Edição digital
Assine já
PUB
Sem categoria

“Temos de ter a noção de que teremos de ser muito eficazes”

Analista, consultor, ex-governante, Paulo Portas estará no Congresso da APAVT para indicar alguns caminhos passados e futuros. As incertezas são grandes e conhecem atualizações constantes e nesta entrevista, feita antes de conhecidas as “novidades” da variante Omicron, Paulo Portas admite que “o mundo que gira à volta do turismo é enorme”, não percebendo “por que razão devemos dar um pontapé naquilo que nos ajuda a criar riqueza”.

Victor Jorge
Sem categoria

“Temos de ter a noção de que teremos de ser muito eficazes”

Analista, consultor, ex-governante, Paulo Portas estará no Congresso da APAVT para indicar alguns caminhos passados e futuros. As incertezas são grandes e conhecem atualizações constantes e nesta entrevista, feita antes de conhecidas as “novidades” da variante Omicron, Paulo Portas admite que “o mundo que gira à volta do turismo é enorme”, não percebendo “por que razão devemos dar um pontapé naquilo que nos ajuda a criar riqueza”.

Victor Jorge
Sobre o autor
Victor Jorge
Artigos relacionados
Vila Galé inaugura hotel em Isla Canela com olhos postos em Sevilha e Madrid
Alojamento
LATAM aumenta voos a partir de Guarulhos/São Paulo para sete destinos. Lisboa está incluída
Transportes
“Portugal Stopover” da TAP é o melhor, diz Global Traveler
Transportes
Região de Lisboa reeleita para a presidência da AG da Rota de Vinhos da Península de Setúbal
Destinos
Turismo do Algarve, Município de Lagoa e APECATE esclarecem sobre navegação nas Grutas de Benagil
Agenda
75% dos europeus preveem viajar de maio a outubro
Destinos
Johan Lundgren deixa liderança da easyJet em 2025
Aviação
Rio Grande do Sul apela aos turistas que não desmarquem, mas reagendem as suas viagens à região
Destinos
Portugal totaliza 59 praias Zero Poluição
Destinos
ESHTE celebra 33.º aniversário e anuncia novos protocolos
Emprego e Formação

Muito se tem falado na recuperação ou retoma do setor do turismo, da importância do mesmo para a economia do nosso país e o que se pode, deve e tem de fazer. Em entrevista, Paulo Portas, ex-vice-Primeiro-Ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros, jurista e empresário, dá a sua visão (crítica) relativamente a diversos temas. A começar pelo aeroporto e pelas “injustiças” cometidas contra o setor privado. Tudo isto em entrevista no âmbito do 46. Congresso da APAVT e antes de conhecidas as mais recentes novidades relacionadas à nova variante da COVID-19.

O título da sua intervenção no 46.º Congresso da APAVT é “Recuperação pós-Covid: tendências globais, europeias e nacionais – As questões do crescimento, as incertezas da retoma e o futuro da economia”. Já estamos em recuperação? E que incertezas existem ou poderão existir relativamente a essa mesma retoma no turismo?
Se compararmos 2021, como provavelmente vai terminar, com 2020, obviamente que estamos a recuperar e, felizmente, com bastante força e sustentação. É preciso termos a noção de que em 2020, o ano mais trágico de todos os pontos de vista, as dormidas, em Portugal, caíram, em hotéis, 65% face a um ano normal. Em Alojamento Local, a quebra foi de cerca 59% e mesmo em espaço rural, mais protegido, o decréscimo rondou os 35%. Por isso, comparando com 2020 estamos substancialmente melhores.

Se compararmos com o último ano normal das nossas vidas – 2019 – ainda não chegámos ao nível em que podemos dizer que recuperámos o ponto de partida.

Mas 2019 foi um ano recorde. Será que podemos bater recorde atrás de recorde?
Foi. Aliás, Portugal foi, sucessivamente, batendo recordes. 2019 é o último ano com o qual nos podemos e devemos comparar e não sou favorável a comparações deliberadamente pessimistas, porque acho que nós, como país, como setor privado, devemos ter ambição e essa é, sem dúvida, superar os anos melhores.

A verdade é que se olharmos para um bom indicador, que não é completo, mas que é bastante interessante, o tráfego dos aeroportos portugueses, fechará, tudo indica, o ano 2021 com um contributo bastante assinalável do último trimestre, portanto de outubro a dezembro, a correr manifestamente bem, fecharemos o ano entre 70 a 80% do nível de 2019.

É preciso ter a noção de que as projeções para o próximo ano, que poderíamos pensar como o ano da aterragem normal e definitiva, não são tanto assim porque apontam, se formos pessimistas, para cerca de pouco mais de 70% do nível de 2019 ou num cenário mais otimista um pouco mais de 80%. Isto porque há incertezas associadas a esta fase a que chamo transformação da pandemia em endemia. Ou seja, nós temos incertezas ainda do lado da saúde publica, porque temos incertezas relativamente à possibilidade de existência de variantes e ao peso que têm no bloqueio da sociedade no nível da não vacinação deliberada que, felizmente em Portugal, é relativamente baixo, mas que em vários países europeus, para não falar dos EUA, é altíssimo.

Quando uma parte da sociedade recusa a solução que a ciência lhe oferece para voltarmos a ter uma vida normal, isso impede os mercados e as administrações de funcionarem completamente abertos.

Temos visto países a aumentarem o número de casos, regresso de confinamentos e taxas de vacinação abaixo dos 30%.
Essa realidade é desastrosa. Todos os países europeus com menos incidência de vacinação estão a Leste. Não são todos, mas alguns são especialmente críticos. A permeabilidade dos sistemas ao negacionismo e às teorias de conspiração, esta gente que se dedica a inventar e não a trabalhar que é como estão as democracias na Europa, isso tem consequências económicas.

Em geral, devo dizer, uso sempre o conceito de assimetria para explicar as consequências económicas da pandemia. Esta pandemia é mundial, global, mas não é assimétrica. É preciso fazer esta distinção subtil, porque é muito importante. O mundo nunca esteve aberto ao mesmo tempo em todo o lado e o mundo nunca esteve fechado ao mesmo tempo em todo o lado. Isto tem consequências económicas enormes.

E mesmo atualmente ainda estamos longe dessa assimetria, 20 meses depois do início desta pandemia.
Sim, veja-se o Reino Unido e outros países europeus, a Ásia. A diferença entre a pandemia e a endemia é que na pandemia o vírus controla-nos a nós, na endemia somos nós que controlamos o vírus.

Numa, estamos sempre a fazer face ao desconhecido, na outra, habituamo-nos a gerir esta dificuldade.

O peso do turismo
Encontrei um comentário que fez a 11 de abril de 2020 [no espaço semanal na televisão] relativamente ao setor do turismo e à chamada de atenção que fez ao peso que o mesmo tinha na economia nacional. 1 em cada 5 euros que Portugal encaixava vindo do estrangeiro vinha do turismo. 20 meses depois, que turismo temos e, fundamentalmente, que turismo teremos no futuro em Portugal em termos de importância económica?
Sim, o turismo representa cerca de 20% das exportações portuguesas. É um quinto de uma economia que acelerou bastante a sua componente exportadora, felizmente, em tempos muito difíceis. Nem sempre as pessoas têm a noção de que economicamente, o turismo aparece na coluna das exportações. Parece importação de pessoas, mas é exportação de serviços.

