Reino Unido foi o mercado com a maior descida acumulada na hotelaria algarvia até março
Os dados da AHETA relativos a março indicam que a hotelaria do Algarve registou uma taxa de ocupação quarto de 46,0%, 5,6 pontos percentuais abaixo do verificado em março de 2019.
Inês de Matos
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O Reino Unido foi, segundo os dados revelados pela AHETA – Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve, o mercado que registou a maior descida acumulada na hotelaria algarvia entre janeiro e março, apresentando uma descida de 1,9pp ou menos 20,8% face a igual período de 2019.
De acordo com os dados avançados pela AHETA, relativos ao mês de março, a hotelaria do Algarve registou uma taxa de ocupação quarto de 46,0%, o que traduz uma “descida de 5,6 pontos percentuais abaixo do verificado em março de 2019 (-10,9%)”.
“Em termos acumulados, desde o início do ano, este indicador encontra-se 13,7% abaixo (-5,8pp) do verificado no período homólogo de 2019”, acrescenta a associação, revelando que, em março, a taxa de ocupação cama foi de 34,6%, 4,9pp abaixo da verificada em março de 2019 (- 12,4%).
A AHETA indica que, em março, “a taxa de ocupação aproximou-se do valor médio para este mês”, uma vez que apesar de ter havido uma subida de 740% relativamente a março de 2021, face a igual período de 2019, ainda se verifica uma descida de -10,9%.
“A variação homóloga verificada é justificada pela pandemia provocada pelo vírus COVID-19,
cujo impacto na hotelaria começou a sentir-se no início do mês de março de 2020. A taxa de
ocupação média nos últimos doze meses quedou-se nos 41,2%”, justifica a associação.
Por regiões, as maiores subidas foram registadas nas zonas de Lagos / Sagres (+3,3pp, +8,7%) e Vilamoura / Quarteira / Quinta do Lago (+6,6pp, +14,5%), enquanto as principais quebras ocorreram em Monte Gordo / VRSA (-22,2pp, -41,3%), Carvoeiro / Armação de Pêra (-14,7pp, -29,8%) e Albufeira (-14,5%, -23,9%).
A AHETA diz que a “zona de Faro / Olhão foi a que registou a taxa de ocupação mais elevada, 64,1%, enquanto a mais baixa ocorreu na zona de Monte Gordo / VRSA, com 31,6%”.
Já quanto às categorias de hotéis, as principais descidas verificaram-se nos hotéis e aparthotéis de cinco estrelas (-12,2pp, -23,0%) e de quatro estrelas (-9,0pp, -17,0%), enquanto os hotéis e aparthotéis de três e duas estrelas registaram uma subida de 11,4pp (+24,7%) relativamente a março de 2019.
Os hotéis e aparthotéis de três e duas estrelas foram, no entanto, os que registaram a taxa de ocupação mais alta (57,4%), segundo a AHETA, que diz ainda que a ocupação mais baixa ocorreu nos hotéis e aparthotéis de cinco estrelas (39,2%).
Por mercados, apesar de o Reino Unido ter apresentado a a maior quebra acumulada, em março, as maiores descidas foram protagonizadas pela Alemanha (-2,6pp, -40,1%) e Países Beixos (-0,7pp, -16,4%), enquanto mercados francês (+0,8pp, +49,0%), irlandês (+0,3pp, +27,8%) e o norte americano (+0,2pp, +37,7%) apresentaram um comportamento positivo.
Em março, a maior parte das dormidas “coube aos turistas britânicos com 32,3%, seguidos pelos portugueses (14,7%), alemães (11,0%) e holandeses (9,8%)”, com o mercado britânico a liderar também no que diz respeito ao número de hóspedes, com 26,9% do total, seguidos pelos portugueses (25,3%), alemães (8,1%) e franceses (7,3%).
A estadia média, em março, foi de s 4,2 noites, menos 0,4 que no período homólogo de 2019, com a AHETA a destacar o mercado sueco, que foi responsável pelas “estadias mais prolongadas”, com 8,6 noites, seguindo-se os canadianos (7,4), holandeses (7,1) e noruegueses, com 6,3 noites.
Já a estadia média dos turistas portugueses foi de 2,4 noites, valor que, segundo a AHETA; foi “semelhante ao verificado em 2019”.
A AHETA diz também que os britânicos “representaram o maior número de dormidas em
quase todas as zonas com exceção de Monte Gordo / VRSA, onde a liderança coube aos
holandeses”, tendo sido também o principal mercado em número de hóspedes em Loulé e Albufeira, assim como na zona de Portimão / Praia da Rocha, enquanto nas restantes zonas o
maior número de hóspedes foi de turistas nacionais.
Os britânicos também representaram o maior número de dormidas em quase todas as categorias, com exceção dos aldeamentos e apartamentos de três, onde, segundo a AHETA, “os portugueses foram o principal mercado”, tendo sido ainda o maior mercado em número de hóspedes para os hotéis e aparthoteis de cinco estrelas, assim como nos aldeamentos e apartamentos turísticos de cinco e quatro estrelas, enquanto os portugueses lideraram nas restantes categorias.
Quanto aos canais escolhidos para reservar as férias, a AHETA apurou que o peso das reservas através de operadores turísticos tradicionais foi de 39,2%, em março, acima do valor das reservas através de OTAs (23,7%). Já as reservas diretas totalizaram 32%.