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“Fazer!” é tema do 47º Congresso da APAVT em Ponta Delgada

“Fazer!”, numa perspetiva de “decisão, realização e construção”, é o tema do 47º Congresso da APAVT, revelou aos jornalistas, sexta-feira, em Lisboa, o presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo, Pedro Costa Ferreira. Como já havia sido anunciado, este congresso terá lugar de 8 a 11 de dezembro, em Ponta Delgada (Ilha de São Miguel – Açores).

Carolina Morgado
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“Fazer!” é tema do 47º Congresso da APAVT em Ponta Delgada

“Fazer!”, numa perspetiva de “decisão, realização e construção”, é o tema do 47º Congresso da APAVT, revelou aos jornalistas, sexta-feira, em Lisboa, o presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo, Pedro Costa Ferreira. Como já havia sido anunciado, este congresso terá lugar de 8 a 11 de dezembro, em Ponta Delgada (Ilha de São Miguel – Açores).

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“Estamos muito felizes e dispostos a fazer do tema a nossa prática de intervenção nos próximos anos: construir, construir, construir. Decidir e realizar. Um sangue que é muito nosso”, disse o presidente da APAVT, para realçar que estamos a edificar para as agências de viagens nossas associadas um quadro diferenciador”.

Pedro Costa Ferreira esclareceu que “uma vez mais é um congresso do turismo organizado por agentes de viagens. Do ponto de vista das suas temáticas e da adesão dos congressistas, não está apenas em redor dos agentes de viagens”, assim  “vamos outra vez fazer um ponto de situação do turismo como um todo, e uma tentativa de olhar para o futuro do setor”.

No entanto, conforme disse, “começa a ser como uma espécie de sala ao lado, um minicongresso dentro do congresso, que responde a uma cada vez maior participação dos agentes de viagens no congresso”. Trata-se de uma sessão exclusiva para agentes de viagens e “este ano vamos alargá-la no tempo e no espaço de intervenção. O congresso encerra dia 10 à hora de almoço e prosseguiremos durante todo o dia só com os agentes de viagens”, explicou.

Neste que é o terceiro Congresso da APAVT realizado na Região Autónoma dos Açores, sob a presidência de Pedro Costa Ferreira, “um enorme destino, mas com desafios que devem ser encarados, e teremos um painel dedicado à análise destas questões, assim como teremos um momento depois de conhecimento e vivência do destino turístico em si, que acontecerá da parte da tarde do segundo dia”, apontou.

No que diz respeito propriamente aos painéis, o dirigente sublinhou que “vamos desafiar muito os congressistas a falar menos do que te corrido pior, apenas o necessário, para expressarem sobre o que temos que fazer melhor e esperamos com isso contribuir para uma política mais próxima da realização e com menos momentos de anúncio”.

Assim, a questão do crescimento do país vai estar na sessão de abertura, numa tradição que “é muito nossa, que é dotar os congressistas de um pensamento mais global, mais geral, menos focado no próprio setor”.

Os grandes desafios do modo geral do turismo português estarão em painel  próprio, a necessidade de diversificação do produto, de novos mercados e de mais território vão ter também painel próprio, bem como os caminhos para os Açores, para além de uma sessão exclusiva para agentes de viagens.

Do ponto de vista de alguns oradores e intervenientes já confirmados, o congresso contará, no painel de crescimento com presença do deputado da Iniciativa Liberal, Carlos Guimarães Pinto, Pedro Siza Vieira e Nadim Habib, da Nova SBE. A APAVT diz que não dispensa o presidente da SATA, Luís Rodrigues, Álvaro Covões no painel da diversificação de produto, novos mercados e mais território, bem como o presidente da Câmara de Aveiro, Ribau Esteves.

Catarina Valência, especialista em património cultural, fará, igualmente, uma intervenção na tentativa de colocar este património cultural nas práticas turísticas. A presença, pelo Turismo de Portugal, num dos painéis, participará o vogal Filipe Silva, enquanto Margarida Almeida, CEO da Amazing Evolution, desenvolverá alguns aspetos relacionados, entre outros, “com a tendência preocupante do aumento do preço associada a quebra de serviço”, avançou Pedro Costa Ferreira. A nível internacional, para já está confirmada a presença do presidente da ECTAA, na sessão de encerramento.

Finalmente, “é também nossa tradição o espírito de network e de fortalecimento de relações entre as pessoas”. Neste âmbito, numa das noites do congresso, está programado um espetáculo com uma dimensão bastante grande, do mágico Luís de Matos.

O presidente da APAVT destacou que “o Congresso tem uma dimensão entre 600 e 700 pessoas, uma dimensão perfeitamente razoável e indicada para os objetivos do congresso. Não buscamos um crescimento contínuo e sem sentido”, adiantando que “as inscrições já começaram e estão a decorrer em muito bom número. Diria que em melhor ritmo do que o ano passado”.

 

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Crédito Matheus Landim/GovBA

Aviação

TAP assina protocolo de intenções com governo da Bahia para voos entre o Porto e Salvador

A assinatura de um protocolo de intenções entre o governo do estado brasileiro e a TAP Air Portugal amplia as possibilidades de voos diretos entre o Porto e Salvador, a partir de 2025. O documento foi assinado durante reunião no Centro de Operações e Inteligência (COI), em Salvador, na presença do governador Jerônimo Rodrigues, do presidente da TAP, Luís Rodrigues, e secretários estaduais.

O acordo teve como horizonte a prospeção de mais turistas europeus para a Bahia, com mais um voo sem escala. “O protocolo da nova rota Porto-Salvador vai impulsionar o turismo, atrair mais visitantes europeus e gerar mais oportunidades para a nossa gente. Um avanço que beneficia não só o turismo, mas toda a economia baiana”, assegurou Jerônimo durante o ato de assinatura, citado pelos jornais locais.

Para o presidente da TAP, de acordo com as mesmas fontes, o voo Porto-Salvador, deve aumentar também o número de turistas espanhóis na Bahia. “O Norte de Portugal tem enorme interesse pelo Nordeste do Brasil e, em particular, pela Bahia. E essa região está ligada ao Norte da Espanha também, que não tem nenhum grande aeroporto internacional. Portanto há muitos galegos que voam pelo Porto, e a Galiza tem uma significativa presença na Bahia. Temos aí toda uma área de atração, que, para nós, é fantástica”, observou.

Por sua vez, o secretário do turismo, Maurício Bacellar, explicou que, agora, serão realizados estudos para analisar as necessidades dos dois países e dar início aos voos em 2025. “A TAP tem uma longa relação com a Bahia. Voa para o nosso estado há mais de 40 anos. Iniciamos com dois voos semanais e, atualmente, operamos voos diários, ligando Salvador a Lisboa. O estado quer estender essa conectividade aérea, então, serão realizados estudos e, em 2025, voltamos a conversar”, revelou o titular da Secretaria de Turismo (Setur-BA).

Segundo dados da Embratur, Portugal foi o segundo maior emissor de turistas estrangeiros para o Nordeste do Brasil nos últimos sete meses.  Só à Bahia chegaram, no período analisado, 8.576 visitantes portugueses, com crescimento de 11,65% em relação a 2023.

Refira-se que a Bahia já tem voos diretos de Lisboa e Madrid, e em outubro dará início a ligações com Paris. De outubro de 2023 a abril deste ano, também esteve em teste voos diretos de Varsóvia, na Polónia, para a capital baiana. O estado recebeu sete mil polacos durante o período.

 

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Foto: Depositphotos

Transportes

MSC Cruzeiros vai ter 19 cruzeiros com partida e chegada a Lisboa no verão 2025

A MSC Cruzeiros vai disponibilizar 19 partidas e chegadas à capital portuguesa, entre final de abril e novembro de 2025, além de dois mini-cruzeiros entre Lisboa e Génova, a bordo do MSC Musica.

