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Empresários cabo-verdianos ainda a braços para a retoma

Há ainda um conjunto de desafios que se colocam à classe empresarial cabo-verdiana ligada ao turismo com vista à real retoma do setor, gravemente afetado pela pandemia, num país em que o turismo representa 25% do PIB nacional.

Carolina Morgado
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Empresários cabo-verdianos ainda a braços para a retoma

Há ainda um conjunto de desafios que se colocam à classe empresarial cabo-verdiana ligada ao turismo com vista à real retoma do setor, gravemente afetado pela pandemia, num país em que o turismo representa 25% do PIB nacional.

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O presidente da Câmara do Turismo de Cabo Verde (CTCV), Jorge Spencer Lima, em entrevista ao Publituris, passa em revista os grandes desafios que se colocam aos empresários do país, mas com esperança, em parceria com o Governo cabo-verdiano, de ascender e até ultrapassar, rapidamente, os momentos de pré-pandemia

Aquando da sua recente tomada de posse considerou que o turismo em Cabo Verde não pode ser menosprezado, ignorado e nem tratado como mais um ator secundário da vida económica do país. O que a Câmara do Turismo pretende concretamente?
A CTCV realça que neste momento o Turismo é a principal atividade económica do país que representa cerca de 25% do PIB cabo-verdiano. É investindo seriamente neste setor que se consegue desenvolvê-lo e capitalizar as outras áreas conexas, nomeadamente Agricultura, Pesca, Serviços, Transporte e Indústria Criativa.

Sendo o Turismo um sector transversal, havendo uma boa aposta por parte do Governo no seu crescimento sustentável, teremos que necessariamente trabalhar os outros sectores, desenvolvendo assim economicamente o país, para não depender exclusivamente do Turismo.

E a aposta também tem que passar no fortalecimento do tecido empresarial, que é a base para o crescimento de todos os setores.

Qual a vossa relação com o Governo?
A nossa relação com o Governo é muito boa, de parceria, procurando efetuar um trabalho conjunto para o desenvolvimento do setor

Quais os grandes desafios que este setor enfrenta atualmente?
Os grandes desafios do setor atualmente são: Acesso ao financiamento para recuperação da forte crise financeira resultante da pandemia COVID 19; Maior investimento no setor dos transportes (aéreo e marítimo) permitindo um aumento regular do número de turistas que visitem o país, e que eles possam circular dentro de Cabo Verde, a um custo competitivo, ao mesmo tempo que se incrementa o turismo interno sobretudo na época baixa; Maior circulação de produtos nacionais entre as ilhas; Apostar na implementação das leis que regulamentam o setor e a sua fiscalização, aumentando assim a qualidade do serviço e dos produtos ofertados; Definir uma política clara de conquista de novos segmentos de mercado e consolidação dos existentes.

Problemas de tesouraria persistem
Qual a situação atual das empresas ligadas ao turismo, após dois anos de pandemia? Qual foi o papel do Governo cabo-verdiano no sentido de as apoiar? Estes apoios continuam? São suficientes?
As empresas enfrentam neste momento graves problemas de tesouraria, na medida em que não houve venda durante dois anos aproximadamente.

O Governo tomou medidas de lay off e de moratórias dos créditos junto dos bancos comerciais nacionais, o que foi mitigando a situação que poderia ter sido bem mais catastrófica. Passados estes dois anos, a medida de lay off já foi retirada e a de moratória foi prorrogada até setembro do corrente ano. Mas isso por si só não resolverá o problema de tesouraria das empresas.

Algumas medidas de financiamento para as empresas foram aprovadas pelo Governo, mas a burocracia que esteve envolvida nessas medidas impediu que elas tivessem um efeito mais eficaz e abrangente.

Neste momento, o fim das moratórias previsto para o próximo mês de setembro tem sido a maior preocupação das empresas do ramo pois certamente ainda não estarão preparadas para enfrentar os enormes encargos financeiros que irão cair sobres elas decorrentes da capitalização dos juros que não foram pagos durante o período da pandemia.

Das nove ilhas habitadas, cada uma tem a sua particularidade que a transforma num destino turístico único a ser explorado

Como é que a Câmara do Turismo vê a estratégia de promoção do destino nos mercados internacionais? Portugal é uma prioridade? Quais as vossas propostas de promoção para este mercado?
Apesar de já haver uma decisão do Governo de se transferir para a Camara do Turismo a responsabilidade da promoção do mercado de Cabo Verde, a mesma ainda não foi efetuada, apesar de todos os nossos esforços nesse sentido. Uma estratégia de promoção clara do destino Cabo Verde ainda não foi definida apesar de estudos recentes remeterem para o segundo plano a participação em feiras e ações no terreno e darem primazia à promoção online.

Portugal é e continua a ser um parceiro importante de Cabo Verde em todos os setores da atividade económica apesar de ter perdido a sua posição de liderança enquanto mercado emissor de turistas para Cabo Verde.

