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“Acredito que sairemos da crise mais rápido que outros destinos nossos concorrentes”

Pelo segundo ano, o turismo da região do Algarve vive os impactos da pandemia. O presidente do Turismo do Algarve, João Fernandes, diz não querer “iludir ninguém”, mas admite, “gosto dos indicadores de que disponho”.

Victor Jorge
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“Acredito que sairemos da crise mais rápido que outros destinos nossos concorrentes”

Pelo segundo ano, o turismo da região do Algarve vive os impactos da pandemia. O presidente do Turismo do Algarve, João Fernandes, diz não querer “iludir ninguém”, mas admite, “gosto dos indicadores de que disponho”.

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É o segundo ano que a região do Algarve vive na sombra da pandemia. O presidente do Turismo do Algarve, João Fernandes, que não faz previsões quanto a uma possível saída da crise e/ou da chegada retoma, está confiante, até porque “somos muitos bons a trabalhar a hospitalidade”.

Quando se fala em verão e férias, o Algarve é, naturalmente, dos primeiros destinos que vêm à cabeça. Contudo, foi, também, dos mais afetados e quando em maio a euforia era grande, rapidamente se desfez com a posição do Reino Unido. Para João Fernandes, o caminho para a retoma está a ser feito e quando se refere que é preciso repensar o turismo, o presidente da Região de Turismo do Algarve diz que, “sustentabilidade e inovação tecnológica já está no nosso plano desde 2014”

Que verão é que o Algarve tem tido até agora e que verão terá até ao dia 21 de setembro?
Gostaria de começar por descodificar uma mensagem que, do meu ponto de vista e de acordo com o INE está errada. O turismo do Algarve não foi o mais afetado. A região do Algarve, enquanto dependente de um setor predominante e com mais peso relativo do que acontece noutras regiões, foi mais afetada exatamente porque essa preponderância é superior a outras regiões, até porque é a principal região turística nacional.

O ano passado, em termos de dormidas em hotéis, o Algarve foi a região que menos decresceu, isto percentualmente e em procura portuguesa.

O Algarve esteve, inclusivamente, em agosto, setembro e outubro de 2020, mais dormidas de portugueses em hotéis do que no ano recorde de 2019. Perdemos ao longo do ano, mas o Algarve tem demonstrado resiliência do ponto de vista turístico face a este panorama avassalador.

Mas está a falar de turistas nacionais?
Uma crise mede-se, também, pela capacidade de procurar e gerar clientes nos mercados de proximidade. E isso já tinha acontecido nas crises de 2001, 2011 e agora as pessoas também tendem a viajar de férias para destinos mais próximos.

Isto para dizer que o Algarve esteve abaixo das perdas médias do país do ponto de vista das dormidas em hotel, que é o indicador mais utilizado para medir o desempenho turístico. Agora, o Algarve tem características específicas que fez com que o impacto real desta situação fosse superior a outras regiões.

Trata-se da região mais dependente do turismo, é a região mais internacionalizada e foi a procura externa, apesar de há mais de 40 anos seguidos ser o principal destino dos portugueses, também o é dos estrangeiros, dependendo cerca de 75% de procura externa. E foi essa que foi substancialmente afetada.

Depois é um destino de família e quando há questões relacionadas com ao risco, naturalmente, que medimos a forma como viajamos e medimos o risco.

Além disso, é um destino que tem feito grandes progressos na atenuação da sazonalidade.

Não nos podemos esquecer, igualmente, do impacto social e laboral. Repare que a pandemia dá-se em março de 2020, altura da contratação de recursos humanos para fazer face a uma época alta que já estava muito alargada de março a outubro.

Por isso, se tivermos em atenção as características quer do ponto de vista dos mercados, quer do ponto de vista das características da procura e da oferta, o impacto foi significativo, mas também é bom olhar para números e ver a capacidade de resistência que o Algarve teve.

 

[O Algarve]é um destino que tem feito grandes progressos na atenuação da sazonalidade

 

Meu querido mês de agosto
E essa capacidade de resistência pode ter o seu ponto de viragem a partir de agosto?
Não quero iludir ninguém, mas gosto dos indicadores que disponho. Nós estamos desde março de 2020 e no Algarve se considerarmos a sazonalidade, desde novembro de 2019, a passar por períodos sucessivos de perda, à exceção do ano passado em agosto.

Mas vamos a números. Em maio de 2019 [acumulado do ano)] tivemos cerca de 6 milhões de dormidas, até maio de 2020 tivemos menos de 2 milhões de dormidas, e até maio de 2021 tivemos 907 mil dormidas. É este o acumulado de perda. Em junho deste ano tivemos com cerca de 43% de taxa de ocupação.

Há hoje, no final de julho, equipamentos com 85% a 90% de ocupação e há outros com 15%. Portanto, a realidade não é a mesma para todos e tem a ver com mercados, canais de distribuição, operadores que não está a ter tão bom desempenho nos canais mais diretos, além da flutuação dos mercados externos.

Mas julho não foi um mês famoso. Se bem nos lembramos, tivemos a Alemanha a fechar-nos as portas, o Reino Unido fechado a todos os europeus. Tivemos aquela semana de half-term muito interessante, mas depois tivemos o reverso da medalha que foi pessoas insatisfeitas a regressar antecipadamente.

Tudo isto, mina a confiança dos europeus para viajarem. Nunca sabem se são apanhados desprevenidos no território e, portanto, a procura externa está afetada também na sua confiança. Mesmo com o certificado europeu digital, este conceito de que temos regras comuns e vamos mantê-la, ainda está a ser cimentada do ponto de vista da perceção do consumidor.

Mas, nesta fase, será uma procura de mercados emissores europeus?
Sim, mercados extra-europeus são, neste momento, para esquecer. O primeiro exercício que temos de fazer, é repor o que é mais óbvio. Muita gente brandiu a diversificação como ponto essencial. Nós já estávamos a diversificar mercados e com muitos bons resultados.