Lembro-me do presidente da Confederação do Turismo de Portugal, Francisco Calheiros, referir, em março de 2020, que se tratava de salvar a Páscoa, em maio era salvar o verão, em outubro o Natal e o Ano-Novo, e por aí adiante. E estamos em finais de novembro de 2021 a pensar salvar 2022. Conseguiremos salvar o turismo em Portugal em 2022, apesar do que está a acontecer por esse mundo fora (novo aumento de casos, aumento dos combustíveis, instabilidades económicas, etc.)?
O turismo tem um peso especialmente relevante em países como Portugal, Espanha, Grécia, Itália, entre outros, na formação do PIB e no valor acrescentado da economia.

Tudo o que está à volta do turismo representa cerca de 20% das nossas exportações, a procura turística representa cerca de 15% do PIB e o turismo, em si mesmo, no último ano com estatísticas normais, representou quase 9% do valor acrescentado da nossa economia.

Outro “pequeno pormaior”, o turismo, entre 2018 e 2019, representava quase 450 mil empregos. É muita gente, muitas famílias, muitos jovens dependentes da atividade turística.

E quando digo atividade turística, volto à sua pergunta, sempre me pareceu óbvio que numa pandemia com esta intensidade, os setores que seriam mais afetados no tempo, ou seja, mais impactados direta e persistentemente, seriam todos aqueles que tivessem uma relação com a ideia de multidão.

Até as pessoas ganharem confiança para entrar num avião ou estarem junto com dezenas, senão milhares, num aeroporto, num hotel onde existem centenas de quartos, estarem em congressos e conferências com muitos participantes, isso depende de uma palavra que atualmente vale ouro: confiança.

Sempre me pareceu que pelo facto de em Portugal o turismo ter um peso especificamente mais forte …

Demasiado forte?
Não, acho que Portugal não tem de limitar as suas capacidades naturais nem as suas capacidades se recursos humanos.

Mas houve quem afirmasse que o turismo teria peso a mais na nossa economia.
Sim, houve. E não foi há demasiado tempo que ouvíamos meios bem-pensantes dizerem, às vezes com desdém, que havia turistas a mais. Recordo que em 2020 tivemos o custo de ter turistas a menos. De maneira que as pessoas, eventualmente, possam fazer agora uma avaliação mais justa.

Portugal tem enormes qualidades naturais, tem muito boas qualidades de recursos humanos, é um país comparativamente seguro, um país hospitaleiro, um país com um acesso e facilidade no uso das línguas estrangeiras mais natural do que outros, é um país que foi sabendo, sobretudo ao longo dos últimos 10 anos, construir uma marca do ponto de vista internacional, um país muito premiado do ponto de vista turístico. Por isso, por que razão devemos dar um pontapé naquilo que nos ajuda a criar riqueza e a superar níveis de desenvolvimento que são inferiores aos desejados?

Outros iriam agradecer?
Claro, tudo o que rejeitarmos, outros aproveitarão. Mas é preciso ter atenção que relativamente a 2022 há ainda alguns pontos de interrogação.

Para ser justo, mais uma vez, sabemos mais hoje sobre a pandemia do que sabíamos há um ano. Mas ainda não sabemos tudo. Um dos fatores que é ainda incerto tem a ver com a existência de variantes, embora a história das pandemias aponte para um número de vagas, cujos critérios de classificação vão variando, mas que durou mais ou menos o tempo que esta durou …

Influências externas
Já está a falar no passado?
Falo no sentido que estamos a fazer uma transição para a endemia. O facto de a pandemia passar a ser endemia não quer dizer que o vírus tenha desaparecido, quer apenas dizer que o sabemos controlar.

Por outro, existe uma assimetria económica por causa daquele princípio de que o mundo não está todo aberto ao mesmo tempo e não está fechado todo ao mesmo tempo.

Estamos a viver um conjunto de fatores que refletem alguma incerteza sobre o ano de 2022.

Os preços estão a subir e não é só o preço no supermercado. Tudo o que dependa dos preços da energia ou dos combustíveis, obviamente, vai refletir-se no desajustamento entre a oferta e a procura a que o mundo está a assistir.

Até as próprias cadeias de fornecimento e/ou de logística contribuem para isso?
Exato, as cadeias de fornecimento estão interrompidas em muitos casos e os prazos de entrega estão, às vezes, duplicados e os custos anormalmente altos.

Sabemos que não é um fenómeno definitivo, mas, em 2022, ainda teremos que conviver com o impacto destes fatores nas condições da oferta turística.

Na altura, defendia, igualmente, uma cooperação ou aliança entre Estado e setor privado, admitindo ser “determinante” no turismo, bem como “uma estratégia agressiva em termos internacionais”.
Não pode ser de outra maneira. Nós somos uma economia relativamente pequena, muito dependente, como é evidente, das conjunturas externas. É a única maneira de nos desenvolvermos. Não nos podemos fechar. Se nos fecharmos empobrecemos.

Em circunstâncias excecionais valem de muito pouco as receitas de manual, porque elas não são feitas para circunstâncias excecionais.

Para mim o turismo pode começar na fronteira terrestre ou na marítima, mas quando vemos a quantidade de turistas a chegar ao aeroporto, as agências de viagens, as reservas para os hotéis, os rent-a-car, os guias, a restauração que é beneficiária líquida da atividade turística. Ou seja, o mundo que gira à volta do turismo é enorme. Todo ele depende da restauração da confiança quanto à ideia de que se pode estar com mais gente num determinado local. Isso vai avançando.

Há sinais da recuperação do chamado turismo de convenções ou conferências onde sempre achei que Portugal poderia ser competitivo se fizesse o seu trabalho de casa.

Mas há um ponto de interrogação sobre um segmento muito importante: o turismo de negócios.

A pandemia gerou ou não gerou uma alteração estrutural no comportamento das empresas e quadros relativamente a viagens curtas? Portugal tem uma dependência do turismo corporativo mais elevada do que a média europeia. Aí, acho que os sinais de recuperação são mais tímidos. Alguma alteração veio para ficar.

A chamada digitalização ou transformação digital do trabalho?
É um problema de economia de meios, de poupança por parte das empresas. Os quadros poupam tempo e algumas coisas que antes eram feitas presencialmente e com uma viagem, hoje em dia serão menos feitas dessa maneira. Parece-me que alguma alteração estrutural veio para ficar. Há quem diga 20%, há quem diga que é 40%, ninguém sabe.

Mas volto a frisar que o turismo de convenções e conferências é uma das oportunidades absolutamente extraordinárias para um país que tem sol até ao fim de outubro.

O presidente do Turismo de Portugal Luís Araújo, sempre disse que era preciso manter os motores a trabalhar para que, quando fosse dado o tiro de partida, Portugal pudesse estar na linha da frente. Pergunto-lhe se Portugal está, de facto, na linha da frente comparando com os seus mais diretos concorrentes (Espanha, Itália, Grécia, Croácia, França)?
Portugal, sendo um caso genericamente semelhante a todos esses países que citou, tem circunstâncias absolutamente singulares. Os países são o que são e devem desenvolver o seu melhor. Ninguém é competitivo em todos os critérios, mas onde queremos ser competitivos, temos de ter a ambição de estar nos três primeiros da Europa.

Há muitos critérios de competitividade, mas nenhum país vai ser competitivo em todos. Mas se nós, naqueles em que queremos ser competitivos, tivermos a ambição de ser o 1.º, 2.º ou 3.º, tenho a certeza de que o modo de progresso é maior.

