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“Se o setor do turismo não resistir, Portugal não vai recuperar economicamente”

Depois de um ano de interregno, o Congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) está de regresso para o “reencontro” do setor. Em entrevista, Pedro Costa Ferreira, presidente da associação, explica o que esperar desta reunião, mas também fala de reembolsos, aeroporto, TAP, sustentabilidade, digitalização e prefere antes falar “não de regresso, mas de retoma”.

Victor Jorge
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“Se o setor do turismo não resistir, Portugal não vai recuperar economicamente”

Depois de um ano de interregno, o Congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) está de regresso para o “reencontro” do setor. Em entrevista, Pedro Costa Ferreira, presidente da associação, explica o que esperar desta reunião, mas também fala de reembolsos, aeroporto, TAP, sustentabilidade, digitalização e prefere antes falar “não de regresso, mas de retoma”.

Victor Jorge
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Depois da “travessia do deserto” e de balanços destruídos, a Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) reúne-se para o seu 46.º congresso. Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT, espera que o evento, mais do que reunião, seja uma união do setor. Consciente de que as dificuldades ainda perduram e irão perdurar, pede a quem apoiou o setor do turismo, que continue a fazê-lo, seja qual for o Governo. Até porque, admite, “se não existirem apoios, o setor do turismo não vai resistir”.

A APAVT realiza o seu 46.º Congresso, com o título “Reencontro”. Que “reencontro” espera depois de 20 meses de pandemia?
Esperemos que seja o reencontro de todo o setor. O nosso congresso tem uma grande tradição, exatamente de reencontro do setor, é um congresso que é organizado por agentes de viagens, mas não é o congresso das agências de viagens e, neste momento, diria que mais do que nunca é importante que o setor, mais do que se reúna, se una.

Vamos sair, enquanto agências de viagens, com muitas fragilidades, balanços destruídos, capitais próprios esgotados, mas também com uma grande oportunidade. Muitos consumidores perderam dinheiro em processos de reserva distantes das agências de viagens neste período, além de ter ficado sublinhada a grande mais-valia das agências de viagens, a diferença entre informação e conhecimento.

Perante esta saída da crise, há uma palavra-chave que é flexibilidade. Esta flexibilidade tem de ser da cadeia de valor e não só das agências de viagens. Mais vale, neste momento, ter reservas que possam ser canceladas do que não ter reservas.

Se a aviação, um hotel, um restaurante ou uma agência de viagens não forem flexíveis, o produto não vai ser flexível.

Queremos acionar, para o próximo ano, este diálogo e chamar a atenção para ele muito vivamente neste congresso.

Quais foram os principais desafios enfrentados ao longo destes 20 meses?
Não gosto de recordar estes 20 meses. Foram meses de sobrevivência, de grandes perdas e endividamento para as empresas e empresários, foi um tempo de apoios do Governo absolutamente fulcrais. Temos de ser humildes e a objetividade de reconhecê-lo. Mas também foram, naturalmente, insuficientes.

Do ponto de vista da APAVT, focamo-nos em vários planos de atuação. Talvez salientasse, desde logo e por ordem cronológica, o facto de termos tido de tratar de imediato dos reembolsos aos nossos clientes e, portanto, tentámos e conseguimos derrogar a diretiva no que aos reembolsos concerne e, provavelmente, fizemos a melhor lei dos vouchers da Europa. Melhor pela conjugação de dois fatores: pelo período relativamente ao qual foi possível não pagar diretamente, mas reembolsar através de um voucher, bem como pela data a partir da qual esse vale, se não for viajar, tem de ser pago. A conjugação destes dois fatores fez, provavelmente, da lei portuguesa a melhor lei da Europa.

Isso foi fundamental para dar confiança?
Deu confiança, salvou as empresas e ao salvar as empresas salvou os interesses e direitos dos consumidores. E há aqui uma nota que é preciso salientar: esta lei não teria sido possível sem o verdadeiro empenhamento da nossa secretária de Estado do Turismo (SET), Rita Marques. Foi uma lei que precisou de diálogo com a Comissão Europeia (CE), precisou de conflito e resolução de conflito com a CE e temos a perfeita noção de que se a SET tivesse desistido, e lutou muito e mais do que possa parecer ou imaginar, não teríamos conseguido.

Espelho desta situação foram os reembolsos que a APAVT e as agências trataram e terão ainda de tratar com os seus fornecedores, já que o dinheiro tinha ficado do lado de lá.

De referir eventualmente e neste capítulo, a importância da negociação com a TAP. Fomos reembolsados, enquanto setor, em cerca de 10 milhões de euros. Foi um passo em frente muito grande, num processo que se mantém e que ainda possui muitos processos em aberto. Há muitas dívidas das companhias de aviação. Mas trata-se de “ongoing processes” que, com exceção da Ryanair, temos diálogo com todas as companhias.

Mas vê uma solução a breve trecho?
Sim, é uma solução que vai sendo encontrada. Os problemas vão diminuindo e o bolo de processos por resolver também.

Os desafios: passados e futuros
Mas esses são problemas vindos do passado. Que desafios ainda existem no e para o futuro?
Antes disso, ainda referir que a APAVT não esteve só empenhada na relação com os agentes e com os fornecedores. A APAVT também esteve empenhada nos apoios ao setor, na sua clarificação, na sua negociação, na perceção da sua capacidade de execução, tivemos de trabalhar na Europa na harmonização das restrições de viagens. Começámos a olhar para o futuro e ao longo destes 20 meses produzimos a atualização do “Economics” do setor com a EY e iniciámos um processo de pensamento estratégico para o futuro, entre outros.

Relativamente aos desafios da saída desta crise pandémica, o primeiro desafio será a incerteza de estarmos, de facto, de saída da crise. A incerteza parece estar a voltar e esse é, sem dúvida, o maior desafio. O facto de não conseguirmos perceber se do lado do consumo vai haver abertura ou não.