Mas, obviamente, o primeiro exercício é conseguir dentro do espaço europeu retomar capacidade aérea. Nós não tivemos até hoje, havendo uma oportunidade, qualquer dificuldade de ligação aérea.

Mas temos de olhar primeiro para o que é possível retomar no imediato, ou seja, mercado interno alargado e depois os mercados tradicionais europeus.

Nós temos de ser capazes de reagir à oportunidade que surge ou ao problema que surge. Não podemos ficar presos ao que queremos fazer a longo prazo. Até porque aquilo que queremos fazer a longo prazo não é diferente do que queríamos fazer no plano estratégico de 2014.

O top 5 (Reino Unido, Portugal, Alemanha, Holanda e Irlanda, por esta ordem) de 2014 cresceu, em dormidas de hotel, 15% até 2019. Todos os outros cresceram 73%. Isto foi a nossa diversificação de mercados. Nós tivemos mercados a crescer a três dígitos (EUA +210%, Itália +201%, Brasil +332%, Canadá +154%). O crescimento em valor absoluto destes mercados emergentes foi superior às perdas em mercados como, por exemplo, a Alemanha.

Mercados como os EUA e Canadá está a gerar novos residentes no Algarve e não são só reformados. São muitos casais jovens que vêm à procura de fazer a sua vida no Algarve.

Isto é para retomar logo que possível. Estávamos com bons resultados e, por isso, tínhamos procura fora de época.

 

Mercados extra-europeus são, neste momento, para esquecer

 

Portanto, esse plano não se vai alterar?
Esse plano não se vai alterar. Não muda nada. É uma prova de que resulta. Qualquer crise em torno da segurança vem salientar a necessidade de segurança no pós-crise. As pessoas vão dar muito mais atenção a um país que é considerado o 4.º país mais seguro do mundo. Isso vê-se, inclusivamente, no investimento.

Depois diversificámos a oferta. Vamos descontinuar isso? É impossível.

Havia quem, inclusivamente, reclamava por eventos âncora com capacidade de projeção internacional para reposicionar o destino. Pois bem, até durante a pandemia conseguimos uma coisa que andámos a lutar há vários anos: trouxemos o Moto GP.

Depois conseguimos a Fórmula 1. E agora vamos ter novamente o Moto GP. É bom não esquecer que tudo isto acontece em época baixa.

Além disso, ao contrário de destinos concorrentes, não perdemos bases da Ryanair, ou melhor, em cima da base da Ryanair ainda conseguimos que a easyJet colocasse a sua base em Faro.

Isto é muito importante no contexto que estamos a assistir e que vamos assistir nos próximos anos. É preciso não esquecer que nos dois anos antes da crise pandémica faliram mais de 30 companhias aéreas num mercado que estava em stress. Com esta crise haverá uma grande fragilidade deste setor e nós temos as duas companhias com maior capacidade baseadas no Algarve.

Qual é a vantagem? É que nós não estamos dependentes de voarem de onde têm bases e, inclusivamente, estão a trabalhar para outros destinos onde há oportunidades.

 

Normalmente, quando há uma crise económica, a sustentabilidade é arredada das prioridades. Desta vez, felizmente, ela sai reforçada

 

Repensar o quê?
Mas quando se diz que há que repensar o turismo?
Repensar o turismo? Olhe, no nosso plano estratégico de 2014 e, provavelmente, em todos os planos estratégicos de todas as regiões de turismo, a sustentabilidade já lá estava, a necessidade de introduzir inovação tecnológica já lá estava. Os dois grandes drivers que saem desta crise, são o acentuar de linhas que já existiam no nosso plano.

Em concreto o que acontece e, felizmente pela primeira, é que esta é a primeira crise em que a sustentabilidade não sai da equação. Normalmente, quando há uma crise económica, a sustentabilidade é arredada das prioridades. Desta vez, felizmente, ela sai reforçada.

Antes da crise já tínhamos criado o Observatório de Turismo Sustentável, que foi reconhecido pela Organização Mundial do Turismo em fevereiro de 2020, na FITUR, mesmo antes da pandemia. Nós tínhamos e temos em curso o RIA (Região inteligente Algarve) que é um consórcio entre CCDR, a Associação de Município, a Região de Turismo e Universidade. Estamos, claramente, numa lógica de smart destination, mas ela não é destituída do que está a fazer a AMAL (Comunidade Intermunicipal do Algarve) com a smart mobility, por exemplo.

Ou seja, a sustentabilidade é nova? Não, não é, é um chip para todos e ainda bem. A Inteligência Artificial incluída na gestão dos destinos é uma coisa nova? Não é, evolui é todos os dias e cria novas oportunidades.

A grande vantagem de termos já consolidado estes dois grandes pilares de lógica de destino e região inteligente e sustentável, é que agora vem um pacote robusto de financiamento e nós já temos com um planeamento muito avançado.

Outra questão e preocupação transversal no setor do turismo é a saída de recursos humanos e o seu não regresso. Como olha para esta situação e como revertê-la?
Esse é um ponto bastante importante que já foi grave, é grave e continuará a ser grave. Recuando a 2019, nós assistimos a um crescimento do turismo em todas as regiões de Portugal. O Algarve que era uma região que acolhia pessoas de outras regiões, sobretudo no pico da procura, deixou de ter essa possibilidade porque as pessoas fixaram-se, felizmente, nessas mesmas regiões onde o turismo também cresceu e, portanto, não precisavam de vir para o Algarve para trabalhar.

Os fluxos para trabalho sazonal deixaram de ter um potencial que tinham outrora. E é preciso perceber que tendencialmente, isso voltará a acontecer, porque mal o turismo saia desta crise, vai obviamente ter necessidade de mão-de-obra.