A promoção no mercado português passa, no nosso entender, por uma maior agressividade e presença nos media como forma de se transmitir uma mensagem de um destino seguro e amigo do turista português.

Considerando que a economia em Cabo Verde, durante muito tempo ainda, vai continuar a depender do turismo, qual deverá ser o papel das empresas desta área?
O papel das empresas nesta área deve incidir sobre dois aspetos fundamentais: Reforçar a oferta de trabalho com empregos mais dignos e mais bem remunerados; Integrar a cadeia de produção nos mais variados setores da economia nacional como forma de se diminuir o peso da importação de produtos a serem consumidos nos hotéis e similares. O objetivo de consumir Cabo Verde deve ser uma realidade nos próximos tempos.

Retoma só lá para 2024
Já se pode falar em retoma do Turismo em Cabo Verde? Quando é que se estima atingir os valores de 2019?
Sim já existe uma retoma ainda que tímida do turismo em Cabo Verde, embora estamos neste momento no que é considerado de época baixa.

Prevemos atingir os valores de 2019 em 2024 no entendimento de que a situação de guerra existente atualmente na Europa seja resolvida o mais breve possível.

A promoção no mercado português passa, no nosso entender, por uma maior agressividade e presença nos media como forma de se transmitir uma mensagem de um destino seguro e amigo do turista português


Quais as prioridades da Câmara do Turismo?
As prioridades da Câmara do Turismo são: Apoiar as empresas associadas a se recuperarem dos efeitos negativos da crise pandémica agravada depois com a situação de guerra na europa, nosso principal mercado emissor; Angariar mais empresas associadas em todas as ilhas; Apostar em eventos culturais e desportivos como produtos complementares ao turismo de sol e praia; Construir a sua sede num projeto que vai albergar um museu e uma pequena sala de conferencia; Promover Cabo Verde como destino turístico para investimento; Promover o país como destino turístico no mercado africano, principalmente na África Ocidental.

A formação é importante para o turismo. Como é que está a decorrer? O que é que a Câmara do Turismo propõe neste sentido?
A nível da formação serão trabalhadas três vertentes: Formação para gestores e donos dos seus negócios para que possam ter condições para fazer crescer o seu negócio, melhorar a qualidade do produto/serviço que vendem, para estarem melhor posicionados para enfrentar qualquer crise se ela vier; Apoiar e orientar as instituições de formação profissional em Cabo Verde sobre as áreas mais necessárias, de forma a ter um maior equilíbrio entre o mercado de oferta e o de procura a nível do emprego; Apoiar o empreendedorismo identificando novas áreas e oportunidades de negócio.

O drama dos transportes
Sendo Cabo Verde um país composto por ilhas e muito dependente do transporte aéreo tanto na ligação internacional como inter ilhas, como é que analisa este dossier? E a situação da Cabo Verde Airlines?
O transporte aéreo é neste momento o calcanhar de Aquiles do turismo cabo-verdiano impedindo um desenvolvimento equilibrado e acentuado do setor.

A Cabo Verde Airlines continua com sérios problemas de endividamento e com uma frota reduzida a um avião de médio curso o que inviabiliza qualquer programa de desenvolvimento endógeno do setor aéreo internacional em Cabo Verde.

A Bestfly, companhia nacional de ligação inter ilhas é que vem dando alguma prova de vitalidade e esperamos que continue nesta via para libertar os cabo-verdianos da grande dor de cabe que ainda constitui o setor aéreo nacional.

Mesmo durante a pandemia, as notícias que nos chegaram é que o investimento na área do turismo não parou, pelo contrário. Que balanço se pode fazer?
Dizer que o investimento na área do turismo não parou durante a pandemia é uma utopia, pois com as medidas restritivas tomadas pelo Governo para combater a crise pandémica a economia cabo-verdiana foi ao fundo do poço, chegando a atingir um crescimento negativo na ordem dos 14,8% o que há muito tempo não se via no nosso país.

Em sua opinião, Cabo Verde deveria descentralizar mais a sua oferta turística, hoje em dia muito concentrada no Sal e na Boa Vista? Que outras ilhas priorizariam? Que segmentos turísticos?
Cabo Verde não tem outro caminho a seguir senão a descentralização da sua oferta turística. O turismo de sol e praia que domina neste momento 90% do mercado concentrado nas ilhas de Sal e Boa vista já esta a atingir o seu limite de carga e se excetuarmos a ilha do maio essa oferta turística está prestes a esgotar-se.

Das nove ilhas habitadas cada uma tem a sua particularidade que a transforma num destino turístico único a ser explorado.

Pela mesma razão que é impensável promover-se um turismo de sol e praia em Santo Antão., também é impensável promover-se um turismo de montanha e de trekking na ilha do Sal.