O que é que aprendemos nestes pequenos raios de sol que apareceram no meio desta chuva toda? Sempre que existe a perceção de que a pandemia está a diminuir, as reservas surgem como chuva nas agências de viagens. Não escondo que nos últimos meses, sobretudo na área do incoming tivemos essa noção como, também, no verão tivemos essa noção no outgoing.

Hoje, já começámos a falar em cancelamentos de reservas, sobretudo de grupos, e em dúvidas para o futuro. Portanto, voltamos a ter a incerteza como pano de fundo.

E ter a incerteza como pano de fundo significa o quê?
Ter a incerteza como pano de fundo significa ter a certeza de que vamos continuar a precisar de apoios. Sabemos que o apoio à retoma, no que diz respeito à defesa do emprego, poderá continuar e esperemos que sim, de modo a evitar uma rutura nessa área. Mas temos de discutir com o próximo Governo, seja ele qual for e quando aparecer, a manutenção dos apoios a fundo perdido, nomeadamente, do programa Apoiar.pt. Isto por uma razão muito objetiva, é que o programa Apoiar.pt foi pago até abril, a crise ainda existe e, portanto, se houve razões por parte do Governo para apoiar uma crise há seis meses, mais razões há para fazê-lo agora, já que as empresas, com a continuação da crise, estão ainda mais fragilizadas.

A incerteza parece estar a voltar e esse, é sem dúvida, o maior desafio. Ter a incerteza como pano de fundo significa ter a certeza de que vamos continuar a precisar de apoios

Em outubro de 2020, com sete meses de pandemia, admitia ao Publituris que, por causa dos balanços destruídos, a necessidade brutal de recapitalização e tesouraria seria o grande desafio dos próximos anos? Mantém essa afirmação?
Acho que está ainda mais sublinhada. Começámos por ter dúvidas relativamente ao futuro quando achámos que iriamos ter três meses de pandemia. Nessa altura, falava com sete meses de pandemia, agora falo com 20 meses.

Diria que, se há um ensinamento para o futuro, ele tem a ver com dois aspetos do lado das agências de viagens: robustecer os balanços, porque é nos balanços que está a resposta à próxima crise; e rodear-nos dos melhores recursos humanos, porque são esses recursos humanos que vão robustecer os balanços.

O que devia ter sido feito que não foi feito?
Da parte de quem?

De todos!
Vou ser sincero, quer nas agências de viagens, quer na APAVT, quer no Governo, de um modo geral, foi feito tudo o que era imaginável ser feito. Da parte das agências de viagens, depois de 20 meses de crise, verificamos que, tanto em 2020 e, previsivelmente, em 2021, teremos dois anos com menos falências que em 2019. Isso diz tudo relativamente à capacidade resistência das nossas agências de viagens.

Relativamente à APAVT, clientes, reembolsos, trabalho na ECTAA, os projetos editoriais do Economics do setor, o pensamento estratégico para o mesmo, o aumento do apoio jurídico, o aumento dos apoios aos apoios, isto é, a clarificação, a perceção de quem poderia aderir e por aí fora, o apoio às restrições às viagens, a sua clarificação, a APAVT fez a sua parte.

O Governo, penso que é justo dizer, sem os apoios colocados em cima da mesa, não havia setores das agências de viagens e turístico.

Dito isto, o que as agências de viagens fizeram foi suficiente? Foi tudo o que poderia ter sido feito.

Se a APAVT fez o suficiente? Julgo que ficaram sempre coisas por resolver, nos apoios aos agentes, reembolsos dos fornecedores, reembolsos aos clientes.

Se o Governo fez o suficiente? Claro que os apoios foram insuficientes.

Julgo que temos de ter a humildade de pensar que fizemos todos o possíveis, mas que há momentos como uma pandemia em que temos de reconhecer que nada é suficiente.

Incertezas políticas que não ajudam
Tem falado de apoios por parte do Governo, de apoios essenciais para a sobrevivência do setor, não só das agências como do turismo. O certo é que estamos a ser confrontados com uma incerteza política, com eleições a 30 de janeiro, que levará a termos Governo só lá para março. O que teme relativamente a esta indefinição política e de políticas?
Não temo, porque já tenho a certeza de que o que aconteceu foi muito mau para as empresas. Tivemos do Estado uma resposta insuficiente face aos constrangimentos económicos. Agora juntámos uma condicionante política que, em meu entender, é menos compreensível. Isto é, para além dos recursos parcos da nossa economia ou do nosso Estado, temos agora um Governo que não pode agir por circunstâncias de condicionalismo político.

É perfeitamente natural que o Governo agora não queira tomar decisões que impliquem ou condicionem o orçamento do próximo Executivo.

Por isso, mais do que temer quanto ao futuro, tenho muita pena, mas parece haver um sentimento de quase abandono por parte dos políticos quando assistimos à cena da não aprovação do Orçamento de Estado 2022.

Relativamente ao próximo Governo, espero que se resolva rapidamente.

Se houve razões por parte do Governo para apoiar uma crise há seis meses, mais razões há para fazê-lo agora


Não teme uma interrupção dos apoios?
Nem me passa pela cabeça. Se não existirem apoios, o setor do turismo não vai resistir. Se o setor do turismo não resistir, Portugal não vai recuperar economicamente.

Portanto, é demasiado irracional para podermos pensar em tal possibilidade. E se há erro que às vezes sinto é pensar que alguns comentários políticos dão a ideia de que se trata do Orçamento para a crise.

A partir de um determinado momento não se trata de um Orçamento para a crise. É a crise que tem de caracterizar o que tem de ser o Orçamento exatamente para apoiar as empresas e a economia na crise.