Depois temos o problema dos trabalhadores migrantes que, sempre que há uma crise regressam aos seus países de origem.

A formação de jovens para entrarem no mercado não é suficiente para suprir as necessidades do mercado e, portanto, tem de se arranjar novas soluções e é isso que temos vindo a trabalhar.

Mas um dos problemas mais relevantes a ultrapassar nesta questão é a habitação, seja para o jovem que se emancipa cá, seja para o casal que quer vir viver para cá, porque tem cá emprego, seja para estrangeiros que queiram cá viver e que não sejam turistas.

Felizmente, com este pacote financeiro que está para chegar, as autarquias têm capacidade para investir em políticas de habitação com custos controlados.

Mas também não podemos construir tudo para alguns picos de procura. Há soluções em que estamos a trabalhar para alojamento temporário condigno e sublinho duplamente esta questão, mas que não seja nova construção.

Tenho apresentado um projeto a muita gente que acha interessante e que pretendo arranjar um piloto para que isso aconteça. Nós temos cerca de 200 mil trabalhadores ativos e temos 8.000 sazonais. Isso acontecerá sempre. E teremos sempre os picos sazonais em que são precisas mais pessoas.

Para a pessoa que estejam no Algarve dois a três meses, poderá pegar-se numa escola que está no centro de um território, tem refeitório, balneários, transporte, mobilidade, e poderá funcionar como um alojamento temporário. Sai beneficiado a escola, sai beneficiada a pessoa, sai requalificada uma estrutura pública num período em que está inativa.

Nós temos de ter a capacidade de olhar para estas soluções, como fazem os países mais ricos.

 

Não quero iludir ninguém, mas gosto dos indicadores que disponho

 

Há relativamente pouco tempo houve uma consultora que indicou que a retoma deverá acontecer a partir de 2023. É essa a sua perspetiva?
No início desta pandemia tinha empresários a dizer que tinha de traçar três cenários. Acompanho os cenários traçados pelas três principais consultoras mundiais para a retoma do turismo e todas elas falharam e não falharam por acaso. Não tinham elemento suficientes.

Uma das principais questões que se coloca com a retoma tem a ver com qual será o poder de compra do nosso consumidor preferencial. Há ideias de estimativas de crescimento económico nestes vários países, mas elas não são iguais em todos os mercados e são estimativas muito falíveis.

Há a vacinação, a segurança e insegurança, pode haver fenómenos de concentração da procura, porque os destinos, e aqui falo da bacia Mediterrânica, podem não estar com a mesma avaliação ou perceção de risco.

Além disso, destinos como o nosso que dependem muito da aviação, estão mais sensíveis a fusões, extinções, todas as companhias aéreas estão a reduzir rotas, tripulação e obviamente aeronaves. Muita desta redução noutra altura era absorvida pela Ásia.

Será que isso vai reduzir substancialmente a capacidade oferecida de lugares e rotas na Europa, provavelmente, sim. Há aqui questões que mais tarde se poderão equilibrar, mas que até lá leva tempo.

Por isso, é um pouco meter no dedo no ar e estimar que a retoma acontece em 2023, 2024 ou mesmo depois ou antes.

Acho que nós em Portugal temos características especificas da parte da oferta, do tal destino seguro, de país seguro, saímos mais reforçados enquanto destino diverso e diferenciador. Além disso, somos muitos bons a trabalhar a hospitalidade.

Acredito que sairemos da crise mais rápido que outros destinos nossos concorrentes.

Se em 2023 tivermos níveis comparados ao que tínhamos em 2017 já será muito bom e melhor do que temos hoje. E não nos podemos esquecer que 2019 foi um ano recorde em todas as regiões de Portugal e os recordes não se batem todos os anos.

Acho que esta altura também terá de servir para nós nos reposicionarmos. Nós ainda vendemos barato. O Algarve tem valor que, quando comparado com os seus concorrentes, não faz jus à qualidade que apresenta. Há muitos destinos que se fazem pagar muitíssimo mais caro sem a mesma qualidade.

Temos de evoluir nesse processo de qualificação do destino, mas também na perceção da qualidade que o destino já tem para poder ter preços mais interessantes para depois conseguirmos ter mais transferência de riqueza para a região, mais emprego estável e melhor remunerado.

Além da hotelaria, a restauração é fundamental para este verão correr bem?
As pessoas vêm para cá, vão à praia, vão jantar mais tarde e sem bares e discotecas, têm natural predisposição para ficar no restaurante por mais tempo.

O restaurante é um fator essencial do bem-estar das pessoas no destino. Eu vou estar de férias, se vou ter de andar a comer à pressa e sujeitar-me a testes para entrar num restaurante, isso piora a minha experiência e não favorece o destino.

E certamente que haverá muito mais gente a permanecer no restaurante e a consumir mais e a conviver mais e todos nós precisamos da parte social para a sanidade mental, naturalmente, com regras, mas precisamos de descomprimir.

E aqui faço justiça à SET e ao Ministério da Economia que têm estado sempre muito atentos e bem sei que não é muito popular dizer bem dos nossos governantes, mas eu tenho de dizer: a SET e o ministro têm estado sempre do lado das empresas e dos trabalhadores do setor. Nem sempre têm conseguido aquilo que gostariam, mas têm feito um esforço que tem de ser reconhecido.

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Soltour Travel Partners quer oferecer em Portugal muito mais que destinos de Sol & Praia

Também em Portugal, o objetivo da Soltour Travel Partners “é proporcionar às agências de viagens um portefólio mais amplo e não só de destinos de Sol & Praia que caracterizam o operador turístico”, declarou ao Publituris, o delegado da empresa no nosso país, Luís Alexandrino. E acrescentou que “com a Soltour Travel Partners, as agências de viagens vão poder beneficiar de um conjunto de soluções que será muito interessante tendo em conta os novos partners já anunciados.

