por linhas elegantes e sofisticadas, com apontamentos relacionados à cidade de Lisboa”, como é o caso dos quadros que decoram os quartos. Na receção, destaque para a obra do pintor Pedro Guimarães, que também tem lugar no Moon & Sun Porto.

De momento, os preços da estadia no Moon & Sun Lisboa começam nos 120 euros por noite em quarto duplo. As reservas podem ser feitas através do site ou do email [email protected].

Quarto do Moon & Sun Lisboa | Créditos: DR
Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos

Foto: Depositphotos.com

Aviação

NAV avança com reestruturação do espaço aéreo da Área Terminal de Lisboa

O “Point Merge System” entra em funcionamento esta madrugada e traz novo modelo de sequenciação de chegadas, com perfis de descida contínua, com a reestruturação a passar, também, pela criação de novas rotas mais otimizadas de entrada e saída das aeronaves, aproveitando zonas negociadas com Força Aérea.

A NAV Portugal lança esta madrugada (de quarta para quinta-feira) o “Point Merge System (PMS), um novo modelo de sequenciação de chegadas à Área Terminal de Lisboa, e que vai trazer uma maior flexibilidade e previsibilidade na gestão do tráfego em toda a região.

Além do novo sistema de sequenciação, as alterações que são implementadas passam ainda pelo redesenho completo das rotas de entrada e saída das aeronaves do espaço aéreo de Lisboa. Esta é considerada “a maior reestruturação de sempre do céu de Lisboa”.

Com o lançamento do PMS, resultado de uma parceria com o Eurocontrol, a NAV vai substituir os tradicionais modelos de sequenciação de chegadas, onde as trajetórias vão aumentando de acordo com a necessidade de atraso, por uma sequenciação linear, assente em dois arcos cujos pontos são equidistantes do aeroporto, independentemente do local do arco em que cada avião se encontre.

Pedro Ângelo, presidente do Conselho de Administração da NAV Portugal, avança que “o Point Merge System” vai permitir que os fluxos de tráfego com origem ou destino ao aeroporto de Lisboa sejam geridos de forma mais otimizada, mais previsível e mais precisa, o que irá induzir maior segurança às operações”.

Esta mudança de paradigma avança depois da constatação de que os atuais níveis de tráfego tornaram o modelo tradicional de sequenciação de chegadas desajustado, obrigando ao recurso cada vez mais frequente a adaptações de rotas e a padrões de espera circulares, de modo a se conseguir gerir todo o fluxo de chegadas. Estas adaptações levam a sequenciações de chegada de perfis incertos e inconstantes e, logo, mais exigentes em termos ambientais, além de terem uma maior carga de trabalho associada tanto para o controlo de tráfego aéreo, como para tripulações.

Já com o “Point Merge System” será possível oferecer uma gestão mais intuitiva, sequencial, previsível e adaptada aos níveis de tráfego atuais e aos previstos a médio-prazo. Com o lançamento deste modelo de sequenciação a NAV Portugal vai oferecer às aeronaves na Área Terminal de Lisboa perfis de descida otimizados e contínuos, a velocidades controladas e sem patamares intermédios, acabando com o cenário onde os padrões circulares surgem como resposta recorrente. Com este passo, será possível ter uma maior previsibilidade em termos de hora de chegada e de distâncias a percorrer pelas aeronaves, além de uma maior otimização da gestão de combustível, velocidade e altitude. O lançamento do PMS vai também afastar as “zonas de espera” iniciais das aeronaves das regiões mais populosas da região de Lisboa, colocando estas zonas a uma altitude mais elevada, reduzindo o impacto visual e sonoro do sistema como um todo.

Reorganização do espaço aéreo e novas rotas
A implementação do “Point Merge System” na Área Terminal de Lisboa tornou-se possível depois de um acordo entre a NAV Portugal e a Força Aérea Portuguesa para a cedência de parte do espaço aéreo militar de Monte Real e de Sintra para o tráfego civil.

Com esta abertura de mais espaço na região de Lisboa para tráfego civil, foi possível à NAV avançar com o redesenho completo das rotas pré-definidas que os aviões devem seguir antes de aterrar ou depois de descolar da região.