O Orçamento não pode apoiar a crise até aos limites do Orçamento. A crise tem de definir os limites do Orçamento, o que é uma coisa completamente diferente.

Concluindo, espero que, seja qual for a cor ou cores políticas que ganhe ou ganhem, que compreendam isso antes sequer do primeiro dia.

Há momentos como uma pandemia em que temos de reconhecer que nada é suficiente


Espera que o próximo Governo tenha mais “foco”, como chegou a pedir?
Espero que o próximo Governo tenha muito foco logo de início nestas questões, porque os apoios são questões também de timing.

TAP a fazer parte da solução
Já falou da questão dos reembolsos e de conversações que existiram entre a APAVT e a TAP. Houve conversações com a nova administração da TAP. Pergunto se a TAP já não faz parte do problema e passou a fazer parte da solução?
A TAP tem de fazer sempre parte da solução, não por causa das agências de viagens, mas por causa do turismo português e da economia nacional.

O grande desafio português são os mercados transatlânticos, são eles que permitem crescer. São eles que permitem ter mais território e mais meses de turismo. É o mercado norte-americano, o brasileiro, é ou será um dia o mercado chinês.

Esticar a sazonalidade?
Sim, esticar para além de agosto e ir para além dos grandes centros de turismo.

Ora, o êxito relativamente a esses mercados para um país como Portugal vai depender do hub. Se a TAP não for solução e não conseguir aguentar o hub, estará em causa o crescimento do turismo a médio longo prazo no país. E se isso acontecer, está em causa a dívida pública, mais impostos, emprego. Um país mais pobre também significa mais custos para as pessoas. Não podemos criticar os apoios à TAP apenas porque são apoios do povo. Comparado com o quê, com pobreza? Comparado com pobreza, prefiro o apoio à TAP. Comparado com menos crescimento, prefiro apoiar a TAP.

Claro que um dia, e esperemos em breve, a TAP tem de corresponder com resultados.

Do ponto de vista do diálogo com os agentes de viagens, a nova administração imprimiu uma nova dinâmica, existe confiança, apesar de haver também a perceção das dificuldades que temos todos resolver.

E com as outras companhias, retirando a Ryanair?
Com a Ryanair não há diálogo possível e é uma decisão da Ryanair. Com as outras companhias, há muito tempo que a concorrência do nosso setor é definida ao longo da cadeia de valor. Isto é, as companhas aéreas não só são nossas fornecedoras como são, também, concorrentes relativamente aos clientes pelas estratégias que a tecnologia permitiu implementar.

Nós temos sempre momentos de aproximação, porque o nosso cliente é o mesmo e temos sempre focos de tensão, porque disputamos esse mesmo cliente.

Esta crise veio fazer com que todos os ‘stakeholders’ passassem a olhar para a cadeia de valor como um todo?
Não necessariamente. Luto por isso e espero que aconteça. Um dos grandes objetivos do congresso da APAVT é, precisamente, fazer um ‘kick-off’ para uma tentativa de resposta coerente por parte da cadeia de valor.

 

A TAP tem de fazer sempre parte da solução, não por causa das agências de viagens, mas por causa do turismo português e da economia nacional

 

Uma “novela” Aeroporto
E como olha para a “novela” do aeroporto?
Acho que utilizou a definição certa: “novela”. Se há pouco disse que me sentia um pouco abandonado pelos nossos políticos neste curto prazo por causa da “novela” do orçamento, sinto-me completamente abandonado pelos políticos a longo prazo por causa do aeroporto.

A questão do aeroporto é estratégica. Existe um plano que prevê chegarmos a 2027 com determinados números.

Mais concretamente, 27 mil milhões de euros em receitas e 80 milhões de dormidas.
Exato. E depois temos os representantes do aeroporto a referir que, com esta infraestrutura aeroportuária e os novos limites de navegação aérea por causa do ruído, provavelmente, não passaremos dos números de 2017.

Diria, um, organizem-se, dois, dêem-nos uma solução aeroportuária. Qualquer que seja, o país precisa dela.

O país económico precisa do país turístico.

Quando se fala que estamos demasiado dependentes do turismo, em termos económicos, isso é “bullshit”, até parece que é uma decisão governamental ou política.

Não se trata de uma decisão, é a competitividade internacional do setor que interessa. Se impedirmos que o setor mais competitivo da economia nacional, por razões de política económica pura, seja travado, penso que é um crime lesa-pátria e espero que todos os intervenientes sejam apontados.

Entre as opções que estão em cima da mesa, qual a preferida da APAVT?
Não fazemos comentários. Há quem defenda a solução mais rápida por razoes óbvias, há quem defenda uma solução estratégica por razões de longo prazo. Há ainda quem esteja imerso na confusão.

Não sou especialista ambiental ou aeroportuário, mas se me perguntar por soluções para a sua próxima viagem, sou capaz de lhe dar. Espero que, neste caso, os especialistas tenham as soluções.

Mas neste caso, voltamos a bater na questão da indefinição política e nos atrasos consecutivos de processos e decisões. Será mais um projeto para a gaveta e/ou iniciar-se de novo?
É verdade, mas espero que não. O quer que aconteça para além de 30 de janeiro, espero que haja foco na vida das pessoas.

Os temas do congresso

Antes do Congresso da APAVT marcou presença na 6.ª Cimeira Mundial dos Presidentes das Associações de Agências de Viagens, em Leon. Quais foram as principais conclusões, tendências, estratégias, diretrizes saídas dessa reunião?

As conclusões, do ponto de vista geral, passam por atualizarmos uma voz mais próxima uns dos outros enquanto setor das agências de viagens. É muito um território de associação, o que cada um anda a fazer, como responder aos problemas e à crise, como os diversos Governos apoiaram quem deveria ser apoiado e, claro, um olhar para o futuro.