Após um ano de 2022 considerado positivo, destacando-se os destinos das Baleares e Canárias, o delegado da Soltour Travel Partners em Portugal, Luís Alexandrino declarou ao Publituris que, “em 2023 esperamos superar os números de 2019, crescer e oferecer um portefólio completo de serviços aos nossos clientes, que são agências de viagens”.

O responsável avançou que “já temos toda a programação charter delineada e se consideramos os acordos que a Soltour Travel Partners, tem vindo a anunciar com os novos partners é um compromisso verdadeiramente ambicioso na operação turística”.

O que não se sabe, disse, “é como a venda se vai comportar face à escalada do custo de vida, e também não podemos ignorar que temos uma guerra na Europa, fatores estes que poderão condicionar a procura de viagens”.

Luís Alexandrino explica que depois de dois anos limitados pela pandemia, 2022, “foi o ano que nos permitiu fazer uma aposta mais ambiciosa nas operações das ilhas espanholas que foi um verdadeiro êxito. Tanto Maiorca como Menorca, houve necessidade de reforçar a operação dada a elevada procura. Operamos praticamente um charter diário, entre Porto e Lisboa”.

No que se refere ao longo curso, designadamente, Caraíbas, o delegado no nosso país do operador turístico de origem espanhola destacou que “primamos pela rentabilidade e não pela cota de mercado. Oferecemos às agências de viagens o preço justo e real que lhes permitiu obter mais benefício em comprar o produto Soltour tendo em conta o preço médio praticado”.

Operação de verão com novidades
Para este verão, a programação da Soltour à partida de Portugal é vasta e traz algumas novidades. Segundo Luís Alexandrino “retomamos a operação charter em voo direto de Lisboa para Samaná com a companhia  World2Fly, todas as sextas-feiras de 30 de junho a 08 de setembro, será um destino exclusivo Soltour”. Conta ainda que, como estreia, “temos o destino de Albânia com companhia Air Albânia onde operaremos de Lisboa e Porto, uma frequência semanal aos domingos de 25 de junho a 10 de setembro. Também retomamos a operação de Almeria do Porto às quartas-feiras de 01 de julho a 10 de setembro”.

Em relação às ilhas espanholas, entre Lisboa e Porto, “iremos operar com companhia Air Nostrum/Air Horizont as seguintes frequências:  Maiorca, contamos com nove frequências semanais; Menorca, com sete frequências semanais, Ibiza, três frequências semanais; Tenerife quatro frequências semanais e uma frequência semanal para destino Gran Canária, Lanzarote e Fuerteventura”.

Em 2023 esperamos superar os números de 2019, crescer e oferecer um portefólio completo de serviços aos nossos clientes, que são agências de viagens”

E há mais: O destino de Cabo Verde, será operado pela companhia Smartwings, para ilha do Sal de Lisboa e Porto às quartas-feiras de 28 de junho a 12 setembro e a Ilha da Boa Vista do Porto às terças-feiras de 27 de junho a 12 de setembro, enquanto o destino de Saidia será operado com três frequências semanais com a companhia Air Nostrum de Lisboa e Porto com início a 4 de junho a 24 de setembro.

Em relação às Caraíbas, “temos a operação exclusiva de Samaná de Lisboa e os destinos de Punta Cana e Riveira Maya de Lisboa e Porto, bem como Varadero de Lisboa com a transportadora aérea Wold2fly (partilhado) a partir de abril até final de outubro”, destacou ainda o responsável.

No entanto, a Soltour oferece ao mercado uma programação que se desenrola durante todo o ano. Neste caso, conforme sublinhou Luís Alexandrino, estão “os destinos das Caraíbas à partida de Lisboa e Porto com charter, e regular via Madrid. Contamos também com as cinco frequências semanais de Lisboa para Cancun em voo direto da TAP, onde temos lugares em garantia”.

Entre os destinos mais procurados pelo mercado português constam as ilhas espanholas. O delegado da Soltour em Portugal dá conta que “entre Baleares e Canárias, transportamos aproximadamente 30 mil passageiros. É certo que ainda não atingimos os números de pré pandemia, mas temos como objetivo este verão superar os números de 2019”.

Novas parcerias beneficiam Portugal
Se a empresa em Portugal vai beneficiar das novas parcerias recentemente anunciadas pela Soltour Travel Partners, Luís Alexandrino realça que “em 2021 anunciamos o partner  Smytravel que pelas razões conhecidas deixou de fazer parte da Soltour Travel Partners, onde os resultados foram francamente positivos. Agora a estratégia é dar continuidade ao projeto Soltour Travel Partners e como foi recentemente anunciado contamos com a Guest Incoming, WebBeds, Europamundo e Luxtours”.

Assegurou que a Soltour vai passar a oferecer ao mercado português todo esse conjunto de novo produtos. “O objetivo é proporcionar às agências de viagens um portefólio mais amplo e não só de destinos de Sol & Praia que caracterizam a Soltour. Com a Soltour Travel Partners, as agências de viagens vão poder beneficiar de um conjunto de soluções que será muito interessante tendo em conta os novos partners já anunciados”.

Da mesma forma, a nova linha de negócio das costas espanhola e Algarve “vai-nos permitir crescer substancialmente o produto de só hotel nas Costas espanholas e Algarve e oferecer as agências de viagens um produto mais amplo e competitivo”, concluiu.

