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Turismo nos Municípios: Estruturante e de importância inegável

Com o turismo a regressar aos seus “bons tempos”, cada vez mais os 308 municípios de Portugal percebem que o turismo assume um papel importante e estruturante no desenvolvimento do respetivo território. O Publituris foi tentar perceber que importância tem, de facto, o turismo em nove destes municípios e que oferta turística é oferecida, como é promovida e que desafios enfrentam para atrair turistas.

Victor Jorge
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Turismo nos Municípios: Estruturante e de importância inegável

Com o turismo a regressar aos seus “bons tempos”, cada vez mais os 308 municípios de Portugal percebem que o turismo assume um papel importante e estruturante no desenvolvimento do respetivo território. O Publituris foi tentar perceber que importância tem, de facto, o turismo em nove destes municípios e que oferta turística é oferecida, como é promovida e que desafios enfrentam para atrair turistas.

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Portugal possui, atualmente, 308 municípios, dos quais 278 no Continente, 19 na Região Autónoma dos Açores e 11 na Região Autónoma da Madeira. O papel dos municípios no crescimento do turismo em cada região tem sido apontado por governantes, entidades direta ou indiretamente ligadas ao turismo e próprios munícipes como essencial para a diversificação da oferta que Portugal poderá e terá de oferecer ao mundo, mas, também, como um fator preponderante no desenvolvimento socioeconómico das diversas regiões do nosso país.

Não é por acaso que, tanto a nível nacional como internacional, o destaque é dado cada vez mais, às comunidades locais e como estas, de facto, conseguem oferecer experiências autênticas, diversas, inclusivas e contribuir não só para a criação de riqueza, como para a valorização dos diferentes territórios.

Dos 308 municípios existentes, o Publituris foi tentar perceber em nove o que move o município no que diz respeito ao turismo, que tipo de turistas os visitam, que oferta turística existe e como é promovida, que apoios têm recebido e quais os principais desafios.

De Norte até à capital
Na margem do rio Douro que alberga um dos produtos turísticos mais relevantes para a cidade – as Caves de Vinho do Porto -, “o contributo direto do turismo para o volume de negócios global de Vila Nova de Gaia (VNG) é de, aproximadamente, 4%”, diz-nos o presidente da Câmara Municipal, Eduardo Vítor Rodrigues. Além disso, o turismo é a terceira atividade económica com maior contributo direto para o Valor Acrescentado Bruto Global de Vila Nova de Gaia, com 6,9%, o que leva o autarca a admitir que, perante estes dados, “é inegável que o turismo assuma um papel muito estratégico para esta cidade” e, como tal, são assumidos compromissos que tendem a responder a quatro principais objetivos: “assegurar o crescimento turístico de Gaia de forma sustentada; melhorar continuamente a qualidade da experiência turística; reforçar a notoriedade da cidade e a presença nos mercados nacional e internacional; e contribuir diretamente para o crescimento económico e social de Vila Nova de Gaia”.

É inegável que o turismo assuma um papel muito estratégico para esta cidade”, Eduardo Vítor Rodrigues (Vila Nova de Gaia)

Na cidade dos estudantes, Francisco Veiga, vice-presidente da Câmara Municipal de Coimbra, com competências delegadas na área do Turismo, segue a mesma linha ao afirmar que “o turismo possui uma importância estratégica na promoção do nosso território, sendo uma área de atuação fundamental para o desenvolvimento económico e social da nossa cidade e da região envolvente”.

O turismo possui uma importância estratégica na promoção do nosso território”, Francisco Veiga (Coimbra)

Viajando para Sul, Rui Costa, vereador da Câmara Municipal de Alenquer, salienta que, nos últimos anos, o executivo municipal tem vindo a trabalhar, de forma progressiva, o turismo “numa lógica integrada de recuperação do património material e imaterial do concelho, desenvolvendo os principais eixos da sua cultura e identidade com foco na vertente turística, considerando a sua proximidade estratégica da capital”, frisando que, “sob este desígnio podemos afirmar que, à data de hoje, o turismo é, e continua a ser, uma prioridade para este executivo”.

À volta da capital
Chegados à Área Metropolitana de Lisboa (AML), Basílio Horta, presidente da Câmara Municipal de Sintra, refere a “atividade fundamental” que o turismo é para Sintra, mas, “pela heterogeneidade de atividades no município e pela dimensão do território”, salienta que esta “não é a principal atividade geradora de receita para este município”.

Reconhecendo, contudo, o “contributo para o crescimento de Sintra”, considera que este crescimento deveu-se, num primeiro momento, “à classificação da Paisagem Cultural de Sintra como Património Mundial, e posteriormente, ao aumento exponencial do turismo na capital, Lisboa, e a localização geográfica de excelência de Sintra relativamente a Lisboa”.

Por maior que seja a importância do turismo em Sintra, nunca poderemos esquecer o indispensável contributo da indústria e dos restantes serviços para o desenvolvimento económico e social do concelho”, Basílio Horta (Sintra)

“Mas por maior que seja a importância do turismo em Sintra nunca poderemos esquecer o indispensável contributo da indústria e dos restantes serviços para o desenvolvimento económico e social do concelho”, destaca Basílio Horta.

A poucos quilómetros de distância, Bernardo Corrêa de Barros, presidente da Associação de Turismo de Cascais., justifica a importância do turismo para o município com números: “18% da atividade económica do município, tendo Cascais recebido, em 2022, 491.241 turistas e um total de 1.181.877 dormidas”, de acordo com os dados mais recentes recolhidos e processados pelo Turismo de Cascais.

Em termos financeiros, Bernardo Corrêa de Barros salienta o crescimento em “18,3% do preço médio por quarto ocupado, nos 133,80 euros, o que representa um incremento de 21% face ao período pré-pandémico, em 2019”, indicando ainda que a receita por quarto disponível (RevPAR) apresentou um “desempenho notável”, atingindo um aumento de 18% comparativamente a 2019, considerado o melhor ano de sempre.

18% da atividade económica do município está no turismo”, Bernardo Corrêa de Barros (Cascais)

Passando para a Margem Sul do Tejo, Fernando Pinto, presidente da Câmara Municipal de Alcochete, não contradiz os colegas autarcas quanto à relevância do turismo, apontando o “peso crescente na atividade económica do município, sendo os seus efeitos mais visíveis diretamente na restauração, no alojamento turístico e no turismo de natureza”.

