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“A BTL vai acompanhar o crescimento sustentado e entusiasmante que o setor [do turismo] testemunhou”

O mote da 33.ª edição da BTL está dado: “celebrar o melhor de Portugal e do mundo”. Pedro Braga, diretor-geral Adjunto da FCE – Feira, Eventos e Congressos, acredita que o evento deste ano terá um crescimento “significativo”, deixando claro que o atual formato “é parte integral do ADN da BTL, uma feira direcionada tanto para profissionais como para o público consumidor”.

Victor Jorge
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“A BTL vai acompanhar o crescimento sustentado e entusiasmante que o setor [do turismo] testemunhou”

O mote da 33.ª edição da BTL está dado: “celebrar o melhor de Portugal e do mundo”. Pedro Braga, diretor-geral Adjunto da FCE – Feira, Eventos e Congressos, acredita que o evento deste ano terá um crescimento “significativo”, deixando claro que o atual formato “é parte integral do ADN da BTL, uma feira direcionada tanto para profissionais como para o público consumidor”.

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Com “casa esgotada”, o universo do turismo concentrar-se-á, entre 1 a 5 de março, na BTL. Para Pedro Braga, diretor-geral Adjunto da FCE – Feira, Eventos e Congressos, “o mais importante não são os recordes, o mais importante é servir o turismo e contribuir para o desenvolvimento económico do país”. Por isso, no final, a conclusão a tirar será a de confirmar que a BTL “continua a ser o espaço de referência em Portugal para a concretização de negócios, tanto de um ponto de vista de B2C como B2B”.

Com o turismo nacional a registar o melhor ano de sempre em termos de receitas, que BTL teremos em 2023? Será a BTL também um evento a bater recordes?
Será uma BTL de afirmação. Perante um cenário internacional de fluxos turísticos em livre circulação, o turismo retomou, com toda a amplitude, a posição que detém há muitos anos: um gerador de riqueza e um impulsionador de diversas economias por todo o mundo. Em Portugal, os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) são claros quanto a esse aspeto, e a BTL vai acompanhar o crescimento sustentado e entusiasmante que o setor testemunhou no ano passado. Estamos certos de que iremos superar os números de 2022, ainda marcados por algumas restrições, e que a 33.ª edição da BTL assumirá plenamente a vocação deste certame – celebrar o melhor de Portugal e do mundo.

Para a BTL o mais importante não são os recordes, o mais importante é servir o turismo e contribuir para o desenvolvimento económico do país.

Quais são as principais diferenças relativamente ao evento do ano de 2022?
A BTL 2023 é marcada por uma maior representatividade do destino nacional, nos diversos segmentos da oferta turística, e conta nesta edição com a Entidade Regional do Turismo do Centro como região convidada e com Aveiro como município convidado e que seguramente contribuirão de forma decisiva para o sucesso da BTL 2023.

Existe igualmente um reforço de posicionamento da BTL nos mercados internacionais, quer seja na vertente dos destinos presentes no pavilhão 4, quer seja através do programa de Hosted Buyers (HB) e de Buyers cuja qualidade é crescentemente reconhecida a nível internacional.

Para a BTL o mais importante não são os recordes, o mais importante é servir o turismo e contribuir para o desenvolvimento económico do país

Nas áreas temáticas, temos como novidade a inclusão do segmento LGBTI+. A BTL é um reflexo do mercado, procuramos observar e acolher a evolução e as tendências do setor turístico a nível internacional e nacional. Uma área como a BTL LGBTI+ permitirá às empresas do setor promover a sua oferta destinada para esse segmento numa altura em que o mercado lhe tem dedicado mais atenção. Mas é também uma forma de celebrar a diversidade e a identidade, valores tão ligados ao próprio turismo e que a BTL, naturalmente, acolhe.

Uma BTL mais internacional
Na apresentação da BTL 2023, referiu como grande foco a componente da internacionalização. O que foi feito nesse sentido?
Tivemos oportunidade de referir durante a apresentação da BTL que a internacionalização continua a ser um dos eixos estratégicos do evento, e os resultados deste trabalho são visíveis. O pavilhão internacional da BTL 2023 está totalmente preenchido com uma grande representatividade de destinos, direta e indiretamente – isto é, através de operadores.

De resto, verificámos um interesse muito grande por parte dos destinos internacionais em promoverem-se no mercado português. Contaremos com cerca de 75 destinos internacionais e houve um conjunto, ainda considerável, de destinos internacionais que ficou em lista de espera depois do preenchimento total do espaço designado. Isto demonstra a importância que a BTL tem vindo a assumir enquanto centro para a promoção turística em Portugal, mas é também uma consequência natural do nosso esforço de internacionalização.

Portugal, leia-se o Turismo de Portugal e as ARPT´s, têm feito um trabalho excecional na promoção do destino e isso reflete-se na procura crescente no mercado português. O Programa de Hosted Buyers e de Buyers é um reflexo desse trabalho e do reconhecimento do “nosso” destino. Temos cada vez mais mercados interessados em participar no programa HB e de visitarem a BTL na vertente de B2B.

Verificámos um interesse muito grande por parte dos destinos internacionais em promoverem-se no mercado português

Esse foco na internacionalização pressupõe uma maior presença de buyers internacionais?
O programa de buyers, que conta com a TAP e o Turismo de Portugal enquanto parceiros estratégicos, é uma parte muito importante da equação de internacionalização da BTL que tem conhecido uma evolução, procurando reforçar a qualidade dos buyers presentes em detrimento da quantidade.

A nossa prioridade é o retorno que o programa dá às empresas que nele participam e, claro, a Portugal enquanto destino.

Na edição de 2022, fizemos um ajuste no modelo de reuniões e podemos dizer que foi um sucesso. Incrementámos o retorno das reuniões realizadas e potenciámos um maior volume de negócios para os nossos expositores. É essa a afirmação da BTL, o Marketplace para o setor do turismo.

De acordo com o inquérito realizado junto dos expositores e buyers presentes na última edição, 94,9% dos expositores consideram que a BTL é o evento mais importante do setor realizado em Portugal e 63% dos buyers colocou o programa de Hosted Buyers no top dos melhores em que participaram a nível internacional. Desafiados a classificar a qualidade das reuniões realizadas, os Hosted Buyers atribuíram 4,67 pontos (em 5 possíveis). Os expositores classificaram as reuniões com 4,29 (em 5 possíveis).