Acordos e alianças com diferentes parceiros do setor

Durante os últimos meses do ano passado, a Soltour Travel Partners dedicou grande parte dos seus esforços à assinatura de novos acordos e alianças com diferentes parceiros do setor, a fim de oferecer os melhores produtos e serviços às agências de viagens. Com estas alianças, a empresa alargou o seu catálogo de produtos e melhorou a qualidade dos mesmos.
Com a WebBeds, última das parcerias que, desde o ano passado têm sido anunciadas pela Soltour Travel Partners, prevê a criação de um fornecedor de alojamentos com o objetivo de proporcionar uma maior cobertura de hotéis a todas as agências.
Com este acordo, a Soltour considera que aumentará exponencialmente a sua capacidade comercial para oferecer uma vasta gama de hotéis a partir de 2023.
De referir que a WebBeds é um dos principais fornecedores mundiais de serviços de alojamento e distribuição de produtos terrestres para a indústria de viagens, diferenciando-se pela escala global.
A empresa fornece serviços B2B através de mais de 430 mil hotéis distribuídos por todo o mundo, em mais de 16 mil destinos. Desta forma, a WebBeds tem contratos diretos com mais de 31 mil hotéis independentes e mais de 62 mil hotéis que fazem parte de cadeias globais. Trabalha atualmente com mais de 44 mil clientes e mais de 1.500 profissionais de viagens em mais de 50 países do mundo inteiro.
Pouco antes, e com vista a diversificar ainda mais a sua oferta de destinos, proporcionando maior competitividade às agências de viagens com as quais trabalha, a Soltour Travel Partners tinha anunciado a sua associação à Luxotour, operador de viagens com mais de 40 anos de experiência especializado em Marrocos, mas que trabalha outros destinos em vários continentes, como Egito,
Jordânia, Israel, Turquia, Cabo Verde, Senegal, Maldivas, Peru, Argentina e Canadá, entre outros, e tem a sua própria DMC em Marrocos e Tunísia.
Criada em 1980, a Luxotour disponibiliza programas turísticos completos com circuitos, estadias com voos, transferes, excursões e todo o tipo de produtos para mais de 100 destinos diferentes. Conta ainda com um departamento para grandes viagens, um para grupos e um terceiro para viagens de incentivos, disponibilizando os seus produtos exclusivamente através de agências de viagens.
Com a Europamundo, a empresa aliou-se para promover as viagens em circuitos internacionais. A Europamundo, que faz parte do Grupo JTB, fundado no Japão há mais de 110 anos, tem circuitos próprios em todos os continentes, exceto na Antártida, com 1.972 tours diferentes em 2022, 142 mil passageiros por ano (provenientes de 83 países) e 1.200 pontos de venda na Península Ibérica, permitindo aos viajantes descobrir a essência e a cultura de cada lugar de uma forma mais pessoal e exclusiva.
Este operador de circuitos internacionais se caracteriza por oferecer produtos flexíveis com viagens de três a 36 dias, dependendo das preferências de cada viajante, recorrendo à sua própria tecnologia que tem sido remodelada e melhorada ao longo dos anos.
Da mesma forma, a Soltour Travel Partners estabeleceu uma parceria com a Guest Incoming para lançar uma nova linha de negócios costeira especializada em sol e praia, que inclui as costas espanholas e o Algarve. A agência de viagens para o Mediterrâneo, que conta com contratação direta de cerca de dois mil hotéis, é considerada líder em serviços e novas tecnologias.
Costa Brava e Costa de Barcelona, assim como Costa Dorada, Costa Blanca (Benidorm-Gandia), Murcia, Costa del Sol (Torremolinos, Benalmadena, Fuengirola), Costa de la Luz (Matalascañas) e o Algarve são as zonas incluídas na nova linha de negócio. Na sequência do acordo com a DMC nasce o Soltour powered by Guest Incoming.

Sobre o autorCarolina Morgado

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Nova Edição: O balanço de 2022 e as perspectivas para 2023 no turismo, os segredos da Allways, autocaravanismo e dossier tecnologia

A primeira edição de 2023 do Publituris tem com tema principal o balanço de 2022 e as perspectivas para 2023 feitas por alguns ‘stakeholders’ do setor do turismo. Além disso, a edição revela os segredos do “luxury” da Allways Unique Travel Designers, o segmento do autocaravanismo e um dossier sobre tecnologia no turismo.

Publituris

A primeira edição do jornal Publituris faz capa com um balanço de 2022 e as perspectivas para o ano que agora se inicia. Para o efeito, o jornal Publituris ouviu vários intervenientes do setor que antecipam um ano incerto em, por isso, com um otimismo moderado.

A crescente inflação, subida das taxas de juros, menor rendimento disponível por parte das famílias, além da guerra na Ucrânia foram os problemas mais apontados por Francisco Calheiros (CTP), João Fernandes (Turismo do Algarve), Pedro Machado (Turismo do Centro), António Marques Vidal (APECATE), Luís Araújo (Turismo de Portugal), Berta Cabral (Turismo dos Açores), Vítor Costa (Turismo de Lisboa), Eduardo Jesus (Turismo da Madeira), Vítor Silva (Turismo do Alentejo), Eduardo Santander (ETC), Julia Simpson (WTTC), Pedro Costa Ferreira (APAVT), Adriano Portugal (Mercado das Viagens), Álvaro Vilhena (Viajar Tours), Luís Henriques (Airmet), Tiago Encarnação (Lusanova), Amaro Correia (Iberobus), Eduardo Cabrita (MSC Cruzeiros), Paulo Pinto (Europcar), Francisco Teixeira (Melair Cruzeiros), Joaquim Robalo de Almeida (ARAC), José Lopes (easyJet), Marie-Caroline Laurent (CLIA) e Paulo Geisler (RENA).

Na “Distribuição”, damos a conhecer (alguns) segredos da Allways Unique Travel Designers, uma marca do grupo Travelstore, que atua no segmento “luxury”.

O dossier desta edição é dedicado à Tecnologia. Tendo a pandemia realçado a relevância da tecnologia e digitalização para a recuperação e o avanço da indústria das viagens, esta veio demonstrar a necessidade de acelerar os processos.