Há a perceção geral no mundo que, os destinos turísticos que tiverem propostas flexíveis são os que irão comandar a procura na saída da crise.

Voltando ao congresso da APAVT, haverá um painel – “Porque é que a EY Parthenon e os Agentes de Viagens estão a olhar para o Futuro”. Que futuro é esse para onde estão a olhar? Há um novo futuro, um futuro com um consumidor diferente ou com um ‘mindset’ diferente?
Sinceramente, não acho que exista um consumidor pós-pandemia. Houve, penso, uma aceleração de tendências que já eram conhecidas antes da pandemia, já faziam parte do nosso mercado. Autenticidade, digitalização, sustentabilidade, ‘slow-tourism’, comércio justo, tudo isto são tendências mais visíveis hoje, mas tendências que já existiam. Eventualmente, os nómadas digitais é um fenómeno saído da pandemia e, por circunstância de datas, o turismo espacial tenha tido mais destaque, mas não nasceu na pandemia.

Foi um reforço de tendências?
Foi uma aceleração. Não surpreende e não vejo quer em Portugal, enquanto destino turístico, quer na natureza da atividade das agências de viagens, problemas advindos desta aceleração. Pelo contrário, a sustentabilidade é uma área onde Portugal, enquanto destino turístico, está a responder bem e até apresenta alguns ‘case studies’ importantes. A sustentabilidade do lado das agências de viagens é muito mais uma oportunidade do que um problema.

A sustentabilidade não é um estado de alma. Numa atividade económica, é um conjunto de ações tendentes a reduzir determinadas pegadas, nomeadamente, a ambiental.

As agências de viagens em Portugal e no mundo têm já incorporadas, sobretudo no ‘business travel’, critérios de medição da pegada de carbono. Em muitos contratos essa pegada tem de estar explícita para que o cliente possa escolher uma maior ou menor.

As agências, e estamos a fazer um trabalho na ECTAA, estão empenhadas em harmonizar esta medição, clarificando-a e tornando-a mais eficiente e, através das plataformas certas, dinamizar a compensação da pegada pelos clientes que a realizam.

Mas concorda ou não com aqueles que afirmam que a pandemia trouxe um consumidor com um ‘mindset’ renovado ou mesmo novo?
Não, com sinceridade não. Acho que são entusiasmos de curto prazo. É muito cedo para se fazer essa apreciação. Recordo-me da crise económica brutal recente e não foi ela que definiu a evolução, foi um passo na evolução.

Portanto, teremos de esperar mais tempo para se fazer uma análise mais racional do que está a acontecer.

Julgo que esses novos clientes, novas características são um pouco emocionais. Se alguma coisa caracteriza o mercado das viagens e o setor das agências em Portugal e no mundo, é muito mais a diversidade do que as novas tendências.

Sustentabilidade, digitalização e capital humano são dos grandes temas abordados em qualquer fórum quando se fala de turismo e estão no congresso da APVT. A APAVT assinou a declaração de Glasgow para “desenvolver planos” para “a aceleração da ação do turismo, no sentido da redução das emissões no setor”. O que é que isto significa e como é que a APAVT e os seus associados irão contribuir para esta redução de emissões? O que significa isto no concreto?
Nós temos algum histórico recente relativo a ações no foro da sustentabilidade e, concretamente da sustentabilidade ambiental. Em primeiro lugar, estamos num processo de adesão à SUSTOUR – projeto europeu que vai fazer formação em sustentabilidade ambiental em mais de 180 mil empresas europeias. Depois, assinámos um protocolo com a “Travellife” que certifica empresas consoante as suas práticas ambientais. Ora, se há uma certificação, logo é tudo mais voltado para a ação e não para o compromisso.

No seio da ECTAA há um trabalho relacionado com a estandardização da medição para melhor poder clarificar e sermos mais efetivos.

No nosso congresso, a sustentabilidade vai estar presente.

Por isso, diria que assinámos o compromisso de Glasgow, porque está de acordo com a nossa prática.

Curiosamente, a APAVT, foi, julgo, no setor do turismo em Portugal, a única associação assinar a declaração de Glasgow e no seio da ECTAA só duas associações de todo os países europeus foram “launch partners”: a APAV T e a associação holandesa.

Curiosamente, no painel da sustentabilidade do próximo congresso, um dos speakers será, precisamente, o presidente da associação holandesa.

A sustentabilidade é um dos eixos de atratividade de Portugal junto dos turistas. É por aqui que Portugal se poderá diferenciar?
Absolutamente. É uma oportunidade para o país como é uma oportunidade para as agências de viagens. Aliás, em meu entender, é uma oportunidade que veio para ficar.

 

Se a TAP não for solução e não conseguir aguentar o ‘hub’, estará em causa o crescimento do turismo a médio longo prazo no país

 

Se a sustentabilidade é chave, o capital humano também assumiu uma relevância fulcral. Saíram muitas pessoas, fazem falta muitas pessoas, os que saíram irão regressar, é preciso ir buscar pessoas a outros lados, setores, países? Como é que olha para este desafio do capital humano?
Sabemos que, sobretudo, na hotelaria e restauração falta gente. Se essas pessoas vão regressar, esperemos que sim. Sabemos, contudo, que não basta que regresse quem saiu. Julgo que hoje é mais ou menos aceite que precisamos de uma política de migração que apoie o desenvolvimento do turismo, entre outros aspetos.

Do ponto de vista das agências de viagens, não tivemos despedimentos, até porque tivemos acesso e adesão aos processos de apoio ao emprego. Por isso, se há coisa que não existiu durante esta pandemia – ainda – foram grandes despedimentos. Não há uma fuga de recursos humanos das agências de viagens.

Mas disse “ainda”?
Disse ainda porque estamos cá. E talvez não o espere. Porquê? Se olharmos para os “Economics” do setor e para a sua atualização, o setor com maior percentagem de licenciados ou acima de licenciados é, do ponto de vista do turismo, o das agências de viagem.