A caminho de Setúbal, passamos por Palmela, onde Luís Miguel Calha, responsável pelo pelouro do Desenvolvimento Económico e Turismo da Câmara Municipal, admite que o turismo é uma atividade económica “estruturante para o desenvolvimento sustentável do território”, referindo ainda que o turismo “é importante do ponto de vista da criação de emprego e desenvolvimento económico, mas é, igualmente, determinante para o sentimento de pertença, preservação da identidade e auto-estima da comunidade”.

Chegado a Setúbal, o departamento de Turismo refere ao jornal Publituris que esta atividade tem sido “fundamental para o apoio a alguns setores económicos da região, com destaque para o crescimento da restauração e aumento de micro-empresas de animação turística que têm potenciado novos produtos turísticos, contribuindo para um aumento do tempo de estadia do visitante nacional e estrangeiro à nossa região”.

O interior Sul e o Algarve
Vila portuguesa, no distrito de Évora, na região do Alentejo Central, fazendo fronteira com o Ribatejo, Mora, com cerca de 4.000 habitantes, dos quais menos de metade se encontra em idade ativa, “o envelhecimento da população, aliado à migração dos jovens, tem dificultado a instalação de indústrias e/ou outras entidades empregadoras”, refere Paula Chuço, presidente da Câmara Municipal de Mora. Perante esta situação, admite que o turismo “acaba por surgir como a principal fonte de receita dos negócios locais, fomentando o desenvolvimento económico e permitindo a divulgação do território por novos públicos”. Assim, por outras palavras, o turismo “acaba por ser considerado a atividade ‘core’, trazendo a Mora milhares de pessoas anualmente”.

[O turismo] “acaba por surgir como a principal fonte de receita dos negócios locais”, Paula Chuço (Mora)

Mais para Sul e no Baixo Alentejo profundo, fazendo parte da Rota da N2, o turismo ganha “uma importância cada vez mais significativa no concelho de Aljustrel”, diz Marcos Aguiar, do Gabinete do presidente da Câmara Municipal. Por isso, salienta que o município está a trabalhar na “estruturação do produto turístico”, assentando o principal pilar no Turismo Industrial e Mineiro, uma marca considerada “incontornável” deste território. “Somos uma vila mineira, um concelho mineiro, que é marcado pela atividade extrativa ao longo de séculos. Somos detentores de um rico e vasto património histórico e arqueológico, com cerca de 5 mil anos de mineração, mas também geológico”. Assim, Marcos Aguiar considera que existem “condições únicas e marcas distintivas na Faixa Piritosa Ibérica”, considerando mesmo que o município se pode tornar “numa referência a nível nacional e internacional”, juntando outras vertentes, nomeadamente, o turismo de natureza, turismo náutico, enoturismo e a própria Rota da N2. No fundo, frisa, o turismo é “considerado como um fator “determinante para o desenvolvimento económico e social do concelho de Aljustrel”.

Chegados ao Algarve, à semelhança da restante região do Algarve, o setor do turismo “sempre foi uma das componentes de maior relevância na socioeconomia do concelho de Lagos”, diz-nos o presidente da Câmara, Hugo Pereira. “Graças ao nosso excelente clima e condições de mar, mas também valências como o património histórico, cultural e natural, Lagos tem sido escolha de cada vez mais visitantes anuais, pelo que acaba por favorecer os setores da hotelaria e restauração, assim como operadores turísticos do concelho”, diz.

Dos vinhos aos estudantes
Mas o que move os turistas a visitarem estes nove concelhos de Portugal. Em Vila Nova de Gaia, a cidade é visitada por turistas nacionais e estrangeiros, escolhida pela sua “diversidade natural e cultural, pela qualidade de vida, pela excelente localização geográfica”, diz Eduardo Vítor Rodrigues. “Quem nos visita procura produtos locais genuínos, um património vínico, mas também um Património Mundial da UNESCO e um património arquitetónico e histórico”, aponta o edil.

No Centro de Portugal, Francisco Veiga admite que Coimbra é visita por turistas provenientes de todas as partes do mundo, embora indique “uma maior prevalência de turistas oriundos da América do Sul, sobretudo do Brasil, do mercado espanhol e anglo-saxónico”. Notado, nos últimos anos, devido ao crescimento do turismo religioso e aos recentes achados arqueológicos que remetem para vestígios da presença de judeus em Coimbra, “temos também assistido a um aumento da procura por parte de turistas com interesses culturais ligados à comunidade judaica”, salienta o vice-presidente da Câmara de Coimbra.

O principal motivo de atração centra-se, naturalmente, em torno do conjunto arquitetónico Universidade de Coimbra, Alta e Sofia e da relevância cultural deste património de valor universal, classificado Património Mundial. “De uma maneira geral, os turistas que visitam Coimbra procuram conhecer o património histórico, natural e edificado, absorver a identidade da cidade através das sua cultura e tradições, valorizar a experiência e desfrutar da nossa herança gastronómica e património doceiro”, frisa Francisco Veiga.

Já na vertente do Turismo de Negócios, a cidade é procurada, sobretudo, porque Coimbra possui “infraestruturas e equipamentos de excelência que a distinguem e que lhe permitem afirmar-se neste segmento de turismo em particular”, destacando-se, naturalmente, as valências do Convento São Francisco, enquanto Centro Cultural e de Congressos, “que assume uma importância estratégica no crescimento do turismo cultural, onde se inclui a vertente científica e de negócios”, termina o responsável com competências delegadas na área do turismo.

Em Alenquer, a maior parte dos turistas são portugueses e visitam o município para conhecer “o património, museus, quintas produtoras de vinho e a paisagem vinhateira”, refere Rui Costa. No que toca aos visitantes estrangeiros que passam por Alenquer cumprem maioritariamente dois propósitos: “vertente dos casamentos, que ocorrem às várias centenas por ano, nas muitas quintas seculares do concelho; como se deslocam propositadamente a Alenquer para realizar atividades no âmbito do enoturismo, dado conhecerem bem os nossos produtores que, ao contrário da maioria das regiões vitivinícolas, exportam quase a totalidade da sua produção para todos os continentes”, diz o vereador.