É mais fácil dizer no setor público que se liga a chave, do que no setor privado. Uma parte desse setor privado colapsou.

Se conseguirmos vencer as incertezas, se não tivermos hesitações quanto à 3.ª dose da vacinação, conseguiremos. Estamos a achegar ao inverno, período que já nos pregou partidas no passado, e estamos a atrasar-nos na 3.ª dose. Esta está a ser dada somente a pessoas com mais de 65 anos. Ora, a força de trabalho essencial do país está abaixo dessa idade. Temos de nos despachar nessa matéria, ser muito profissionais e, com toda a franqueza, não podemos dar um centímetro de espaço aos negacionismos e teorias da conspiração. Essa gente dá cabo das economias.

Mas disse que parte do setor privado colapsou. Pergunto, voltará a erguer-se?
Uma das grandes vantagens da economia de mercado é que nada se perde, tudo se transforma. De facto, há quem fique para trás, mas nascem outros projetos. Muitas empresas aproveitaram para fazer reestruturações, olharam para o seu modo de funcionar e tentaram melhorá-lo. O setor privado é, neste aspeto, muito mais ágil do que as administrações do Estado.

Gostaria, por exemplo, que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) fosse muito mais orientado para o setor privado, pela simples razão, e não por um critério ideológico, que 80% do emprego e da riqueza criada em Portugal é pelo setor privado.

As (várias) incertezas
Acresce-se a incerteza política que em nada vem ajudar?
Temos um Governo que está em plenitude de funções. Não ponham na cabeça que o Governo caiu ou que está em gestão. Nem caiu, nem está em gestão.

Não é boa ideia para o país defender que o Governo não pode fazer nada, porque senão perdemos um trimestre, pelo menos. E um trimestre tem valor económico.

Como não temos riqueza para perder, não nos podemos dar ao luxo de perder um trimestre ou dois.

Acho que é preciso encontrar um equilíbrio entre o que o Governo deve poder fazer, porque está em funções, e aquilo que não é aconselhável que faça por, não sendo um Governo de gestão, ser em todo o caso um Governo que transita para um futuro Executivo seja ele qual for.

Mas não se deve nem pode defender que a Administração fique parada.

Não nos podemos esquecer que o PRR tem um prazo de execução curto e não podemos andar a deitar trimestres ou semestres pela janela ou que não o executamos em tempo. Não há tempo para prolongamento.

E é preciso não esquecer que isto acontece uma vez, não há segundas nem terceiras hipóteses, não há nenhum tesouro europeu. Apesar das dificuldades próprias do sistema político democrático, temos de ter a noção de que teremos de ser muito eficazes.

Quando falamos de turismo, 2020 e 2021 teve no turismo interno um eixo essencial.
Sim, de facto, ganhámos alguma intensidade no mercado ou turismo interno e eventualmente, alguma dela, não toda, perdure. Não toda, mas alguma.

E temos os mercados de proximidade que, ao contrário, dos transatlânticos assumem uma importância nos tempos mais próximos?
Sabemos, atualmente, do que dependemos. Isso não tem ciência. Se porventura, houvesse uma circunstância em que Reino Unido, Espanha, Alemanha, França estivessem fechados ao mesmo tempo, seria dramático.

Sabemos todos que dependemos desses mercados e que é preciso um esforço enorme para diversificar. Sabemos onde podemos crescer. Onde é? Em mercados que estão a crescer sustentadamente acima do crescimento global e que está a criar novas classes médias.

Incertezas TAP e aeroporto
É impossível falar em turismo, ou melhor, crescimento do turismo em Portugal sem abordar certas e determinadas infraestruturas como, por exemplo, o novo aeroporto para a área de Lisboa?
Não consigo entender a hesitação sobre o novo aeroporto. Sou favorável, como sempre fui, por economia de meios e porque a nossa divida é o que é, à solução Portela +1 e não consigo entender a exaustão de tempo que tudo isto tem demorado.

Naturalmente que agora haverá argumentos para o conforto, com a justificação de que só iremos recuperar em 2023 ou 2024.

Mas o aeroporto não se constrói em um ou dois anos?
Mesmo por isso, não podemos esperar. Sendo evidente que a Portela já estava a atingir um ponto de limite. Pode fazer obras, aumenta-se esse limite …

Há quem diga que esse limite já foi atingido em 2019?
Com as obras aumentaria, porque é sobretudo um problema de espaço para os aviões.

Não temos recursos para fazer um completamente novo, porque isso é muitíssimo mais caro.

Quando fala de novo, refere-se a Alcochete?
Seja o que for, um completamente novo, de raiz. A nossa dívida é quase 135% do PIB e é preciso que tenhamos a noção de que este problema virá ter connosco.

Basta que se verifique uma alteração na economia internacional, tendencial, que já se começa a notar, com os juros a não ficarem a zero nem neutrais.

Sou muito pragmático: preciso de mais infraestrutura aeroportuária? Sim! Tenho capacidade para fazer um aeroporto de raiz, novo? Gostaria de ter, mas não tenho! Há uma hipótese de o fazer? Sim! Então porque não começa?

Acho que o raciocínio é tão lógico que faz confusão.

Acredita nas datas avançadas pelo ‘chairman’ da ANA no Dia Mundial do Turismo ao dizer que teremos aeroporto em 2035 ou 2040?
Isso é estrita responsabilidade do decisor político. Ora decide-se, ora não se decide, ora são os ambientalistas, ora são os municípios, ora são os lobbies, ora são as pressões para que se construa noutro lado e com outros meios.

Sabe que há coisas que são difíceis de decidir, agora a equação é tão evidente: preciso, não tenho meios para fazer um completamente novo, tenho uma hipótese de fazer um que é complementar, era por aí que ia.

Fico baralhado com tudo isto, porque já sou pela solução Portela +1 há muitos anos. Este debate não começou ontem e é evidente que os atrasos têm como consequência aumentar a pressão para um aeroporto completamente novo.

Que vai adiar ainda mais a sua conclusão?
E, sobretudo, olhem para os custos. Somos a 3.ª maior dívida da UE.

Falar de turismo também é falar da TAP. Como vê a solução para a companhia nacional?
Há muitas coisas para além da TAP. O que me preocupa mais no caso do ano turístico que aí vem são os preços.

A aproximação que tenho da realidade é que, por exemplo, em viagens de curta duração de negócios, o preço está a duplicar.

Pessoas vs digital
E saída do capital humano do setor do turismo. Em sua opinião, quem saiu, irá regressar ao setor?
Ainda não voltou toda a gente. O turismo é um setor que em condições normais é crescente. Isto depende muito da resiliência das empresas e também da estabilidade e do prolongamento dos programas de apoio.

Sempre achei que os programas de apoio para o setor do turismo deveriam ser muito mais prolongados que para os outros setores.

A radicalidade do impacto é completamente diferente. Imagine-se o ano económico de um hotel que perde 2/3 dos clientes? O que é que isso significa em termos de recursos humanos, custos de manutenção, etc..

Há dois temas reforçados com a pandemia: sustentabilidade e digitalização. Portugal tem capacidade para se tornar num destino turístico interessante do ponto de vista sustentável aos olhos do turista internacional?
Acho que está entre os que demonstram maior capacidade. Sabe que desconfio muito da retórica dos grupos de protesto. O problema essencial da descarbonização não está na Europa. Saibamos olhar para os dados e em vez de convocar manifestações a protestar contra os europeus, talvez fosse mais útil, interessante e mais verdadeiro protestar com quem tem realmente responsabilidades muito sérias no agravamento na questão do carbono. E onde é que estão essas responsabilidades? Estão essencialmente na China, Índia, em parte ainda nos EUA, embora com melhorias.