Os nossos recursos humanos estão muito mais longe dos ordenados mínimos e do serviço básico do que outros dentro desta cadeia de valor.

Isso, contudo, não quer dizer que não existam problemas de recursos humanos. Houve porque tiveram de sair dos locais de trabalho, porque trabalharam isolados e com dúvidas relativamente ao futuro, tal com o regresso dos recursos humanos também tem sido um problema depois de estarem 20 meses a trabalharem em casa.

Adquiriram-se novos hábitos, houve gente a trabalhar menos porque não havia trabalho, houve pessoas que passaram a levar os filhos à escola, realidade que não conheciam. Adquiriram-se novas perceções de uma realidade que agora terão de ser trabalhadas.

Por todos, até pelo próprio colaborador?
Absolutamente. Esta história de acharmos que as responsabilidades estão nas empresas e os direitos estão nos colaboradores, é uma coisa antiga.

Em vez de fuga de recursos humanos, preocupa-nos a gestão de recursos humanos.

Já na digitalização ou transformação tecnológica, a questão, presumo, não se coloca no setor das agências de viagens?
Em termos de tecnologia, as agências de viagens são dos maiores utilizadores em Portugal e no mundo. Há bastantes anos que qualquer trabalhador com um telemóvel pode resolver qualquer problema que um cliente possa enfrentar na sua viagem em qualquer lugar a qualquer hora.

Os processos de digitalização não são fins estratégicos em si, são processos de melhoria da eficiência e devem ser integradores de uma estratégia.

Como definidores de uma estratégia, acho-os fracos, porque uma estratégia tem de estar muito mais próxima das necessidades do cliente e da sua perceção e como vão evoluir, do que um mero processo de digitalização.

Quantos ‘players’ ficaram pelo caminho? E quantos ainda vão ficar? Que setor teremos no pós-COVID?
É um pouco dual. Os balanços estão destruídos, os capitais próprios evaporaram-se. Do ponto de vista da situação macro-económica do setor, provavelmente, estamos a atravessar, à saída da crise, um dos piores momentos do setor.

Sempre dissemos nos primeiros três meses da crise que o principal problema de liquidez se ia colocar no momento do regresso e da retoma, porque os custos têm um comportamento dual – zero ou um – e as receitas vão chegar gradualmente.

Se se confirmar que este regresso ténue que estamos a viver é o início de uma retoma, diria que estamos à beira do processo mais complicado de resistência por parte das agências de viagens e do turismo em geral. Desse ponto de vista é natural que haja mais quebras do que tem sido histórico.

Entre a resiliência que temos vindo a demonstrar e a evidencia dos balanços, julgo que vamos encontrar um caminho em que vamos provavelmente, uma vez mais, no início da retoma, ter alguns incidentes desagradáveis enquanto setor, mas a execução da oportunidade que aí está vai permitir a recuperação a muitos.

Quando tivermos, efetivamente, a falar não de regresso, mas de retoma, nessa altura o nosso principal objetivo será sempre o de superarmos os números de 2019 e que foram os melhores de sempre.

2019 foi o melhor ano de sempre para o turismo. Há condições para continuarmos a bater recordes com uma crise pandémica, instabilidade política, sem aeroporto, com falta de recursos humanos, entre outros?
Portugal tem todas as condições naturais para o fazer, enquanto destino turístico. Temos um dos melhores turismos do mundo, enquanto instituição. O Turismo de Portugal tem feito um trabalho notável. Temos grandes empresários, temos um conjunto de trabalhadores capacitados no setor das agências de viagens, temos um país estável, clima, um povo acolhedor. Temos tudo a nosso favor, mas estamos, neste momento, condicionados por algumas decisões políticas que têm de ser resolvidas. Com a evolução e o crescimento do turismo no mundo e a olhar para nós próprios e nossos concorrentes, diria que o recorde de 2019 ser ultrapassado é fácil-fácil.

Inicia o mandato em 2021, em plena pandemia. Pergunto-lhe se, apesar de ainda não ter terminado o primeiro ano, se ainda tem forças e vontade para ir a uma nova corrida?
[Risos] Nem vou responder. Espero chegar a este mandato vivo e com consciência de dever cumprido. Peter Drucker [professor, consultor e escritor de origem austríaca] dizia que as pessoas são mais felizes no cumprimento do dever. Espero chegar ao final do mandato feliz.

O que aprendeu com esta crise e que ensinamentos retira dela a nível pessoal e profissional?
Aprendemos sempre algo. A crise não me apanhou de surpresa. A crise é o acentuar do primado da incerteza.

A nível profissional diria que aprendemos uma vez mais que temos de robustecer os nossos balanços, que é na robustez deles que vai estar a resposta à próxima crise.

Finalmente, que temos de nos rodear dos melhores recursos humanos, porque eles vão robustecer os nossos balanços.

A nível pessoal, somos todos muito pequenos por maior que nos possamos sentir.

No dia 3 de dezembro quando fechar o congresso, que conclusão gostaria que saíssem dos três dias de trabalho?
O congresso é um capítulo da nossa atuação, não é um fim em si mesmo. Espero que saia a classificação da nossa agenda para o próximo ano. Até pela data que é realizado, o congresso é um ponto de situação e um olhar para o futuro e os fins de ano são sempre ótimos para que isso aconteça.

Mais do que olhar para o passado, espero que nos ajude a clarificar, enquanto APAVT e turismo português, a agenda para o ano 2022.

Agenda só para 2022 ou mais além?
Digamos que teremos um olhar mais além, mas temos uma agenda definida para um ano. Ajuda termos uma visão de mais longo prazo, mas é importante termos uma definição da concretização dessa agenda no curto prazo.