O turismo é, e continua a ser, uma prioridade”, Rui Costa (Alenquer)

A história, cultura, mas também vinho
“Sintra tem um papel determinante como âncora do turismo cultural e do turismo de natureza na região de Lisboa”, considera Basílio Horta, frisando que os monumentos e paisagens atraem “um elevado número de visitantes ao centro histórico de Sintra”, indicando que, num momento pós pandemia, em 2022, registaram-se mais de quatro milhões de visitantes nos museus e monumentos de Sintra.

A direção da Associação Turismo de Sintra (ATS), completa estes dados, revelado que, relativamente ao ranking de nacionalidades dos visitantes no Posto de Turismo, entre 2019 e 2022, “no 1.º e 2.º lugar mantiveram-se, Espanha e França, respetivamente, mas o 3.º lugar deixou de ser ocupado pelos EUA para ser ocupado pelo mercado nacional”.

Já em Cascais, os números apontam para o mercado nacional como líder no ranking de visitas, representando em 2022, 40% da procura total, destacando Bernardo Corrêa de Barros, em termos de mercados estrangeiros, o britânico, espanhol, alemão, norte-americano e brasileiro.

Com o turismo interno também a pesar mais que o externo, “representando uma quota importantíssima no município, Fernando Pinto destaca a predominância “de visitantes estrangeiros de nacionalidade francesa e espanhola” e os produtos de Turismo de Natureza – envolvendo as Salinas do Samouco e a Reserva Natural do Estuário do Tejo – e o Turismo Náutico e Gastronómico como principais alvos de visita. Entre os visitantes do município de Alcochete, o presidente da Câmara aponta “os grupos organizados na faixa etária de 65, ou mais, anos”, sendo que os visitantes de faixas etárias mais jovens tendem a ser compostas por casais, “observando-se, ainda, uma expressiva componente familiar”. Como épocas de maior afluência, Fernando Pinto admite que “ainda se verifica uma acentuada sazonalidade, sendo a Primavera e o Verão as épocas de maior expressão”.

Depois de ter sido eleita, em 2012, a primeira Cidade Europeia do Vinho, “distinção que tem constituído uma extraordinária oportunidade para projetar Palmela no País, na Europa e no Mundo”, Luís Miguel Calha salienta que “a antecipação das tendências da procura turística e a criação de novas experiências de visitação, fazem parte de uma cultura de gestão em parceria, que nos garante êxitos nos resultados e a sustentabilidade do destino”.

[O turismo] é importante do ponto de vista da criação de emprego e desenvolvimento económico, mas é, igualmente, determinante para o sentimento de pertença, preservação da identidade e auto-estima da comunidade”, Luís Miguel Calha (Palmela)

Além da procura na vertente enoturística, Palmela tem vindo a conquistar cada vez mais os amantes do Turismo de Natureza, sendo também “muito significativo o número de turistas que se deslocam à região motivados pela prática de Golfe, pelo Património Cultural, pelas Festas Tradicionais ou pelos eventos ligados à música, ao teatro e às artes visuais”.

Quanto aos mercados visitantes, o mercado nacional, os turistas oriundos de Espanha, França, Reino Unido e Brasil e também os provenientes dos EUA têm sido os que mais têm procurado Palmela.

Cidade banhada pelo rio Sado, Setúbal tem sido procurado de uma forma transversal tanto por portugueses como por estrangeiros, sobretudo de países europeus mais próximos como Espanha, França e Países Baixos/Alemanha, tendo-se verificado, mais recentemente, “um reforço de turistas do Brasil e Itália”, refere o departamento de Turismo de Setúbal.

De um modo geral o turista que visita Setúbal viaja em casal e/ou família e amigos, que procuram a região pela “identidade e cultura, a que se junta o Turismo de Natureza, Náutico e Aventura”.

Uma nova atração turística: Não fazer nada
Do Alentejo chega uma “nova atração” turística: “Não fazer nada”. Paulo Chuço refere que “nos últimos anos tem vindo a ser identificada a crescente procura dos alojamentos locais e dos turismos rurais de Mora muito devido à possibilidade de não fazer nada, porque não fazer nada é também uma atração turística”. Por esse motivo, quem procura Mora acaba por ser um turista com uma “maior capacidade económica” que quer “experiências diferenciadoras e que faz com que o município se direcione para um turismo mais segmentado ao invés do turismo de massas”. Ao nível de quem visita Mora, o município é maioritariamente visitado por turistas nacionais, embora no verão já se ouça falar outros idiomas pelas ruas das localidades.

Aljustrel é um “laboratório vivo, em termos geológicos. O turismo especializado e científico é cada vez mais significativo”, Marcos Aguiar (Aljustrel)

Mais a Sul, o concelho de Aljustrel é visitado por “turistas nacionais e estrangeiros e de diferentes faixas etárias, que chegam em passeios organizados ou individualmente”. Sendo Aljustrel considerado um “laboratório vivo, em termos geológicos, o turismo especializado e científico é cada vez mais significativo”, salienta Marcos Aguiar, além de, com o concelho a ser atravessado pela N2, “são já muitos os que procuram este território por percorrer esta rota”.

Chegados ao Algarve, o tipo de visitantes no concelho de Lagos “sempre foi muito heterogéneo ao nível das nacionalidades”, refere Hugo Pereira, frisando que “temos assistido a um crescimento de turistas estrangeiros, não só da Europa, mas América do Norte e Ásia”. Os dados da Pordata, referentes a 2021, revelam que a percentagem de visitantes estrangeiros situava-se nos 64%, a terceira maior do Algarve.

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Africa’s Travel Indaba regressa a Durban entre 13 e 16 de maio

Na edição deste ano, que volta a decorrer em Durban, entre 13 e 16 de maio, a Africa’s Travel Indaba espera a participação de 1.030 expositores, incluindo 26 países africanos, reforçando o carácter pan-africano do certame.

O Centro Internacional de Convenções Inkosi Albert Luthuli, em Durban, na África do Sul, volta a receber, a partir de segunda-feira, 13 de maio, mais uma edição da Africa’s Travel Indaba, uma das maiores feiras de turismo africanas, que vai contar com a participação de 1.030 expositores, incluindo 26 países africanos.

