Ryanair acusa presidente da Comissão Europeia de “indesculpável fracasso” devido a greve em França
A Ryanair critica a falta de ação da presidente da Comissão Europeia num dia que volta a ser marcado pela greve dos controladores aéreos franceses, que somam já 38 dias de paralisação em três meses, ditando o cancelamento de mais de 627.000 voos.
Publituris
Transporte aéreo volta a crescer em março com forte impulso da procura internacional
Ryanair abre nova rota entre Lisboa e Tânger para o verão
Algarve mostra-se na Expovacaciones em Bilbau
Ryanair cresce 8% e transporta 17,3 milhões de passageiros em abril
IATA critica aumento de impostos na Alemanha e diz que vai prejudicar economia e descarbonização
Guimarães adere a estratégia de promoção do enoturismo
Rali de Portugal leva milhares de pessoas e tem impacto na economia do Centro de Portugal
Dertur Campus Academy celebra 50ª edição em novembro e traz mais de 300 agentes de viagens alemães ao Algarve
Play Airlines lança campanha flash com voos para a Islândia a 69 euros
Recife vai ganhar um voo do Porto da Azul a partir do inverno
A Ryanair veio esta quinta-feira, 13 de abril, acusar a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, de um “indesculpável fracasso” na proteção do direito dos cidadãos europeus à livre circulação, uma vez que, considera a companhia aérea, a responsável permitiu que “os céus da União Europeia fossem fechados repetidamente durante a greve dos controladores aéreos franceses”.
“A presidente von der Leyen mostrou o quão pouco ela se preocupa com os cidadãos/visitantes da UE e os seus direitos, permitindo que mais de 627.000 voos de passageiros da Ryanair nos primeiros três meses de 2023 fossem cancelados num curto prazo devido a greves francesas no controlo do tráfego aéreo”, acusa a Ryanair, num comunicado divulgado esta quinta-feira, dia em que volta a haver uma greve geral em França.
Segundo a Ryanair, os passageiros poderiam ter sido facilmente protegidos do impacto das greves do controladores aéreos em França, caso a Comissão Europeia tivesse decidido permitir os sobrevoos no país, como já acontece na Grécia, em Itália ou em Espanha, em que o tráfego aéreo é gerido pelo Eurocontrol para permitir os sobrevoos quando há greves do controlo de tráfego aéreo.
Além desta decisão, a Ryanair reclama que a situação podia ter sido evitada também se os sindicatos franceses fossem obrigados a negociar antes de convocarem qualquer greve ou se existissem serviços mínimos também para os sobrevoos, a exemplo do que já acontece com os voos domésticos no país.
“A presidente von der Leyen e a Comissão da União Europeia têm o dever de proteger o direito dos cidadãos da União Europeia à liberdade de circulação”, realça a Ryanair, apelando, por isso, aos europeus para que assinem a petição lançada pela companhia aérea a 20 de março, que exige que a Comissão Europeia tome medidas imediatas para proteger o direito à livre circulação.
“Hoje, os controladores de tráfego aéreo franceses estão em greve pelo 38.º dia em apenas três meses, com milhares de passageiros da União Europeia a terem os seus voos para ver amigos e familiares cancelados injustamente em cima da hora. Embora não tenhamos nenhum problema com o facto dos sindicatos franceses exercerem o seu direito à greve, esperamos que a presidente von der Leyen faça o seu trabalho e defenda e proteja o direito fundamental dos cidadãos/visitantes da União Europeia à liberdade de movimento”, afirma um porta-voz da companhia aérea.
O porta-voz da Ryanair considera ainda que é “completamente desproporcional e injusto” que o governo francês proteja os voos domésticos com serviços mínimos, mas force “o cancelamento dos voos sobre a França”, defendendo que “o mercado único da União Europeia para viagens aéreas e sobrevoos não deve ser cancelado repetidamente porque a Comissão da União Europeia não toma medidas”.
“A Ryanair apela aos passageiros da União Europeia para que se juntem ao nosso apelo à presidente von der Leyen e assinem a nossa petição ‘Proteger os Passageiros: Mantenha os Céus da UE Abertos’, que exige que a Comissão da União Europeia tome medidas para proteger os seus direitos”, afirma ainda o porta-voz da Ryanair.