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Bestravel celebra aniversário com descontos e campanha de responsabilidade social

Para assinalar o aniversário, a Bestravel lançou uma campanha de vendas com descontos para o verão e uma iniciativa de responsabilidade social com a AMI.

Publituris

A Bestravel festeja esta sexta-feira, 10 de maio, o seu 21.º aniversário, data que é assinalada com o lançamento de uma nova campanha de vendas e de uma iniciativa de responsabilidade social com a AMI.

Além das agências da rede estarem vestidas a rigor para assinalar o aniversário, a Bestravel tem também em vigor uma campanha de vendas com “promoções imperdíveis para alguns dos destinos de férias de verão mais cobiçados”.

Albânia, ilhas espanholas, Punta Cana, Saïdia, Djerba ou Zanzibar são alguns dos destinos incluídos pela Bestravel nesta campanha de vendas para o verão.

“As promoções que lançamos para esta temporada de verão não são apenas uma celebração do nosso aniversário, mas também uma oportunidade para agradecer aos nossos clientes pela confiança e lealdade ao longo dos anos. Cada destino selecionado reflete o nosso desejo de oferecer viagens inesquecíveis, com a qualidade e o serviço que nos caracterizam”, afirma Ricardo Teles, diretor Operacional da Bestravel, citado num comunicado enviado à imprensa.

Para assinalar o aniversário, a Bestravel lança ainda uma ação de responsabilidade social com a Assistência Médica Internacional (AMI), comprometendo-se a doar 50 cêntimos para a AMI por cada passageiro que reservar uma viagem com a Bestravel até ao final de mês de junho, numa iniciativa que vai apoiar as iniciativas humanitárias da organização.

“Através desta iniciativa conjunta, a Bestravel e os seus clientes estarão a contribuir diretamente para projetos que fazem a diferença em Portugal e no mundo, reforçando o espírito de responsabilidade social que caracteriza ambas as entidades”, explica a rede de agências de viagens.

Segundo Carlos Baptista, administrador da Bestravel, 6esta parceria com a AMI reflete “o compromisso da Bestravel não apenas em proporcionar experiências de viagem excecionais, mas também em contribuir para um mundo melhor”.

“Estamos entusiasmados em poder apoiar o trabalho vital da AMI, uma organização que tem feito a diferença na vida de tantas pessoas ao redor do mundo. Esta parceria é uma forma de nos envolvermos ainda mais com a comunidade e de incentivarmos os nossos clientes a fazerem parte desta jornada de solidariedade”, acrescenta o responsável.

As promoções são válidas por tempo limitado, até 02 de junho, e sujeitas a disponibilidade, incentivando os viajantes a agirem rapidamente para garantir a sua próxima aventura de verão.

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B travel com nova loja em Leiria

A marca reforça a sua posição na zona de Leiria, com a abertura de mais uma loja B travel.  

Publituris

A B travel, rede de agências de viagens da Ávoris Corporación Empresarial, abre mais uma loja em Leiria, desta vez junto ao Lis, na Rua de Tomar, 37 (em frente à antiga Central da EDP).

Com esta nova abertura, a marca “reforça a sua posição na zona de Leiria, oferecendo um serviço personalizado e de qualidade aos seus clientes”, lê-se na nota enviada à imprensa.

“Uma loja moderna, com todo o conforto e consultores especializados que acompanharão a viagem desde a reserva até ao regresso a casa. Com uma oferta variada e muito competitiva, esta nova loja da B travel convida a uma experiência de compra única”, refere a marca pertencente ao universo Ávoris Corporación Empresarial.

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Nortravel lança campanha de descontos para o verão

A campanha “Descontos de Verão” da Nortravel abrange 15 circuitos e vários cruzeiros, sendo válida para reservas entre 10 e 24 de maio, cujas viagens decorram entre junho e outubro de 2024.

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A Nortravel anunciou esta quinta-feira, 9 de maio, o lançamento de uma nova campanha de descontos, desta vez, visando a época de verão, que conta com “15 circuitos e cruzeiros exclusivos com 90 datas de saída disponíveis para reserva”, informou o operador turístico, em comunicado.

A campanha “Descontos de verão” da Nortravel oferece descontos entre os 75 e os 100 euros, sendo válida para reservas realizadas entre 10 e 24 de maio.

Com um desconto de 75 euros estão os circuitos “Albânia, Bósnia e Montenegro”; “As 4 Capitais da Europa Central”; “Côte D’Azur, Alpes Suiços e Lagos Italianos”; “Fiordes da Noruega”; “Grécia – O Berço da Civilização”; “Itália Clássica”; “Maravilhas de Malta”; “Polónia – Fé e Património”; e “Sul de Itália – Terra do “Mezzogiorno”.

Já o desconto de 100 euros aplica-se às opções “Cruzeiro na Itália, Grécia e Turquia | MSC Divina”; “Cruzeiro na Itália, Grécia e Turquia | MSC Splendida”; “Cruzeiro nos Fiordes da Noruega | MSC Euríbia”; “Encantos da Croácia e Eslovénia”; “Maravilhas da Sicília”; e “O Melhor de Malta e Sicília”.

“Este desconto é válido para viagens realizadas entre junho e outubro de 2024, com lugares limitados e não aplicável a grupos”, acrescenta a Nortravel, na informação divulgada.

Todas as datas de partida podem ser consultadas aqui.

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Bruno Pinho regressa à Quadrante como comercial para Centro, Sul e Ilha da Madeira

A Quadrante revela que o profissional iniciou funções no passado dia 29 de abril, voltando a exercer funções de comercial responsável pelas zonas centro e sul de Portugal, assim como pela ilha da Madeira.

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A Quadrante anunciou que Bruno Pinho foi reintegrado na equipa do operador turístico, ocupando as mesmas funções de comercial responsável pelas zonas centro e sul de Portugal, assim como pela ilha da Madeira.