A feira tem vindo a consolidar o seu carácter pan-africano e, segundo o Ministério do Turismo da África do Sul, este ano, conta com “uma participação sem precedentes”, com 26 países expositores, incluindo a estreia do Burkina Faso, Eritreia e Guiné.

Angola, Botswana, Costa do Marfim, República Democrática do Congo, Essuatíni, Etiópia, Gana, Quénia, Lesoto, Madagáscar, Malawi, Mauritânia, Maurícias, Moçambique, Namíbia, Ruanda, Senegal, África do Sul, Tanzânia, Togo, Uganda, Zanzibar e Zimbabué são os restantes países africanos que participam no certame.

“Estes países representam um total de 344 produtos que serão
apresentados, um aumento de 14% em relação aos 301 produtos do ano passado”, lê-se numa nota do Ministério do Turismo sul-africano.

Além dos vários países, a Africa’s Travel Indaba vai levar a exposição todo o turismo africano e, por isso, está prevista a participação de um total de 1.030 expositores, que vão dar a conhecer a oferta turística de África a 890 buyers de todo o mundo.

“Os buyers incluem operadores turísticos receptivos, agentes de viagens estrangeiros, empresas de marketing de destinos, agentes de reservas on-line e companhias aéreas”, especifica a informação divulgada.

Patricia De Lille, ministra do Turismo da África do Sul, lembra que a “missão contínua e o compromisso da Africa’s Travel Indaba é impulsionar a economia do continente” através do crescimento turístico.

“A Africa’s Travel Indaba fornece uma plataforma para que os empresário turísticos africanos se possam encontrarem com buyers de todo o mundo. Com um número recorde de países participantes este ano, os compradores têm uma grande variedade de produtos e experiências para interagir. Estou confiante de que a Africa’s Travel Indaba continuará a ser um ambiente fértil para fechar negócios que promovam parcerias e impulsionem o crescimento”, acrescenta a governante.

Durban reforça medidas de segurança 

A cidade de Durban, na província de Kwazulu-Natal, volta a ser a anfitriã da Africa’s Travel Indaba e, para garantir que o certame e todas as atividades que vão decorrer associadas à feira, são uma experiência memorável para os participantes, a cidade reforçou as medidas de segurança.

“Reconhecida pela sua hospitalidade e cultura dinâmica, Durban continua a ser um destino de topo tanto para quem procura lazer como para quem viaja em negócios. Em colaboração com Durban, a província de KwaZulu-Natal (KZN) reforçou as medidas de segurança, em especial nos pontos de interesse turístico e em redor do recinto do ICC de Durban”, lê-se numa nota do Turismo da África do Sul.

Paralelamente, a cidade instituiu “várias medidas para garantir o conforto e prazer durante a estadia”, tendo sido, nomeadamente, designados embaixadores para ajudar os visitantes com indicações e informações.

“Quer seja para aproveitar o passeio marítimo ou mergulhar nas vistas e sons cativantes da cidade, os participantes têm a promessa de uma experiência inesquecível”, refere o Turismo da África do Sul.

Sobre o autorInês de Matos

Inês de Matos

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BPI prevê um crescimento “mais modesto” do turismo em Portugal para 2024, mas aponta oportunidades a ter conta

No “Outlook” que o BPI faz para o setor do turismo em Portugal para 2024, a instituição bancária aponta um crescimento de 5% no número de hóspedes face a 2023. Contudo, existem oportunidades que poderá fazer este valor subir.

De acordo com o Departamento de Estudo Económicos e Financeiros do BPI, o setor do turismo em Portugal deverá manter a performance de crescimento, mas de forma “mais modesta”. Assim, a entidade bancária prevê que o número de hóspedes registe um crescimento de 5%, em 2024, face ao ano 2023, “decorrente do abrandamento da atividade económica global, maior proximidade ao limite da capacidade instalada aeroportuária e manutenção de alguma cautela nos mercados europeus centrais, mais expostos aos conflitos)”.

Os analistas do Departamento de Estudo Económicos e Financeiros do BPI consideram, igualmente, que “o efeito rebound de recuperação pós-pandemia está esgotado (os níveis pré-pandemia foram ultrapassados) e o crescimento deverá ser mais modesto que em 2023 (onde registou +13% de turistas)”.

Além disso, o BPI assinala que “o cenário central macroeconómico que afasta a recessão na Zona Euro (principais mercados emissores de turistas para Portugal) vai continuar a suportar o crescimento do turismo”, estando esta situação associada “a alguma recuperação de poder de compra via crescimento de salários, redução da inflação e das taxas de juro”.

Quanto à sazonalidade, o Departamento de Estudo Económicos e Financeiros do BPI espera uma “ligeira redução motivada por vários fatores. Em primeiro lugar, época alta em Portugal (especialmente Algarve) relativamente mais cara face ao poder de compra dos portugueses (desvio de turistas nacionais para o exterior e para outras alturas do ano). Depois, face ao aumento da diversificação de mercados emissores que viajam noutras alturas do ano (em que o clima é mais rigoroso na origem do que em Portugal)”.

No que diz respeito aos mercados emissores, o BPI avança com uma “moderação do ritmo de crescimento dos turistas provenientes dos EUA”, em virtude de um “ligeiro enfraquecimento do dólar face ao euro”, além de um “de um contexto internacional de conflitos armados, menos propício às viagens long-haul”.

Contudo, existem também oportunidades de crescimento “motivadas pelo conflito do Médio Oriente, especialmente de mercados emissores do Leste Europeu”, salientando os analistas que “Portugal beneficia da perceção de ser um destino extremamente seguro” ao que se junto o facto de o conflito no Médio Oriente “estar a ter efeito na redução de reservas para o Chipre, Turquia, Marrocos, Egipto, etc.”.

Finalmente, a “escassez de mão-de-obra, impacto acumulado da inflação e do aumento das taxas de juro nos orçamentos familiares, riscos geopolíticos com aumento do preço dos combustíveis e/ou restrições à mobilidade poderão pesar negativamente e são o risco mais forte do nosso cenário”, conclui o outlook do Departamento de Estudo Económicos e Financeiros do BPI para 2024.