Há um ano referia a intenção de ter uma maior diferenciação entre os “hosted buyers” e “buyers”. Essa intenção concretiza-se?
Mais do que uma diferenciação entre Hosted Buyers e Buyers, o que procuramos, através do reforço permanente da qualidade dos programas que desenvolvemos é que, mesmo aqueles buyers que não são selecionados para o programa de Hosted Buyers pela BTL e pelos seus parceiros (Turismo de Portugal e TAP) e que como tal beneficiam de apoios em todos os aspetos logísticos para a sua presença na BTL, considerem que se justifica investir o seu tempo e os seus recursos para visitar e participar no programa  porque o potencial de negócio do mercado português e a diversidade e qualidade da oferta o justificam.

Nesta edição os Buyers representam já cerca de 20% do total de participantes no programa, um crescimento significativo quando comparado com edições anteriores. Este crescimento é resultado do posicionamento da marca destino Portugal, bem como da estratégia da BTL em posicionar-se no calendário internacional das feiras de turismo.

Marcaram presença no WTM de Londres e na FITUR em Madrid. Essas presenças foram nesse sentido de aumentar a internacionalização da BTL?
Sem dúvida. É uma abordagem que identificámos como prioritária para a concretização do nosso objetivo de maior internacionalização e, felizmente, temos colhido frutos dela. A presença em feiras como o WTM e a FITUR permite-nos contactar diretamente com players internacionais e apresentar-lhes a BTL de uma forma mais eficiente, uma vez que estamos inseridos num espaço em que o turismo é, igualmente, o protagonista.

Convidados e novos segmentos
Que importância tem o facto de a Tunísia ser o destino internacional convidado?
A presença da Tunísia na qualidade de destino internacional convidado é muito significativa. Em termos turísticos, a Tunísia é um destino de eleição para os viajantes portugueses e o protagonismo que assume nesta edição da BTL é também uma resposta a essa preferência. De facto, falamos de um país muito conhecido e procurado pelo nosso mercado, mas que, ao mesmo tempo, ainda tem diversos locais por descobrir. A BTL será uma oportunidade para os visitantes conhecerem novos e inéditos destinos dentro da Tunísia através de uma programação cultural desenvolvida especialmente para a feira.

Temos “casa esgotada” e em consequência contamos receber ainda mais expositores

Curiosamente, ainda em contexto pandémico, verificou-se que o aumento do número de turistas portugueses a viajar para a Tunísia era superior ao índice dos turistas europeus. Num cenário de livre circulação, as expectativas são ainda mais animadoras, pelo que nos entusiasma particularmente dar palco a este destino e promover essa relação próxima e frutuosa entre o mercado português e o mercado tunisino.

Um dos grandes focos dados também nesta BTL 2023 está no segmento LGBTI. Que importância terá esta participação e que outros segmentos estarão em destaque no evento?
Como mencionado anteriormente, o segmento LGBTI+ é, de facto, uma das grandes apostas da BTL 2023. É um segmento que tem recebido uma atenção crescente por parte do setor turístico e um merecido reforço de visibilidade em Portugal – a escolha de Lisboa para receber o maior evento europeu de celebração do orgulho LGBTI+ em 2025 é sinal disso.

Neste ano de estreia, queremos fazer deste espaço uma referência no contexto global da feira e, por isso, contamos com uma área de exposição onde diferentes players poderão apresentar a sua oferta direcionada para este segmento, mas também um palco com uma programação exclusiva.

Lado a lado com a BTL LGBTI+ encontramos espaços já estabelecidos, como a BTL LAB e a BTL Cultural. Em ambos, contamos com uma oferta mais dinâmica e envolvente, em contacto direto com os visitantes da feira. A BTL LAB continuará a constituir um hub de referência para discutir e promover a inovação e a tecnologia aplicadas ao turismo, através de exposições e talks dinamizadas por players notáveis do setor. Por sua vez, a BTL Cultural voltará a mostrar o papel absolutamente central que a cultura ocupa na promoção e na sustentação da atividade turística, com a presença de diversas regiões e dos seus respetivos equipamentos culturais.

Segmentos como MICE e enoturismo mereceram também especial atenção, através dos espaços BTL Meeting Industry e BTL Enoturismo que apresentarão iniciativas diversas para os profissionais das áreas. Além, claro, de espaços como BTL Village, a BTL Travel Influencer e a BTL Kids Route.

A edição 2023
A BTL 2022 contou com a presença de mais de 45.000 visitantes, entre profissionais e público geral, com a participação de 1.407 expositores. Ao nível dos visitantes, contam bater este número?
Estamos convictos de que teremos um crescimento significativo não só porque a edição de 2022 ainda se realizou sob constrangimentos ligados à pandemia, mas sobretudo porque trabalhámos para uma edição maior, mais dinâmica e mais atrativa, tanto para profissionais como para o público consumidor.

A conjugação das iniciativas dinamizadas pelas regiões nacionais e pelos destinos internacionais com as campanhas promovidas pelas agências e pelos operadores resultam num produto único e autêntico, que coloca em evidência as diferentes culturas e a oferta dos mais diversos destinos e que faz da BTL um momento único e que se transforma na “Grande Montra” do setor do turismo em Portugal.

A BTL é uma bandeira do turismo em língua portuguesa, e essa vocação de lançamento para o mundo é uma posição inequívoca que a edição de 2023 ajudará certamente a consolidar

E relativamente aos expositores, que número terá a BTL 2023?
Temos “casa esgotada” e em consequência contamos receber ainda mais expositores, do que na edição anterior, dos vários cantos de Portugal e do mundo – um número que cimenta a nossa posição enquanto principal hub em Portugal para a promoção turística.

A BTL continua a ter três dias para profissionais e dois dias para o público geral. Esta dinâmica é importante e a manter para o futuro? A ITB, por exemplo, retirou os dois dias dedicados ao público geral.
Este formato é parte integral do ADN da BTL, que é uma feira direcionada tanto para profissionais como para o público consumidor. Estamos absolutamente convictos de que a relação da feira com o público continua a ser uma parte fundamental do estatuto que a BTL adquiriu ao longo destes anos. As pessoas sabem que, na feira, têm acesso a ofertas exclusivas para adquirir as suas férias e as empresas expositoras veem, nessa dinâmica, uma oportunidade para desenvolver campanhas atrativas.