Numa nota informativa enviada à imprensa, a Quadrante revela que o profissional iniciou funções no passado dia 29 de abril, estando esta quinta-feira, 9 de maio, a participar numa formação sobre a Costa Rica, promovida em conjunto com a Air France/KLM.

“Bruno Pinho e Isabel Vaz completam a área comercial do Quadrante e ambos serão o rosto visível da empresa, junto dos Agentes de Viagens e todos os nossos parceiros”, acrescenta a Quadrante, na informação divulgada.

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Provedor do Cliente das Agências de Viagens tem novo website

Segundo a APAVT, o Provedor do Cliente das Agências de Viagens e Turismo passou a contar com um novo website, que apresenta um novo design e traz ainda uma melhoria no sistema de reclamações.

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O Provedor do Cliente das Agências de Viagens e Turismo lançou esta quarta-feira, 8 de maio, um novo website, que conta com um novo design e traz ainda uma melhoria no sistema de reclamações, informou a Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT).

“O novo site não só recebeu uma atualização visual, como também está construído sobre uma plataforma tecnológica mais avançada. Esta atualização permite uma navegação mais fluida e facilita o processo de submissão e acompanhamento de reclamações, assegurando uma experiência significativamente melhorada para os utilizadores”, lê-se no comunicado divulgado.

Na nota enviada à imprensa, a APAVT lembra que o Provedor do Cliente das Agências de Viagens e Turismo foi instituído em 2003 e opera de forma independente, sendo “reconhecido como entidade de resolução extrajudicial de conflitos de consumo pela Direção-Geral do Consumidor desde 2011”.

“Este reconhecimento legal permite ao Provedor acionar o Fundo de Garantia de Viagens e Turismo (FGVT) quando necessário”, explica a associação, no comunicado divulgado.

O Provedor do Cliente das Agências de Viagens e Turismo é ainda reconhecido pela Associação de Defesa do Consumidor (DECO) e recebe todas as reclamações relacionadas com viagens, desde que adquiridas em agências aderentes, cuja lista pode ser consultada diretamente no site renovado.

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Solférias, Exoticoonline, Sonhando e Alto Astral anunciam nova operação charter para Fim de Ano no Brasil

Esta operação vai contar com duas partidas de Lisboa, a 26 e 27 de dezembro, a primeira das quais com destino a Salvador e a segunda para Maceió, às quais se junta um voo desde o Porto para Maceió, com partida a 27 de dezembro.

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A Solférias, a Exoticoonline, a Sonhando e a Alto Astral vão voltar a juntar-se para, no Fim de Ano 2024/2025, promover novamente uma operação charter para o Brasil, concretamente para Maceió e Salvador, anunciaram os operadores turísticos, num comunicado conjunto.

Na informação divulgada, os operadores explicam que parceria “dará continuidade ao sucesso das operações especiais de Fim de Ano Brasil dos últimos anos, com o lançamento de três voos para Maceió e Salvador”.

Esta operação vai contar com duas partidas de Lisboa, a 26 e 27 de dezembro, a primeira das quais com destino a Salvador e a segunda para Maceió, às quais se junta um voo desde o Porto para Maceió, com partida a 27 de dezembro.

Com base neste voos, os operadores turísticos vão lançar pacotes de alojamento de sete noites no destino, sendo que a Alto Astral vai também vender apenas os voos no trajeto do Brasil para Portugal.

Os operadores turísticos explicam que esta operação foi planeada em “estreita colaboração com todos os seus parceiros nos destinos”, reforçando o “estatuto de especialistas no Brasil” da Solférias, Exoticoonline, Sonhando e Alto Astral.

 

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Bestravel inaugurou nova agência na KidZania

A Bestravel na KidZania está aberta desde o passado sábado, 4 de maio, e recebe crianças entre os cinco e os 15 anos para participar nas atividades oferecidas na agência de viagens.

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A Bestravel inaugurou este sábado, 4 de maio, uma nova agência de viagens na KidZania, num espaço que visa “proporcionar às crianças uma experiência imersiva no mundo das viagens e turismo, bem como estimular junto dos mais novos a profissão de agente de viagens”.

“Localizada no coração da KidZania, a agência da Bestravel oferecerá às crianças a oportunidade de explorar o mundo e as viagens de forma lúdica e educativa. Com atividades interativas e divertidas, bem como uma experiência imersiva virtual, as crianças poderão planear viagens, aprender sobre diferentes culturas e destinos ao redor do mundo, e desenvolver habilidades relacionadas ao setor de turismo”, destaca a Bestravel, num comunicado enviado à imprensa.

Durante a inauguração, Carlos Baptista, administrador da Bestravel, defendeu que “é fundamental estimular o interesse das crianças pelo mundo das viagens desde cedo”, motivo pelo qual a rede de agências de viagens decidiu abrir este novo espaço.

“A nossa agência na KidZania é em tudo semelhante à realidade que os viajantes nacionais experienciam numa das agências Bestravel espalhadas pelo país. No ano em que renovamos a atribuição do Prémio Escolha do Consumidor e em que obtivemos o Prémio Cinco Estrelas, estamos seguros de que estes mini agentes de viagens proporcionarão um atendimento e serviço inesquecível a quem visitar a Bestravel KidZania, podendo assim aprender mais sobre Turismo”, acrescenta o responsável.

A abertura da nova agência na KidZania assinalou também a campanha que a Bestravel tem a decorrer, denominada  ‘Viva o melhor dos dois mundos’ e que visa destacar a “riqueza cultural, natural e histórica do Dubai e da Tailândia”, e lançou uma atividade lúdica,  que conta com o apoio do Turismo de Marrocos, e que vai permitir “explorar uma panóplia de destinos e experiências que este destino tem para oferecer”.