Sobre o autorVictor Jorge

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Estudo da Condé Nast Johansens diz que mulheres ultrapassam os homens nas viagens de luxo

De acordo com o estudo “Hábitos de Férias de Luxo 2024”, da Condé Nast Johansens, 60% dos viajantes de luxo são, atualmente, mulheres na faixa etária entre os 55 e os 75 anos, que viajam com o companheiro ou com amigas.

Um recente estudo da Condé Nast Johansens, denominado “Hábitos de Férias de Luxo 2024”, apurou que o perfil dos viajantes de luxo tem vindo a mudar, “especialmente depois da pandemia” e, atualmente, o número de mulheres que realiza viagens de luxo já é superior ao dos homens.

“Os dados revelam uma importante mudança ao longo das últimas décadas, e especialmente depois da pandemia: já há mais mulheres do que homens a viajar com a chancela de luxo”, lê-se num comunicado divulgado esta sexta-feira, 10 de maio.

De acordo com o estudo, 60% dos viajantes de luxo são, atualmente, mulheres na faixa etária entre os 55 e os 75 anos, cujo rendimento anual é “superior aos 95.000 euros, dos quais elas destinam 8.000 euros para viajar”.

Além do perfil, o estudo procurou também saber quais são as prioridades das viajantes, concluindo que a comida e bebida está no topo para 73% dos inquiridos, seguindo-se a “natureza e atividades ao ar livre (52%), arte e cultura (47%), saúde e bem-estar (45%), tratamentos em Spa específicos (37%), decoração do lar e interiorismo (35%), jardinagem (35%), desporto e fitness (31%), a moda (29%), os tratamentos de beleza e a fotografia (26%), e ciência (20%)”.

“Destaca-se que para 19% das mulheres, os automóveis, a sustentabilidade, a tecnologia de consumo e a joalharia situam-se no mesmo ranking de importância. Os negócios e as finanças (17%) e em último lugar mencionam a compra de bagagem e acessórios de viagem (15%)”, refere a Condé Nast Johansens.

75% das mulheres realizam viagens de luxo acompanhadas pelos parceiros, ainda que “o prazer de viajar com amigas surja em segundo lugar (30%), frente à opção de viajar com os filhos (26%)”, enquanto as viajantes solitárias surgem em menor número, pois apenas 22% preferem viajar sozinhas.

O estudo apurou ainda que, “quanto maior a idade, maior o poder económico”, uma vez que apenas 13% das mulheres entre os 25 e os 34 anos, e 12% entre os 35 e os 44 anos têm rendimentos superiores aos 95.000 euros anuais.

No entanto, a Condé Nast Johansens diz que, “para as que usam redes sociais como fonte de inspiração e consulta, para planear as viagens de luxo, verifica-se que a idade é inversamente proporcional à capacidade económica e ao status social”.

As redes sociais são, sobretudo, usadas pelas mulheres mais jovens, “que usam as redes sociais para inspirar-se para viajar”, a exemplo do apurado por uma análise sobre o uso da internet realizada pela Condé Nast Johansens, que mostrou que 60% visitam o Facebook da marca, 55% o Instagram, 26% o TikTok, 23% o YouTube, 19% o LinkedIn, 18% o X (anteriormente Twitter) e 15% o Pinterest.

“Se olhamos para o TikTok como amostra, 46% das mulheres de entre 25 e 34 anos e 32% de entre 35 e 44 anos visitam TikTok da Condé Nast Johansens para inspirar-se e selecionar o seu hotel e destino de luxo. Mas, apenas 9% das mulheres de entre 45 e 54 anos e 4% de entre 55 e 44 anos recorrem a essa rede”, acrescenta a informação divulgada.

 

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Lourinhã vai ter mini cidade da Lego

As famosas construções com peças Lego serão, a partir de 14 de maio, a nova atração na Lourinhã, com a inauguração da Brickopolis.

Publituris

No próximo dia 14 de maio e numa estrutura construída especificamente para a nova exposição, nasce Brickopolis uma experiência imersiva de blocos de construção para miúdos e graúdos, com aproximadamente 5 milhões de peças, distribuídas em aproximadamente 120 m².

Equipados com sistemas de iluminação e som, paredes com projeções de vídeo e colunas de som direcionadas a modelos específicos, os espaços de exposição proporcionam uma imersão total aos visitantes que aborda os diferentes sentidos.

Nesta exposição imersiva, os visitantes terão a possibilidade de encontrar três salas distintas: Mundos Imaginários, uma sala dedicada a coleções temáticas dos famosos tijolos coloridos como “Star Wars”, “Baía dos Piratas” e “Oeste Selvagem”; Brickopolis, uma sala inteiramente dedicada à vasta cidade Brickopolis; Construções Fantásticas, a última sala da exposição onde poderão visitar monumentos de todo o mundo como uma réplica da icónica Ponte 25 de Abril, com uns impressionantes 6 metros de comprimento, os emblemáticos Taj Mahal e o Coliseu de Roma ou o famoso Big Ben.

Distribuídas por cerca de 750m2, a diversidade de exposições garante uma experiência para todos os entusiastas e curiosos que promete corresponder a todos os tipos de público e respetivos gostos.

Pertencente à empresa da PDL – Parque dos Dinossauros da Lourinhã, Brickopolis “é mais do que uma simples exposição de blocos de construções. É um mundo de criatividade e imaginação que queremos partilhar com todos os que nos visitam, uma viagem aos nossos tempos de infância, e que fará as delícias de todos os que tiveram oportunidade de ter neste brinquedo o seu favorito”, afirma Luís Rocha, responsável pela nova exposição.

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Uma região onde o futuro não pára

Falar dos Emirados Árabes Unidos (EAU), e especificamente do Dubai, não é tanto falar do passado ou presente, mas sim do futuro, tal é o número de projetos (alguns megalómanos) que estão na calha para fazer da região uma das mais importantes (senão a mais importante, segundo os seus responsáveis) do turismo global.

Victor Jorge

Os Emirados Árabes Unidos (EAU) são uma daquelas regiões onde o habitual é falar-se de recordes. No turismo a palavra de ordem é investir, investir, investir e disso são prova os projetos que estão na calha em todos os países que compõem o Emirado.