Inês de Matos

No próximo verão, Lisboa voltar a estar em destaque na programação da MSC Cruzeiros, que vai disponibilizar 19 partidas e chegadas à capital portuguesa, entre final de abril e novembro de 2025, informou a companhia de cruzeiros em comunicado.

Segundo a MSC Cruzeiros, estão previstos 18 cruzeiros de 10 noites no MSC Musica, incluindo escalas em Génova (Itália), Marselha (França), Málaga (Espanha), Cádiz (Espanha), Alicante, Mahón (Espanha) e Olbia (Itália).

Além dos 18 cruzeiros de 10 noites, a MSC Cruzeiros disponibiliza ainda um itinerário de 12 noites também com embarque e desembarque em Lisboa, com início a 28 outubro e escalas em Alicante, Mahon, Olbia, Génova, Marselha, Barcelona, Málaga e Gibraltar, assim como dois mini-cruzeiros, um dos quais com embarque em Lisboa e desembarque em Génova e outro com embarque com Génova e desembarque em Lisboa.

A MSC Cruzeiros indica que, nestes cruzeiros, está disponível o pacote especial Cruzeiro e Voos, que incluem “o cruzeiro, transferes e voo para variadíssimos destinos, para que os viajantes saibam o custo exato das suas férias, sem terem de se preocupar com custos extra”.

Além do MSC Musica em Lisboa, a programação da MSC Cruzeiros para o verão 2025 contempla também o Mediterrâneo Ocidental, onde vão estar os navios MSC World Europa, MSC Orchestra, MSC Seaside, MSC Seaview e MSC Magnifica, todos com partidas desde Barcelona. 

No Mediterrâneo Oriental, a oferta da MSC Cruzeiros conta com cruzeiros no MSC Divina desde Civitavecchia (Roma), assim como no MSC Lírica,MSC Armonia e MSC Opera desde Veneza-Marghera (Itália). 

No Norte da Europa, a proposta da MSC Cruzeiros passa pelos navios MSC Euribia para os fiordes noruegueses desde Kiel, e MSC Poesia, que vai contar com partidas de Copenhaga também para os fiordes e para as Capitais Bálticas.

A oferta da MSC Cruzeiros para o verão de 2025 fica ainda completa com as Caraíbas, que vão contar com os navios MSC World America e MSC Seascape desde Miami, EUA; MSC Seashore desde Port Canaveral e MSC Meraviglia desde Nova Iorque, sendo que todos os cruzeiros das Caraíbas incluem escala na Ocean Cay MSC Marine Reserve, a ilha privada da MSC Cruzeiros nas Bahamas.

 

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EUA continua a ser o mercado de viagens e turismo mais poderoso do mundo, mas a China espreita

Os EUA continuam a ser o mercado de viagens e turismo mais poderoso do mundo, contribuindo com um valor recorde de US$ 2,36 TN para a economia do país o ano passado, o Relatório de Tendências de Impacto Económico de 2024 do WTTC prevê que, durante a próxima década, a China deverá assumir a “pole position” e destronar os Estados Unidos.

Publituris

O Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) lançou, esta quarta-feira, seu Relatório de Tendências de Impacto Económico de 2024, que revelou que, apesar da lenta retoma dos gastos dos viajantes internacionais, os EUA mantêm a primeira posição, com quase o dobro da contribuição económica do seu rival mais próximo, a China, onde este setor contribuiu com 1,3 biliões de dólares para o PIB do país em 2023, sublinhando a sua recuperação impressionante, apesar da reabertura tardia das suas fronteiras.

A Alemanha garantiu o terceiro lugar com uma contribuição económica de 487,6 mil milhões de dólares, enquanto o Japão, que em 2022 ocupava o 5º lugar, saltou para a 4ª posição, contribuindo com 297 mil milhões de dólares. O Reino Unido completa os cinco primeiros, contribuindo com 295,2 mil milhões.

A França, o destino mais popular do mundo, manteve a sua sexta posição com uma contribuição de 264,7 mil milhões de dólares, seguida de perto pelo México com 261,6 mil milhões de dólares.

A Índia ficou em oitavo lugar, subindo de uma anterior 10ª posição, com 231,6 mil milhões de dólares, marcando uma melhoria notável e destacando a sua crescente influência no setor. Itália e Espanha completam o top 10, contribuindo com 231,3 mil milhões de dólares e 227,9 mil milhões de dólares, respetivamente.

No entanto, durante a próxima década, o WTTC prevê que a China se tornará o maior mercado de viagens e turismo, com a Índia devendo subir para a 4ª posição. Em 2023, o setor das viagens e turismo da China cresceu 135,8%, enquanto outros países asiáticos, como a RAE de Hong Kong, a Malásia e as Filipinas, recuperaram logo após o levantamento das restrições de viagem.

De acordo com o relatório, muitos destinos importantes irão lucrar com um aumento nos gastos internacionais este ano em comparação com os níveis pré-pandemia, com a Arábia Saudita, com um aumento de 91,3% face a 2019, Turquia (+38,2%), Quénia (+33,3%), Colômbia (+29,1%) e Egito (+22,9%) a liderarem.

A nível global, os gastos dos visitantes internacionais deverão crescer quase 16%, atingindo 1,9 biliões de dólares, enquanto os turistas nacionais deverão gastar mais do que nunca, atingindo 5,4 biliões de dólares, um aumento de 10,3% em relação aos níveis de 2019.

O relatório do WTTC aponta ainda que o investimento em viagens e turismo cresceu 13% em o ano passado, atingindo mais de 1 bilião de dólares, com um regresso aos níveis pré-pandemia previsto para 2025.

No entanto, as elevadas taxas de juro em todo o mundo poderão criar desafios para o investimento futuro. Daí o WTTC alertar ser crucial que os setores público e privado trabalhem em conjunto para inovar e garantir o fortalecimento contínuo deste sector vital.

O documento também destaca o compromisso do setor com a sustentabilidade, mostrando a dissociação entre o crescimento e as emissões de gases com efeito de estufa e as oportunidades crescentes para as mulheres, os jovens e as comunidades marginalizadas, ao mesmo tempo que estima que os avanços tecnológicos, especialmente em IA, melhorem ainda mais a experiência de viagem e impulsionem o crescimento futuro.

Conclui o WTTC que, após um ano recorde para viagens e turismo, o setor continua a ser a espinha dorsal das economias de muitos países, ao mesmo tempo que apoia milhões de empregos em todo o mundo.

Julia Simpson, presidente e CEO do WTTC, aponta que “enquanto ansiamos por um 2024 recorde, está claro que o setor de viagens e turismo não está apenas de volta ao caminho certo, mas também pronto para alcançar um crescimento sem precedentes”, assegurando que “continuaremos a priorizar a sustentabilidade e a inclusão, garantindo que este crescimento beneficie a todos e proteja o nosso planeta para as gerações futuras”.

 

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Análise

Relatório do Nova SBE WiTH Africa identifica tendências e oportunidades para impulsionar crescimento económico do continente

O Business Tourism in Africa, relatório do Nova SBE WiTH Africa (iniciativa do Nova SBE Data Science Knowledge Center), identifica as principais tendências e oportunidades do setor nos últimos cinco anos e identifica estratégias para impulsionar o crescimento económico do continente africano. Alerta que África necessita de inovação contínua para aumentar atratividade.

