Empresas do turismo apontam ESG, geopolítica e COVID como fatores de maior pressão em 2022
Mais do que a geopolítica e a pandemia, as questões relacionadas com a ESG estão entre as maiores preocupações das empresas do setor do turismo, indica a GlobalData.
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geopolíticaAs questões relacionadas com o Ambiente, Social e Governança Empresarial (Environmental, Social and Corporate Governance – ESG, em inglês), geopolítica e COVID-19 são os três temas destacados pelas empresas do turismo na Europa e que mais pressão exercem sobre a indústria turística europeia em 2022, segundo avança uma análise da GlobalData.
Para Hannah Free, analista de viagens e turismo da GlobalData, “a lei da UE exige que muitas empresas de grande porte divulguem informações sobre a maneira como operam e gerem os desafios sociais e ambientais. Muitos viajantes agora também exigem maior transparência das empresas e estão cada vez mais cautelosos com as tentativas de ‘greenwashing’”, salientando que “este escrutínio por parte de legisladores e consumidores forçou as empresas de viagens de todos os tamanhos a colocar as questões ESG no centro das suas operações.”
A análise da GlobalData mostra que as questões relacionadas com a geopolítica atingiram o pico em março de 2022, um aumento de 338% face ao mês anterior de fevereiro a admitindo o relatório que tal aconteceu à medida que “inúmeras empresas reagiram ao conflito na Ucrânia”.
Contudo, a análise frisa que o conflito teve um impacto “limitado” nas empresas de viagens e procura turística dentro da Europa, fazendo referência ao inquérito realizado pela European Travel Commission (ETC) que indicara que perto de 44% dos europeus inquiridos referira que “o conflito não tinha afetado os planos para as férias”, e somente 4% tinha cancelado completamente quaisquer férias.
Hannah Free refere ainda que o inquérito realizado pela GlobalData mostra que 66% dos europeus estão “extremamente” ou “algo” preocupados com “o impacto da inflação nos seus rendimentos”, admitindo mesmo que “as perspectivas do turismo podem ser ameaçadas pelas repercussões, pois a consequência final é a erosão dos rendimentos disponíveis”.
Segundo Free, “resta saber como as famílias em toda a Europa (especialmente as de baixo rendimento) farão uma compensação em termos de gastos com viagens”. Assim, enumera várias possibilidades: “os turistas podem optar por não viajar, podem viajar no país em vez de irem para fora, viajar para um destino que consideram mais acessível ou negociar, por exemplo, ficar num hotel económico em vez de preço médio”.
Naturalmente que a pandemia de COVID-19 manteve-se como tema principal ao longo deste ano de 2022, embora de janeiro a junho deste ano, as menções à pandemia tenham decrescido em 54%, sugerindo que “deixa de estar nas preocupações dos europeus”.
Os dados resultantes do estudo da GlobaData mostram que 53% dos inquiridos “não estão preocupados” ou “estão menos preocupados” com o alastramento da COVID-19 à medida que “se flexibilizam as restrições nas viagens e aumentam as taxas de vacinação”.
Por isso, Free conclui que, “embora a COVID-19 provavelmente continue a ser um item nos registos da empresa no futuro próximo, há motivos para ser cautelosamente otimista”, prevendo que “as partidas internacionais de países europeus aumentarão 125% de 2021 a 2022”. Assim, “as empresas do setor do turismo que sejam capazes de orientar com sucesso esses temas com recursos a investimento, gestão e estratégia permanecerão ou emergirão como líderes do setor”.