No caso do Dubai, depois de, em 2023, ter atingido 17,15 milhões de visitantes estrangeiros e os últimos dados revelarem 5,18 milhões de visitantes internacionais durante o 1.º trimestre de 2024, correspondendo a crescimento de 11% em relação aos 4,67 milhões de período homólogo de 2023, o Emirado cresceu 22%, em 2023 face a 2019, prevendo o World Travel & Tourism Council (WTTC) que, em 2024, a região cresça 15% face ao ano anterior.

As receitas conseguidas em 2023 nos EAU chegaram aos 55 mil milhões de euros, representando 11,7% do Produto Interno Bruto (PIB), tendo sido criados mais de 41 mil novos empregos, fazendo com que o total de pessoas empregadas nos EAU no setor do turismo atingisse as 809 mil, o que equivale dizer que uma em cada nove pessoas exerce atividade no turismo.

Para 2024, as previsões do WTTC apontam para que os EAU continuem esta senda de crescimento, antevendo que as receitas cheguem perto dos 60 mil milhões de euros, com mais de 23.500 novos empregos criados, perfazendo, assim, 833 mil pessoas a trabalhar no setor.

As receitas provenientes dos visitantes internacionais deverão crescer 10%, em 2024, atingindo os 48,5 mil milhões de euros, enquanto as receitas do turismo doméstico deverão aumentar 4,3% face a 2023.

Para a próxima década, até 2034, o WTTC prevê uma contribuição do turismo de 70 mil milhões de euros para a economia global dos EAU e perto de 930 mil pessoas a trabalhar na indústria.

Já a globalidade da região do Médio Oriente terá gerado, em 2023, receitas na ordem dos 430 mil milhões de euros, correspondendo a um crescimento de 25% face a 2022, com os empregos a atingirem 7,75 milhões.

As receitas geradas pelo turismo internacional atingiram os 166 mil milhões de euros, representando um crescimento de 50% face ao ano anterior.

Para o ano de 2024, as previsões do WTTC apontam para receitas de 470 mil milhões de euros na região do Médio Oriente, com o número de empregos a chegar aos 8,3 milhões.

Já as receitas dos visitantes internacionais deverão ultrapassar os 183 mil milhões de euros, com o turismo doméstico a gerar perto de 208 mil milhões de euros em receitas.

Rumo ao futuro
Segundo os dados avançados no Arabian Travel Market (ATM) 2024, os Emirados Árabes Unidos têm em construção perto de 19 mil quartos, enquanto esse número sobe para 42.282 na Arábia Saudita.

Constituindo a primeira região do mundo a recuperar totalmente os números pré-pandémicos, o valor dos projetos atualmente em desenvolvimento em toda a região soma uns impressionantes 1,7 biliões de euros. Alguns dos projetos emblemáticos que estão a ser desenvolvidos incluem o Museu de História Natural, em Abu Dhabi, que será inaugurado em 2025; o Museu Guggenheim, também em Abu Dhabi; Dubai Islands, no Dubai, que acrescentará mais 40 quilómetros de costa ao Emirado, com mais de 21 km dedicados a projetos imobiliários e onde ficará instalado o segundo maior centro comercial do Dubai, com um investimento de 1,5 mil milhões de euros e mais de 80 resorts e hotéis; Palm Jebel Ali, projeto relançado em 2023 e que terá o dobro do tamanho da atual Palm Jumeirah e que terá espaço para mais 80 resorts e hotéis, além de expandir a costa do Emirado em mais 110 km, Dubai Reefs, uma comunidade flutuante sustentável para investigação marinha, regeneração e ecoturismo, cobrindo 200 quilómetros quadrados; Qiddiya City, um mega-projeto na Arábia Saudita e que será um hub global de entretenimento, desporto e cultura com mais de 500 mil metros quadrados, gerando mais de 48 milhões de visitas anuais, contando com mais de 41.000 quartos, ou voltando ao Dubai, o novo aeroporto (DWC), a ser inaugurado até 2033 e que contará com cinco pistas e uma capacidade para 260 milhões de passageiros.

Qiddiya Cit, mega projeto e hub global de entretenimento na Arábia Saudita

Em entrevista conjunta com outros meios europeus [a ler na próxima edição do Publituris] durante a ATM, Issam Kazim, CEO do Dubai Corporation for Tourism and Commerce Marketing (DCTCM), admitiu que “não pensamos somente em turismo. Quando desenvolvemos a cidade, pensamos na economia na sua globalidade e na riqueza que todos estes projetos trazem para a cidade, para a região e, sobretudo, para as pessoas que aqui moram ou querem morar”.

“Por um lado, é uma bênção não dependermos ou termos petróleo, já que isso faz-nos pensar e criar projetos que visam a criação de riqueza. Por outro, isso faz-nos ser criativo e inovadores quando lançamos projetos que não são pensados para os dias de hoje, mas para o futuro”, conclui Issam Kazim.

*O jornal Publituris está no Arabian Travel Market (ATM) 2024 a convite do Turismo do Dubai – Visit Dubai

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“Esperamos que Portugal continue este crescimento no turismo e mantenha números históricos”

Em conversa com o Publituris, no decorrer do Arabian Travel Market (ATM) 2024, Julia Simpson, presidente e CEO do WTTC, destacou o bom desempenho do setor do turismo em Portugal. “Oxalá Portugal consiga manter este ritmo, já que as nossas estimativas apontam para um crescimento sustentado em todos os parâmetros”, frisou.

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O jornal Publituris esteve à conversa com Julia Simpson, presidente e CEO do World Travel & Tourism Council, que destacou os bons números que o setor do turismo em Portugal tem conseguido apresentar em 2022 e 2023. “De facto, Portugal tem sido um dos mercados com melhor performance nos últimos dois anos, o que revela que a estratégia que está a seguir é a mais correta”, frisou Julia Simpson, esperando que “a estratégia se mantenha e não existam desvios desnecessários. Se está a correr bem, há que reforçar a estratégia que está a ser seguida e dar-lhe corpo com novos produtos e experiências”.