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Escassez de mão de obra, oferta reduzida de rotas aéreas e investimentos atrasados são os principais desafios identificados no setor Business Tourism em África. Neste sentido, a melhoria da conetividade e a modernização de processos apresentam-se como imprescindíveis para aumentar a atratividade de África junto dos viajantes de negócios e impulsionar o crescimento económico do continente

Fruto da maior flexibilidade de trabalho e do aumento das alternativas virtuais para a realização de reuniões de negócios, a recuperação do turismo de negócios em África tem sido especialmente lenta podendo inclusivamente levar a uma redução duradoura das viagens de negócios. A análise, que cita dados do Índice de Desenvolvimento de Viagens e Turismo do Fórum Económico Mundial, recorda que este setor é fundamental para o crescimento das economias africanas, desempenhando um papel crucial na melhoria dos meios de subsistência em todo o continente. A pandemia COVID-19 teve um impacto muito significativo, devido à impossibilidade de realizar encontros de negócios físicos e, apesar do setor ter adaptado rapidamente a sua oferta, disponibilizando formatos virtuais e/ou híbridos, o ano de 2020 registou um declínio considerável de 2,7% face a 2019 no desempenho global das viagens de negócios (dados Índice de Desenvolvimento de Viagens e Turismo do Fórum Económico Mundial).

No entanto, destes desafios, são identificadas no presente relatório novas oportunidades no turismo de negócios em África, que permitem criar possibilidades e experiências complementares. O aumento das viagens que combinam negócios e lazer (bleisure) e o crescimento significativo do nomadismo digital estão a criar dinâmicas no setor que, no entanto, se apresenta pouco preparado para fazer face aos novos cenários: a escassez de mão de obra, a capacidade limitada das rotas aéreas e os investimentos atrasados enfatizam a necessidade de inovação contínua e abrem oportunidades para fortalecer as atuações, transformando obstáculos em catalisadores para o desenvolvimento e avanço.

O crescimento do Investimento Direto Estrangeiro (IDE) em vários países africanos tem também sido um motor importante para o aumento das viagens de negócios. Medidas estratégicas de incentivo ao investimento, campanhas de marketing e parcerias com organizações globais estão a ser implementadas para atrair eventos internacionais sendo de destacar o caso da Costa do Marfim que está atualmente a negociar um empréstimo de 5,8 mil milhões de dólares com o Banco Africano de Desenvolvimento para desenvolver a cidade empresarial de Abidjan como um centro de convenções de destaque.

Analisando o ambiente de negócios e tendo ainda como referência o Fórum Económico Mundial, o relatório destaca Maurícias como o país africano líder em 2024, seguido de perto pelo Botswana, Ruanda, Marrocos e Egito. No contexto urbano, Business Tourism in Africa toma como referência a classificação Statista das 200 principais cidades de negócios do mundo em 2022, e destaca Cairo, Argel e Joanesburgo, encontrando-se também no ranking, mas com posições inferiores Casablanca, Nairobi e Cidade do Cabo.

No que respeita ao Índice de Abertura de Vistos em África (AVOI) 2023, o relatório revela avanços importantes na facilitação das viagens intracontinentais, com 48 dos 54 países africanos a oferecer entrada sem visto para pelo menos uma outra nação africana.

O Business Tourism in Africa identifica ainda os mais críticos desafios para o turismo de negócio em África:  conetividade e infraestruturas. Tendo como referência os dados disponibilizados pelo International Air Transport Association (IATA) o relatório revela que embora o continente tenha registado um crescimento anual de 10% no tráfego aéreo (março de 2024) e um aumento considerável no número de passageiros (16,8%), a África apenas detém 2,1% do mercado global e 1,8% da quota mundial de viagens aéreas internacionais. A conetividade limitada compromete a eficiência das viagens de negócios, dificultando a mobilidade entre os principais centros de negócios no continente. Uma das principais recomendações do relatório é melhorar a conetividade, tanto internamente no continente quanto em âmbito internacional. Modernizar os processos, como a obtenção de vistos, é essencial para aumentar o apelo da África para viajantes de negócios. Essas medidas são fundamentais para impulsionar o crescimento económico e promover a integração regional em África.

 

 

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“Vamos abrir os serviços que desenvolvemos dentro do grupo a terceiros”

Criada em 2011 para dar apoio às companhias aéreas do Grupo Lufhtansa em terra, a Lufthansa Ground Services Portugal (LGSP) tornou-se num polo de inovação que dá atualmente resposta a muitas das necessidades diárias da operação aeroportuária e muitas das vezes de forma remota, colocando a cidade do Porto no centro de um negócio que continua a crescer, vai apresentar novidades e quer passar a disponibilizar serviços a terceiros.

Inês de Matos

As inovações tecnológicas têm ajudado a Lufthansa LGSP a alargar os serviços oferecidos às companhias aéreas do Grupo Lufthansa e, atualmente, esta empresa, nascida na cidade do Porto, presta muito mais do que os típicos serviços de terra nos aeroportos. Em entrevista ao Publituris, Paulo Geisler, CEO da Lufthansa LGSP, sublinha que “o handling é importante mas o ‘remote handling’, hoje em dia, é ainda mais importante”, o que ajuda a explicar o sucesso desta empresa, que está já a exportar talento português. E o futuro deverá continuar a ser risonho, até porque há novos serviços prontos a serem lançados, a exemplo do Remote Personal Assistant para dar resposta à falta de recursos humanos nos ‘handling agents’, entre outras novidades que Paulo Geisler prefere, por enquanto, não desvendar. E novidade deverá ser também a abertura dos serviços da empresa a companhias aéreas fora do grupo Lufthansa, o que deverá acontecer em breve, motivo pelo qual o CEO da Lufthansa LGSP também pede que o novo aeroporto de Lisboa seja “uma infraestrutura competitiva a nível de pricing e que seja ‘user-friendly”, de forma a ser capaz de atrair novas companhias aéreas.

Os serviços de terra são, por vezes, uma área um pouco desprezada da aviação, mas a verdade é que são essenciais e a Lufthansa LGSP disponibiliza vários destes serviços. Como nasceu a empresa e como tem sido a sua evolução?

Vou começar pelo início, ou seja, como é que nasceu esta empresa. A empresa nasceu em 2011, com 36 colaboradores que vieram dos serviços de aeroporto da Lufthansa para a LGSP do Porto, Lisboa e Faro. No início, oferecíamos assistência a passageiros, check-in, portas de embarque, balcão de emissões, gestão operacional e chefia de escala, ou seja, tudo o que tinha a ver com a gestão da escala e supervisão de placa de rampa, porque as licenças de rampa, lamentavelmente, em Portugal estão limitadas à Portway e à Groundforce.

A nível de aeroportos, prestamos os serviços todos. Nessa altura, em Faro, não tínhamos o balcão de vendas e de irregularidades, por isso, resolvemos testar o ‘remote business’ à partida do Porto, ou seja, tudo o que era irregularidades que aconteciam em Faro ou vendas de última hora, começaram a ser tratadas à partida do Porto e remotamente. E funcionou muito bem. Nessa altura, foi a insolvência da Spanair, em Espanha, e os colegas da Lufthansa em Espanha perguntaram se podíamos também fazer Valencia e Málaga, onde a Spanair era o seu ‘handling agent’. Começámos, então, com Málaga e Valencia, e, depois, apareceu Palma de Maiorca.

