.
Brasil volta a exigir visto de entrada no país a turistas dos EUA, Canadá, Japão e Austrália
O setor do turismo brasileiro mostra-se contra o fim da isenção, que deverá entrar em vigor a 1 de outubro, e considera que a medida vai impactar negativamente a atividade turística no país.
Publituris
Compare e reserve estacionamento nos aeroportos através de Parkos
Africa’s Travel Indaba regressa a Durban entre 13 e 16 de maio
NAV implementa novo sistema em Lisboa que pode reduzir atrasos nos voos
Grupo Norwegian transporta 2,2 milhões de passageiros em abril
Bestravel celebra aniversário com descontos e campanha de responsabilidade social
BPI prevê um crescimento “mais modesto” do turismo em Portugal para 2024, mas aponta oportunidades a ter conta
B travel com nova loja em Leiria
Estudo da Condé Nast Johansens diz que mulheres ultrapassam os homens nas viagens de luxo
Pegasus abre rota direta entre Edimburgo para Istambul
TAP com prejuízo de 71,9 milhões de euros, mas melhores resultados operacionais
O Brasil revogou a medida que isentava os turistas dos EUA, Canadá, Japão e Austrália de visto para entrar no país e que estava em vigor desde 2019, pelo que, a partir de 1 de outubro, os turistas destes países voltam a ter de solicitar visto de entrada no Brasil.
De acordo com a imprensa brasileira, a decisão terá sido tomada depois do governo de Luiz Inácio Lula da Silva ter consultado os países em questão sobre a possibilidade de haver reciprocidade na medida para que também os brasileiros possam entrar nos EUA, Canadá, Japão e Austrália sem visto, o que terá sido negado.
“O Brasil não concede isenção unilateral de vistos de visita”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, na passada segunda-feira, dando conta de que, sem reciprocidade, a isenção de vistos para estes quatro países chegou ao fim.
A decisão do Brasil de acabar com a isenção de vistos para os EUA, Canadá, Japão e Austrália está, contudo, a ser vista no país como uma decisão política, uma vez que o decreto que autorizava a isenção de visto para estes países foi assinado, em 2019, pelo anterior Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro.
O fim da isenção de vistos para os EUA, Canadá, Japão e Austrália está, no entanto, a merecer as críticas do setor do turismo brasileiro, que considera que a decisão vai ter um impacto negativo no turismo brasileiro, já que, no ano passado, estes quatro países foram responsáveis por cerca de 10% das entradas de turistas estrangeiros no Brasil.
Mariana Aldrigui, presidente do Conselho de Turismo da Fecomercio-SP, é uma das vozes que criticam a decisão do governo brasileiro e que, segundo informação publicada pelo jornal Globo, consideram que, no turismo, o principio da reciprocidade “não funciona”.
“Enquanto uma viagem para os Estados Unidos, por exemplo, é o “sonho de consumo” de muitos brasileiros, os norte-americanos dão preferência para passear em países do Hemisfério Norte”, defende a responsável, considerando, por isso, que a medida vai ter efeitos perversos na atividade turística brasileira.
Também contra a revogação da isenção de vistos para americanos, canadianos, japoneses e australianos está Manoel Linhares, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), que lembrou ao Globo que o fim dos vistos era uma exigência antiga do setor do turismo, e que também se mostra contra o fim da isenção, até porque, com a pandemia da COVID-19, a medida “não teve tempo de impactar o turismo”.