Considerando que Portugal tem “muito para ensinar a outros destinos”, os números avançados pelo WTTC ao Publituris apontam para que o turismo em Portugal contribua com 20,1% para o Produto Interno Bruto (PIB) global, em 2024, e totalize 1,14 milhões de empregos diretos e indiretos na indústria, o que equivale dizer que 23% da população ativa esteja ligada de alguma forma ao turismo.

Olhando para o futuro, ou seja, a 10 anos, o WTTC estima que o turismo represente 22,4% do PIB global de Portugal e que empregue 1,37 milhões de pessoas direta ou indiretamente, correspondendo a mais 230 mil novos empregos face a 2024.

No que diz respeito às receitas provenientes da atividade turística internacional, o WTTC aponta para que, em 2024, Portugal possa atingir os 30 mil milhões de euros e que, em 2034, esse valor possa ultrapassar os 39 mil milhões de euros.

Os responsáveis do WTTC mantém-se a par das decisões relacionadas com a construção do novo aeroporto, bem como com a venda da TAP, frisando Julia Simpson que, “sem uma nova infraestrutura aeroportuária será difícil o turismo em Portugal crescer a números sustentáveis. Não será com o contributo dado pelos outros aeroportos existentes nas outras cidades que Portugal conseguirá manter esta performance sustentada”.

“Não conheço ainda os responsáveis pela pasta do turismo em Portugal, mas pelo que percebo, a estratégia a seguir será de continuidade, o que é um bom sinal. Esperemos, contudo, que no que diz respeito ao aeroporto não exista continuidade na demora da decisão para bem do turismo e da economia de Portugal”, concluiu a presidente e CEO do WTTC.

*O jornal Publituris está no Arabian Travel Market (ATM) 2024 a convite do Turismo do Dubai – Visit Dubai

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Wine Tours Madeira celebra 9.º aniversário com novo tour

O novo tour da Wine Tours Madeira, denominado Bar Hopping & Poncha Workshop, decorre às quartas-feiras, das 16h30 às 19h30, e “promete uma experiência única e imersiva nas bebidas típicas da Madeira”.

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A Wine Tours Madeira está a celebrar o seu 9.º aniversário e para assinalar a data lançou um novo tour, denominado Bar Hopping & Poncha Workshop de que “promete uma experiência única e imersiva nas bebidas típicas da Madeira”.

“A Wine Tours Madeira, reconhecida pela sua liderança em tours especializados no fascinante mundo dos vinhos da Ilha da Madeira, celebra o seu nono aniversário com a introdução de uma novidade empolgante: o Bar Hopping & Poncha Workshop”, destaca a Wine Tours Madeira, em comunicado.

Segundo a empresa, este novo tour inclui um workshop de poncha que representa “uma verdadeira imersão na cultura da bebida mais icónica da ilha”, uma vez que os participantes vão poder “aprender a arte de fazer Poncha, interagindo diretamente com os ingredientes locais e técnicas tradicionais, orientados por especialistas”.

“Este workshop é uma janela aberta para a tradição madeirense, proporcionando uma conexão mais profunda com o património local”, considera a Wine Tours Madeira.

Este tour decorre às quartas-feiras, das 16h30 às 19h30, e inclui seis paragens nas históricas ruas do Funchal, já que, além de aprenderem a fazer poncha, os participantes “poderão degustar a cerveja local, deliciar-se com o emblemático cocktail Nikita e descobrir os segredos da ginja local, tudo enquanto exploram alguns dos bares mais estimados e frequentados pelos residentes, afastados dos pontos turísticos convencionais”.

“Ao celebrar o seu nono aniversário, a Wine Tours Madeira reforça o seu compromisso em oferecer experiências enriquecedoras que destacam a rica herança vinícola e cultural da Madeira. Este novo tour é uma celebração da vida local, trazendo aos nossos visitantes uma forma autêntica e animada de experienciar a ilha”, explica ainda a Wine Tours Madeira.

Mais informações sobre o novo tour Bar Hopping & Poncha Workshop estão disponíveis aqui.

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Turismo de Portugal inaugura Centro de Incubação de Base Tecnológica

O novo Centro de Incubação de Base Tecnológica, inaugurado no Campus da Escola de Hotelaria e Turismo do Estoril, representou um investimento de 3,4 milhões de euros.

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O Turismo de Portugal inaugurou esta segunda-feira, 6 de maio, um Centro de Incubação de Base Tecnológica (CIBT) direcionado para o setor do turismo, no Campus da Escola de Hotelaria e Turismo do Estoril.

O projeto implicou um investimento de 3,4 milhões de euros, dos quais 1,17 milhões foram financiados pelo Programa Operacional (PO) Lisboa.

O evento, presidido pelo Ministro da Economia, Pedro Reis, contou com a presença do secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, do presidente do Turismo de Portugal, Carlos Abade, e do presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras.

O novo centro conta com três pisos com escritórios, espaços de cowork, salas tecnológicas, pop-up, equipamentos e laboratórios de investigação. O intuito passa por “apoiar a criação e capacitação de novas empresas e novos modelos de negócios para o setor do turismo”, como referido em comunicado, sendo que o espaço será co-gerido pelo NEST – Centro de Inovação do Turismo.

Recorde-se que o Turismo de Portugal é um dos oito membros fundadores do NEST, a par da ANA Aeroportos de Portugal, Brisa Via Verde, Google, Microsoft, Millennium BCP, NOS e BPI.

O CIBT destina-se a empreendedores e startups, “com especial incidência para os jovens recém-formados que atuam no desenvolvimento do setor”. O objetivo principal é o de “fixar talentos, capacitando-os como futuros empresários e facilitando, posteriormente, a sua integração no mercado”.

Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal, refere que “acelerar e transformar o turismo, através do investimento na tecnologia e na inovação, é uma prioridade para o Turismo de Portugal”, sendo que “a inauguração do CIBT traduz essa aposta contínua no turismo e esse compromisso com o futuro”.

Como afirma, “Portugal distingue-se assim pela inovação, tecnologia, inclusão, diversidade e sustentabilidade. Este é o turismo do futuro que o setor está a construir”.