Esta é, aliás, uma das outras opostas para os próximos anos, continuar a reforçar a posição da BTL e dos expositores que disponibilizam a venda de produtos turísticos ao público enquanto grande “momento do ano” para comprar férias e será objeto de uma campanha publicitária, que começará nos próximos dias, dirigida especificamente a este target.

Bem entendido, a dimensão B2B é extremamente importante e temos vindo a alocar uma boa parte dos nossos recursos para explorar as suas potencialidades ao máximo, como atesta o programa de hosted buyers e de buyers. Mas não podemos descurar o lugar dos consumidores neste grande quadro que é a BTL e tudo aquilo que a sua presença aporta para os destinos e para a feira: são dois dias intensos, com um grande afluxo de visitantes que permitem às empresas fazer negócios diretamente, constituindo uma demonstração notável da vitalidade deste sector em Portugal.

No final do dia 5 de março, que conclusões gostaria de tirar relativamente ao evento deste ano?
Gostaríamos de concluir – e, aliás, estou seguro que assim será – que os expositores e os visitantes concretizaram na plenitude os seus objetivos e que a BTL continua a ser o espaço de referência em Portugal para a concretização de negócios, tanto de um ponto de vista de B2C como B2B.

Mas também que a BTL continua a ser um local de inovação, em que se trocam ideias, conhecimentos e experiências e de onde partem novas iniciativas e soluções para os mais diversos desafios. Não podemos esquecer que o setor turístico é uma bandeira da nossa atividade económica. Por sua vez, a BTL é uma bandeira do turismo em língua portuguesa, e essa vocação de lançamento para o mundo é uma posição inequívoca que a edição de 2023 ajudará certamente a consolidar.

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Nauticampo aumenta em 11% o número de visitantes na edição de 2024

Realizada de 17 a 21 de abril, a 54.ª edição do maior evento dedicado às atividades outdoor juntou cerca de 17.500 visitantes.

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A Nauticampo de 2024, evento realizado de 17 a 21 de abril, registou um aumento de 11% no número de visitantes face a 2023, tendo totalizando cerca de 17.500 visitantes.

O maior evento dedicado às atividades outdoor em Portugal, uma organização da Fundação AIP, que promove a Navegação de Recreio, Desporto Aventura, Caravanismo e Piscinas, contou, nesta edição e segundo informação da organização, com 20% de novos visitantes.

Dos visitantes inquiridos, 94% mostraram-se satisfeitos ou muito satisfeitos, sendo que 86% recomendariam a visita a amigos ou familiares. Entre os visitantes profissionais mais de 50% identificou oportunidades de negócios.

No setor do Campismo e Caravanismo estiveram em destaque as novas tendências como o glamping e o overland. Outras áreas muito valorizadas pelos visitantes foram as casas de madeira e as piscinas económicas e sustentáveis.

O gestor da Nauticampo, Miguel Anjos, destacou de forma bastante positiva a presença da oferta integrada de destinos náuticos, como o Município de Portimão, Albufeira, Faro, as Comunidades Intermunicipais das regiões de Aveiro e do Oeste, assim como a forte presença da Entidade Regional do Turismo do Alentejo (Nautical Alentejo).

Considerando que é um setor com “forte potencial e perspectivas de crescimento no futuro”, a próxima edição já tem data marcada, de 26 a 30 de março de 2025, na FIL, Parque das Nações.

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GR8 events ganha ouro e bronze e é eleita Rising Star Agency nos Global Eventex Awards

Pela primeira vez, uma agência portuguesa é considerada a melhor novidade no mundo dos eventos e do marketing de experiências, entre 1.207 candidaturas.

Publituris

A GR8 events foi distinguida nos Global Eventex Awards (GEA) como a Rising Star Agency do ano, o que equivale dizer que foi considerada a melhor novidade no mundo dos eventos e do marketing de experiências pelo júri que há 14 anos distingue as melhores práticas internacionais em dezenas de categorias no âmbito dos eventos e do marketing. Na edição deste ano estiveram a concurso 1.207 candidaturas, provenientes de 62 países e seis continentes.

Depois de, em menos de três anos, ter sido considerada a Melhor Agência de Eventos de Portugal e distinguida com duas presenças consecutivas (agora três) no Ranking da Eventex, a GR8 events vê agora a sua proposta de valor ser reconhecida novamente a nível internacional com um duplo ouro e duplo bronze.

O evento SIBS 40 Years Creating The Future, que já tinha alcançado o feito de ser finalista nos Best Event Awards World (BEA World), em 2023, recebeu agora o ouro na categoria Celebration Event.

Além do prémio máximo, a GR8 events, arrecadou também dois bronzes em categorias relevantes. A criatividade e a execução de excelência valeram a distinção, na categoria Ceremony, à primeira edição do Liga Portugal Awards, um evento realizado a 7 de setembro de 2023, na Alfândega do Porto.

Já a inovação tecnológica foi determinante para que o Calendário de Natal que a equipa da GR8 criou para a NTT Data conquistasse o bronze na categoria de Virtual Gamified Experience.

“Mais do que o reconhecimento da GR8 events, estes prémios são o triunfo merecido dos clientes que confiam em nós e nos dão a oportunidade de dar vida a ideias e de concretizar sonhos, nossos e deles”, reagiu com emoção Francisco Serzedello, CEO da GR8 events.

O duplo ouro e bronze atribuído pela Eventex à GR8 events surge numa altura em que a agência de eventos está em pleno processo de internacionalização e crescimento em mercados estrangeiros. “Estes quatro prémios, e sobretudo o duplo ouro, num evento com a reputação, a exigência e o alcance mundial dos Global Eventex Awards são a confirmação de que a GR8 tem muito valor para acrescentar além-fronteiras, bem como para trazer para Portugal mais eventos e com maior impacto”, concluiu Carina Ferreira, diretora Comercial da GR8 events.

 

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ATM termina com presença de mais de 46 mil profissionais do turismo

A 31.ª edição do Arabian Travel Market (ATM) 2024 terminou com um crescimento de 15% no número de profissionais do setor do turismo, totalizando mais de 46.000. A edição de 2025 tem datas marcadas de 28 de abril a 1 de maio.