Além de ouvidas várias opiniões de quem está no terreno, também damos a conhecer algumas das soluções implementadas pela HiJiffy, Paraty Tech, Amadeus, Mastercard, Travelport, Roiback, Google, Optigest, XLR8RM, CLEVER/HOST e Vasco.

Para fechar, fazemos uma análise ao mercado do autocaravanismo que, depois de ter sido um dos segmentos turísticos com maior aumento de procura durante a pandemia, continua em alta e revela expectativas positivas para o futuro.

Além do Check-in, as opiniões pertencem a Jaime Quesado (economista e gestor), Dana Dunne (eDreams ODIGEO) e António Paquete (economista e consultor de empresas).

Boas leituras!

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W Algarve contrata novo diretor de marketing e comunicação

Henrique Pires é a nova aposta do W Algarve para dirigir o departamento de marketing e comunicação da unidade hoteleira, como anunciado em comunicado.

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Com 11 anos de experiência no setor hoteleiro, o profissional setubalense começou o seu percurso profissional no Pine Cliffs Hotel, passou pelo Waldorf Astoria Ras Al Khaimah e fez carreira na cadeia Minor Hotels, onde foi responsável pelas áreas do marketing e comunicação dos Anantara Hotels & Resorts e dos Tivoli Hotels & Resorts, em Portugal.

Chega agora ao recém-aberto W Algarve, onde irá desempenhar funções como diretor de marketing e comunicação.

“Estou muito contente e entusiasmado por me juntar à fantástica equipa do W Algarve e abraçar este novo desafio. É um grande orgulho para mim trazer as minhas ideias e visão para um hotel que abriu há cerca de meio ano e que já conquistou tanto terreno na região”, garante Henrique Pires.

O W Algarve marca o primeiro Hotel da marca W a abrir em Portugal. Situado no topo das icónicas falésias do sul de Portugal, o recém-aberto W Algarve junta-se à família de W Escapes, oferecendo “uma mistura de descontração à beira-mar com uma energia exuberante”, como referido em comunicado.

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Grupo Onyria duplamente nomeado nos European Excellence Awards 2022

O Grupo Onyria está duplamente nomeado para os European Excellence Awards 2022, onde está a concorrer em shortlist nas categorias Travel & Tourism e Internal Communications.

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O Onyria, grupo de gestão hoteleira com mais de 30 anos, detém o hotel de cinco estrelas Onyria Quinta da Marinha, onde foi desenvolvido o projeto de comunicação interna “Trading Places” (Inverter os papéis) – que valeu as duas nomeações do grupo para este concurso.

O projeto consistiu na ideia de inverter os papéis dos colaboradores do Onyria Quinta da Marinha Hotel, tornando-os hóspedes por um dia.

A iniciativa surgiu no seguimento dos dois anos de pandemia, como forma de compensar a resiliência da equipa. Os colaboradores “transformaram-se em clientes de luxo e carregaram energias para o verão de 2022, o momento de regresso à normalidade”, como o grupo indica em comunicado.

“Não há sucesso em hotelaria sem talento humano e esta foi uma forma de celebrarmos o nosso talento, numa altura decisiva para o turismo em Portugal. Estas nomeações são muito positivas porque vêm demonstrar o nosso empenho para fazer um trabalho de excelência, não só de forma externa, como interna”, afirma o diretor do Onyria Quinta da Marinha Hotel, João Pinto Coelho.

Os vencedores serão conhecidos a 9 de dezembro.

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O futuro das acessibilidades em debate no Congresso da AHRESP

O futuro do aeroporto, não só de Lisboa como das restantes vias aéreas portuguesas, marcou a sessão paralela, onde ainda houve tempo para falar das questões da ferrovia nacional e os problemas de ligação a Espanha.

Carla Nunes

O futuro das acessibilidades em Portugal esteve em debate numa das sessões paralelas do Congresso da AHRESP, que começou esta sexta-feira, 14 de outubro, no Convento de São Francisco, em Coimbra.

A sessão começou com um aviso por parte de Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP): “Se não tivermos rapidamente infraestruturas de mobilidade que respondam às necessidades das pessoas, principalmente um novo aeroporto, mais moderno e em condições de receber mais volume [de pessoas], podemos mais tarde ou mais cedo começar a perder turistas para outros destinos”.

Num discurso pautado pela necessidade de que “não podemos perder mais tempo” em relação ao futuro do aeroporto de Lisboa, Francisco Calheiros coloca os números em cima da mesa.

“Não canso de o dizer: segundo um estudo apresentado pela CTP, a não decisão sobre o novo aeroporto terá no mínimo um custo de quase sete mil milhões euros, menos 28 mil empregos e uma perda de receita fiscal de 2 mil milhões por ano”, frisa.

Os intervenientes da sessão, que contou com a participação de Eugénio Fernandes, CEO da euroAtlantic Airways, José Luís Arnaut, presidente do Conselho de Administração da ANA – Aeroportos de Portugal e Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT procederam desta forma a debater as várias possibilidades para o aeroporto, com Luís Arnaut a referir-se em tom jocoso à procura de localização de aeroportos como “um desporto nacional”.

Para Pedro Costa Ferreira, “uma das poucas cosias que nos aproxima da realidade” passa pela realização de obras no aeroporto da Portela, por considerar que “nesta década não vamos ter solução”.

Lembra ainda que “as acessibilidades aéreas não são só em Lisboa”, reportando-se aos aeroportos de Porto Santo – que afirma não ter condições e precisar de obras – e o da Madeira, “com restrição de operacionais que foram definidas em 1964”.

“A tecnologia melhorou no âmbito da pista [do aeroporto da Madeira], a pista foi aumentada, melhorou nos aviões, melhorou na formação, [mas] mantém-se os mesmos limites, e julgo que é o único aeroporto internacional no mundo em que os limites não são recomendatórios, mas são mandatários. Ninguém toca nisto, e isto fere a região”, explica.