A Bestravel na KidZania está aberta desde 4 de maio e recebe crianças entre os cinco e os 15 anos para participar nas atividades oferecidas na agência de viagens.

Esta agência resulta de uma parceria entre a Bestravel e a KidZania, com o objetivo de “criar memórias inesquecíveis e despertar o espírito aventureiro nas crianças e jovens”.

 

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APAVT assinala Dia Nacional do Agente de Viagens com arraial e lançamento de microsite

O Dia Nacional do Agente de Viagens, que se festeja este ano pela primeira vez, vai ser assinalado com uma série de iniciativas, a exemplo de um arraial a decorrer a 28 de maio, e do lançamento de um microsite alusivo ao Dia Nacional do Agente de Viagens.

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A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) vai assinalar este ano, pela primeira vez, o Dia Nacional do Agente de Viagens, que será comemorado a 30 de maio com a realização de um arraial e o lançamento de um microsite.

Num comunicado enviado à imprensa, a associação explica que a “instituição desta data comemorativa parte de uma iniciativa da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), com o objetivo de promover a profissão, valorizar o setor das agências de viagens e consciencializar o público sobre a importância destes profissionais para o turismo em Portugal”.

O Dia Nacional do Agente de Viagens, que se festeja este ano pela primeira vez, vai ser assinalado com uma série de iniciativas, a exemplo de um arraial a decorrer a 28 de maio, em local a anunciar, assim como do lançamento de um microsite alusivo ao Dia Nacional do Agente de Viagens, “onde se apresentam as vantagens em recorrer a estes profissionais, além de um vasto conjunto de ofertas especiais, por parte dos associados da APAVT”.

No comunicado divulgado, a APAVT lembra que o dia 30 de maio coincide com a data de fundação da APAVT, o que aconteceu em 1950, pelo que a “escolha deste dia pretende juntar o setor numa grande celebração do seu papel crucial para a dinamização da economia portuguesa e para a boa imagem do país no mundo”.

Os agentes de viagens têm sido parte fundamental do grande desenvolvimento que o turismo português verificou nos últimos anos, sendo, hoje, amplamente reconhecido no mundo inteiro. Ao ajudar os portugueses a viajar e ao acolher turistas de todo o mundo, estes profissionais contribuem para o crescimento económico e promovem, em Portugal, um espírito de abertura e de pluralidade que tanto nos orgulha. Este dia é uma homenagem e um justo reconhecimento, dentro do setor, pelo trabalho notável que estes profissionais têm desenvolvido em prol do turismo português”, refere Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT.

 

 

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Soltour volta a lançar charters para Samaná à partida de Lisboa

A operação da Soltour vai ser a única que, este verão, vai ligar Lisboa a este destino da República Dominicana, contando com um voo por semana, pela Iberojet, entre 28 de junho e 30 de setembro de 2024.

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A Soltour anunciou que, entre 28 de junho a 30 de setembro de 2024, vai voltar a contar com uma operação charter à partida de Lisboa e com destino a Samaná, na República Dominicana, que vai contar com um voo por semana.

A operação da Soltour vai ser a única que, este verão, vai ligar Lisboa a este destino da República Dominicana, que é conhecido pelas “praias referenciadas a nível mundial, como a célebre Playa Rincón”.

“Sendo o único operador a voar para Samaná, voltamos a oferecer às agências um produto exclusivo e que tem sido muito bem recebido pelos viajantes portugueses”, refere Luís Santos, diretor Comercial da Soltour para Portugal e Espanha.

Num comunicado enviado à imprensa, a Soltour explica que a decisão de voltar a realizar uma operação charter para Samaná se deve ao “sucesso da operação de 2023” e visa oferecer às agências de viagens “um produto apelativo, diferenciado e com uma proposta de valor única no contexto dos destinos turísticos caribenhos”.

“Na Soltour, trabalhamos sempre a pensar no valor que podemos aportar para o nosso grande cliente e parceiro: as agências de viagens. Samaná é um destino extremamente atrativo devido a um conjunto único de características, como a biodiversidade, a cultura, as infraestruturas turísticas, a qualificação da oferta, entre muitas outras”, acrescenta Luís Santos.

Além das praias, Samaná é um destino também conhecido pela natureza exuberante, com destaque para o Parque Nacional de Los Haitises, que é considerado “o exemplo maior da vasta fauna e flora do destino, ocupando mais de 1.600 quilómetros quadrados e detendo a classificação “Reserva da Biosfera” da UNESCO”.

Os voos charter desde Lisboa e com destino a Samaná vão ser realizados pela Iberojet e estão disponíveis em pacotes de sete noites, com alojamento em resorts de quatro a cinco estrelas, em regime de tudo incluído.

 

 

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Congresso da APAVT em Macau será de 2 a 5 de dezembro de 2025

A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) anunciou, este segunda-feira as datas de realização do seu 50º Congresso Nacional, que como já era conhecido, será em Macau, em 2025. Assim, decorrerá de 2 a 5 de dezembro.

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O anúncio das datas ocorre um ano após a confirmação de Macau como o local do congresso, que foi comunicado na MITE (Macau International Travel Expo) de 2023.

Aproveitando a edição deste ano da mesma feira, onde a APAVT participou de novo, com o apoio da Direção dos Serviços de Turismo de Macau, liderando uma comitiva de cerca de 30 profissionais de turismo de Portugal, da CEAV (Confederação Espanhola de Agências de Viagens) e da ECTAA (Confederação Europeia das Associações de Agências de Viagens e Operadores Turísticos), consolidou com as autoridades turísticas de Macau estas datas.

Refira-se que o 50º Congresso Nacional da APAVT, em 2025, coincide com a celebração do 75º aniversário da Associação.

Entretanto, como também já foi revelado, o congresso da APAVT deste ano que, ocorre de 24 a 26 de outubro em Huelva (Espanha).

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