Entre as principais alterações efetuadas a estas rotas, destaque para a criação de rotas de saída do Aeroporto Humberto Delgado para Oeste, o que faz com que as aeronaves que se dirijam para esses destinos possam virar diretamente logo após descolar, sem mais delongas, e também a criação de uma segunda rota de saída para as aeronaves com destino para a Europa, que passam agora a ter à disposição duas rotas de saída segregadas.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Análise

Negócios no turismo voltam a cair no 1.º quadrimestre de 2024

De acordo com os dados avançados pela GlobalData, os negócios no setor das viagens e turismo continua em baixa nos primeiros quatro meses deste ano.

A atividade de negócios do setor das viagens e turismo caiu 13,5% em janeiro-abril de 2024, face a igual período de 2023, avançam os dados da GlobalData.

O setor das viagens e turismo registou 217 negócios – fusões e aquisições (M&A), private equity e negócios de financiamento de risco – durante janeiro-abril de 2024, em comparação com o anúncio de 251 negócios durante o mesmo período do ano anterior.

Aurojyoti Bose, analista principal da GlobalData, salienta que a atividade de negócios no setor das viagens e turismo permaneceu “moderada”, devido às condições de mercado “incertas e às tensões geopolíticas em curso”, destacando o facto de “várias economias importantes, incluindo os EUA e a China, terem registado um declínio anual no volume de negócios”.

A análise da GlobalData revela que o número de negócios anunciados nos EUA e na China diminuiu 26,4% e 57,1% durante janeiro-abril de 2024 em comparação com o mesmo período de 2023. Outros mercados importantes, como França, Japão e Itália, também registaram um declínio anual no volume de negócios. Já o volume de negócios para o Reino Unido, Coreia do Sul e Espanha permaneceu o mesmo.

De resto, de acordo com os dados da consultora, a maioria das regiões registou uma atividade de negócios moderada. O volume de negócios na América do Norte, Ásia-Pacífico, Médio Oriente e África e América do Sul e Central registou um declínio, enquanto na Europa se manteve praticamente inalterado.

Bose conclui que se assinalou uma “situação mista para diferentes tipos de negócios, com as fusões e aquisições a registarem um declínio, enquanto o volume de negócios de private equity apresentou melhorias durante janeiro-abril de 2024.”

Assim, o número de fusões e aquisições e de financiamento de risco diminuiu 9,4% e 31,7%, respetivamente, durante janeiro-abril de 2024 em comparação com janeiro-abril de 2023, enquanto o volume de negócios de private equity cresceu 37,5%.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

30 anos de democracia sul-africana e potencial ilimitado de África marcam arranque da Africa’s Travel Indaba 2024

A Africa’s Travel Indaba arrancou esta terça-feira, 14 de maio, em Durban, assinalando os 30 anos da democracia sul-africana e invocando o potencial ilimitado que o continente africano oferece ao turismo, sob o tema “Unlimited Africa”.

A ministra do Turismo da África do Sul, Patricia De Lille, inaugurou esta terça-feira, 14 de maio, a edição de 2024 da Africa’s Travel Indaba, uma das maiores feiras de turismo africanas e que este ano celebra os 30 anos da democracia sul-africana, assim como o potencial ilimitado que o continente africano oferece ao turismo, sob o tema “Unlimited Africa”.

A governante sul-africana, que começou por elogiar a cidade de Durban, em cujo Centro Internacional de Convenções Inkosi Albert Luthuli decorre mais uma edição da feira, lembrou que esta edição da Africa’s Travel Indaba acontece “num ano em que a África do Sul celebra 30 anos de liberdade e democracia”.

“Em todo o nosso belo país há muitas viagens ao longo da história que podemos fazer e precisamos que essas viagens sejam comercializadas de forma mais agressiva junto dos nossos visitantes, especialmente neste momento em que celebramos 30 anos de democracia”, afirmou Patricia De Lille, depois de nomear alguns dos locais de interesse turístico associados à luta contra o Apartheid que podem ser visitados por todo o país.

Segundo a governante, que pretende diversificar a oferta turística sul-africana, o turismo ligado à luta contra o Apartheid vem apenas demonstrar que, na África do Sul, as “possibilidades são ilimitadas” para o setor do turismo.

Tal como a África do Sul, também o continente africano tem, segundo Patricia De Lille, um vasto potencial turístico, algo que fica refletido no tema escolhido, este ano, para a feira de turismo de Durban, “Unlimited Africa”.