Falamos do clima, protestar contra todos e culpar aqueles que mais se esforçaram para melhorar as coisas não me parece razoável. Ora, Portugal está na Europa, é um país que se soubermos proteger o nosso património, se soubermos proteger a nossa memória e a nossa história, se formos muito profissionais na formação dos quadros e dos colaboradores, se toda a gente quiser fazer mais e melhor o seu trabalho, teremos tudo para vencer.

No que diz respeito à digitalização, o maior problema está na Administração Pública. Se se vai investir milhares de milhões de euros na digitalização da Administração Pública, gostaria de ter resposta a uma questão que nunca ouvi ser levantada: e quantos processos é que isso simplificará para o cidadão que é cliente? E quantas pessoas serão necessárias?

A digitalização da Administração Pública é uma verdadeira transformação ou é um upgrade informático? E se é uma verdadeira transformação, têm de me dizer quanto tempo é que isso vai poupar?

O setor das agências de viagens foi um dos mais afetados dentro do todo do turismo?
Sobretudo, porque hoje em dia tem uma concorrência chamada digital.

Que caminho é que este setor terá de tomar?
Terá de ser um caminho paralelo à retoma ou recuperação como um todo, com as suas limitações e vantagens.

Penso que, no final da etapa da transição da pandemia em endemia, as pessoas voltarão a viajar e precisam do turismo. É evidente que algumas empresas terão ficado pelo caminho, outras reestruturaram-se, enfrentam hoje em dia um instrumento poderoso do ponto de vista de concorrência que são as reservas digitais, autónomas do sistema. Mas têm, a meu ver, um ‘plus’ na relação de confiança que não existe noutras alternativas.

É uma questão de confiança e personalização do serviço?
Continuo a reservar as minhas viagens por agência. Sabe porquê? Porque confio nas pessoas, não sei se confio no algoritmo.

E do lado do consumidor, houve ou registar-se-á uma alteração muito profunda?
Depende. O consumidor escolherá sempre a solução que lhe seja mais económica e favorável.

Como as viagens implicam muitas coisas ao mesmo tempo, sobretudo há que não ter surpresas e ter solução para as resolver. E nisso, as agências dão garantias.

Que Portugal teremos a nível turístico no final desta pandemia?
Os dados apontam para uma recuperação em 2023, mas esses dados são voláteis. Gostaria que 2022 já fosse um ano de recuperação completa face a 2019. Provavelmente haverá um défice, mas também é preciso dizer que 2021 teve mais recuperação do que muitos estimavam, sobretudo por causa do último trimestre.

É sempre um problema de expectativas. A transição de uma pandemia para endemia é, em si mesmo, um triunfo. Sei que há muitos críticos do capitalismo, da economia de mercado, dos privados. Mas coloco a seguinte questão: quem é que chegou às vacinas? Foi ou não a indústria privada em conjunto com a ciência pública e privada? Talvez sermos um pouco mais justos também ajudaria.

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
Artigos relacionados
Vila Galé inaugura hotel em Isla Canela com olhos postos em Sevilha e Madrid
Alojamento
LATAM aumenta voos a partir de Guarulhos/São Paulo para sete destinos. Lisboa está incluída
Transportes
“Portugal Stopover” da TAP é o melhor, diz Global Traveler
Transportes
Região de Lisboa reeleita para a presidência da AG da Rota de Vinhos da Península de Setúbal
Destinos
Turismo do Algarve, Município de Lagoa e APECATE esclarecem sobre navegação nas Grutas de Benagil
Agenda
75% dos europeus preveem viajar de maio a outubro
Destinos
Johan Lundgren deixa liderança da easyJet em 2025
Aviação
Rio Grande do Sul apela aos turistas que não desmarquem, mas reagendem as suas viagens à região
Destinos
Portugal totaliza 59 praias Zero Poluição
Destinos
ESHTE celebra 33.º aniversário e anuncia novos protocolos
Emprego e Formação
PUB
Destinos

“Não podemos ir atrás do preço, mas sim da qualidade”

O almoço com o presidente da Câmara Municipal de Sintra, Basílio Horta, decorreu no Hotel NH Sintra Centro. A finalizar o segundo e último mandato, o presidente da vila histórica admite que “o turismo tem duas vertentes indissociáveis: a económica e a cultural”. Em qualquer uma, segundo Basílio Horta, “só poderá haver um vencedor: Portugal”.

Victor Jorge

A história política de Basílio Horta começa bem antes de ter dado entrada no Largo Dr. Virgílio Horta, morada oficial da Câmara Municipal de Sintra. Nestas “Conversas com o Presidente” do jornal Publituris, o objetivo não era, contudo, recuar tanto no tempo, mas focar a conversa agradável durante o almoço no tema do Turismo e como este é visto por quem lidera os destinos da Câmara Municipal de Sintra, vila que, com os seus quase 400.000 habitantes, segundo o últimos Censos (2022), representando 13,37% do total metropolitano e 19,82% do total da Grande Lisboa, se espalha por perto de 320 quilómetros quadrados, e é um dos pontos obrigatórios de visita a residentes e não residentes de e em Portugal.

E o tema Turismo começou por ser, desde logo, visto por dois prismas – o económico e o cultural – ambos considerados de “vital importância”, mas que terão de ter um denominador comum: Portugal.

“O turismo é, desde sempre, caracterizado por um enorme dinamismo e força agregadora”, refere Basílio Horta, salientando que “são várias as atividades económicas que estão associadas ao turismo”. Por isso, frisa, “só por este lado, o setor do turismo tem um papel importantíssimo no desenvolvimento económico da localidade, da região e do país”.

Mas, ao mesmo tempo, em concelhos como o de Sintra, e em outros também, a dimensão cultural é “enorme”. “Sintra tem uma oferta cultural muito grande e de altíssima qualidade histórica. Basta a sua serra, que é realmente um património da humanidade, à qual juntamos a tradição, a história, os palácios, os monumentos, as quintas, as praias maravilhosas, para Sintra ter uma oferta muito diversificada e de alta qualidade”. No fundo, segundo Basílio Horta, “uma oferta turística que interessa ao país e que responde, cada vez mais, ao objetivo de captar o turismo de valor acrescentado”.

O turismo é, desde sempre, caracterizado por um enorme dinamismo e força agregadora

E quem passa por Sintra, admite, “é um turista muito desenvolvido culturalmente e isso, por norma, significa visitantes com rendimento mais elevado e com maior capacidade para gastar no local, que sabe muito bem o que quer e gosta. E aqui em Sintra encontra, de facto, algo que não encontra noutros sítios”.

Um problema chamado mobilidade
Para o presidente da Câmara, além das praias, onde apesar da água mais fria, “o turista gosta de estar em contacto com o Atlântico, de estar à vontade na praia, mas ao mesmo tempo gosta de visitar museus e palácios únicos como o Palácio da Pena ou a Regaleira. Ou seja, é um turismo que não é de massas”.