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Compare e reserve estacionamento nos aeroportos através de Parkos

Utilizar uma plataforma como Parkos para reservar estacionamento no aeroporto pode simplificar significativamente os preparativos de viagem

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Encontrar um lugar para estacionar no aeroporto pode ser uma das partes mais estressantes de qualquer viagem. Com a variedade de opções disponíveis, escolher o melhor estacionamento pelo melhor preço requer pesquisa e planeamento. Felizmente, serviços como o Parkos tornam esse processo muito mais simples e eficiente, permitindo comparar e reservar estacionamento em aeroportos de todo o mundo através de uma única plataforma.

O Funcionamento de Parkos

Parkos é uma plataforma online que colabora com diversos estacionamentos de aeroporto para oferecer uma ampla gama de opções a preços competitivos. Através do site de Parkos, os viajantes podem facilmente comparar diferentes estacionamentos, verificando preços, localização, serviços adicionais e avaliações de outros usuários. Isso permite que os viajantes escolham a opção que melhor se adapta às suas necessidades e orçamento, tudo isso antes mesmo de saírem de casa.

Vantagens do Serviço

Usar Parkos para reservar o seu estacionamento no aeroporto traz várias vantagens. Primeiramente, garante que tenha uma vaga reservada, evitando o stress de encontrar um lugar no último minuto. Além disso,  é possível encontrar com frequência tarifas mais baixas através da plataforma do que as oferecidas diretamente pelos estacionamentos ou no próprio aeroporto. A Parkos também oferece informações detalhadas sobre cada opção de estacionamento, incluindo medidas de segurança, disponibilidade de transporte até ao terminal e serviços extras como lavagem de carro ou manutenção.

Estacionamento no Aeroporto do Porto

Uma das localidades onde a Parkos oferece serviços é o Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto. Os viajantes que partem deste aeroporto podem utilizar Parkos para comparar uma variedade de opções de parque aeroporto Porto e estacionamento nas proximidades. Isso é particularmente útil no Aeroporto do Porto, que, sendo um dos maiores de Portugal, pode ter uma demanda elevada por estacionamento, especialmente em épocas altas. Através da Parkos, é possível visualizar diferentes fornecedores, comparar preços e serviços, e reservar uma vaga que ofereça o melhor custo-benefício, garantindo assim um início de viagem tranquilo e organizado.

 

Em resumo, utilizar uma plataforma como Parkos para reservar estacionamento no aeroporto pode simplificar significativamente os preparativos de viagem. Com a capacidade de comparar preços, localizações e serviços, os viajantes podem fazer escolhas informadas e economizar tempo e dinheiro. Para aqueles que viajam a partir do Aeroporto do Porto, ou qualquer outro grande aeroporto, Parkos oferece uma solução prática e confiável para evitar o stress de encontrar um bom estacionamento. Portanto, na próxima vez que planear uma viagem, considere utilizar Parkos para uma experiência mais tranquila e organizada desde o momento de chegada ao aeroporto.

 

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NAV implementa novo sistema em Lisboa que pode reduzir atrasos nos voos

O novo sistema da NAV de reorganização do tráfego aéreo em Lisboa, Point Merge, que pode reduzir atrasos, entra em vigor em 16 de maio, após negociações com a Força Aérea e um investimento de dois milhões de euros.

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À meia-noite (Tempo Universal Coordenado) de dia 16 de maio, o controlo do espaço aéreo de Lisboa, que inclui Cascais e as bases militares do Montijo, Sintra e Alverca, passa a ser feito com uma nova ferramenta – o Sistema Point Merge – um investimento que ascende a perto de dois milhões de euros e que vai permitir uma gestão mais eficiente do tráfego, poupanças de combustível, redução de emissões poluentes e do ruído, segundo explicaram o presidente do Conselho de Administração da NAV Portugal, Pedro Ângelo, e o diretor de Procedimentos Aeronáuticos, Rui Marçal.

Devido ao aumento de tráfego e face às crescentes exigências ambientais, a NAV iniciou em 2016 a maior reestruturação do espaço aéreo que alguma vez tinha feito e, mais tarde, numa Resolução do Conselho de Ministros (RCM) de junho de 2019, foi mandatada pelo governo liderado por António Costa a celebrar uma Carta de Operação com a Força Aérea, para a cedência de espaço aéreo de Sintra, por forma a viabilizar a operacionalização do Point Merge a partir de 23 de abril de 2020.

Contudo, explicaram os responsáveis, a pandemia de covid-19 alterou os prazos previstos e só agora estão reunidas as condições para a implementação do novo sistema (PMS, na sigla inglesa), após quase cinco anos de negociações com a Força Aérea para cedência de espaço aéreo militar para a aviação civil, sobretudo em Sintra, mas também em Monte Real, no concelho de Leiria.

O PMS é um sistema de sequenciação para aproximação a aeroportos, em que, em caso de acumulação de tráfego, os aviões em espera pela sua vez de aterrar são alinhados em dois arcos e encaminhados para uma sequência de aterragem a partir desses arcos, a uma velocidade constante.

Já no modelo utilizado até agora, os aviões têm de fazer esperas circulares em torno do mesmo ponto e, quando têm autorização para aterrar, passa-se a um procedimento de descida por patamares, exigente do ponto de vista de comunicação entre o controlo de tráfego aéreo e os pilotos.