“O nosso potencial é ilimitado porque o nosso continente possui diversas paisagens, culturas e experiências que oferecem possibilidades ilimitadas de exploração e crescimento”, acrescentou a ministra do Turismo da África do Sul.

O potencial turístico africano volta a estar, este ano, em exposição na Africa’s Travel Indaba, que conta com a participação de 26 países africanos, incluindo a estreia do Burkina Faso, Eritreia e Guiné, numa lista de participantes ainda composta por Angola, Botswana, Costa do Marfim, República Democrática do Congo, Essuatíni, Etiópia, Gana, Quénia, Lesoto, Madagáscar, Malawi, Mauritânia, Maurícias, Moçambique, Namíbia, Ruanda, Senegal, África do Sul, Tanzânia, Togo, Uganda, Zanzibar e Zimbabué.

“Estes países representam um total de 344 produtos que serão apresentados, o que representa um aumento de 14% em comparação com os 301 produtos do ano passado”, congratulou-se ainda a governante.

A Africa’s Travel Indaba pretende ainda afirmar-se como um espaço de negócio e, este ano, conta com a participação de 1.200 expositores e 1.100 buyers provenientes de 55 países, incluindo dois de Portugal –  a Pinto Lopes Viagens e a Quadrante – o que, segundo Patricia De Lille, prova que esta é uma “feira verdadeiramente global”.

“Estamos confiantes de que a Africa’s Travel Indaba continuará a ser um ambiente fértil para fechar negócios que promovam parcerias e impulsionem o crescimento”, afirmou ainda a governante.

A Africa’s Travel Indaba 2024 decorre até quinta-feira, 16 de maio, em Durban.

*O Publituris viajou a convite do Turismo da África do Sul.

 

Sobre o autorInês de Matos

Inês de Matos

Mais artigos
Destinos

“Melhores Aldeias Turísticas” 2024 da UN Tourism recebe mais de 260 candidaturas

A 4.ª edição das “Melhores Aldeias Turísticas” da UN Tourism recebeu um número recorde de candidaturas.

Mais de 260 aldeias de mais de 60 países, representando as cinco regiões do mundo candidataram-se à edição de 2024 das “Melhores Aldeias Turísticas” da UN Tourism 2024, correspondendo ao maior volume de candidaturas jamais recebido nas últimas quatro edições.

As candidaturas para a 4.ª edição das “Melhores Aldeias Turísticas” encerraram a 8 de maio. “Com base no sucesso das edições anteriores, a iniciativa deste ano voltará a inspirar as comunidades de todo o mundo a aproveitarem o poder do turismo como motor do desenvolvimento rural e do bem-estar”, salienta a organização.

Os Estados-Membros da UN Tourism foram convidados a apresentar um máximo de oito aldeias candidatas através das suas Entidades Nacionais de Turismo.

Tal como nas edições anteriores, as aldeias serão avaliadas por um Conselho Consultivo externo independente em domínios de avaliação como: Recursos culturais e naturais; Promoção e conservação dos recursos culturais; Sustentabilidade Económica; Sustentabilidade Social; Sustentabilidade ambiental; Desenvolvimento do turismo e integração da cadeia de valor; Governação e Priorização do Turismo; Infra-estruturas e conectividade; Saúde, segurança e proteção.

Os nomes das aldeias candidatas ainda não foram divulgados, sendo que as aldeias reconhecidas como as “Melhores Aldeias Turísticas”, bem como as selecionadas para participar no programa de atualização (Upgrade) serão anuncias no quarto trimestre deste ano.

Na edição de 2023, foram quatro as aldeias premiadas: Ericeira, Manteigas, Sortelha e Vila da Madalena, com Vila de Frades a ser selecionada para o “Upgrade Programme”.

Esta rede da UN Tourism inclui 129 aldeias reconhecidas como “Melhores Aldeias Turísticas” e 57 que participam ativamente no “Upgrade Programme”, representando 55 países, considerando a organização que se trata de “um agrupamento global único de comunidades locais que serve de plataforma para a partilha de experiências, o aumento do conhecimento e a promoção de parcerias para impulsionar o desenvolvimento rural através do turismo”.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2021 PUBLITURIS. Todos os direitos reservados.