APHORT pede “sensatez e razoabilidade” na negociação coletiva com profissionais de turismo
Associação considera que “a melhoria dos instrumentos de regulamentação coletiva de trabalho passa pela negociação de contratos equilibrados, que não estejam exclusivamente assentes em alterações das tabelas salariais”.
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A Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo (APHORT) veio esta sexta-feira, 5 de agosto, mostrar-se confiante no sucesso da negociação dos contratos coletivos de trabalho no setor do turismo, mas pede “sensatez e razoabilidade”, considerando que “a melhoria dos instrumentos de regulamentação coletiva de trabalho passa pela negociação de contratos equilibrados, que não estejam exclusivamente assentes em alterações das tabelas salariais”.
Num comunicado enviado à imprensa, a associação revela que tem vindo a negociar com os sindicatos que representam os trabalhadores do setor do turismo desde o início do ano e diz que está “confiante no alcance de um entendimento justo e equilibrado entre empresas e trabalhadores”.
“Este processo de negociação está já a decorrer há vários meses, com representantes dos trabalhadores que estão empenhados em resolver esta questão de forma séria e ponderada, e temos confiança no sucesso destas conversações”, afirma Rodrigo Pinto Barros, presidente da APHORT.
A associação diz que pretende repor a “verdade dos factos”, uma vez que existe um sindicato que continua a vir a público acusar as associações e as empresas de turismo de quererem manter a precariedade no setor, algo que a APHORT diz não corresponder à verdade e que em nada contribui para a resolução da situação.
“As posições extremadas e o discurso agressivo em nada contribuem para a resolução da situação. Perante a realidade atual do mercado de trabalho, as empresas estão empenhadas em fazer um esforço para se readaptarem”, acrescenta a associação.
Rodrigo Pinto Barros diz mesmo que muitos dos associados da APHORT “conseguiram já, este ano, fazer ajustes salariais correspondentes a aumentos médios entre os 5% e 10%, para além de outros aspetos como a reorganização de horários e dos dias de encerramento dos estabelecimentos”, isto apesar da situação precária em que muitas empresas ainda se encontram devido à pandemia e do atual contexto económico.
“Não nos podemos esquecer que, para além de dois anos de pandemia, durante os quais as empresas do setor foram severamente penalizadas, o atual contexto económico não é favorável, pelo que tem de haver sensatez e razoabilidade naquilo que é exigido a estas empresas”, acrescenta o presidente da APHORT.
A associação considera, por isso, que “a melhoria dos instrumentos de regulamentação coletiva de trabalho passa pela negociação de contratos equilibrados, que não estejam exclusivamente assentes em alterações das tabelas salariais” e mostra-se disponível para discutir alternativas.
“Perante o agravar da falta de mão-de-obra que atinge o setor, a associação aguarda com expectativa os resultados das missões empresariais, recentemente anunciadas pela Secretária de Estado do Turismo, para captação de trabalhadores nos países da CPLP e assegura que vai manter-se atenta à evolução desta questão”, refere ainda a AHORT.