Depois, surgiu um problema no Dubai e perguntaram-nos se podíamos também fazer também o Dubai remotamente. Foi assim que nasceu aqui uma revolução, no fundo, da aviação e do handling, que são os serviços remotos, e que, basicamente, na altura se centravam apenas em irregularidades e emissões de última hora, excessos de bagagem e tudo o que se fazia num balcão tradicional de ‘ticketing’. Entretanto, já estamos em 350 aeroportos, em 194 países, e, neste momento, ligamos todas as companhias do grupo à partida do Porto. Levamos o nome do Porto e de Portugal ao mundo todos os dias e, atualmente, já temos 350 funcionários na empresa. Digamos que este foi um serviço inventado pela Lufthansa Ground Services Portugal, que revolucionou o grupo e, entretanto, fomos alargando o serviço de Remote Airport Services e já temos uma equipa especializada em vistos e documentação de viagens, que também apoia todos os aeroportos a nível mundial. Temos uma equipa muito treinada, que trabalha em colaboração com a IATA e que negoceia com as autoridades dos EUA, por exemplo, para ver se o passageiro pode ou não embarcar, em última hora. Portanto, temos também essa área.

Entretanto, surgiu uma área de apoio aos aeroportos de Frankfurt, Munique e Viena, os hubs das companhias do Grupo Lufthansa, onde temos também uma equipa dedicada na parte da coordenação e, recentemente, foi-nos pedido um serviço de apoio a passageiros de First Class, que passaram a ser proactivamente contactados por uma equipa muito treinada, em caso de irregularidades ou qualquer problema com a viagem. E temos também uma empresa que nos ajuda com a parte do remote ticketing em Banguecoque e na Cidade do Cabo. Portanto, existem três empresas que estão, neste momento, a trabalhar em paralelo e temos um software que foi desenvolvido em colaboração com a LGSP e que é gerido por nós. O serviço que prestamos destina-se aos profissionais estejam eles onde estiverem porque o sistema que temos recorre à Inteligência Artificial e está muito trabalhado para responder às necessidades especificas, independentemente de onde o agente está. E toda essa parte é gerida pelo nosso departamento informático.

Este ‘remote handling’ e grande parte do trabalho da Lufthansa LGSP só é possível por causa das novas tecnologias, correto?

O handling é importante mas o ‘remote handling’, hoje em dia, é ainda mais importante e, por isso, temos vindo sempre a lançar produtos novos. Qualquer tecnologia que se aplique aqui é desenvolvida em co-produção com a LGSP ou com startups portuguesas. Aliás, lançámos na semana passada um serviço inovador, o Remote Personal Assistant, que está em teste em Frankfurt e Munique, e que permite que o passageiro, através de um QR Code, possa aceder a um agente fardado por vídeo aqui na LGSP. Isto vai ser a próxima revolução porque, em geral, os ‘handling agents’ têm muita dificuldade em arranjar recursos humanos nos picos. Portanto, estas soluções tecnológicas que estamos a desenvolver através da LGSP Solutions têm ajudado muito. Estas soluções têm ajudado também noutro serviço muito interessante que temos, a JetTainer. A JetTainer detém contentores e paletes de carga de 38 companhias e nós, em Portugal, gerimos oito companhias independentes para a Jettainer. Ou seja, somos nós que vemos se existem paletes e contentores suficientes em cada escala. São, mais ou menos, um milhão de movimentos de contentores e paletes em todo o mundo. Temos ainda um serviço muito interessante, e que é também recente, a nível de tripulações e recursos humanos. Em Frankfurt temos 18.500 tripulantes de cabine e todas as ausências, seja por doenças ou outra razão, são geridas a partir do Porto.

Tudo o que são serviços de catering de Frankfurt e Munique, de última hora, são também geridos aqui à partida do Porto e, a nível mundial, todos os passageiros inadmissíveis ou deportados, também são tratados aqui com as autoridades locais. Entretanto, entrámos também na área das vendas. Temos o Staff Travel para os mais de 100 mil funcionários do grupo, que têm condições especiais de viagens, e todo o suporte para funcionários da Lufthansa é dado também aqui no Porto. A nível de vendas, temos mais ou menos tudo coberto e damos ainda apoio às vendas mundiais da Eurowings. Temos ainda algum serviço de B2C para passageiros em espanhol e português, ou seja, apoio a passageiros que compram bilhetes online, e, recentemente, temos o Travel Agency Support para Portugal, Espanha, França, Luxemburgo, Argélia, Marrocos e Tunísia bem como os grupos para a Europa, nomeadamente reservas com mais de 10 passageiros, também são tratados aqui na LGSP. Somos uma empresa dinâmica e formadora porque estes serviços não se conseguem encontrar em lado nenhum. E, portanto, é aqui que temos uma forma de reter talento porque investimos muito na formação do pessoal.

Portanto, o Porto está no centro da aviação do Grupo Lufthansa, ainda que indiretamente. É um motivo de orgulho também por isso?

Somos irmãos das 507 empresas do grupo Lufthansa, mas somos a primeira empresa portuguesa. É uma amostra do empreendedorismo português e, também por isso, acho que é um facto de destaque. É muito interessante e temos alguns novos produtos em pipeline que vamos testar no mercado português, como o suporte para agentes independentes e que vai estar disponível 24 horas por dia. Aliás, lançámos este produto na convenção da Lufthansa City Center, em Braga e em Guimarães, onde estiveram 280 agentes a nível mundial.

É um serviço de suporte a nível de documentação de viagem, que vamos externalizar porque também nas agências de viagens há cada vez mais dificuldade em arranjar recursos humanos e estes profissionais perdem muito tempo com serviços administrativos, nos quais podemos ajudar, libertando os agentes para a venda, que é o seu negócio. Desta forma, damos um apoio especializados nessa área.

A Lufthansa LGSP está presente, na parte dos serviços de terra, nos três principais aeroportos nacionais – Porto, Lisboa e Faro. Como é feita a cobertura destes aeroportos?

Temos à volta de 100 funcionários nos aeroportos e 250 aqui na sede do Porto. A nível de aeroportos, Faro é onde temos menos pessoal e Lisboa é onde temos mais mas, atualmente, temos praticamente os mesmo funcionários em Lisboa e no Porto, está quase igual porque os voos, hoje em dia, são basicamente os mesmos nas duas cidades.

Há alguma possibilidade de a Lufthansa LGSP se vir a expandir também para os aeroportos da Madeira e Açores?

Nós estamos nas Ilhas, já estamos em Ponta Delgada e no Funchal, com a gestão operacional, a chefia de escala e com os serviços remotos, fisicamente não está nada previsto neste momento.

E além de Portugal, haverá alguma expansão?

Na parte do handling físico, não. Tudo a nível de serviços remotos, essa é a parte que prevemos que venha a crescer.

Abertura a companhias aéreas terceiras

No que diz respeito a companhias aéreas, a Lufthansa LGSP trabalha com as companhias aéreas do Grupo Lufthansa. Há alguma possibilidade de vir também a trabalhar com outras companhias aéreas?

Neste momento, estamos concentrados só nas companhias aéreas do grupo, mas futuramente poderá ser uma área interessante e poderá haver essa abertura.

Obviamente, que esperamos que haja um novo aeroporto em Lisboa capaz de atrair mais companhias aéreas e que se criem condições para isso.

E que benefícios poderá a escolha da Lufthansa LGSP trazer às companhias que, no futuro, possam vir a trabalhar convosco?

Vamos abrir os serviços que desenvolvemos dentro do grupo a terceiros e obviamente que uma companhia aérea terceira pode beneficiar do know-how incrível que temos e que nos permitiu lançar um serviço inovador, assim como do efeito de escala que temos, com o serviço 24 horas por dia e sete dias por semana, que presta serviço em todo o mundo e que se adapta facilmente a qualquer cultura. Portanto, acho que sim, que temos benefícios para oferecer e acho que vamos ter companhias de fora do grupo.

Há alguma perspectiva de quando é que isso poderá acontecer? Este ano ainda?

Possivelmente este ano ainda.