Substituindo as esperas circulares por esperas lineares a maior altitude, permite-se uma gestão mais eficiente, organizada e segura do tráfego aéreo, contribuindo para maiores poupanças de combustível, uma redução de emissões poluentes e do impacto do ruído nas populações.

Adicionalmente, com a cedência de espaço aéreo militar de Sintra, que inclusivamente incluiu a transferência da escola de pilotagem para Beja, passa a ser possível descolar para Oeste (Açores, ou EUA), até agora impossível, permitindo às companhias aéreas poupar tempo de viagem e combustível.

Segundo a RCM de 2019, a Força Aérea foi autorizada a realizar despesa com a aquisição dos bens e serviços associados às transferências necessárias até ao montante máximo de 18,8 milhões de euros, mais IVA.

Embora esperem que o novo sistema contribua para a redução dos atrasos no aeroporto de Lisboa, os responsáveis da NAV realçaram que isso não depende apenas do espaço aéreo, mas sobretudo da infraestrutura, salientando que, em 2023, o contributo do controlo de tráfego aéreo para os atrasos nos voos foi de 10%.

O PMS foi apenas testado para Lisboa e esteve a ser trabalhado numa altura em que se perspetivava uma solução aeroportuária dual com Portela + Montijo, para se aumentar gradualmente a capacidade do sistema aeroportuário de Lisboa de 44 para 72 movimentos por hora (46 em Lisboa, dois em Cascais e 24 no Montijo).

A localização Montijo foi, entretanto, considerada inviável pela Comissão Técnica Independente (CTI) responsável pela avaliação ambiental estratégica do novo aeroporto, que recomendou uma solução única em Alcochete ou Vendas Novas, mas apontou que Humberto Delgado + Santarém “pode ser uma solução” provisória.

Ainda antes de ser primeiro-ministro, o líder social-democrata, Luís Montenegro, tinha garantido que a decisão sobre o novo aeroporto seria tomada “nos primeiros dias” do seu Governo.

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Grupo Norwegian transporta 2,2 milhões de passageiros em abril

O grupo Norwegian transportou, em abril de 2024, mais de 2,2 milhões de passageiros, dividido entre as companhias Norwegian e Widerøe, com clara vantagem para a primeira.

Publituris

O grupo Norwegian transportou, em abril de 2024, mais de 2,2 milhões de passageiros, divididos entre os 1.892.362 da Norwegian e os 315.495 da Widerøe.

A ocupação média da Norwegian aumentou para os 80,3% no quarto mês do atual exercício, mais 18 pontos percentuais que em igual período do ano passado, tendo operado uma média de 81 aviões, em comparação com as 73 aeronaves de março de 2024.

O grupo informa, igualmente, que o índice de regularidade dos voos foi afetado negativamente em abril, devido, maioritariamente, a problemas relacionados com o controlo de tráfego aéreo em espaço norueguês.

Para este ano de 2024, a Norwegian acrescentou, a partir de abril, um total de nove novas rotas. Istambul desde Oslo, Málaga desde Billund e Aarhus, e Alicante desde Múnich são algumas das rotas destacadas pelo grupo, totalizando as novidades apresentadas para este ano 47 novas rotas aéreas a operar pela Norwegian e Widerøe.

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BPI prevê um crescimento “mais modesto” do turismo em Portugal para 2024, mas aponta oportunidades a ter conta

No “Outlook” que o BPI faz para o setor do turismo em Portugal para 2024, a instituição bancária aponta um crescimento de 5% no número de hóspedes face a 2023. Contudo, existem oportunidades que poderá fazer este valor subir.

Victor Jorge

De acordo com o Departamento de Estudo Económicos e Financeiros do BPI, o setor do turismo em Portugal deverá manter a performance de crescimento, mas de forma “mais modesta”. Assim, a entidade bancária prevê que o número de hóspedes registe um crescimento de 5%, em 2024, face ao ano 2023, “decorrente do abrandamento da atividade económica global, maior proximidade ao limite da capacidade instalada aeroportuária e manutenção de alguma cautela nos mercados europeus centrais, mais expostos aos conflitos)”.

Os analistas do Departamento de Estudo Económicos e Financeiros do BPI consideram, igualmente, que “o efeito rebound de recuperação pós-pandemia está esgotado (os níveis pré-pandemia foram ultrapassados) e o crescimento deverá ser mais modesto que em 2023 (onde registou +13% de turistas)”.

Além disso, o BPI assinala que “o cenário central macroeconómico que afasta a recessão na Zona Euro (principais mercados emissores de turistas para Portugal) vai continuar a suportar o crescimento do turismo”, estando esta situação associada “a alguma recuperação de poder de compra via crescimento de salários, redução da inflação e das taxas de juro”.