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Mais de 46.000 profissionais da indústria do turismo passaram pelo World Trade Center do Dubai, no que foi a maior edição do Arabian Travel Market (ATM), confirmando a organização um crescimento de 15% no número de profissionais face à edição de 2023.

Deste total, informa a organização, 33.500 foram visitantes de mais de 160 países, correspondendo a uma subida de 11% face à edição do ano passado.

Danielle Curtis, diretora da Exposição ME, Arabian Travel Market, afirma estar satisfeita com os resultados e por “profissionais da indústria de todo o mundo se terem juntado a nós no Dubai para explorar a forma como a inovação e o empreendedorismo estão a moldar um setor do turismo mais eficiente, rentável e sustentável para as gerações futuras”.

Sob o lema “Capacitar a Inovação: Transformar as viagens através do Empreendedorismo”, mais de 2.600 expositores marcaram presença na feira deste ano, com a edição de 2025 a ficar marcada para 28 de abril a 1 de maio.

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“O defeito da Europa é ser demasiado conservadora”

Teodora Marinska, Head of Public Affairs, da Europan Travel Commission (ETC), considera que a “Europa tem atuado muito bem na recuperação do setor das viagens e turismo”, mas considera que é “demasiado conservadora”.

Victor Jorge

Na sua intervenção numa das primeiras conferências do Arabian Travel Market (ATM) 2024, a realizar no Dubai até 8 de maio, a responsável pelas Relações Públicas da European Travel Commission (ETC), Teodora Marinska, salientou a importância das viagens intra-regionais na Europa, admitindo que “estas foram a principal razão para o crescimento e recuperação do setor do turismo e das viagens na Europa”.

Contudo, Marinska salientou que a Europa “é demasiado conservadora quando toca à inovação e a apostar em novidades, ao contrário desta região [Conselho de Cooperação dos Estados Árabes do Golfo] que tem inovado enormemente e isso é bem visível”.

Um dos pontos que Marinska destacou como fator diferenciador na Europa é, no entanto, a facilidade com os vistos e os acordos existentes no espaço Schengen que dão um forte apoio à recuperação do turismo.

“Facilitar a entrada nos diversos países é sinónimo de mais viajantes, mais turistas e isso traz, inevitavelmente, benefícios económicos para todos. Mas para que isto aconteça, existem infraestruturas que têm de estar preparadas para não dificultar esta transição fácil e fazer com que os viajantes pensem duas vezes antes de viajar para um destino”.

Assim, para Marinska, o próximo passo, “é digitalizar ao máximo certos e determinados processos que facilitem a entrada e transição entre países e não dificultem tudo”. A responsável pelas Relações Públicas da ETC deu como exemplo a digitalização do controlo fronteiriço que “é urgente colocar em prática”, admitindo que “será um processo feito por máquinas e não humanos, o que equivale dizer que deverá existir menos constrangimentos e, principalmente, filas nos aeroportos, algo sempre desagradável para quem viaja”.

Claro que Marinska destacou a componente da segurança como “fundamental” em todo este processo, “mas temos de nos colocar na pele do viajante”. Por isso, “todos países e estados têm de estar no mesmo patamar para que isto funcione sem constrangimentos”, admitindo que “se um dos stakeholders não acompanhar esta transição, haverá problemas em toda a cadeia.

No final, Marinska destacou os desafios que se colocam ao setor das viagens e turismo no futuro, indicando a “digitalização” e a “transição verde” como dois fatores a ter em conta. “Todos falamos de ‘overtourism’, mas o facto é que nem todos os destinos o sentem. Por isso, não são os destinos que não possuem ‘overtourism’ que têm de atuar. Estes só têm de preservar. Os destinos que têm, de facto, ‘overtourism’ contribuíram, em grande parte para o terem e, agora, têm o desafio de resolver esta questão”.

Marinska conclui que “a sazonalidade é um dos grandes problemas, mas essa poder-se-á resolver com a promoção de soluções e serviços diferentes que beneficiarão os destinos e as gentes que neles habitam”.

*O jornal Publituris está no Arabian Travel Market (ATM) 2024 a convite do Turismo do Dubai – Visit Dubai

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

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ATM começa com uma promessa na aposta no desenvolvimento da ferrovia na região

Na abertura da 31.ª edição do Arabian Travel Market (ATM) 2024, que se realiza até ao próximo dia 8 de maio, ficou a promessa de alguns dos responsáveis pelo setor do turismo do Conselho de Cooperação dos Estados Árabes do Golfo que a ferrovia será uma das próximas apostas.

Victor Jorge

O Golfo Pérsico é uma das regiões do mundo em maior desenvolvimento no que respeito ao turismo. Isso mesmo é possível confirmar na 31.ª edição do Arabian Travel Market (ATM) 2024 onde o turismo é, naturalmente, o ator principal. Numa das primeiras conferências que abriu este certame que se realiza no Dubai, o ministro do Turismo da Arábia Saudita, Fahd Hamidaddin, deixou a certeza de que assim permanecerá.

“Os países que compõem esta região (Conselho de Cooperação dos Estados Árabes do Golfo – Omã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Qatar, Bahrain e Kuwait) aproveitaram a pandemia para investir fortemente no desenvolvimento do turismo e isso reflete-se nos dias de hoje, em que temos uma economia forte e que assenta no desenvolvimento da atividade económica. Não tivemos à espera que a pandemia passa-se para investir. Fizemo-lo durante estes tempos desafiantes e o futuro do turismo só beneficiará da aposta que fizemos ao longo deste anos”.

A partilhar o palco com o chairman da Autoridade de Comércio e Desenvolvimento do Turismo de Sharjah, Khalid Jasim Al Midfa; e a CEO da Autoridade para o Turismo e Eventos do Bahrain, Sarah Buhijji; o responsável pela pasta do turismo da Arábia Saudita deixou a certeza de que a próxima aposta passa pela ferrovia.

“A ferrovia será o próximo desafio e aposta”, avançou Fahd Hamidaddin, salientando que “temos de nos reinventar e reimaginar um setor do turismo e das viagens diferente do que temos tido até agora”.