Eventos e desporto

Entretanto, a Lufthansa LGSP entrou também na área dos eventos, como surgiu a aposta nesta área e que importância ela já assumiu na empresa?

A LGSP Events nasceu em 2013, com o evento “Comidas do Mundo”. Este evento tinha o objetivo claro de dar a conhecer a LGSP. Tivemos oportunidade, em parceria com 5 4 o Campo Pequeno, de promover um evento que juntou 10 dos melhores chefes nacionais, que tinham de confecionar pratos de outros países, com ingredientes portugueses. Foi um evento que correu muito bem, teve 50 mil visitantes e foi um sucesso na altura. O El País, em Espanha, dedicou uma página ao evento, porque as embaixadas também estavam muito envolvidas. Foi, de facto, um grande sucesso e, como correu bem, decidimos continuar. Fizemos o Porto e Norte Photo Challenge, em parceria com o Turismo do Porto e Norte, que deu origem ao primeiro guia fotográfico do Norte de Portugal, uma ferramenta que não existia. O que fizemos foi juntar 100 fotógrafos, desde profissionais a não profissionais, e criámos 18 roteiros fotográficos no Norte. E as melhores fotografias deram origem ao tal livro, que também foi um sucesso.

Entretanto, fomos convidados a organizar o Peixe em Lisboa, um evento muito conhecido e, desde então, temos feito muitos outros eventos. A nível do desporto, a ideia nasce devido às infraestruturas que existem em Portugal e que deixaram de ser utilizadas depois do Euro. Começámos com o futebol, organizando estágios de equipas internacionais, como o Nottingham Forest ou o Sporting Rijon. Mas esta área tem também uma vertente muito de formação. Em breve, vamos ter uma equipa do Bahrein aqui, são jovens futebolistas que conseguimos trazer para cá porque estamos muito bem relacionados com a Associação de Futebol do Porto e com outros stakeholders e, por isso, é-nos muito fácil trazer essas equipas, tratando a parte hoteleira, que, no fundo, é onde ganhamos dinheiro. Acredito que há muito potencial em Portugal nessa área e nós somos especialistas, temos aproveitado também a zona do Algarve para o atletismo – vamos lá ter uma academia do Qatar em agosto – e organizamos ainda o Torneio Capital do Móvel, que se tornou o torneio mais importante, até à pandemia, de pré-temporada para equipas profissionais portuguesas. Houve várias equipas que passaram por esse torneio. Neste momento, estamos com uma aposta muito forte na formação com o Porto International Youth Cup, que este ano trouxe já a Juventus, o Wolverhampton, para atrair equipas de referência internacional e dinamizar o desporto nacional e o turismo, porque as crianças são acompanhadas dos pais, o que também é bom para a promoção do país. Os eventos e o desporto são duas áreas que também complementam o negócio da Lufthansa LGSP.

2023 positivo e expectativas em alta para o verão

Como correu a atividade da Lufthansa LGSP em Portugal no ano passado, já houve recuperação da pandemia?

Desde que a Lufthansa LGSP foi fundada, nunca deu prejuízo, mesmo nos anos de pandemia. E isso acontece porquê? Porque inventámos um serviço para a pandemia, o Health Certificate Check, que permitia aos passageiros do grupo enviarem a sua documentação antecipadamente. Tínhamos 87 agentes a trabalhar 24 horas por dia e esse serviço funcionou muito bem.

Portanto, conseguimos manter e não ter prejuízo, o que dentro do grupo também foi apreciado porque foram muito poucas as empresas que o conseguiam. Temos tido um percurso sempre de crescimento e, em 2024, com estes novos serviços, como o Travel Agency Support, que representaram um investimento muito grande, contratámos 45 pessoas. Mas está a ser um ano de sucesso. Portanto, estou muito confiante de que vai correr bem.

Além do Remote Personal Assistant e dos serviços de que já falámos, a Lufthansa LGSP tem previsto o lançamento de outras novidades num futuro próximo?

Estamos com este Remote Personal Assistant, o tal QRCode de que falei, e que é a nossa principal novidade. Além desse, temos vários serviços em que vamos alargar uma solução informática para o Cairo, no Egito, e temos na calha um grande negócio e estou convencido de que o vamos fazer, ao nível da LGSP Solutions, em que vamos contratar 70 programadores para desenvolverem softwares para uma determinada empresa do grupo. Mas ainda não temos o negócio fechado, está muito perto de acontecer, até já temos as pessoas selecionadas, agora é só uma questão administrativa.

Estamos ainda num projeto interessante, em que vamos enviar especialistas nossos, a partir do mês de julho, para dar apoio direto no aeroporto de Munique, durante três a quatro meses. Portanto já estamos a exportar talento e a trazer novidades de fora.

Futuro Digital

Queria falar também dos desafios que existem para a aviação, uma vez que, desde a pandemia, muita coisa tem mudado na indústria da aviação, incluindo nos serviços de terra. Como é que a Lufthansa LGPS olha para o futuro deste setor?

Acredito que o futuro vai ser cada vez mais digital, obviamente. E, portanto, temos que saber conjugar o digital com o presencial. Obviamente que vai ser sempre necessário um serviço personalizado, daí o lançamento desta solução híbrida, com o Remote Personal Assistant, mas obviamente que esta é uma área em que vai continuar a haver desenvolvimento porque os aviões têm que ser carregados e naturalmente que a automatização e a digitalização vão influenciar. Mas, de qualquer forma, as pessoas serão sempre necessárias, remotamente ou de forma presencial.

Os serviços remotos podem beneficiar ainda da Inteligência Artificial e, pela nossa conversa, já percebi que esta é uma inovação que está já a ser aplicada na Lufthansa LGSP. Até onde poderá ir a aplicação da Inteligência Artificial neste setor?

Obviamente que tudo é possível, mas as pessoas serão sempre necessárias. Mesmo com a Inteligência Artificial, acredito que as pessoas se vão adaptar a outras funções. E, portanto, acredito que sim, que no futuro haverá soluções automatizadas de carregamento de aviões, talvez não num futuro tão próximo, mas acredito que o interessante vai ser saber falar com a Inteligência Artificial. Mas essa é também a função dos programadores e, apesar da Inteligência Artificial também poder programar, será sempre preciso falar com ela.

Portanto, vão criar-se novos empregos, mas, de qualquer maneira, acredito que o tradicional vai ser sempre necessário.

Além da Inteligência Artificial, que outras inovações poderão ter impacto nos serviços de terra no futuro?

Todos estes self-services que estão a ser implementados vão contribuir para, supostamente, facilitar a viagem do passageiro. É por isso que a Lufthansa LGSP também existe porque lançamos produtos que podem ser testados aqui porque acompanhamos todo o processo, toda a ‘costumer journey’, desde a reserva até à entrada no avião, sem esquecer os tripulantes que adoecem ou o carregamento de contentores. Há uns anos, tivemos um projeto muito engraçado de criar um aeroporto perto do Porto, um aeroporto de mockup e que visava exatamente testar esses produtos. Mas acredito que conseguimos testar muita coisa aqui no Porto.

Desafio do Aeroporto de Lisboa

Desafiante é também a situação do Aeroporto de Lisboa, que se encontra esgotado. No caso da Lufthansa LGSP, como tem sido a vossa experiência no Aeroporto de Lisboa?

É uma infraestrutura muito difícil, e é muito difícil para o passageiro e muito difícil para os colaboradores. E, portanto, esperamos que em breve, com as obras, se consigam condições agradáveis para o funcionamento e para a expansão, para se poder atrair mais clientes. Mas, essencialmente, o que precisamos é de melhores condições para os colaboradores, passageiros e para a operação porque as companhias aéreas nossas clientes precisam de uma infraestrutura que funcione.