Quanto à sazonalidade, o Departamento de Estudo Económicos e Financeiros do BPI espera uma “ligeira redução motivada por vários fatores. Em primeiro lugar, época alta em Portugal (especialmente Algarve) relativamente mais cara face ao poder de compra dos portugueses (desvio de turistas nacionais para o exterior e para outras alturas do ano). Depois, face ao aumento da diversificação de mercados emissores que viajam noutras alturas do ano (em que o clima é mais rigoroso na origem do que em Portugal)”.

No que diz respeito aos mercados emissores, o BPI avança com uma “moderação do ritmo de crescimento dos turistas provenientes dos EUA”, em virtude de um “ligeiro enfraquecimento do dólar face ao euro”, além de um “de um contexto internacional de conflitos armados, menos propício às viagens long-haul”.

Contudo, existem também oportunidades de crescimento “motivadas pelo conflito do Médio Oriente, especialmente de mercados emissores do Leste Europeu”, salientando os analistas que “Portugal beneficia da perceção de ser um destino extremamente seguro” ao que se junto o facto de o conflito no Médio Oriente “estar a ter efeito na redução de reservas para o Chipre, Turquia, Marrocos, Egipto, etc.”.

Finalmente, a “escassez de mão-de-obra, impacto acumulado da inflação e do aumento das taxas de juro nos orçamentos familiares, riscos geopolíticos com aumento do preço dos combustíveis e/ou restrições à mobilidade poderão pesar negativamente e são o risco mais forte do nosso cenário”, conclui o outlook do Departamento de Estudo Económicos e Financeiros do BPI para 2024.

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B travel com nova loja em Leiria

A marca reforça a sua posição na zona de Leiria, com a abertura de mais uma loja B travel.  

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A B travel, rede de agências de viagens da Ávoris Corporación Empresarial, abre mais uma loja em Leiria, desta vez junto ao Lis, na Rua de Tomar, 37 (em frente à antiga Central da EDP).

Com esta nova abertura, a marca “reforça a sua posição na zona de Leiria, oferecendo um serviço personalizado e de qualidade aos seus clientes”, lê-se na nota enviada à imprensa.

“Uma loja moderna, com todo o conforto e consultores especializados que acompanharão a viagem desde a reserva até ao regresso a casa. Com uma oferta variada e muito competitiva, esta nova loja da B travel convida a uma experiência de compra única”, refere a marca pertencente ao universo Ávoris Corporación Empresarial.

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Pegasus abre rota direta entre Edimburgo para Istambul

A Pegasus Airlines continua a expandir a sua operação internacional. A partir de 27 de junho junta a rota Edimburgo Istambul ao leque de rotas.

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A Pegasus Airlines vai lançar uma nova rota entre Edimburgo e Istambul a partir de 27 de junho deste ano. A nova rota que ligará o aeroporto da capital escocesa ao aeroporto Sabiha Gökçen oferecerá 2.500 lugares, reserváveis entre 10 e 16 de maio a um preço de uma libra (uma viagem).

A rota será operada duas vezes por semana, com partidas à quinta-feira e sábado de Istambul, às 11h40, com os voos de regresso a realizarem-se nos mesmos dias, a partir das 15h30, sendo utilizados A320/A321neo.

Com esta operação, a Pegasus Airlines aumenta para 137 os destinos: 35 na Turquia e 102 para destinos internacionais.

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TAP com prejuízo de 71,9 milhões de euros, mas melhores resultados operacionais

Depois de no 4.º e último trimestre ter regressado aos prejuízos, a TAP apresenta um resultado líquido negativo de 71,9 milhões de euros no exercício referente aos primeiros três meses de 2024. Os custos com pessoal foram dos que mais subiram. No gasto com combustível houve uma redução.

Victor Jorge

A TAP Air Portugal obteve um prejuízo de 71,9 milhões de euros no 1.º trimestre do exercício de 2024, correspondendo a mais 25,2% face aos 57,4 milhões de igual período de 2023, ou seja, um prejuízo de mais 14,5 milhões de euros.

Este resultado segue o prejuízo já apontado no relatório e contas referente ao 4.º e último trimestre de 2023, período em que a companhia aérea nacional registou prejuízos de 26,2 milhões de euros, correspondendo a uma variação negativa de 116,8%, o que equivale dizer que os lucros caíram 182,6 milhões de euros na altura.

Recorde-se que os resultados anuais referentes ao exercício de 2023 registaram lucros de 177,3 milhões de euros, representando uma subida de 170,2% face aos 65,6 milhões de euros obtidos no ano anterior de 2022.

Os resultados operacionais da TAP, no entanto, registaram uma melhoria face ao 1.º trimestre de 2023, passando de 835,9 milhões de euros para 861,9 milhões de euros, correspondendo a uma subida de 3,1%, ou seja, mais 26 milhões de euros, com as receitas no segmento de passageiros a subir 5% para 774,7 milhões de euros, contra os 737,6 milhões de euros de período homólogo de 2023.

Aumento registou, igualmente, a manutenção que passou de um valor de 43,6 milhões de euros para 45 milhões de euros, correspondendo a uma evolução de 3,3% face aos primeiros três meses do exercício anterior.

