ACI e IATA pedem eliminação de todas as restrições de viagens na Europa
A ACI Europe e a IATA pediram que todas as restrições Covid-19 restantes que se aplicam a viagens dentro da UE e do espaço Schengen sejam levantadas.
Carolina Morgado
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A IATA (Associação Internacional do Transporte Aéreo) e a ACI-Europe (Airports Council International) pedem aos governos da União Europeia que sejam eliminadas todas as restrições de viagens devido à Covid, inclusive a exigência de vacinação. Este apelo foi feito no dia em que se assinala o segundo aniversário da declaração da pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Isto inclui “todos os requisitos de teste, a necessidade de apresentar comprovativo de vacinação ou preencher um formulário de localização de passageiros, bem como a cessação do uso de máscaras para viagens dentro ou entre Estados onde seu uso não é mais obrigatório em ambientes fechados”, referem as duas associações em carta aos Ministros dos Transportes e da Saúde dos estados- membros da União Europeia.
A Covid-19, e especificamente a variante Omicron, “agora está disseminada por toda a Europa, e a imunidade da população está em níveis tais que o risco de hospitalização ou morte foi drasticamente reduzido, especialmente para pessoas vacinadas”, disseram as associações.
Tendo em conta que muitos estados europeus levantaram as restrições internas da Covid, como a necessidade de fornecer credenciais sanitárias – teste ou certificado de vacinação – para entrar em eventos sociais, ou a obrigatoriedade do uso de máscaras em espaços públicos, consideram que as deslocações dentro da Europa não sejam uma exceção. Afirmam ainda que os esforços de rastreamento de contatos também estão a ser reduzidos, incluindo viajantes internacionais. Assim, “à medida que os países europeus abrem e eliminam as restrições, faz sentido remover restrições semelhantes nas viagens aéreas”.
Recorde-se que 11 de março marca exatamente dois anos desde que a OMS anunciou que a Covid-19 era uma pandemia global. “Naquela época, vimos evidências crescentes de que as restrições nas fronteiras são ineficazes”, indica a carta, para lembrar que a imunidade da população da Europa é forte e a Covid-19 é agora essencialmente uma doença endémica.