E como é que prevê que seja o próximo aeroporto de Lisboa, ou melhor, o que é que esse novo aeroporto deve acautelar para a operação do dia-a-dia?

O próximo aeroporto é o Aeroporto Humberto Delgado porque o novo ainda vai demorar vários anos até estar operacional. Mas o que esperamos é que seja uma infraestrutura bem pensada e que não seja paga apenas pelos operadores, que seja, de facto, competitiva a nível de pricing e que seja userfriendly. Creio que estes são os pontos fundamentais, que a infraestrutura seja bem pensada e que sejam questionados os seus utilizadores, ou seja, as companhias aéreas, os ‘handling agents’, os passageiros e as companhias de carga. Enfim, será positivo se todos os stakeholders forem envolvidos.

A digitalização é fundamental mas a existência de poucas barreiras numa viagem também.

Para a Lufthansa LGSP, a escolha de Alcochete como localização do novo aeroporto foi acertada?

Desde que o aeroporto funcione, é uma escolha acertada.

Entretanto, até pela questão das obras no Aeroporto Humberto Delgado enquanto não chega o novo aeroporto, vários stakeholders vieram defender que o ideal seria repartir esse investimento pelos outros aeroportos nacionais. A Lufthansa LGSP concorda? O que é que é necessário melhorar nos outros aeroportos?

Neste momento, penso que em Faro há necessidade de haver, de facto, algum investimento na infraestrutura e, no Porto, já se estão a fazer alguns investimentos. Principalmente o Porto, poderá ser uma alternativa a Lisboa, neste imediato, o único crescimento possível será no Porto e, por isso, há necessidade de criar algumas condições a nível de infraestrutura. Mas o Porto está com uma belíssima infraestrutura aeroportuária, que ainda permite uma expansão interessante.

E o aeroporto de Beja tem ou poderá vir a ter alguma utilidade para a Lufthansa LGSP?

Não, não tem nenhuma. No futuro, não sei, pode ser um aeroporto interessante para treino. Há uns anos tivemos muitos voos de treino da Lufthansa no Porto, que tentámos encaminhar para Beja. Nesse sentido, sim, poderá ser interessante, assim como para estacionamento de aeronaves.

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Alojamento turístico continua a crescer em julho, mas não à custa dos residentes

No sétimo mês de 2024, os números do alojamento turístico, em Portugal, continuam no “verde”, registando 3,2 milhões de hóspedes (+1,5%) e 9 milhões de dormidas (+2,1%). Contudo, as dormidas de residentes inverteram a trajetória de crescimento e nos não residentes nota-se um abrandamento. No acumulado dos primeiros sete meses do ano, Portugal apresenta 16,7 milhões de hóspedes (+4,9%) e 44,5 milhões de dormidas (+4,1%).

Victor Jorge

O setor do alojamento turístico, em Portugal, registou 3,2 milhões de hóspedes e 9 milhões de dormidas em julho de 2024, correspondendo a variações crescimentos de 1,5% e 2,1%, respetivamente, face a igual mês de 2023, depois de, em junho deste ano, ter evoluído 6,8% e 5%, pela mesma ordem, avançam os dados divulgados pelo Instituo Nacional de Estatística (INE).

Analisando os números verifica-se que as dormidas de residentes inverteram a trajetória de crescimento dos últimos dois meses e decresceram 2,4%, correspondendo a 2,7 milhões, depois de, em junho, terem registado um aumento de 3,4%.

Já as dormidas de não residentes, apesar de terem crescido 4,2% face a julho de 2023, totalizando 6,3 milhões, verifica-se um abrandamento na curva ascendente, depois de no mês anterior a evolução ter sido de 5,6%.

Segundo a informação disponibilizada pelo INE, os 10 principais mercados emissores, em julho, representaram 75,3% do total de dormidas de não residentes neste mês, com o mercado britânico (18,3% do total das dormidas de não residentes em julho) a manter-se com o maior peso e a registar um aumento de 1,3% face ao mês homólogo para 1,150 milhões.

As dormidas do mercado espanhol, o segundo principal mercado emissor em julho (12% do total), cresceram 6,1% para 751 mil, seguindo-se o mercado alemão, na 3.ª posição (quota de 9%), com um aumento 3,1% para 564 mil. Os Estados Unidos da América (EUA) assumiram-se neste mês como o 4.º principal mercado (peso de 8,5%), com um aumento de 4,7% para 535 mil, depois de no mês de junho terem ocupado a terceira posição. O mercado francês (quota de 7,4%) foi o único a registar um decréscimo (-4,0%) entre os 10 principais mercados neste mês, ocupando a 5.ª posição com perto de 464 mil.

No grupo dos 10 principais mercados emissores em julho, os mercados que mais cresceram foram os Países Baixos (+12,5%, para 295 mil), a Bélgica (+8,3%, para 173 mil) e a Itália (+8,1%, para 216 mil).

Destaque ainda para as dormidas do mercado brasileiro (peso de 3,9%), que registaram o primeiro acréscimo no ano, ainda que modesto (+0,8%), totalizando 245 mil.

2024 continua no verde
No acumulado do ano – janeiro a julho de 2024 – os números do INE indicam um total de 16,7 milhões de hóspedes, correspondendo a uma subida de 4,9% face a igual período de 2023, enquanto as dormidas registaram uma subida de 4,1% face a igual período do ano passado, totalizando 44,5 milhões.

Nesta análise, tanto em hóspedes como em dormidas, residentes e não residentes apresentam números positivos. No primeiro caso (residentes), os dados mostram um total de 6,7 milhões de hóspedes, correspondendo a uma subida de 1,8% face aos 6,6 milhões dos primeiros sete meses de 2023. Já nas dormidas, a subida é mais ligeira e é de 0,6%, o que faz estas passarem de 12,7 milhões (jan.-jul. 2023) para 12,8 milhões (jan.-jul.2024).

No que diz respeito aos não residentes, os números avançados pelo INE são mais “simpáticos”. Assim, nos hóspedes, o crescimento nos primeiros sete meses de 2024 foi de 6,9% face ao mesmo período de 2023, totalizando 10,8 milhões (no mesmo período do ano passado foi de 10,1 milhões). Nas dormidas, a variação dos residentes no estrangeiro foi positiva em 5,5% face a período homólogo de 2023, totalizando 31,7 milhões nos primeiros sete meses de 2024.

Regiões no verde nas dormidas, exceto uma
Na análise regional, os dados do INE mostram que, em julho, todas as regiões registaram crescimentos nas dormidas, com exceção do Oeste e Vale do Tejo (-0,4%).

Os aumentos mais expressivos observaram-se nos Açores (+5,3%, para 123 mil), no Norte (+4,9%, para 727 mil) e na Península de Setúbal (+4,5%, para 77 mil), sendo mais modestos na Madeira (+0,3%, para 190 mil), no Algarve (+0,7%, para 651 mil) e no Centro (+0,8%281 mil).

As dormidas de residentes aumentaram apenas na Grande Lisboa (+2,7%, para 174 mil) e na Península de Setúbal (+1,8%, para 43 mil), tendo decrescido nas restantes regiões, destacando-se a Madeira (-8,1%, para 38 mil) com o maior decréscimo, seguida do Oeste e Vale do Tejo (-5,8%, para 96 mil) e do Algarve (-4,2%, para 197 mil).

As dormidas de não residentes cresceram em todas as regiões, de forma mais expressiva no Norte (+9,6%, para 431 mil), nos Açores (+7,6%, para 90 mil) e na Península de Setúbal (+7,1%, para 35 mil).

