ATCGA quer certificação do Caminho da Geira
O objetivo da ATCGA passa pela certificação deste itinerário pelas autoridades governamentais portuguesas e galegas, das áreas da Cultura e do Turismo.
Publituris
Compare e reserve estacionamento nos aeroportos através de Parkos
Africa’s Travel Indaba regressa a Durban entre 13 e 16 de maio
NAV implementa novo sistema em Lisboa que pode reduzir atrasos nos voos
Grupo Norwegian transporta 2,2 milhões de passageiros em abril
Bestravel celebra aniversário com descontos e campanha de responsabilidade social
BPI prevê um crescimento “mais modesto” do turismo em Portugal para 2024, mas aponta oportunidades a ter conta
B travel com nova loja em Leiria
Estudo da Condé Nast Johansens diz que mulheres ultrapassam os homens nas viagens de luxo
Pegasus abre rota direta entre Edimburgo para Istambul
TAP com prejuízo de 71,9 milhões de euros, mas melhores resultados operacionais
Uma assembleia de peregrinos portugueses e galegos nomeou um grupo de trabalho com o objetivo de constituir a Associação Transfronteiriça do Caminho da Geira e dos Arrieiros (ATCGA).
O grupo de trabalho, constituído pelo presidente União das Freguesias de Caldelas, Sequeiros e Paranhos, José Manuel Almeida, e pelos peregrinos António Devesa, Luís Miguel Sampaio e Vítor Cunha, tem como missão contactar os municípios portugueses por onde passa este itinerário jacobeu, “com a intenção de perceber o seu interesse e motivá-los a envolverem-se no projeto”.
“Em face dos resultados obtidos, que esperamos possam corresponder às nossas melhores expetativas, será criada a comissão instaladora da ATCGA”, explica o Carlos Ferreira, membro da assembleia de peregrinos, adiantando que a associação “poderá integrar pessoas coletivas ou individuais, como peregrinos, municípios ou coletividades, sejam portugueses ou galegos”.
“A ATCGA terá como objetivos representar e defender os interesses dos peregrinos e do Caminho, mas sem descorar os relacionados com a cultura, património, economia, ambiente, tradições e outros valores das povoações por onde passa”, refere Carlos Ferreira.
Para melhor responder a estes desafios, as pessoas envolvidas na iniciativa “entendem que é muito importante a certificação deste itinerário pelas autoridades governamentais portuguesas e galegas, das áreas da Cultura e do Turismo, à semelhança do que já fez o Arcebispado de Santiago, e vão empenhar-se nesse sentido”, destaca o moderador da assembleia de peregrinos.
No entanto, o trabalho da ATCGA não está “exclusivamente dependente da homologação pelas autoridades civis e deverá manter-se para além disso, embora se reconheça que é um dos aspetos fundamentais”.
De referir que o Caminho da Geira e dos Arrieiros começa na Sé de Braga e passa pelos municípios de Amares, Terras do Bouro, Castro Laboreiro e Melgaço, entrando em território galego pela Portela Homem. Nos últimos cinco anos foi percorrido por mais de três mil peregrinos, um terço dos quais no corrente ano, sobretudo de Portugal e Espanha, mas também de Itália, Inglaterra, Alemanha, Croácia, Ucrânia, Rússia, Polónia, Brasil, EUA, Austrália ou Países Baixos.
Este itinerário foi apresentado em 2017 em Ribadavia (Galiza) e Braga, reconhecido pela Igreja em 2019, e pela associação de municípios transfronteiriços Eixo Atlântico em 2020, tratando-se de um itinerário oficial da Peregrinação Europeia de Jovens do Ano Santo Jacobeu 2021/22.
O percurso tem 240 quilómetros e destaca-se por incluir patrimónios únicos: a Geira Romana, a via do género mais bem conservada do mundo, e a Reserva da Biosfera Transfronteiriça Gerês-Xurés. Além disso, o seu traçado é um dos escassos cinco que ligam diretamente à Catedral de Santiago de Compostela.