Apesar de caracterizar o turismo em Sintra como não sendo de massas, há, no entanto, a questão de saber como é que os próprios locais encaram este fenómeno. Aí Basílio Horta divide a população de Sintra entre a que vive nas zonas históricas e a restantes, já que se trata, efetivamente, de um concelho enorme. Nas zonas históricas, admite que o turismo é acolhido com “alguma preocupação óbvia”, uma vez que, quem mora em Sintra, escolheu Sintra “por razões específicas de alguma intimidade, de alguma qualidade”, fazendo referência, por exemplo à Regaleira que, em 2023, teve mais de um milhão de visitantes.

Mas Sintra foi visitada por mais de cinco milhões de pessoas no ano passado, o que é “um número considerável”, embora saliente que os números pré-Covid ainda não foram atingidos.

Neste aspeto, a mobilidade, principalmente, na vila histórica é “um dos problemas a considerar e que dificulta demasiado a vida a quem vive e quem quer visitar Sintra. É uma questão, por mais que queremos resolver, não é fácil e terá sempre impactos indesejáveis, dependente de quem analisa a situação”. Contudo, sabendo que não será no mandato que termina em 2025 que esta situação se resolverá, Basílio Horta considera que este “este ordenamento terá de ser feito, mas de forma planeada, uma vez que poder-se-á tomar decisões irreversíveis e que prejudicarão todos”.

“Chegar a Sintra é fácil, com as atuais vias de acesso. O problema começa quando nos queremos mover dentro da vila”, frisando o presidente da Câmara que, “para os autocarros turísticos esta é uma grande dor de cabeça”.

Basílio Horta, presidente da Câmara Municipal de Sintra
Foto: Frame It

Para alojar os milhões de turistas que passam anualmente por Sintra é preciso, também, existir uma oferta hoteleira que, por altura da tomada de posse de Basílio Horta, em 2013, não era inaugurado um novo hotel há cerca de 30 anos. “Sintra era, de facto, visto como um local de passagem, algo que mudou drasticamente nos últimos tempos. Agora, é um local para se ficar. Há uma maior e melhor oferta hoteleira e com o fenómeno do Alojamento Local verificou-se, de facto, uma maior apetência por parte dos visitantes em ficar em Sintra”, refere Basílio Horta, admitindo que “passou a haver uma forma diferente de fazer oferta turística”.

Sintra tem uma oferta turística que interessa ao país e que responde, cada vez mais, ao objetivo de captar o turismo de valor acrescentado

O presidente da Câmara não se foca, contudo, somente em Sintra, já que “à volta, nas outras freguesias, existe uma oferta muito variada e desconhecida, embora reconheça que existe alguma ‘timidez’ em visitar certos e determinados locais”.

Outro dos pontos destacados por Basílio Horta é o facto do concelho ser um dos maiores em número de licenciamentos de moradias, salientando que “continua a haver um crescimento enorme de licenciamentos, o que demonstra que, quem vem visita Sintra, também pretende morar aqui”, contrariando, um pouco, a história de habitação massiva. “Em 70 quilómetros quadrados, temos 300 mil pessoas. Hoje, não é esse modelo de desenvolvimento que queremos para Sintra”.

Empresas não trazem só negócio
Mas não é somente a parte populacional e habitacional que Basílio Horte destaca. “Há também um grande desenvolvimento empresarial. Nós na Derrama [taxa que incide sobre o lucro tributável das pessoas coletivas, sendo fixada anualmente, pelos municípios, no valor máximo de 1,5%] tivemos um aumento enorme desde 2013. Passámos de pouco mais de três milhões de euros, em 2013, para 14 milhões nos dias de hoje”, revela o presidente da Câmara. “Isto é um reflexo da implantação de muitas empresas no concelho, o que leva a mais alojamento, mais hotelaria, mais serviços”.

Outros dos aspetos no qual Sintra tem registado uma forte evolução é no ensino universitário, com vários pólos a instalarem-se no concelho, casos do ISCTE e da Faculdade de Medicina, bem como a Base Aérea N.º 1, localizada na Granja do Marquês, próximo da Serra de Sintra. “Tudo isto traz valor a Sintra e é visível uma mudança qualitativa muito grande no concelho”, admitindo Basílio Horta que “esta mudança vai aprofundar-se no futuro”.

Qualidade, qualidade, qualidade
Regressando ao turismo, as visitas a Sintra têm no mercado nacional uma forte componente, crescente desde a pandemia, mas é no mercado internacional, com maior poder de compra e gasto, que Basílio Horta incide o destaque. “Cada vez mais espanhóis, brasileiros, árabes, ingleses, bem como norte-americanos, mercado de grande importância, nos visitam, mas também o mercado asiático, embora ainda se mantenha muito fechado, estão a procurar os encantos de Sintra e isso reflete-se na ocupação dos hotéis que tem vindo a crescer”.

Daí coloca-se a questão: e que desafios são colocados ao turismo em Sintra para o futuro? A resposta sai rápida e assertiva: “não só manter, mas aumentar a qualidade da nossa oferta. Não podemos ir atrás do preço, mas sim da qualidade. Só isso nos poderá diferenciar”, frisando que essa qualidade não pode ser limitada à oferta hoteleira, mas, também, “à manutenção dos nossos monumentos”. “E o turismo não pode ser de tal maneira intenso que acabe por deteriorar a oferta turística, porque isso seria gravíssimo e prejudicial a todos”, considera.

Além dos monumentos, Basílio Horta refere, igualmente, a importância da Parques de Sintra que “está sempre entre os melhores do mundo no que diz respeito à conservação”, frisando que a Parques de Sintra – Monte da Lua “é um parceiro indispensável da Câmara”.

Foto: Frame It

O “eu” Basílio
A nível pessoal, se houve algo que nunca passou pela cabeça de Basílio Horta foi ser presidente da Câmara de Sintra. “Fui praticamente tudo o que um político pode ser: deputado, ministro, embaixador, magistrado do Ministério Público, diretor-geral da Confederação da Indústria Portuguesa, presidente da AICEP, professor, mas presidente de Câmara foi algo que nunca me passou pela cabeça vir a ser”, admitindo, contudo, que “não queria acabar a minha carreira política sem ter uma experiência de autarca”.

Sou viajante que gosta de bons hotéis, bons restaurantes e bons museus. Deem-me estas três componente e sou um turista feliz

Passando do autarca para o turista, Basílio Horta identifica-se como um “viajante que gosta de bons hotéis, bons restaurantes e bons museus. Deem-me estas três componente e sou um turista feliz”.

Daí impor-se a pergunta, qual o melhor hotel, restaurante e museu que visitou? Nos hotéis, o destaque vai para o Hotel Hassler, em Roma; nos restaurantes a Casa Nicolasa, em San Sebastian; enquanto nos museus a resposta é tripartida: Hermitage, em São Petersburgo; Louvre, em Paris; e Prado, em Madrid.

Para finalizar a conversa realizada no Hotel NH Sintra Centro, a viagem que falta fazer: Antártida, considerado um “destino ímpar, de difícil realização, mas que poderá ainda acontecer”.

Quanto a conselhos, não o de Sintra, mas ao sucessor que sairá das eleições autárquicas de setembro/outubro de 2025, Basílio Horta é lacónico: “O meu sucessor não precisa dos meus conselhos e, seguramente, fará melhor do que eu”.

Um olhar para Sintra

O almoço com o presidente da Câmara Municipal de Sintra, Basílio Horta, realizou-se no NH Sintra Centro. Localizado no centro de Sintra, o hotel de quatro estrelas NH Sintra Centro, anteriormente Tivoli Sintra, fica a apenas a uma curta distância dos mais famosos monumentos e palácios históricos de Sintra. Situado no centro da vila, junto ao Palácio Nacional de Sintra, e localizado entre a Serra de Sintra e o mar, o hotel não poderia ter uma melhor localização para explorar a cidade considerada património mundial da UNESCO.