A crescer, no mês de julho, está, segundo o INE, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,81 noites), tendo aumentado 0,6% face a julho de 2023 (-1,7% em junho). Este indicador apenas registou decréscimos na Península de Setúbal (-1,3%) e no Centro (-0,8%), tendo–se verificado os maiores crescimentos no Oeste e Vale do Tejo (+3,2%) e no Algarve (+2,3%).

Os valores mais elevados deste indicador continuaram a observar-se na Madeira (4,88 noites) e no Algarve (4,34 noites), tendo as estadias mais curtas ocorrido no Centro (1,92 noites), no Oeste e Vale do Tejo (2,04 noites) e no Norte (2,06 noites).

Contudo, os números mostram, igualmente, a estada média dos não residentes decresceu 0,4% para 3,10 noites, enquanto a dos residentes aumentou 1,1% para 2,31 noites.

A estada média dos não residentes foi mais longa do que a dos residentes em todas as regiões, tendo a Madeira continuado a registar as estadas médias mais prolongadas, quer dos residentes (3,75 noites) quer dos não residentes (5,16 noites). Para além da Madeira, as estadas médias observadas no Algarve (3,98 noites dos residentes e 4,49 noites dos não residentes) e nos Açores (2,77 noites e 3,36 noites, pela mesma ordem) também ficaram acima das estadas médias nacionais.

Finalmente, a taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (59,1%) diminuiu em julho (-0,4 p.p., após +0,9 p.p. em junho). O mesmo sucedeu com a taxa líquida de ocupação-quarto (66,5%), que registou uma diminuição idêntica, -0,4 p.p. (+1,0 p.p. em junho).

Em julho, as taxas de ocupação-cama aumentaram na Península de Setúbal (+2,6 p.p.), no Algarve (+0,8 p.p.) e na Grande Lisboa (+0,1 p.p.). Nas restantes regiões registaram-se decréscimos, sendo de maior magnitude no Alentejo e no Centro (-1,6 p.p. em ambos), seguindo-se o Oeste e Vale do Tejo (-1,5 p.p.). As taxas de ocupação-cama mais elevadas registaram-se na Madeira (72,3%), seguida do Algarve (68,5%) e dos Açores (65,2%), enquanto as mais baixas ocorreram no Centro (38,6%), no Oeste e Vale do Tejo (42,6%) e no Alentejo (44,4%).

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Nova Edição: A “guerra” ao turismo de massas, Europcar e tecnologia no turismo

A “guerra” ao turismo de massas, a estratégia do Europcar Mobility Group para a mobilidade sustentável, e um dossier dedicado à tecnologia no turismo são alguns temas da nova edição do Publituris.

Publituris

A fechar o mês de agosto, a nova edição do Publituris faz capa com um tema que tem vindo a ser cada vez mais frequente. Várias cidades europeias entraram em guerra aberta ao turismo de massas, tomando diversas medidas, umas que até fazem algum sentido, outras consideradas absurdas e despropositadas, com consequências que podem vir a “matar” uma das atividades fundamentais para a economia de muitos destinos turísticos. Equilíbrio, prudência e bom senso devem ser as palavras-chave. Fazemos aqui apenas uma passagem pelo que está a acontecer não só em Portugal como por esta Europa fora, prometendo voltar a este assunto mais vezes.

Nesta edição, uma pouco mais curta, dado o período de férias, falámos, também, com Isabel Martinez, Deputy Manager Director do Europcar Mobility Group em Portugal e Espanha, que revelou que, com as mudanças na área da mobilidade, o grupo tem apostado nos veículos elétricos com o objetivo de se colocar na “vanguarda da mobilidade sustentável”.

A responsável do grupo refere ainda que “Portugal é um dos países que demonstrou maior capacidade de recuperar os níveis de turismo internacional registados na pré-pandemia”, considerando que no setor rent-a-car, a Europcar tem “aproveitado esta tendência de procura”.

A fechar, um dossier dedica à tecnologia no setor do turismo. Atualmente, pensar qualquer setor de atividade sem tecnologia é impossível. No setor do turismo, onde o consumidor mudou (e muito) com a pandemia, a adaptação às novas exigências e necessidades passam exatamente pela adoção de tecnologia em todo e qualquer passo. E se alguém tiver dúvidas, basta recordar que hoje tudo está na palma da mão.

Ouvimos diversos profissionais de empresas com soluções para o setor do turismo e entrevistámos o diretor do Tourism Innovation Hub da Mastercard, Quim Martínez.

Além do “Check-in”, as opiniões desta edição pertencem a Francisco Jaime Quesado (economista e gestor) e Amaro F. Correia (docente na Atlântico Business School).

A versão completa desta edição é exclusiva para subscritores do Publituris. Pode comprar apenas esta edição ou efetuar uma assinatura do Publituris aqui obtendo o acesso imediato.

Para mais informações contacte: Carmo David | [email protected] | 215 825 430

Nota: Se já é subscritor do Publituris entre no site com o seu Login de assinante, dirija-se à secção Premium – Edição Digital e escolha a edição que deseja ler, abra o epaper com os dados de acesso indicados no final do resumo de cada edição.

Boas leituras.

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Aviação

Lucros da TAP apresentam quebra de 22,5 milhões de euros no 1.º semestre de 2024

A TAP Air Portugal apresentou os resultados relativamente ao 1.º semestre de atividade do ano 2024. Se no 2.º trimestre os lucros líquidos da companhia aérea estão nos 72,2 milhões de euros, no final do 1.º semestre ficam-se por 400 mil euros.

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A TAP Air Portugal registou lucros líquidos de 400 mil euros no final do 1.º semestre de 2024, correspondendo a uma quebra de 98,3% face aos 22,9 milhões de euros obtidos em igual período de 2023, informa a companhia aérea em comunicado.

Nos primeiros seis meses de 2024, as receitas operacionais da TAP aumentaram em 3,3%, passando de 1.906 milhões de euros para 1.967 milhões de euros, constituindo os rendimentos provenientes das passagens aéreas o grande bolo das receitas com 1.761 milhões, ou seja, mais 2,6% que no primeiro semestre do ano passado.

Mas se as receitas aumentaram nestes primeiros seis meses, também os custos subiram, informando a TAP que passaram de 1.789 milhões de euros, no final do 1.º semestre de 2023, para 1.857 milhões de euros no final do mesmo período de 2024.

Na alínea dos gastos operacionais, destaque para a baixa com os combustíveis, que passaram de 543 milhões para 517 milhões (-4,7%), enquanto os cursos com pessoal registaram um aumento de mais de 35%, passando de 281 milhões de euros para 380 milhões de euros.

No comunicado pode ainda ler-se que A TAP registou, no primeiro semestre de 2024, um aumento dos resultados operacionais recorrentes face a 2023, atingindo um EBITDA recorrente de 372,7 milhões de euros (+3,1%), com uma margem de 19%, e um EBIT recorrente de 139,2 milhões de euros (+11,8%), com uma margem de 7%.

No período em análise, a TAP transportou 7,698 milhões de passageiros, correspondendo a uma subida de 1,6% face aos 7,579 milhões de igual período de 2023, passando o load facto de 80,2% para 81,1%, e tendo a companhia aérea feito menos 358 voos nos primeiros seis meses de 2024, totalizando 57.232 partidas contras as 57.590 de período homólogo de 2023.

Luís Rodrigues, presidente-executivo da TAP, considera que “continuámos no segundo trimestre de 2024 o caminho necessário de transformação estrutural da TAP. O investimento nas pessoas e nas operações continua a confirmar a aposta e a mostrar resultados: uma grande redução das irregularidades, o contínuo aumento da pontualidade e da regularidade, e o aumento do NPS (o índice de satisfação do cliente), com consequente crescimento das receitas. Especial destaque para área de Manutenção e Engenharia, que começa a realizar o seu potencial.”