“Cada vez mais falamos de sermos sustentáveis, de preservarmos o nosso meio ambiente, de criar novas experiências”, admitiu Fahd Hamidaddin. “Por isso, a ferrovia poderá ser uma dessas novas experiências que poderemos e devemos criar na região”.

Para o ministro do Turismo da Arábia Saudita, a ferrovia não deverá ser, contudo, somente um meio de transporte de ponto A para ponto B. “Não, a própria viagem de comboio terá de ser uma experiência, com carruagens distintas, únicas, a oferecer diversas experiências e que os turistas e visitantes poderão ter como um destino dentro do destino”.

Para tal, Fahd Hamidaddin destacou a colaboração que terá de existir entre todos os estados que compõem esta região, de forma a “oferecer um serviço, uma experiência diferenciadora e capaz de atrair mais turistas para a nossa região”.

*O jornal Publituris está no Arabian Travel Market (ATM) 2024 a convite do Turismo do Dubai – Visit Dubai

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

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Alojamento Local em Portugal vai ter o seu 1º congresso em outubro no Porto

O Alojamento Local em Portugal vai ter o seu primeiro congresso na cidade do Porto – Alfandega do Porto, nos dias 1 e 2 de outubro, promovido pela ALEP, revelou ao Publituris o presidente da associação, Eduardo Miranda, que diz ainda que é um “save date”, uma vez que os preparativos só agora começaram.

A Associação do Alojamento Local de Portugal (ALEP) vai organizar na Alfandega do Porto, nos dias 1 a 2 de outubro, o primeiro grande congresso do setor do alojamento local.

Segundo revelou ao Publituris o presidente da ALEP, Eduardo Miranda, o evento contará com a presença de oradores nacionais e internacionais numa parceria com a Vacation Rental World Summit um dos maiores eventos internacionais que decorre no mesmo local nos dias 3 e 4 de outubro.

A ALEP disse ao Publituris que será a semana do Alojamento Local , que promete trazer para Portugal alguns dos maiores especialistas do setor a nível mundial para discutir as tendências do Turismo e apresentar as inovações tecnológicas que vão marcar o futuro desta atividade.

A associação indica ainda que pagina do evento será lançada em breve e estará disponível em www.alep.pt

Sobre o autorCarolina Morgado

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Congresso da APAVT em Macau será de 2 a 5 de dezembro de 2025

A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) anunciou, este segunda-feira as datas de realização do seu 50º Congresso Nacional, que como já era conhecido, será em Macau, em 2025. Assim, decorrerá de 2 a 5 de dezembro.

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O anúncio das datas ocorre um ano após a confirmação de Macau como o local do congresso, que foi comunicado na MITE (Macau International Travel Expo) de 2023.

Aproveitando a edição deste ano da mesma feira, onde a APAVT participou de novo, com o apoio da Direção dos Serviços de Turismo de Macau, liderando uma comitiva de cerca de 30 profissionais de turismo de Portugal, da CEAV (Confederação Espanhola de Agências de Viagens) e da ECTAA (Confederação Europeia das Associações de Agências de Viagens e Operadores Turísticos), consolidou com as autoridades turísticas de Macau estas datas.

Refira-se que o 50º Congresso Nacional da APAVT, em 2025, coincide com a celebração do 75º aniversário da Associação.

Entretanto, como também já foi revelado, o congresso da APAVT deste ano que, ocorre de 24 a 26 de outubro em Huelva (Espanha).

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“A promoção na Europa não pode ser só Macau”

Depois de anunciar a cimeira da ECTAA em Macau, em 2025, Maria Helena de Senna Fernandes, diretora da DST de Macau, admitiu que a promoção de Macau terá de passar por uma maior complementaridade de destinos e não limitar-se somente a Macau”.

Victor Jorge

A promoção de Macau na Europa é uma realidade e a parceira com a Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) tem contribuído para esta evidência. Maria Helena de Senna Fernandes, diretora da Direção dos Serviços de Turismo (DST) de Macau, explicou isso mesma durante a abertura da MITE – Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau, ao frisar que “a APAVT foi um grande parceiro durante muitos anos, mesmo antes da transferência [da soberania de Macau de Portugal para a República Popular da China em 20 de dezembro de 1999] até agora e ajudou-nos, para além de Portugal, a abrir a porta para a Europa”.

A vinda do congresso da APAVT e da cimeira da ECTAA para Macau, em 2025, é, por isso, vista por Senna Fernandes como “um passo importante e que temos vindo a realizar em parceria com a APAVT tanto nas iniciativas em Portugal [Roadshow e BTL] como em Espanha [FITUR]”.

Quanto às possíveis melhorias de conectividade entre Portugal e Macau, Senna de Fernandes admitiu que “esse é o nosso grande sonho”, revelando que “ainda não há muitos avanços a este nível, mas passo a passo, espero que as ligações melhorem”.

A caminho pode estar, no entanto, um voo da Air Macau com ligação a Istambul (Turquia) que a diretora da DST espera que possa acontecer “ainda este ano de 2024” e que é considerado como “mais um passo em frente”. “Estamos sempre de braços abertos, mas claro que as companhias aéreas têm os seus cálculos e nós percebemos esta situação”.

A melhoria, ou melhor, a facilidade de ligação de Hong Kong a Macau também foi assinalada como mais um passo para atrair os turistas a visitar Macau, além de Senna Fernandes considerar que “a forma como Macau está a promover-se na Europa também terá de ser integrada com outros destinos”.

“A promoção na Europa não pode ser só Macau, porque quem faz uma viagem de longo curso não está só à procura de um destino, também quererá visitar a China, Hong Kong, a Grande Bahia, por exemplo”, concluiu a diretora da Direção dos Serviços de Turismo de Macau.

*O Publituris viajou para a MITE – Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau – a convite da APAVT. 
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APAVT destaca “papel principal” da associação na promoção de Macau no mercado europeu

No dia da abertura da 12.ª edição da MITE, Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT, destacou o papel da associação no posicionamento de Macau no mercado europeu. A organização do congresso da APAVT e cimeira da ECTAA, ambas em 2025, são consideradas boas plataformas para a promoção junto dos diversos mercados da Europa.

Victor Jorge

A 12.ª edição da MITE – Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau – serviu para o anúncio da cimeira da ECTAA, bem com de Macau como “Destino Preferido” para 2025.