Entre as atrações mais próximas, é possível visitar o Palácio da Pena e o Palácio de Monserrate. A partir da varanda do lobby do hotel, é possível avistar o Castelo dos Mouros, a Quinta da Regaleira e, num dia de sol, consegue-se até ver o mar.

Com 77 espaçosos quartos, espalhados por oito andares, todos os quartos foram renovados em 2023, dispondo de varandas ou de terraços com vistas deslumbrantes. Estão disponíveis quartos comunicantes, quartos adaptados e suites.

A ementa do almoço oferecido pelo Hotel NH Sintra Centro:
Entradas: Carro de acepipes
Prato principal: Arroz de peixes da nossa costa
Sobremesa: Pêra bêbeda e Arroz-doce
Vinho: Esporão Reserva Branco 2022

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
Destinos

“Vê-se mesmo que são do Norte” ganha bronze nos New York Festivals

A mais recente campanha do Turismo do Porto e Norte “Vê-se mesmo que são do Norte” foi premiada com bronze nos New York Festivals TV & Film Awards, na categoria Filmes de Turismo.

Publituris

“Esta campanha é a prova de que realmente há muito para ver no Porto e Norte de Portugal”, diz Luís Pedro Martins, presidente do Turismo Porto e Norte de Portugal (TPNP), a propósito do prémio (bronze) ganho pela mais recente campanha do Turismo do Porto e Norte “Vê-se mesmo que são do Norte” nos New York Festivals TV & Film Awards, na categoria Filmes de Turismo.

“Este é um destino com paisagens inigualáveis, gastronomia única e uma enorme riqueza cultural. Mas o que realmente faz a diferença é a autenticidade e generosidade das gentes do Norte. São as pessoas que transformam o Porto e Norte num destino memorável”,  afirma Luís Pedro Martins, presidente do TPNP, lembrando que vários são os filmes promocionais lançados pela organização que têm merecido diversos prémios internacionais.

O filme tem assinatura da CAETSU TWO e é produzido pela LOBBY PRODUCTIONS. Conta, também, com a voz-off de Pedro Abrunhosa. Os vencedores foram anunciados no evento digital Storytellers Gala, que distingue as melhores marcas e contadores de histórias de todo o mundo.

O filme foi apresentado publicamente em simultâneo com a nova marca do Turismo do Porto e Norte, que remete para a origem e o original da região, para a fundação da nação e para todo o património único, material e imaterial, transversal aos quatro subdestinos, que, distinguindo-se pelas suas especificidades, formam um todo indivisível.

Além do prémio, a campanha “Vê-se mesmo que são do Norte” também garantiu pontos para o Ranking CIFFT, que reúne os vídeos e campanhas turísticas mais premiados do ano e é responsável por consagrar os Melhores Filmes de Turismo do Mundo.

Com um painel composto por produtores executivos premiados, jornalistas, realizadores de documentários, diretores e argumentistas de duas dezenas de países, os New York Festivals TV & Film Awards celebraram as narrativas inovadoras e a diversidade de conteúdos criados por contadores de histórias visionários, para audiências globais, em todas as plataformas de visualização.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

MotoGP em Portimão traz cerca de 87M€ para o Algarve

A realização do Moto GP no Autódromo do Algarve, em Portimão, que decorreu entre 22 e 24 de março deste ano, teve um impacto financeiro estimado entre 75 milhões e 87 milhões de euros.

Publituris

Desta forma, foram superadas “as expetativas prévias” para este evento, bem como o teto de 79 milhões de euros verificado na edição do ano passado, como o Visit Algarve indica em nota de imprensa.

As receitas diretas deste evento do Moto GP superaram os 24,7 milhões de euros na hotelaria, somados entre os 21,3 milhões de euros gastos pelos espetadores e os 3,5 milhões de euros dispendidos pela organização e pelos participantes. Já o setor de alimentação e bebidas arrecadou 9,4 milhões de euros com o evento.

De acordo com as mesmas estimativas, as rent-a-car alcançaram três milhões de euros em alugueres a espetadores e aos elementos das estruturas da organização e das equipas do Moto GP, ao passo que as passagens aéreas para o Aeroporto Gago Coutinho representaram mais de dois milhões de euros.

“A realização do Moto GP no Autódromo do Algarve, a única estrutura em Portugal credenciada para as maiores provas mundiais de velocidade, traduz-se num ganho extraordinário para a visibilidade da região e para a prosperidade da sua economia fora da época alta. Os benefícios estendem-se a todo o país, não só pela receita arrecadada pelos cofres do Estado central, designadamente por via fiscal, mas também pelo acréscimo de notoriedade que traz à marca Portugal”, afirma André Gomes, presidente do Turismo do Algarve, em nota de imprensa.

No mesmo documento afirma que “do mesmo modo que a Web Summit e a Jornada Mundial da Juventude transmitiram a imagem de um país seguro, acolhedor e preparado para os grandes eventos, também a edição portuguesa do Moto GP eleva o prestígio do país perante turistas e organizadores dos grandes eventos”.

A entidade Visit Algarve congratula-se por ter vindo a conseguir “captar grandes provas internacionais fora do período de época alta, como já tinha ocorrido na Volta ao Algarve em Bicicleta, potenciando assim o esbatimento da sazonalidade”. Para isso, dá como exemplo o facto de em março “nunca se ter verificado uma ocupação hoteleira tão intensa, com crescimento a dois dígitos tanto face a 2022 como a 2019”.

“A calendarização do Moto GP é também um fator de produção potencial de riqueza para a região ao colocar o Algarve no radar mundial a dois meses do início do verão no hemisfério norte, altura tradicional de férias das famílias”, conclui André Gomes, antevendo assim a captação de novos turistas para o Algarve também para o período entre junho e setembro.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Agências

Top Atlântico promove campanha para as viagens de verão

Com a campanha “Não seja o último a marcar as férias”, a Top Atlântico disponibiliza promoções em viagens para os destinos de férias de praia mais escolhidos pelos portugueses, incentivando a que se evitem as marcações de “última hora”.

Publituris

A Top Atlântico tem vindo a dinamizar a campanha “Não seja o último a marcar as férias”, com promoções para os destinos de férias de praia mais desejados pelos portugueses. Adicionalmente, a agência de viagens possibilita a sinalização de apenas 15% do valor da viagem.

Com esta campanha, a Top Atlântico pretende “salvar as férias de quem se atrasou na sua marcação”, como refere em nota de imprensa, garantindo “condições mais vantajosas”.

Como a agência de viagens explica, “este ano a procura generalizada de férias deixou alguns destinos de verão em operação charter com menos lugares disponíveis em abril, pelo que se pretende encontrar preços acessíveis para as datas mais concorridas”. Por essa razão, a Top Atlântico aconselha os viajantes a “não deixar [as marcações] para a última hora, pois os preços poderão já não ser tão simpáticos e os lugares podem já não existir”.

Nesta campanha, os destinos de sol e praia são os que têm mais destaque. As Caraíbas, nomeadamente o México, República Dominicana e Cuba apresentam preços por pessoa desde os 997 euros. Já o Porto Santo está disponível desde 560 euros e Cabo Verde a partir de 875 euros. Estão também disponíveis “praias em destinos diferentes do habitual” como é o caso da Albânia, desde 1159 euros por pessoa. Sob esta campanha, os clientes podem sinalizar as viagens com 15%, pagando o restante mais tarde, em produto selecionado.