Apesar dos gastos totais operacionais terem subido 7,8% para 919 milhões de euros, os custos com combustível registaram uma descida de 8,5%, o que equivale dizer que, se nos primeiros três meses de 2023 a TAP gastou 277 milhões de euros, no 1.º trimestre deste ano o gasto baixou para 253,4 milhões de euros.

Um dos maiores aumentos nos resultados da TAP neste período de janeiro a março de 2024 vai, contudo, para os custos com pessoal que aumentaram 56,9% face a igual período de 2023. Assim, em vez dos 123,8 milhões de euros dos primeiros três meses de 2023, a TAP viu os custos com salários aumentar 70,5 milhões de euros para 194,3 milhões de euros.

Em comunicado, a TAP informa ainda que o EBITDA recorrente totalizou 83,7 milhões de euros no 1.º trimestre de 2024, apesar da diminuição de 36,3 milhões de euros em comparação com o 1.º trimestre de 2023.

Já o EBIT recorrente registou um valor negativo de 43,3 milhões de euros nos primeiros três meses de 2024, diminuindo em 33,1 milhões de euros face ao mesmo período de 2023.

A 31 de março de 2024, a TAP informa, igualmente, que “o balanço apresentava uma posição de caixa e equivalentes de caixa robusta de 1.133,4 milhões de euros, um aumento de 344 milhões de euros face a 31 de dezembro de 2023, no seguimento da execução da segunda tranche do aumento de capital no valor de 343 milhões de euros efetuada pelo acionista a 4 de janeiro de 2024”.

De referir ainda que no 1.º trimestre de 2024, a TAP transportou mais 0,6% de passageiros, quando comparado com os primeiros três meses de 2023, totalizando 3,532 milhões em vez dos 3,511 de igual período de 2023, apesar da companhia ter operado menos 557 voo, ou seja, menos 2% que no 1.º trimestre de 2023. “Comparando com os níveis pré-crise de 2019 (1.º trimestre de 2019), o número de passageiros atingiu 104%, superando os mesmos, enquanto os voos operados atingiram 90%”, informa ainda a TAP no comunicado.

Para Luís Rodrigues, presidente-executivo da TAP, “no primeiro trimestre de 2024 continuámos o processo de transformação estrutural que a TAP exigia. O investimento nas nossas pessoas, incluindo o fim dos cortes salariais, correções da elevada inflação e os novos acordos de empresa, têm um impacto imediato no resultado, mas os benefícios continuarão a materializar-se”.

O responsável máximo da companhia admite ainda que “tivemos a capacidade de aumentar a oferta, transportar mais passageiros e melhorar as taxas de ocupação quando comparado com o primeiro trimestre de 2023, o que se traduziu em aumento da receita, enorme redução de irregularidades, melhoria da pontualidade e regularidade numa infraestrutura aeroportuária altamente congestionada. Isto traduziu-se igualmente num salto no NPS (Índice de Satisfação do Cliente) de 12 para 24”.

“Confiamos totalmente nas nossas pessoas e sabemos que vamos estar à altura do verão forte com um significativo aumento de frequências para o Brasil e América do Norte. O nosso foco e empenho mantêm-se: estabelecer a TAP como uma companhia sustentadamente rentável e uma das companhias mais atrativas da indústria para todos os nossos stakeholders”.

De referir que, de uma perspetiva operacional, foram reabertos, no final do primeiro trimestre, dois destinos a partir de Lisboa para a época de verão: Nápoles e Porto Santo. A frota operacional era composta por 99 aeronaves, a 31 de março de 2024, com a adição de uma aeronave quando comparada com 31 de dezembro de 2023, sendo que 68% da frota operacional de médio e longo curso consistia em aeronaves da família NEO (face a 67% a 31 de março de 2023 e 17% a 31 de março de 2019).

O comunicado da TAP termina a referir que “as expetativas para o verão de 2024 mantém-se positivas, com as reservas em linha com 2023, apesar do aumento de capacidade, confirmando uma procura resiliente. Igualmente em 2024, o investimento na modernização da frota irá continuar, com o phase-in de três novas aeronaves A320 NEO, confirmando o compromisso da TAP numa frota mais sustentável e eficiente”.

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Nova Edição: Alojamento Local, com entrevista a Eduardo Miranda (ALEP), Sustravel, Turismo das Canárias e MITE Macau na edição 1511 do Publituris

A edição de 10 de maio do Publituris faz capa com o Alojamento Local. Em entrevista, Eduardo Miranda, presidente da ALEP, traça o que é necessário para o AL ter estabilidade. Sustravel, Turismo das Canárias e MITE Macau são outros dos temas desta edição.

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A primeira edição de maio do jornal Publituris, com capa de 10 de maio, destaca o Alojamento Local em Portugal. Em entrevista, Eduardo Miranda, presidente da Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP), dá conta da necessidade da atividade precisar de “estabilidade para se poder dedicar àquilo que é, verdadeiramente, a sua missão”. Representando cerca de 40% das dormidas anuais em Portugal, o presidente da ALEP “quer fazer parte do Turismo”.