Pedro Costa Ferreira, presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), referiu, no discurso de abertura e deste anúncio que se trata de uma “grande oportunidade de juntar um importante mercado de origem – Europa – e os destinos turísticos de Macau, fazendo essa extensão lógica a toda a China”.

Na realidade, a APAVT, que realizará o 50.ª congresso precisamente em Macau, em 2025, teve “o papel principal”, segundo o presidente das APAVT, no que será a realização da cimeira da ECTAA em Macau, frisando Pedro Costa Ferreira que “tivemos a ideia, colocámo-la primeiramente a Macau, tentando perceber se havia interesse, e havendo todo o interesse, colocámo-la ECTAA que respondeu, desde logo, de forma positiva”.

“Sentimos que existe um estreito laço de confiança entre a APAVT e o Turismo de Macau que, como todos os laços de confiança que são fortes, demorou algum tempo a reformar-se, mas que parece estar hoje no ponto fortalecer-se”.

De resto, Pedro Costa Ferreira salientou que a relação próxima entre a APAVT e Macau passa, justamente, por “Portugal constituir uma porta de entrada para a China, mas também Portugal ser visto como porta de entrada para a Europa. Se olharmos para a China enquanto mercado emissor, é só o primeiro mercado emissor mundial. Portanto, todos terão interesse em implementar este tipo de relação”.

Quanto ao que poderia aumentar o número de turistas portugueses em Macau, o presidente da APAVT é lacónico: “comunicação, comunicação, comunicação e, depois, estruturação de oferta”.

“A comunicação é fundamental porque a verdade é que Macau, apesar de tudo, quando se fala do Oriente, não está no top of mind dos portugueses”, considera Pedro Costa Ferreira. “Depois é preciso conhecimento e não foi por acaso que apostámos [APAVT] no e-learning”, até porque, de acordo com o presidente da APAVT, “os agentes de viagens costumam vender o que conhecem e sentem-se confiantes a vender o que conhecem. Portanto, sem conhecer fica mais difícil” e, por isso, a vinda de agentes de viagens à MITE “ajuda a conhecer a oferta existente”.

Já no que toca à estruturação de produto, “Macau não deve ser visto como um destino per si para o mercado emissor europeu, nem mesmo para o português”, admite Pedro Costa Ferreira, salientando que “o português pode ter um tempo médio de estadia um pouco mais prolongado em Macau, mas o que faz sentido é juntar Macau com outras realidades, sejam elas de pura praia, quer realidades mais culturais e mais recentes do ponto de vista das tradições do turista europeu, que é a própria China”.

Para isso, é, no entanto, necessária conectividade, assinalando Pedro Costa Ferreira que “um voo direto [Portugal – Macau] ajudaria imenso”.

*O Publituris viajou para a MITE – Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau – a convite da APAVT. 
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Tiger Team reclama infraestruturas de raiz para servir o MICE

João Moita, Managing Partner da Tiger Team, reclama infraestruturas de raiz em Lisboa para servir o segmento onde a empresa se posiciona, o MICE, designadamente um centro de congressos, hotéis de grandes dimensões e um parque de diversões, sem falar da falta de decisão sobre um novo aeroporto. De resto, diz que Portugal tem boa reputação no panorama internacional para este segmento.

Com mais de 30 anos nesta área do MICE, João Moita deixou a administração da Citur em dezembro de 2019, e desde janeiro de 2023 que é Managing Partner da Tiger Team, empresa formalizada em setembro de 2022 e composta por alguns dos ex-funcionários da Citur. “Já fez um ano e está a correr bem”, disse em entrevista que concedeu ao Publituris, explicando que se trata de um DMC puro que “se dedica ao turismo recetivo – grupos de incentivos, congressos e eventos corporativos e culturais, mas também ao outgoing, mas para grupos, e no segmento do Meeting Industry (MI).

“É uma lufada de ar fresco no mercado” sublinhou João Moita, que deu ainda a conhecer melhor a empresa que dirige. “Temos os eventos, os incentivos, as conferências, os grupos de especial interesse, e é esse mercado que trabalhamos. Temos escritórios em Lisboa e no Porto e somos todos profissionais devidamente reconhecidos e conceituados no mercado”. Um nicho que funciona praticamente o ano inteiro, e cuja sazonalidade não tem nada a ver com o segmento de lazer.

Esclareceu ainda que “continuamos na nossa luta lá fora à procura de novos mercados, que as pessoas realizem os seus grupos, os seus eventos e lançamentos de produtos em Portugal, bem como também temos uma divisão que é liderada pelo Rui Martins e que se dedica essencialmente aos grupos de incentivos para fora”, até porque, “com a nossa expertise também podemos realizar grandes eventos e grandes grupos lá fora e, nomeadamente, para empresas do mercado nacional, e tem sido uma receita que tem corrido bastante bem”.

Fácil de pronunciar nos mercados internacionais
A Tiger é uma empresa portuguesa, só de capital nacional, e a designação vem de Travel, Incentives, and Great Experiences, um nome que, segundo João Miota “é fácil de pronunciar nos mercados internacionais, porque continuamos a trabalhar não só os mercados de expressão portuguesa como o brasileiro, mas também temos os nossos mercados tradicionais como a Alemanha, a Inglaterra, França, um pouco de Itália, a Escandinávia, a Holanda que também vai fazendo uns pedidos e, portanto, estando no mercado global é bom ter um nome internacional, fácil de pronunciar e de decorar”.

A empresa, com pouco mais de um ano de existência ainda tem pouca história para contar, mas o facto da sua equipa ser muito experiente nestes segmentos, conhece bem os desafios que se colocam na área do MICE em Portugal. Diríamos até, os velhos desafios, uma vez que, nos últimos anos, muito pouco foi feito ao nível das infraestruturas que permitam que Portugal seja mais competitivo.

“A nossa ideia foi especializarmos numa área que já não é assim tanto nicho para o país, pese embora o facto de faltarem ainda algumas infraestruturas, particularmente neste nosso setor”, apontou o Managing Partner da Tiger Team, realçando que “queremos posicionarmos no mercado de grande qualidade, aliás, os incentivos que temos feito, alguns de grandes dimensões, são de muito bons clientes e de grandes brands internacionais e as pessoas buscam de facto qualidade, mas Portugal continua a ter algumas carências a nível das infraestruturas de apoio para este tipo de segmento, que qualifica bastante o destino. As autoridades deviam dar-lhe um pouco mais de atenção, porque pode também ajudar a que os participantes que veem, e são de qualidade, possam depois recomendar o destino ou virem inclusivamente com as suas famílias no segmento lazer”.