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Dubai ultrapassa os 5 milhões de turistas no primeiro trimestre

Depois de ter atingido um recorde de 17,15 milhões de visitantes internacionais, em 2023, o Dubai continua a crescer, tendo atingido 5,18 milhões de visitantes internacionais no 1.º trimestre de 2024

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O Dubai recebeu 5,18 milhões de visitantes internacionais durante o 1.º trimestre de 2024, correspondendo a crescimento de 11% em relação aos 4,67 milhões de período homólogo de 2023, de acordo com dados publicados pelo Departamento de Economia e Turismo de Dubai (DET) no decorrer da 31.ª edição do Arabian Travel Market (ATM).

Após um ano recorde de 2023, em que o Dubai registou 17,15 milhões de visitantes internacionais, a indústria turística do Emirado mantém o crescimento no primeiro trimestre do ano, alinhado com os objetivos da Agenda Económica de Dubai, D33, para consolidar ainda mais a posição do Dubai como uma das principais cidades globais para negócios e lazer.

Relativamente a este resultado dos primeiros três meses de 2024, o Xeque Hamdan bin Mohammed bin Rashid Al Maktoum, Príncipe Herdeiro de Dubai e Presidente do Conselho Executivo de Dubai, afirmou que o Dubai “está no caminho de mais um desempenho relevante este ano, depois de o Emirado ter recebido um número recorde de visitantes no ano passado, com os visitantes internacionais a chegar aos 17,15 milhões”.

Para o Xeque, esta performance “garantirá que o setor do turismo continue a sua jornada de crescimento e de acordo com os objetivos da Agenda Económica de Dubai (D33), que visa fortalecer a sua posição como uma das principais cidades globais para negócios e lazer.”

O aumento de turistas internacionais durante o primeiro trimestre é o resultado das estratégias do destino em pilares vitais no setor de turismo, como a sustentabilidade, acessibilidade, empreendedorismo e inovação. Outros fatores-chave contribuíram também para o crescimento do número de visitantes, como o facto da cidade ter sediado vários eventos importantes da indústria, como o Arab Health, Gulfood e o Dubai International Boat Show, e ainda as novas aberturas de hotéis como o The Lana, a primeira propriedade da Dorchester Collection no Médio Oriente; SIRO One Za’abeel, o primeiro hotel de fitness de Dubai; Marriott Marquis Dubai; e Hilton Dubai Creek Hotel & Residences. Respondendo a todos os orçamentos e preferências, as diversas ofertas do Dubai estão em constante evolução, apoiadas por infraestruturas de classe mundial, serviço excecional em todos os pontos de contato e colaboração contínua entre o governo e os setores privados.

Europa Ocidental destaca-se como maior mercado emissor
De janeiro a março, a região da Europa Ocidental foi o maior mercado emissor, com 1,138 milhão de chegadas, representando uma quota global de 22%, seguida pelo Sul da Ásia com 869.000 visitantes (17%) e CEI e Europa Oriental com 817.000 (16%).

Do ponto de vista regional, o GCC e o MENA ficaram em quarto e quinto lugares, , respetivamente, representando respetivamente 664.000 (13%) e 605.000 (12%) chegadas. A região do Nordeste Asiático e Sudeste Asiático registou 470.000 chegadas no Dubai (uma participação de 9%), seguida pelas Américas com 344.000 (7%), África com 202.000 (4%) e Australásia com 70.000 (1%).

No que diz respeito à performance nos hotéis do Dubai, de janeiro a março deste ano, estes mantiveram uma taxa de ocupação de quartos de 83%. As noites de quarto ocupadas aumentaram 2%, com 11,2 milhões no final do primeiro trimestre de 2024, em comparação com 10,98 milhões em 2023. A Tarifa Média Diária (ADR) subiu para AED 638 durante o primeiro trimestre, marcando um aumento de 5% em comparação com o mesmo período em 2023, enquanto a Receita Por Quarto Disponível (RevPAR) aumentou 4% em comparação com o ano passado, de AED 504 para AED 527.

Recorde-se que o número total de quartos disponíveis no Dubai atingiu o número de 152.162 no final de março, face aos 148.877 quartos disponíveis em março de 2023. Já o número de estabelecimentos também aumentou de 814 em 2023 para 832 no final do primeiro trimestre deste ano.

Garantida está a continuação em “impulsionar campanhas globais e específicas para cada mercado, colaborando com os nossos principais parceiros domésticos e internacionais, adotando uma abordagem de marketing diversificada para promover o Dubai nas mais diversas audiências mundiais, emocionando e inspirando potenciais novos visitantes e repetentes”, deixada por Issam Kazim, CEO da Dubai Corporation for Tourism and Commerce Marketing (DCTCM).

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Turismo cultural e eventos globais em debate na Porto Business School

A instituição de ensino vai promover um webinar aberto ao público em geral dedicado ao papel dos festivais culturais e eventos internacionais na promoção de destinos. O painel será composto por profissionais como Álvaro Covões e Artur Pereira, moderados por Rita Marques.

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A Porto Business School vai promover na próxima quinta-feira, 9 de maio, às 17h00, o webinar “Promoting Destinations: The power of cultural festivals & international summits”, dedicado a explorar “o papel dos festivais culturais e eventos internacionais na promoção de destinos, criação de empregos e enriquecimento cultural das comunidades globais”, como indicado em comunicado.

O evento, organizado no âmbito do Executive Master em Tourism Management, contará com a participação de Álvaro Covões, fundador e CEO da Everything Is New, e Artur Pereira, vice-presidente da Web Summit e country manager do evento para Portugal, Brasil e Qatar. A moderação ficará a cargo de Rita Marques, codiretora do Executive Master em Tourism Management da Porto Business School.

O webinar será realizado em inglês com transmissão ao vivo e em exclusivo no canal de Youtube da Porto Business School. Apesar de a participação ser gratuita e aberta ao público geral, está sujeita a inscrição prévia através do website www.pbs.up.pt.

O Executive Master em Tourism Management abriu novas vagas para a edição de outubro de 2024, sendo que o período de pré-inscrição está disponível até 24 de maio. Em comunicado, a instituição explica que “este curso especializado visa capacitar os participantes para projetar e gerir experiências turísticas inovadoras, competitivas e sustentáveis, proporcionando uma rede colaborativa com os principais stakeholders do setor”.

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