Na “Distribuição”, fomos conhecer o novo projeto de Paula Machado que, depois de deixar o Turismo de Macau em Portugal, dedicou-se à sustentabilidade, tendo sido convidada pela Travelife para ser, no nosso país, uma das formadoras e auditoras desta entidade internacional de certificação em sustentabilidade. O novo desafio levou à abertura da Sustravel, empresa que se dedica à sustentabilidade no turismo e que tem vários planos para levar o tema a outras paragens, com Macau na dianteira.

Os dois dias de workshop do Turismo das Canárias foram aproveitados para falar com Juan Hiemenez De La Torre, chefe de Projetos de Comunicação de Marketing Feiras; e Elena Gonzalez Vazquez de Parga, diretora de Marketing da Promotur.

Além de trazermos a fotorreportagem dos dois dias do evento que decorreu em Vila Nova de Gaia, no World of Wine (WoW), e Lisboa, no NAU Palácio do Governador; Juan De La Torre afirmou que o objetivo das Canárias “tornar-se um destino de valor e não de volume”.

Já Elena Parga colocou o tónico na conectividade, salientando que “há trabalho a fazer e destino a comunicar” e, por isso, a aposta passa pela criação de conteúdos que “vinquem a autenticidade e diversidade de cada ilha”. Quanto a Portugal, a diretora de Marketing da Promotur afirma que se trata de um mercado muito fiel”.

A viagem a Macau feita pelo Publituris, a convite da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), para visitar a MITE – Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau, deu para perceber as mudanças que o destino pretende levar a cabo no que diz respeito à atividade turística. Mostrando-se como plataforma dessa transformação, o objetivo passa por afirmar Macau como um destino de lazer.

Além do Pulse Report, uma parceria entre o jornal Publituris e a guestcentric, a edição publica artigos de opinião de Francisco Jaime Quesado (economista e gestor); Alexandra Lavaredas (ISCE); Ana Jacinto (AHRESP); e Joaquim Robalo de Almeida (ARAC).

Finalmente, nas “Capas que fazem História”, recorde a edição de 15 de maio de 1974, no âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de abril de 1974.

Boas leituras.

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Edição Digital: Alojamento Local, Sustravel, Ilhas Canárias e MITE Macau

A edição de 10 de maio do Publituris faz capa com o Alojamento Local. Em entrevista, Eduardo Miranda, presidente da ALEP, traça o que é necessário para o AL ter estabilidade. Sustravel, Turismo das Canárias e MITE Macau são outros dos temas desta edição.

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A primeira edição de maio do jornal Publituris, com capa de 10 de maio, destaca o Alojamento Local em Portugal. Em entrevista, Eduardo Miranda, presidente da Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP), dá conta da necessidade da atividade precisar de “estabilidade para se poder dedicar àquilo que é, verdadeiramente, a sua missão”. Representando cerca de 40% das dormidas anuais em Portugal, o presidente da ALEP “quer fazer parte do Turismo”.

Na “Distribuição”, fomos conhecer o novo projeto de Paula Machado que, depois de deixar o Turismo de Macau em Portugal, dedicou-se à sustentabilidade, tendo sido convidada pela Travelife para ser, no nosso país, uma das formadoras e auditoras desta entidade internacional de certificação em sustentabilidade. O novo desafio levou à abertura da Sustravel, empresa que se dedica à sustentabilidade no turismo e que tem vários planos para levar o tema a outras paragens, com Macau na dianteira.

Os dois dias de workshop do Turismo das Canárias foram aproveitados para falar com Juan Hiemenez De La Torre, chefe de Projetos de Comunicação de Marketing Feiras; e Elena Gonzalez Vazquez de Parga, diretora de Marketing da Promotur.

Além de trazermos a fotorreportagem dos dois dias do evento que decorreu em Vila Nova de Gaia, no World of Wine (WoW), e Lisboa, no NAU Palácio do Governador; Juan De La Torre afirmou que o objetivo das Canárias “tornar-se um destino de valor e não de volume”.

Já Elena Parga colocou o tónico na conectividade, salientando que “há trabalho a fazer e destino a comunicar” e, por isso, a aposta passa pela criação de conteúdos que “vinquem a autenticidade e diversidade de cada ilha”. Quanto a Portugal, a diretora de Marketing da Promotur afirma que se trata de um mercado muito fiel”.

A viagem a Macau feita pelo Publituris, a convite da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), para visitar a MITE – Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau, deu para perceber as mudanças que o destino pretende levar a cabo no que diz respeito à atividade turística. Mostrando-se como plataforma dessa transformação, o objetivo passa por afirmar Macau como um destino de lazer.