Quanto à solução de aproveitar a infraestrutura de Beja, Eugénio Fernandes lembra que esta “peca por pequenas coisas: não tem abastecimento de combustível, fecha ao fim de semana, não tem serviço 24 horas e se quisermos aterrar passageiros que não são do espaço Schegen, não há SEF”.

Por essa razão, e dada a logística adicional desta opção, o CEO da euroAtlantic Airways defende que “o que for mais rápido é o melhor” – neste caso, “do ponto de vista teórico e sonhador”, uma solução rápida de Portela +1, que sabe “que agora não será possível, estamos num contexto diferente”.

Quanto à opção de Santarém, Pedro Costa Ferreira é taxativo ao assegurar que esta representa “mais 24 anos de diálogo”.

“Se estivermos à procura de uma decisão que não tenha vozes contrárias, não vamos ter mais aviões em Portugal. Fazer políticas é fazer escolhas. Assusta-me que seja necessário um consenso para o aeroporto”, declara.

“O fenómeno do entroncamento”

E porque, como Pedro Costa Ferreira lembra, “os problemas das acessibilidades não são só aéreas” a ferrovia também foi discutida na sessão, tendo sido caracterizada pelo presidente da APAVT como o “fenómeno do entroncamento” dadas as 8h40 necessárias para chegar de Lisboa a Madrid – incluindo, também, uma passagem pelo Entroncamento.

Afirma ainda que “do ponto de vista de sustentabilidade, os voos de curta duração vão ser muito atacados” e que nos encontramos “muito dependentes dos voos curtos nalguns mercados muito importantes para [o país]”. Aliás, José Luís Arnaut precisa que 94% dos turistas que visitam Portugal vêm de avião.

“Somos um país periférico, é obvio que temos de fazer um trabalho grande e estamos atrasados décadas na ligação com comboios rápidos com Espanha”, afirma Arnaut.

A encerrar o tema da ferrovia, Eugénio Fernandes acredita que “se houver uma conectividade grande a Madrid, e uma conectividade boa internamente, vamos conseguir desenvolver muito o turismo e o Interior”.

Numa nota final, reportando-se ao tema do congresso, Francisco Calheiros defende que esta não é “uma questão nem de utopia, nem de sobrevivência, é sim uma necessidade cada vez mais atual que as empresas devem ter em conta”.

“Continuamos a viver tempos desafiantes. O turismo, porém, continua resiliente. É praticamente unânime que se não fossem as receitas do turismo a receita seria muito menor”, termina o presidente da CTP.

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AHRESP revela programa do próximo congresso em Coimbra

O congresso terá cerca de 60 oradores, 12 sessões paralelas e cinco workshops de parceiros, além de duas sessões plenárias.

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O próximo Congresso da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), que decorre de 14 a 15 de outubro no Convento de São Francisco, em Coimbra, já tem um pré-programa definido.

Sob o tema, “Sustentabilidade: utopia ou sobrevivência?”, o congresso terá cerca de 60 oradores, 12 sessões paralelas e cinco workshops de parceiros, além de duas sessões plenárias.

A primeira sessão plenária, a cargo de Luís Marques Mendes, abre com o tema “Que conjuntura política e social teremos em 2023?”. Já a segunda sessão plenária vai consistir numa conversa entre a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, com as jornalistas Rosário Lira e Rosália Amorim, que serão também moderadoras em várias sessões paralelas.

De destacar ainda a sessão de abertura, que conta com a presença de Carlos Moura, presidente da direção da AHRESP, Pedro Machado, presidente da Turismo do Centro de Portugal, António Costa e Silva, ministro da Economia e do presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. A sessão de encerramento, onde serão lidas as conclusões do congresso, ficará a cargo da Secretária de Estado do Turismo, Congresso e Serviços, Rita Marques.

Ao longo dos dois dias de congresso, as sessões paralelas tratarão temas como o futuro das acessibilidades em Portugal, a sustentabilidade económica e ambiental, a influência do digital na vida das empresas, entre outros assuntos, que podem ser consultados no programa disponível no website da AHRESP.

“O Congresso AHRESP surge no momento em que a recessão bate à porta da Europa, o que pode não deixar ninguém imune – nenhum país e nenhuma atividade – nem mesmo aquela que teve indesmentível recuperação no verão, mas insuficiente para fazer face aos desafios que se colocam à economia nacional como um todo e, em casos muito concretos, aos diversos setores da atividade turística”, refere a associação em comunicado.

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Hospitality Talks
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“Hospitality Talks” reúnem hoteleiros e empresas tecnológicas para mitigar escassez de mão-de-obra no setor

A iniciativa conjunta da HiJiffy, RM hub, Climber RMS e OTA Insight vai juntar “cerca de uma centena de gestores hoteleiros”.

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A 11 e 13 de outubro, em Lisboa e Porto, respetivamente, hoteleiros e especialistas em tecnologia vão reunir-se nas “Hospitality Talks” para discutir formas de mitigar a falta de trabalhadores no setor.

A iniciativa conjunta da HiJiffy, RM hub, Climber RMS e OTA Insight vai juntar “cerca de uma centena de gestores hoteleiros” com o objetivo de identificar “os contextos em que a adoção de soluções tecnológicas e de revenue management podem funcionar como um trunfo na mitigação desta problemática”, indica a HiJify em comunicado.

As conclusões das Hospitality Talks serão incluídas num plano estratégico, “posteriormente disponibilizado aos diferentes stakeholders”, desde players da indústria, até decisores políticos. O intuito passa por “catalisar um compromisso conjunto no sentido de converter Portugal num exemplo de sucesso a nível a europeu”.