As reservas podem ser realizadas de 15 a 29 de abril, numa das agências Top Atlântico de norte a sul do país e ilhas, nem como online, em www.topatlantico.pt.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Distribuição

Jolidey chama atenção para os requisitos de entrada em Cuba e República Dominicana

O operador turístico Jolidey chama atenção aos seus passageiros para os requisitos de entrada em Cuba e na República Dominicana.

Publituris

A Jolidey informa que para entrar em Cuba e na República Dominicana, os passageiros terão de preencher um formulário digital de serviços migratórios, sanitários e de alfândega até ao momento de se apresentar no balcão do check-in, em Lisboa.

Refira-se que o formulário, de acordo com nota do operador turístico pode ser preenchido a partir de 48 horas antes da chegada à República Dominicana e 72 horas antes no caso de Cuba. Uma vez preenchido, irá gerar um código QR que o passageiro deverá guardar para apresentar no departamento de imigração ao chegar ao destino (poderá levar o documento impresso ou em formato digital).

No caso de viagem em família, o passageiro deve preencher um formulário por cada membro que viaja. Para as crianças, no caso de Cuba, deve preencher-se também um formulário individual com toda a informação requerida, enquanto, no caso da República Dominicana, menores de 18 anos estão dispensados de preencher o formulário.

Para a República Dominicana o site é: https://eticket.migracion.gob.do, enquanto para Cuba é: https://dviajeros.mitrans.gob.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos

Foto: Victor Machado (Bluepeach)

Destinos

CTP aprova ministro da Economia mas pede que seja dada “prioridade ao Turismo”

A Confederação do Turismo de Portugal (CTP) considera que Pedro Reis, ministro da Economia que toma posse esta terça-feira, 2 de abril é “uma pessoa que irá seguramente exercer bem as suas funções, devendo dar máxima atenção ao Turismo e aos vários temas estratégicos que lhe estão subjacentes”.

Publituris

A Confederação do Turismo de Portugal (CTP) reagiu quinta-feira, 28 de março, à composição do novo governo e considera que Pedro Reis é uma boa escolha para liderar o Ministério da Economia, mas pede que seja dada “prioridade ao Turismo”, uma vez esta atividade económica é o “motor da economia portuguesa”.

Num comunicado divulgado logo após ser conhecida a composição do governo que toma posse esta terça-feira, 2 de abril, a CTP veio pedir ao novo executivo que dê “mais atenção à economia e às empresas, dando nomeadamente prioridade ao Turismo, sendo esta uma atividade económica que é motor da economia portuguesa”.

A CTP espera também que “exista, por parte do Governo, um reforço da importância e do papel da Concertação Social no âmbito de várias medidas estruturantes que são necessárias implementar”.

Em relação à escolha de Pedro Reis para liderar o Ministério da Economia, a CTP considera que se trata de “uma pessoa que irá seguramente exercer bem as suas funções, devendo dar máxima atenção ao Turismo e aos vários temas estratégicos que lhe estão subjacentes”.

“A Confederação do Turismo de Portugal mais do que pessoas, comenta políticas. Assim sendo, o que esperamos do novo Ministro da Economia e do Governo é que se dê grande atenção ao Turismo, nomeadamente a questões prioritárias como são, por exemplo, os apoios à consolidação e internacionalização das empresas; a transformação digital; a falta de mão de obra; a privatização da TAP e obviamente a decisão sobre o novo aeroporto”, acrescenta Francisco Calheiros, presidente da CTP.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

Gastos com viagens e férias somam 3,7 biliões de euros nos últimos cinco anos

Depois de em 2020 e 2021 os gastos em viagens e férias terem somado, acumulado, perto de 780 mil milhões de euros, os mais baixos de sempre, uma análise recente dá conta que nos últimos cinco anos, os gastos somaram quase 4 biliões de euros.

Victor Jorge

Antes da pandemia da COVID-19, o setor do turismo global tinha registado um crescimento quase ininterrupto durante décadas, com centenas de milhares de milhões de dólares gastos em hotéis, cruzeiros, alugueres de férias e pacotes de férias. Isso mudou em 2020 e 2021, os anos que trouxeram a maior queda de receitas que este mercado já tinha visto.

De acordo com o Statista Market Insights, entre 2018 e 2023, as pessoas em todo o mundo gastaram 3,95 biliões de dólares (cerca de 3,7 biliões de euros) em férias e viagens. Esse número é ainda mais interessante considerando que mais de 840 mil milhões de dólares (perto de 780 mil milhões de euros) foram gastos em 2020 e 2021, quando o mercado estava em baixa.

Em 2024, segundo dados publicados pela Stocklytics, com base em números da Statista, espera-se que as receitas globais das viagens e do turismo aumentem 8,3% e atinjam quase 930 mil milhões de dólares (cerca de 860 mil milhões de euros), o valor mais elevado da história do mercado, indicando os autores desta análise que “os valores acumulados dos últimos cinco anos são ainda mais impressionantes”.

Hotéis representam quase 50% dos gastos
As estatísticas mostram que os hotéis ganharam muito mais dinheiro do que qualquer outro segmento de mercado nos últimos cinco anos. Desde 2018, as pessoas em todo o mundo gastaram mais de 1,85 biliões de dólares (mais de 1,7 biliões de euros) em férias em hotéis, quase 45% mais do que em pacotes de férias e mais do que em campismo, cruzeiros e alugueres de férias combinados.

As férias organizadas foram classificadas como o segundo maior fluxo de receitas, com 1,28 biliões de dólares (perto de 1,2 biliões de euros) em despesas nestes últimos cinco anos. Como terceiro maior fluxo de receitas, o aluguer de férias registou apenas um terço desse valor, ou seja, 448 mil milhões de dólares (cerca de 415 mil milhões de euros) nos últimos cinco anos, seguindo-se o campismo e os cruzeiros, com 240 mil milhões de dólares e 113 mil milhões de dólares de receitas (222 mil milhões de euros e 105 mil milhões de euros), respetivamente.

Europeus mais gastadores
A análise da Statista também mostra que os europeus são de longe os que mais gastam em férias e viagens. Entre 2018 e 2023, os residentes do velho continente gastaram 1,2 biliões de dólares (mais de 1,1 biliões de euros) em férias e viagens, quase 40% mais do que os americanos e duas vezes mais do que os chineses.

Os americanos foram a única nação próxima dos europeus em termos de despesa total, com 917,7 mil milhões de dólares (perto dos 850 mil milhões de euros) gastos em férias e viagens desde 2018. A China, a segunda maior nação do mundo, está muito abaixo destes valores, mostrando as estatísticas que os chineses gastaram 666 mil milhões de dólares (cerca de 615 mil milhões de euros) em viagens e férias nos últimos cinco anos, quase 30% menos do que os americanos e quase duas vezes menos do que os europeus.

Foto: Depositphotos.com
Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
Meeting Industry

Francisco Calheiros reitera não se “esquecer” das promessas feitas antes das eleições

O presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP) marcou presença no XX Congresso da ADHP, que este ano decorre no Centro de Congressos de Aveiro de 21 a 22 de março.

