Emirates cria fundo de sustentabilidade de 200 M$ para a aviação
O investimento de 200 milhões de dólares (cerca de 182 milhões de euros) tem uma duração de três anos e concentrar-se-á em projetos de tecnologias avançadas de combustível e energia que possam reduzir o impacto dos combustíveis fósseis na aviação.
Victor Jorge
Compare e reserve estacionamento nos aeroportos através de Parkos
Africa’s Travel Indaba regressa a Durban entre 13 e 16 de maio
NAV implementa novo sistema em Lisboa que pode reduzir atrasos nos voos
Grupo Norwegian transporta 2,2 milhões de passageiros em abril
Bestravel celebra aniversário com descontos e campanha de responsabilidade social
BPI prevê um crescimento “mais modesto” do turismo em Portugal para 2024, mas aponta oportunidades a ter conta
B travel com nova loja em Leiria
Estudo da Condé Nast Johansens diz que mulheres ultrapassam os homens nas viagens de luxo
Pegasus abre rota direta entre Edimburgo para Istambul
TAP com prejuízo de 71,9 milhões de euros, mas melhores resultados operacionais
A Emirates irá investir 200 milhões de dólares para financiar projetos de Investigação e Desenvolvimento (I&D) centrados na redução do impacto dos combustíveis fósseis na aviação comercial.
Este é o maior compromisso individual de uma companhia aérea em relação à sustentabilidade, com fundos a serem atribuídos ao longo de três anos. A Emirates irá identificar parcerias com organizações líderes que trabalham em soluções de tecnologias avançadas de combustível e energia.
Tim Clark, presidente da Emirates Airline, revela que o investimento centra-se “no maior obstáculo que companhias aéreas enfrentam atualmente”, ou seja, na “redução do seu impacto ambiental”.
“Analisámos atentamente a realidade com que nos deparamos em termos de tecnologia de aviões e motores comerciais, cadeias de abastecimento de combustível e requisitos regulamentares e do ecossistema do nosso setor.”, admitindo ser “evidente que, com as atuais vias disponíveis para as companhias aéreas em termos de redução de emissões, o nosso setor não conseguirá atingir os objetivos de zero emissões líquidas no prazo previsto”.
Por isso, admite que “o nosso setor precisa de melhores soluções e é por isso que estamos a procurar estabelecer parcerias com organizações líderes em I&D. O nosso objetivo é contribuir de forma significativa para soluções práticas para a sustentabilidade da aviação comercial a longo prazo.”
Até que se encontrem soluções viáveis, a Emirates diz “continuar a implementar práticas ambientalmente responsáveis em toda a sua atividade, incluindo a introdução do SAF sempre que possível, assegurando operações de frota eficientes e introduzindo aviões modernos na nossa frota”.
Assim, o fundo de 200 milhões de dólares destina-se a I&D, e não a custos operacionais como a compra de SAF ou compensações de carbono para cumprir os requisitos regulamentares – atividades que a companhia considera “normais.”
De referir que a política e estratégia ambiental da Emirates centra as suas atividades em três áreas: “redução de emissões, consumo responsável e conservação da vida selvagem e dos habitats”.
Recorde-se que em janeiro, a Emirates completou com sucesso o primeiro voo de demonstração 100% movido a SAF, em parceria com a Boeing e a GE. Desde o seu primeiro voo alimentado por SAF em 2017, a companhia aérea continua a participar ativamente no mercado de SAF e a procurar oportunidades na sua rede para utilizar SAF sempre que possível.
No entanto, reconhece que o SAF de base biológica, atualmente o único tipo de SAF disponível comercialmente, tem uma “oferta extremamente limitada”.
A IATA estima que o fornecimento anual de SAF em todo o mundo satisfaça menos de 0,1% das necessidades das companhias aéreas.