“É fundamental esclarecer que a adoção de soluções tecnológicas não visa eliminar a componente humana, muito pelo contrário. O objetivo passa antes por automatizar tarefas repetitivas e de baixo valor acrescentado, maximizando a eficiência de processos”, sublinha Tiago Araújo, CEO da HiJiffy, no respetivo comunicado.

A mesma mensagem é reforçada pelo CEO da RM Hub, Rudi Azevedo, que explica que “a tecnologia permite que as empresas possam canalizar esforços para as áreas operacionais, podendo desta forma direcionar o seu esforço para melhorar a experiência do cliente externo e interno”.

Evento limitado a 50 participantes por edição

Os hoteleiros interessados em fazer parte das Hospitality Talks devem formalizar a inscrição gratuita na edição de Lisboa, que terá lugar a 11 de Outubro, no NEYA Lisboa Hotel, às 9h00, através deste link.

Por sua vez, os interessados em participar na edição do Porto, que decorre a 13 de outubro no Selina Navis Cowork, às 14h00, poderão fazê-lo gratuitamente através deste link.

O evento será limitado a 50 participantes, “por forma a assegurar um envolvimento ativo de todos os presentes”. No entanto, a HiJiffy sublinha que ainda existem vagas disponíveis.

Além das conclusões resultantes dos diferentes painéis de discussão, os hoteleiros serão também chamados a participar num inquérito final. Todos os insights serão depois plasmados num documento que visa funcionar como um plano estratégico.

“Com a iniciativa ‘Hospitality Talks’ procuramos trazer não só os dados e tendências mais relevantes e atuais do mercado hoteleiro, mas também partilhar dicas de como trabalhar com a falta de staff e manter uma estratégia de sucesso”, remata Joanna Tomaszkiewicz, responsável da OTA Insight.

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Hotel Vila Raia
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Idanha-a-Nova recebe nova unidade de três estrelas

O verão é visto pelo General Manager do Hotel Vila Raia como “a época de eleição para atrair clientes”, devido aos atrativos da zona.

Carla Nunes

A zona da Raia acabou de ganhar mais quartos com a abertura do Hotel Vila Raia, em Idanha-a-Nova, Castelo Branco. A unidade de três estrelas acrescenta assim 26 quartos à região, num investimento que já superou um milhão de euros.

Os quartos, todos com twin bed, “seguem um modelo muito utilizado em Espanha, podendo-se juntar as camas sempre que o cliente desejar”, como explica Jorge Humberto, General Manager do Hotel Vila Raia.

Ao alojamento juntam-se valências como uma piscina exterior, sauna e jacuzzi, bem como uma sala de reuniões e estacionamento próprio. O edifício da unidade encontrava-se fechado há oito anos, pelo que foi necessário proceder a restauros, pinturas e à impermeabilização da piscina, de acordo com o General Manager.

O responsável aponta que esta unidade “será mais procurada pelo cliente que  quer fugir da agitação das grandes cidades e procura um sítio calmo e sossegado para carregar baterias”. O verão é visto como “a época de eleição para atrair clientes”, dados os atrativos da zona.

“Temos praias fluviais, aldeias históricas e boa gastronomia perto do hotel. Estamos inseridos numa região rica em eventos e que atraem muita gente de fora”, justifica Jorge Humberto.

Por se tratar de um novo hotel, o responsável afirma que não têm “qualquer historial em que possamos basear a nossa perspetiva [de reservas futuras]”. No entanto, mantém-se otimistas, dadas as reservas realizadas “na primeira e segunda semana de abertura e para a última semana de setembro”.

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Carrís Porto Ribeira contrata Simão Cruz para direção de vendas

O profissional conta com várias experiências na vertente hoteleira, somando passagens pelo Grupo Tivoli e pela Blue & Green Hotels.

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A Carrís Hoteles contratou Simão Cruz para assumir o cargo de diretor de vendas do Carrís Porto Ribeira.

O profissional conta com várias experiências na vertente hoteleira, somando passagens pelo Grupo Tivoli, onde assumiu funções de Corporate Account Manager, e pela Blue & Green Hotels, onde desempenhou o cargo de Iberian Market Manager em todas as vertentes de negócio – Corporate, MICE e Leisure. Posteriormente, Simão Cruz foi responsável pela planificação e reposicionamento do Santa Luzia ArtHotel, em Guimarães, enquanto Sales & Marketing Manager.

A Carrís Hoteles é uma cadeia hoteleira com unidades hoteleiras distribuídas pela Galiza e o Norte de Portugal. Atualmente, dispõe de seis hotéis localizados no Porto (Carrís Porto Ribeira), A Coruña (Carrís Marineda), Ferrol (Carrís Almirante), Santiago de Compostela (Carrís Casa de la Troya e Monte do Gozo) e Ourense (Carrís Cardenal Quevedo).

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Marta Paixão assume funções como Events Manager no Lisbon Marriott Hotel

A profissional iniciou a sua carreira como Groups & Events Coordinator / MICE no Sana Metropolitan Hotel, em 2014.

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O Lisbon Marriott Hotel contratou Marta Paixão para ocupar o cargo de Events Manager na unidade.

Licenciada em Direção e Gestão Hoteleira no ESHTE – Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, bem como mestranda em Ciências Empresariais pelo Instituto Superior de Economia e Gestão em Lisboa (ISEG-UTL), a profissional iniciou a sua carreira como Groups & Events Coordinator / MICE no Sana Metropolitan Hotel, em 2014.

Posteriormente, desempenhou funções como Groups & Events Coordinator na Continental Hotels Portugal, em 2016.

“É com imenso entusiasmo que abraço este novo desafio. Ingressar na Marriott International, a maior cadeia hoteleira a nível mundial, é de facto uma realização profissional. O nosso compromisso será, em conjunto com as equipas operacionais, garantir que o sucesso dos eventos seja uma constante”, afirma Marta Paixão em comunicado.

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