Além do Pulse Report, uma parceria entre o jornal Publituris e a guestcentric, a edição publica artigos de opinião de Francisco Jaime Quesado (economista e gestor); Alexandra Lavaredas (ISCE); Ana Jacinto (AHRESP); e Joaquim Robalo de Almeida (ARAC).

Finalmente, nas “Capas que fazem História”, recorde a edição de 15 de maio de 1974, no âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de abril de 1974.

Leia aqui a edição.

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Plataforma Nacional de Turismo quer contribuir para a discussão de um setor que “vale muito neste país”

A nova associação quer avançar em duas frentes: a criação de ‘think tanks’ temáticos de discussão, que juntam investigadores com representantes da área do turismo, e criar notoriedade para o setor.

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A Universidade de Aveiro recebeu esta quinta-feira, 9 de maio, o 1.º Fórum da Plataforma Nacional de Turismo (PNT), uma associação recentemente criada e que junta as principais organizações, empresas, instituições do ensino superior e centros de investigação que operam na área do turismo, com o propósito de contribuir para a inovação e o desenvolvimento económico e social do país.

Carlos Costa, professor da Universidade de Aveiro, explicou que a PNT “nasceu com um conjunto de pessoas que considerou fundamental o setor do turismo ser acompanhado de forma mais próxima pelas estruturas que geram conhecimento”, salientando que “nas Universidades, começámos a desenvolver esta ideia”.

Tendo começado com 125 associados, a PNT pretende avançar em duas frentes. A primeira é a criação de think tanks temáticos de discussão, que juntam investigadores com representantes da área do turismo. Outra frente é criar notoriedade para o setor. “O Turismo vale muito neste país, cerca de 25 mil milhões de euros por ano, mas parece que os políticos têm medo do turismo. Na última campanha eleitoral, não se falou de turismo. A plataforma vai tentar encontrar alguns caminhos para que o turismo tenha mais visibilidade e mais discussão”, assegurou Carlos Costa.

João Albino Silva, professor da Universidade do Algarve – respetivamente presidente da direção e presidente da assembleia geral da PNT, destacou o dever cumprido pela associação ao “promover um debate nacional entre todos os ‘stakeholders’ do Turismo e contribuir para responder à pergunta: ‘Que futuro para o turismo português?’”.

Já Raul Almeida, presidente da Turismo Centro de Portugal, entidade associada da PNT, destacou o peso do turismo ao referir que o setor gera 25 mil milhões de euros por ano. “Costumo dizer que representa mais do que um PRR por ano, uma vez que o PRR somou cerca de 20 mil milhões. É uma atividade com um peso cada vez maior no PIB nacional e nas exportações. Até onde pode ir este crescimento? Qual é a nossa capacidade de resposta a esse crescimento? A Plataforma Nacional de Turismo pode dar um grande contributo para que nós, decisores públicos e políticos, mas também os privados, tenham ferramentas importantes que ajudem à reflexão e à tomada de decisões”, frisou o presidente da Turismo do Centro.

Outra nota deixada por Raul Almeida foram os desafios específicos da atividade turística na região Centro de Portugal. “Nesta região, enfrentamos os desafios globais comuns a todos, como as guerras ou a inflação, mas também desafios específicos, como são a sazonalidade, a coesão territorial ou a excessiva litoralização da atividade turística. Temos 100 municípios no Centro de Portugal e a maior parte deles são de interior. No Turismo, podemos e devemos dar um grande contributo para aumentar a coesão territorial e a coesão social, contribuindo para que os territórios de baixa densidade recebam mais turistas e tenham outra perspectiva de crescimento”, concluiu.

No painel que se seguiu, dedicado ao tema “Que agenda para o futuro do turismo em Portugal?”, e que contou com a presença de Bernardo Trindade, presidente da AHP – Associação da Hotelaria de Portugal; Ana Jacinto, secretária-geral da AHRESP – Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal; e Jorge Sampaio, da comissão executiva da Turismo Centro de Portugal, este último salientou a urgência de se pensar o Turismo a longo prazo. “Falta uma estratégia global para o turismo para o nosso país. Acho incrível que, para um setor que vale quase 20% do PIB, Portugal não consiga ter uma estratégia que dure 15 ou 20 anos. A estratégia não pode mudar ao sabor dos ciclos políticos, tem de ser pensada a longo prazo. Em áreas estratégicas para o país, como esta, deveriam ser feitos pactos de regime”.

“A estratégia global para o país tem de assentar num destino global. Todo o país tem de ser um destino turístico, porque só assim conseguimos gerar e distribuir riqueza em todo o país. Os nossos grandes trunfos residem na diversidade e na autenticidade turística que temos, mas precisamos de nos organizar, para distribuir esta riqueza. Cada vez mais, o Turismo deve fazer as pazes com os cidadãos”, disse ainda Jorge Sampaio.

De referir que o 1.º Fórum da Plataforma Nacional de Turismo acontece no âmbito da Conferência Internacional INVTUR 2024, um evento organizado pela Universidade de Aveiro desde 2010 e que se tornou numa das maiores conferências científicas na área do turismo a nível mundial.

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