A nossa vantagem é que, mesmo sendo um país pequeno, temos uma multiplicidade de oferta muito pouco comum e inigualável em termos mundiais, porque oferecemos um bocadinho de tudo, mas não somos melhores em nada, tanto no continente como nas ilhas, esta é que é a realidade

A competição continua forte e a aumentar
João Moita reconhece que é uma história antiga, e neste momento, para além de termos como pano de fundo muitas incertezas, muitos problemas e guerras, “estamos num mercado global onde a competição, não só por turistas em lazer, mas por este segmento, continua a aumentar.

Defende que “o mercado está saturado, e precisávamos, para além das estratégias de marketing inovadoras que têm ocorrido, de dar atenção às infraestruturas. Continuo a dizer que não temos, em Lisboa, um centro de congressos de raiz, continuamos a não hotéis de grandes dimensões no país, ou seja, acima de mil quartos que, para este segmento é importantíssimo porque cada vez que há um movimento das 2, 3, 4, ou 5 mil pessoas são necessários 20 ou 30 hotéis o que é muito complicado em termos de logística e não nos tornamos tão competitivos no mercado global”.

E não só: “Outra coisa que nos faz imensa falta, e que existe um pouco por todo o mundo, é um parque temático onde se possa combinar lazer, reuniões, espetáculo, uma infraestrutura que há investidores dispostos a fazê-la e não se consegue, porque não encaixam nos PDM das câmaras municipais, ou porque não há vontade política”. O facto, avançou João Moita, “é que temos alguma dificuldade quando um grupo nos pede um local para se divertir, já não falo de uma Feira Popular, mesmo uma coisa mais pequena, e estou a lembrar, por exemplo, do Tivoli Park em Copenhaga, ou seja, mesmo cidades do norte da Europa, que não têm o nosso clima, oferecem este tipo de infraestruturas, e nós não”.

O responsável lembra que isso podia servir também para criar novos polos de atração e descentralizar um pouco os fluxos nos grandes centros urbanos. Salienta que Portugal tem potencialidades ímpares, nomeadamente condições naturais e do gosto em receber, mas a infraestrutura de apoio também faz falta e, com isto “ia chegar ao aeroporto, o principal do país que nos está a limitar brutalmente”.

João Moita considera que “no meu segmento, alguns dos grupos chegam ou saem em voos charters, mas voltamos à questão, há a alternativa de os levar para Beja, mas o ir buscá-los ou levá-los para além de caro é contraproducente do ponto de vista da proposta e da oferta porque, a nossa concorrência não está só em Portugal, mas em outros destinos, alguns emergentes, nomeadamente no leste da Europa que nos fazem grande competição e que são bastante aguerridos e flexíveis para captar este tipo de eventos”.

Na sua opinião “devia-se resolver a questão do novo aeroporto o quanto antes. Claro que o aeroporto de Lisboa é uma mais-valia, e dentro da nossa situação mais periférica relativamente à Europa, é uma vantagem termos o aeroporto no centro da cidade, porque o ponto a ponto torna-se muito mais rápido e conseguimos, se não forem norte-americanos, brasileiros ou de fora do espaço Schengen, coloca-los com relativa rapidez no destino ou nos hotéis, o que encurta a distância. Para além de ele estar saturado, de não haver slots e das companhias aéreas terem muita dificuldade no parque de charters, temos também o problema das horas de espera no controlo de passaportes que não ajuda muito a nossa reputação”, apontou o Managing Partner da Tiger Team ao longo da entrevista.

Delivery superior à expectativa do cliente
Face a essas dificuldades, que argumentos apresenta uma empresa como a Tiger Team para continuar a trazer para o nosso país grandes grupos de congressos, eventos e incentivos do estrangeiro? João Moita explica que “voltamos sempre à nossa segurança e ao nosso espírito de fazer. Portugal continua a ter um delivery superior à expectativa do cliente. Temos um hardware fantástico e se o tempo estiver bom as coisas correm muitíssimo bem. Temos segurança, a simpatia dos portugueses, os serviços não falham, as coisas são feitas a tempo e horas, os programas são bem elaborados e são consentâneos com aquilo que foi proposto”. No entanto, avançou que “há carências e falhas, nomeadamente quando apontamos para o segmento e mercado de luxo, há muita coisa que ainda faz falta e que destinos nossos concorrentes oferecem”.

“Não temos infraestrutura ou capacidade para tanta gente que nos visita e acho que era muito importante descentralizarmos um pouco dos grandes centros urbanos e criarmos polos de atração, nomeadamente no interior do país”, sugere.

Há carências e falhas, nomeadamente quando apontamos para o segmento e mercado de luxo, há muita coisa que ainda faz falta e que destinos nossos concorrentes oferecem

A Tiger Team concentra mais a sua atividade em Lisboa e no Porto, aliás onde possui escritórios, para, assim, poder acompanhar os seus clientes mais de perto. No entanto, numa altura em que se fala muito em sustentabilidade e em que os clientes, nomeadamente, as empresas querem realizar os seus eventos de uma forma cada vez mais sustentável e onde impera a natureza, “o interior do país pode ter uma palavra a dizer criando condições, e aí poderíamos fazer algo de interessante, mas mesmo assim tentamos fazer algumas coisas, dependendo da dimensão dos grupos”.

Olhar mais para o interior do país
No interior de Portugal, nomeadamente, na região do Alentejo, a empresa tenta sempre levar os seus grupos para mostrar a natureza, as artes ancestrais, desde o fabrico que queijo aos vinhos, e sua gastronomia “que é única”, bem como o artesanato, a arte chocalheira e o cante, que “correm muito bem”, frisou.

João Moita considera que “todas as nossas regiões se têm reinventado e feito um esforço para mostrar o seu potencial, a especificidade e o único que têm, mas precisamos de ver a montante, ou seja, o que pode ser feito para a captação de grandes eventos”.