Carla Nunes

Na sessão de abertura do XX Congresso da ADHP – Associação dos Diretores de Hotéis de Portugal, o presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), Francisco Calheiros, lembrou que a confederação não está esquecida das promessas feitas antes das eleições, já que “os dois principais candidatos a primeiro-ministro prometeram antes das eleições, em almoços organizados pela CTP, que a decisão do aeroporto era uma prioridade e que seria a primeira decisão a tomar”.

Desta forma, o presidente da CTP urge a que “se cumpra a palavra dada”, uma vez que o relatório final da Comissão Técnica Independente “está fechado e entregue”.

“Não nego que estou preocupado com a governabilidade do país, mas espero que exista uma solução o mais estável possível”, afirma Francisco Calheiros.

O presidente da CTP frisa que “o país em geral e o turismo precisam de estabilidade política para que sejam tomadas várias medidas necessárias ao desenvolvimento da atividade [turística]”. Nesse sentido, elenca como principais prioridades “o novo aeroporto, uma decisão para a TAP, o investimento na ferrovia, os apoios à consolidação e internacionalização das empresas e uma reforma fiscal”.

Outra das prioridades para Francisco Calheiros passa pela criação de “um Ministério para o turismo ou, no mínimo, uma Secretaria de Estado exclusiva para o turismo”.

“O futuro da hotelaria e turismo depende de muitas destas decisões políticas, mas requer também uma combinação entre a inovação tecnológica, a resposta às mudanças das preferências dos consumidores, assim como preocupações com a sustentabilidade e segurança”, afirma o presidente da CTP.

Presidente da ADHP aponta para “ausência de reconhecimento e valorização das profissões”

Também Fernando Garrido, presidente da ADHP – Associação dos Diretores de Hotéis de Portugal, frisou na sessão de abertura do congresso desta associação que “num momento em que se inicia um novo ciclo político, não podemos continuar a esconder-nos e a adiar a resolução dos problemas existentes no setor”, referindo-se a questões como o aeroporto de Lisboa, a ferrovia de alta velocidade e o reconhecimento das profissões e respetivos profissionais.

“A valorização e reconhecimento dos recursos humanos é o chavão de todos os governos, mas pouco ou nada se avança. Continuamos com uma legislação laboral completamente desajustada aos interesses dos próprios colaboradores, com a ausência de reconhecimento e valorização das profissões, tanto para os colaboradores como para as empresas”, frisou Fernando Garrido, que lembrou que “a contratação dos profissionais hoteleiros continua assente sobre categorias profissionais inexistentes”.

Francisco Calheiros lembrou ainda que “o turismo resiste como o motor da economia portuguesa e como um dos setores que mais contribui para o país”, apontando para os 30 milhões de hóspedes registados em 2023, que resultaram em mais de 77 milhões de dormidas e em receitas turísticas superiores a 25 mil milhões de euros.

“A avaliar pelos dados disponíveis para a Páscoa podemos mesmo esperar um bom ano turístico. É certo que as tarifas subiram por causa da inflação e do aumento dos custos para as empresas, mas isto não demoveu os turistas, sobretudo os portugueses e espanhóis”, afirma, indicando que as reservas para o próximo fim-de-semana pascal apontam para ocupações entre os 80% e os 100%.

O XX Congresso da ADHP decorre até esta sexta-feira, 22 de março, no Centro de Congressos de Aveiro.

Sobre o autorCarla Nunes

Carla Nunes

Mais artigos
Aviação

PLAY Airlines vai voar entre a Madeira e a Islândia a partir de outubro

A PLAY AIrlines vai abrir uma nova rota em Portugal, passando a voar também entre a Madeira e a Islândia a partir de 15 de outubro, com um voo por semana.

Publituris

A PLAY AIrlines vai abrir uma nova rota em Portugal, passando a voar também entre a Madeira e a Islândia a partir de 15 de outubro, com um voo por semana, informou a companhia aérea low cost islandesa, em comunicado.

“A viagem inaugural está agendada para 15 de outubro de 2024 e, a partir desta data, a PLAY passará a ter voos semanais, sempre às terças-feiras”, lê-se na informação divulgada esta terça-feira, 5 de março, pela companhia aérea.

Birgir Jónsson, CEO da PLAY Airlines, mostra-se entusiasmado com a abertura da nova rota, até porque considera que a Madeira é uma ilha “absolutamente deslumbrante”, que vai gerar “muito interesse e procura nos voos entre a Islândia e a Madeira”.

“Em todos os destinos onde estamos presentes, somos mais competitivos nos preços que praticamos face à concorrência. Queremos tornar as viagens mais acessíveis e tenho a certeza de que os nossos voos na Madeira serão bem recebidos por todos os que gostariam de conhecer o nosso lindo país, a Islândia”, acrescenta o responsável.

A PLAY Airlines começou a operar em junho de 2021 e, atualmente, conta com uma frota de 10 aviões Airbus A320/321neo, que ligam a América do Norte à Europa, com a Islândia como hub central.

Em Portugal, a companhia aérea começou por operar uma rota sazonal para Lisboa, em 2022, que rapidamente se tornou anual e, no ano passado, abriu uma segunda rota para o Porto, que opera durante o verão.

A Madeira torna-se, desta forma, no terceiro destino da PLAY Airlines em Portugal, contando com uma ligação aérea por semana, a partir de 15 de outubro, com voos às terças-feiras.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

Dormidas na UE batem recorde e ultrapassam valores de 2019

As dormidas registadas na União Europeia atingiram novo recorde, em 2023, registando um crescimento de 1,6% face a 2019.

Publituris

Em 2023, as dormidas registadas em alojamento turístico nos países pertencentes à União Europeia (UE) atingiram as 2,92 mil milhões, ultrapassando os níveis pré-pandémicos de 2019 em 1,6%, ano em que foram registadas 2,87 mil milhões de dormidas, indica o Eurostat.

Já face a 2022, o Eurostat indica uma subida de 171 milhões de dormidas, correspondendo a uma subida de 6,3%, apontando a entidade de estatística europeia o aumento das dormidas internacionais (fora da UE) em mais 146 milhões, enquanto as dormidas realizadas por turistas europeus sofreram uma evolução mais ligeira (+25 milhões).

Recuando uma década, ou seja, comparando 2013 com 2023, o Eurostat revela que a subida nas dormidas na UE foi de +25% quando há 10 anos se situava nas 2,33 mil milhões.

Comparado com 2022, quase todos os Estados-Membros registaram subidas em 2023, sendo que somente o Luxemburgo teve menos dormidas. Em Malta e Chipre, o crescimento excedeu os 20% e em mais oito países (Eslováquia, Letónia, Bulgária, Áustria, Chequia, Portugal, Roménia e Grécia) a subida superou os 10%.

Em termos absolutos, as maiores subidas registadas em noites dormidas foram observadas na Alemanha (+32,8 milhões) e Espanha (+32,3 milhões).

Após três anos com uma proporção significativamente menor de turistas internacionais (respetivamente 29%, 32% e 44% de todas as noites passadas em 2020, 2021 e 2022), os estrangeiros representaram 46% dos 2,87 mil milhões de noites passadas em 2022. Isto mostra um retorno próximo da contribuição pré-pandemia dos turistas internacionais (47%). No entanto, em termos de volume, o turismo internacional ainda estava em recuperação (-0,4% face a 2019).

Em termos de alojamento, os hotéis e similares foram o segmento dominante com 1,8 mil milhões de noites passadas (63% do total), seguido dos alojamentos de férias e outros alojamentos de curta duração (24%). Os parques de campismo representaram 13% do total.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2021 PUBLITURIS. Todos os direitos reservados.