“O forte desempenho no segundo trimestre” – prossegue Luís Rodrigues – “permite um resultado líquido positivo no semestre, que, apesar de reduzido, é atingido pela segunda vez consecutiva, mas agora sem cortes salariais.”

“Continuamos o caminho para o qual nos propusemos, com o compromisso das nossas pessoas e apoio dos nossos stakeholders: estabelecer a TAP como uma companhia sustentadamente rentável e uma das mais atrativas da indústria”, conclui o Luís Rodrigues.

2.ª semestre com lucro, mas menos
Se a quebra nos lucros no semestre foi de 98,3%, no final do 2.º trimestre a TAP registou uma descida na mesma alínea de 10,1%, passando de 80,3 milhões de euros para 72,2 milhões de euros.

Nestes três meses, as receitas operacionais da transportadora área nacional fixaram-se nos 1.106 milhões de euros, ou seja, uma subida de 3,4% face aos 1.070 milhões de euros do 2.º trimestre de 2023. Também aqui, as passagens aéreas representam a maior fatia, com os rendimentos a ascenderem a 986 milhões de euros, correspondendo a uma subida de 0,8% face aos 978 milhões de euros de igual período de 2023.

Também a Manutenção aumentou rendimentos neste 2. trimestre, fixando-se nos 71,8 milhões de euros, ou seja, mais 71,4% que nos mesmos meses de 2023.

Já os gastos operacionais da TAP no 2.º trimestre de 2024 baixaram 0,8% relativamente ao mesmo período de 2023, totalizando 938 milhões de euros, contra os 946 milhões de período homólogo de 2023.

E se nos combustíveis se registou uma ligeira baixa (-0,8%) nos custos, fixando-se nos 263 milhões de euros, sentido inverso tiveram os gastos com pessoal que passaram de 157 milhões de euros, no 2.º trimestre de 2023, para 186 milhões de euros no final do mesmo período de 2024.

O EBITDA recorrente totalizou 289 milhões de euros no 2.º trimestre de 2024, aumentando em 47,4 milhões de euros (+19,6%) em comparação com o 2.º trimestre de 2023. O EBIT recorrente aumentou em 47,9 milhões de euros (+35,5%) face ao mesmo trimestre do exercício passado, totalizando182,5 milhões de euros, representando uma margem de 16,5%. Considerando itens não recorrentes, o EBIT totalizou 168 milhões de euros, informando ainda a TAP que, comparando com os níveis pré-crise, o EBIT recorrente e o EBIT aumentaram em 163,7 milhões de euros e 151,6 milhões de euros, respetivamente.

Neste 2.º trimestre, a TAP informa que transportou 4,165 milhões de passageiros, correspondendo a um aumento de 2,4% face aos 4,069 milhões de igual trimestre de 2023, com um load factor de 82,7% (+1,4% que no 2.º trimestre de 2023), tendo a companhia realizado 30.232 voos, ou seja, mais 199 que em igual período do ano passado (+0,7%).

A 30 de junho de 2024, a frota operacional era composta por 99 aeronaves, sendo que 68% da frota operacional de médio e longo curso consistia em aeronaves da família neo (face a 67% a 30 de junho de 2023 e 27% a 30 de junho de 2019).

Relativamente a rotas, a TAP indica que foram reabertos, durante o segundo trimestre, cinco destinos a partir de Lisboa para a época de verão: Ibiza, Alicante, Palma de Maiorca, Menorca e Agadir. A somar há ainda uma nova rota, para a época de verão, de Lisboa para Caracas, com regresso por Funchal.

A concluir, a TAP revela que a aposta no mercado brasileiro “vai crescer”, com a abertura de uma nova rota, Florianópolis, e a reabertura de outra, Manaus, aumentando a oferta para 13 destinos através de 15 rotas.

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Transportes

PLAY Airlines inicia voos para Faro em 2025

O novo voo direto inaugural da PLAY Airlines para Faro deverá acontecer a 12 de abril de 2025.

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A PLAY Airlines irá voar diretamente para Faro a partir de 12 de abril de 2025, anunciando dois voos semanais, aos sábados e quartas-feiras, até 29 de outubro. A companhia aérea islandesa já lançou, de resto, a venda de bilhetes para estes novos voos diretos a partir de e para Faro.

“Com a adição de Faro à nossa crescente rede estamos entusiasmados por oferecer mais oportunidades aos viajantes para explorarem o mundo de forma económica. Esta nova rota reflete o nosso compromisso de ligar a América do Norte e a Europa através da Islândia, proporcionando aos nossos passageiros um serviço excecional e experiências inesquecíveis”, afirma Einar Örn Ólafsson, CEO da PLAY Airlines.

A PLAY é uma companhia aérea lowcost que liga a América do Norte e a Europa, tendo a Islândia como hub central. Na América do Norte, a PLAY opera voos a partir de Baltimore, Boston, Nova Iorque, Washington D.C. e Toronto.

Desde o lançamento do primeiro voo em junho de 2021, a PLAY tem crescido rapidamente, operando agora uma frota de 10 aeronaves Airbus A320/321neo com uma idade média de pouco mais de dois anos. Em 2023, a PLAY alcançou um desempenho de 83% de pontualidade. A tripulação de cabine da PLAY foi eleita a melhor pelos leitores do USA Today no ano passado, e a companhia aérea foi nomeada a melhor transportadora lowcost no norte da Europa.

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Transportes

Air Canada vai ligar Montreal e Porto no verão de 2025. Turismo de Portugal saúda a nova rota

Com quatro voos semanais, a Air Canada vai operar entre Montreal e o Porto a partir do verão do próximo ano. O Turismo de Portugal saúda o lançamento da nova rota aérea sazonal, tendo o seu presidente, Carlos Abade, afirmado que “este é o resultado de um trabalho que visa continuar a diversificar os mercados emissores de turistas para Portugal”.

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A nova ligação sazonal, quatro vezes por semana, entre Montreal e o Porto, que será operada pela Air Canada, com inauguração prevista para o verão de 2025, surge do trabalho colaborativo entre o Turismo de Portugal, a ANA Aeroportos, Turismo do Porto e Norte de Portugal e a companhia aérea canadiana Air Canada. Trata-se da primeira ligação aérea da companhia para o Porto, e a terceira ligação para Portugal.

A consolidação destas operações entre os dois países reforça a diversificação de operações aeroportuárias e desencadeia novas oportunidades comerciais com origem no mercado canadiano, onde a Air Canada tem sido um dos parceiros de referência, indica nota de imprensa do Turismo de Portugal.

Por sua vez, o seu presidente, Carlos Abade, Presidente do Turismo de Portugal, sublinha que  “este é o resultado de um trabalho que visa continuar a diversificar os mercados emissores de turistas para Portugal, ao mesmo tempo que se reforça a aposta na desconcentração dos atrativos turísticos no nosso território, de acordo com a visão de ter turistas em todo o território, durante todo o ano”.

O Turismo de Portugal avança ainda que o Canadá é um mercado promissor para o turismo de valor em Portugal. Em 2023, aquele país norte-americano posicionou-se como o 10.º mercado turístico da procura externa para o destino Portugal aferido pelo indicador dormidas (quota 2,7%) e ocupou o 9.º lugar para o indicador hóspedes (quota 3,3%).

Já este ano, as dormidas em Portugal dos turistas provenientes do Canadá registaram um acréscimo de 56,9% e os hóspedes um aumento de 54,5% face ao ano anterior, totalizando 593,8 mil hóspedes que geraram 1.472,0 mil dormidas.

 

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