Os clientes da Tiger Team, mesmo quando veem a trabalho, querem espairecer e conhecer o destino ao fim de dois ou três dias enfiados em salas de reuniões. Neste caso “é muito popular os grupos querem viver alguma experiência nas opcionais, como irem fazer uma aula de surf, aulas de yoga, e muitos escolhem tudo o que tem a ver com o ambiente e ar livre, muito mais do que uma visita panorâmica à cidade dentro de um autocarro. Aí vamos dando resposta porque temos esse hardware e o software aparece”, salientou.

João Moita recordou que Lisboa, por exemplo, recebe a Web Summit, mas com espaços adaptados porque não tem um centro de congressos de dimensão e criado de raiz, nem um aeroporto capaz de dar resposta à procura, bem como um parque hoteleiro de grandes dimensões. Reconhece que temos uma excelente oferta em termos de boutique hotéis e que tudo de novo que tem aparecido são unidades de grande qualidade, mas de pequena dimensão. “Um hotel vocacionado para o segmento onde atuamos, infelizmente, continua a não existir” acentuou, acrescentando que “a nossa vantagem é que, mesmo sendo um país pequeno, temos uma multiplicidade de oferta muito pouco comum e inigualável em termos mundiais, porque oferecemos um bocadinho de tudo, mas não somos melhores em nada, tanto no continente como nas ilhas, esta é que é a realidade”.

Setor quer ser mais ouvido
Assim, “acho que o turismo deve ser pensado de um modo diferente e, nós que andamos no dia-a-dia lá fora a bater portas e a tentar convencer os clientes internacionais a realizar os seus eventos em Portugal, devíamos ser mais ouvidos porque, sabemos o que o cliente procura e almeja e, por vezes, não há essa visão global do país”, salientou.

E continuou: “Não sei se isso se prende com razões políticas ou com falta de atenção por parte das entidades governativas”. O que João Moita reconhece é que Nuno Fazenda fez um bom trabalho, mas enquanto secretário de Estado do Turismo “se calhar estava limitado na ação”. Por isso, “pelo que o turismo já vale no PIB nacional, porque não termos um Ministério forte para definir, regular, pensar e fazer um esforço para juntar as várias entidades, para que o turismo seja mais desenvolvido, mais sustentado, haja uma atenção por todos os polos e todas as tipologias de negócio, e o que nos interessa mais”, questionou.

O objetivo da Tiger é continuar a crescer como uma empresa sólida e inovadora, quer nos conteúdos programáticos, quer nas propostas que apresentamos, bem como continuar a prestigiar Portugal e o destino

Selecionar os clientes pelo tipo de negócio
Por outro lado, o gestor da Tiger Team confidencia que “Portugal já se pode dar ao luxo de selecionar os clientes não só pelo preço, mas pelo tipo de negócio. Estrategicamente temos de pensar com alguma antecedência o que vamos fazer no futuro porque, estamos a esgotar a capacidade do país com estes quase 30 milhões que nos visitam. Já não temos infraestruturas para receber mais, mas temos território, temos país, pessoas interessadas, bons profissionais, então porque não descentralizar, puxar pelo interior, sair do litoral e das grandes cidades, e tentar que os grandes investidores e com os fundos que estão disponíveis, o façam”.

Neste caso, volta a afirmar que “se calhar precisamos de um ministro do turismo que esteja sentado no Conselho de Ministros para sensibilizar os seus pares e para estarmos de igual para igual com as outras atividades económicas, que são todas importantes”.

A Tiger Team tem colaborado com o departamento do Turismo de Portugal que se dedica à captação de congressos e eventos para Portugal. João Moita reconhece a total disponibilidade de Joaquim Pires que dirige o departamento. “A ajuda que nos dá é essencial e importantíssima”, mas considera que o próprio Turismo de Portugal precisava de mais meios financeiros para a captação de alguns eventos “que são difíceis e disputados num campo internacional muito forte, porque, alguns países são muito ativos nesta área”.

Para além do apoio financeiro que esta entidade tem dado às empresas que atuam na área do MICE “tem feito um bom caminho de abertura de portas. Com a equipa que tem e as ferramentas que possui, há um trabalho desenvolvido e que pode ser melhorado”.

A concorrência não é só em Portugal. O nosso entrevistado destaca que “temos de olhar para a nossa competição com outros destinos, e muitos deles emergentes, no centro da Europa, com infraestruturas excelentes e aeroportos funcionais. Estamos num mercado global e não é fácil porque, essa competição continua sempre a aumentar”. Assim, “temos que nos destacar e superar esses desafios, apostando na diferenciação”, até porque, conforme disse João Moita “temos uma capacidade inventiva fora do comum, adaptando algumas infraestruturas para algumas situações”.

Fabricar e depois destruir
O responsável contou-nos que tem em mãos um dossier de um evento para 2000 mil pessoas. “É sempre complicado, mas não digo que não se consiga fazer, mas sai muito caro, por tudo o que obriga em termos de licenciamento, logística, de construir infraestruturas, nomeadamente, usar tendas, e o cliente fica um pouco de pé atrás e pensa que será que vamos conseguir fazer o que está na proposta. Depois é tudo o que se gasta em audiovisuais, decoração, passadeira vermelha, ou seja, tudo tem de ser fabricado para o momento e destruído no final. É um desperdício de recursos e não podemos continuar com situações adaptáveis. Assim não somos competitivos”, reclama.

Boa reputação no panorama internacional
Apesar de tudo “Portugal tem uma boa reputação no panorama internacional, é visto como um bom destino”, e garantiu que “enquanto houver profissionais, vamos continuar sempre a inovar e a fazer cada vez melhor”, até porque “o objetivo da Tiger é continuar a crescer como uma empresa sólida e inovadora, quer nos conteúdos programáticos, quer nas propostas que apresentamos, bem como continuar a prestigiar Portugal e o destino”. Na parte da organização de eventos a aposta “é levarmos a nossa expertise e o nosso savoir faire para outros destinos, o que temos conseguido com bastante sucesso”, realçou João Moita.

E concluiu referindo-se à empresa que dirige: “Não queremos este mundo e o outro, não queremos ser os maiores, mas sem diferentes, visando a satisfação dos nossos clientes, que saiam daqui apaixonados por Portugal e queiram voltar”.

Sobre o autorCarolina Morgado

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